Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 20
Mudança


Notas iniciais do capítulo

Gente, estamos chegando a meta final, espero que estejam gostando ❤



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—Eu já falei para você me deixar em paz garota! —José fala e dou risada do seu cinismo.
—Ana, você me traiu? —Christian diz e eu olho para ele confusa.
—Não. —Digo calmamente.
—Traiu sim, você o beijou.
—Eu falei Christian, disse que não queria nada com ela, mas ela me agarrou. —José diz e eu tenho que ir.
—Ana, eu estou horrorizado, eu nunca esperei isso de você. —Christian se aproxima e fica na minha frente. —Então ela te agarrou José?
—Sim.
—Como? —Christian passa o braço pela minha cintura e me puxa para perto de si. —Assim?

Cara de pau!
Ele está brincando?

—E depois? Ela fez isso? —Ele diz me beijando e eu dou risada. Christian morde meu lábio inferior e se afasta. —Você é patético José. Esso é o melhor que você consegue? Eu vi quem você a agarrou.
—Viu errado PlayBoy.
—Não, eu não vi. E mesmo que não tivesse visto eu ainda sim acreditaria na Ana, sabe por que? Porque eu a amo, e ela jamais deixaria uma pessoa que ela não conhece tocá-la, principalmente quando ela está de TPM. Agora sai daqui antes que eu acabe com você.

José fuzila Christian com o olhar e sai da sala revoltadinho.
Christian me olha e eu arqueio uma sobrancelha.

—Você é um idiota! —Exclamo dando um tapa em seu peito.
—E você me ama mesmo assim. —Ele diz me beijando. —Sem brigas, ok?
—Ok. —Sorrio.
—Uhu! —Viramos para a porta e vemos nossos amigos batendo palmas e soltando gritinhos.

Meu celular começa a tocar e eu me afasto de Christian para atender.

—Alô.
—Oi, é a Anastásia? —Pergunta uma voz feminina.
—Sou eu sim, mas quem está falando?
—Meu nome é Becca, eu sou diretora aqui da escola da Pheobe.
—Aconteceu algo com ela? —Pergunto preocupada e todos me olham.
—Sim, ela está com muita febre, e não para de chamar por você. Será que você poderia vir buscá-la.
—Claro, eu chego em meia hora.
—Tudo bem, eu aguardo.
—O que aconteceu? —Christian pergunta assim que desligo o celular.
—A Pheobe não está bem, nós temos que ir buscá-la.
—E como vocês vão sair? —Mia pergunta.
—Nós vamos ter que falar com a diretora. —Digo.
—Então vamos.

Christian e eu corremos até a diretoria, nós batemos na porta e a diretora nos manda entrar.

—No que posso ajudá-los? —Pergunta calmente.
—Sra. Nasseh, nós precisamos que você libere nossa saída. —Digo.
—E por que? Aconteceu algo?
—Sim, nós temos que pegar nossa filha na escola, ela não está bem. —Christian diz.
—Filha? —A diretoria pergunta incrédula. —Vocês dois tem uma filha?
—Sim, nós temos e precisamos buscá-la no colégio.
—Desculpe, mas eu não posso liberar vocês. Você vão ter que pedir que outra pessoa pegue.
—O que? —Bato a mão na mesa assustando-a. —Você realmente acha que eu tenho alguém que posso pegá-la? Eu sou mãe dela! Minha filha é minha responsábilidade, se coloque no meu lugar, se fosse sua filha passando mal e chamando por você, você seria capaz de mandar outra pessoa para socorre-la? Eu não vou ficar presa aqui enquanto minha filha está mal. Que se foda se você não quiser me liberar, eu saio sem permissão e ainda faço questão de acabar com essa merda de escola e com a sua malditada carreira. Porque ficar com a bunda sentada em uma cadeira não te torna competente.
—Ana, fica calma. —Christian pede.
—Calma? Minha filha está passando mal, e eu tenho que ficar aqui ouvindo discursos falsos de alguém que está pouco se fudendo para os alunos?
—Srta. Steele eu vou ter que pedi que você se acalme, ou vou chamar seus pais. —A diretora diz e eu dou risada.
—Meus pais? E eles vão fazer o que? Te aplaudir? Desculpa, mas eles tem moral, e outra, meus pais não tem mais nada a ver com isso. Eu tenho a minha própria casa e a minha própria vida. Agora se você não quiser que essa escola vá abaixo com um escândalo, eu sugiro que libere nossa saída.
—Por favor, mentenha a calma, vocês podem sair.
—Ótimo!

Saio da sala da diretora e Christian me segue.

—Amor, calma.
—Não, eu só vou em acalmar quando ver a Pheobe.
—Ok, mas ao menos respire, nós vamos vê-la.
—Tudo bem. —Digo respirando fundo. —Podemos ir?
—Vamos.

Christian vai em sua moto e eu vou no meu carro, como a escola é perto nos levamos apenas dez minutos para chegar.
Desço correndo do carro e nós vamos ver Pheobe, Becca nos conduz até a enfermaria onde encontramos nossa pequena chorando muito.

—Ei, o que foi bebê? —Pego-a em meus braços e Pheobe me aperta.
—Mamãe, não me deixa.
—Calma meu amor, eu estou aqui. —Sussurro balançando.
—Obrigada por avisar-nos. —Christian diz a diretora. —Nós vamos levá-la para casa.
—Tudo bem. —A diretora diz e nós saímos.

Entro no meu carro com Pheobe e Christian sobe na moto, nós seguimos para a nossa casa para poder cuidar da nossa pequena.

Os dias começam a se passar e Christian decide cancelar nossa viagem já que Pheobe ficou doente e nós não temos condições de viajar com ela desse jeito.
As coisas tme ficados bem tentas entre nós, talvez possa ser o estresse, nós somos novos e estamos tendo uma vida de adultos. Eu não costumo me importar com isso, mas fico preocupada com Christian, ultimamente ele tem andado distante, as nossas brigas também tem piorado.
Ele ainda brinca com a Pheobe, mas está distante dela, não é como antes.

Já faz quase um ano que estamos juntos, e bem, acho que não foi uma boa ideia, eu me sinto mal ao lado de Christian, sinto como se eu estivesse prendendo-o a mim, sei que ainda o amo, mas talvez ele não me ame.
Pode ser coisa da minha cabeça, mas as coisas estão tomando um rumo muito diferente do que eu imaginei.


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