Eu te odeio tanto que acho que é amor escrita por Bee


Capítulo 1
Eu só posso estar louca, virei o Lewbert.


Notas iniciais do capítulo

Ei, então, eu só queria escrever essa song fic porque eu amo PINK, e é na música True Love, se quiserem ouvir: http://www.vagalume.com.br/pink/true-love-feat-lily-rose-cooper-traducao.html.

Sei que ninguém vai ler.



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— Yo-Yo. – Sam ouviu Freddie falar, ela encarou o moreno, estava exausta daquilo. Exausta de acharem que ela estava apaixonada pelo Brad, e querendo junta-la com Brad como se aquilo fosse algo realmente legal.

— A Carly te mandou aqui? – ela questionou enquanto mexia na sua garrafa de agua.

— Não. – ele respondeu simplesmente andando pelo pátio até próximo a ela.

— Ah, então não sabe que tivemos uma discussão? – ela evitou levantar os olhos naquele momento, qualquer olhar era traiçoeiro, como aquele aplicativo conseguiu detectar que ela estava apaixonada? Sam estava realmente apaixonada? Nem ela sabia exatamente.

— Ela me falou da discussão de vocês. – Sam encarou levemente o garoto que se ancorava na parede contraria a onde ela estava, as mãos nos bolsos, tão despretensiosamente bonito. – Só disse que ela não me mandou vir aqui.

— Ótimo. – a loira disse irônica, então por que cargas d’agua Freddie estava ali?

— Mas a Carly tá certa. – ele disse, ok, Mr. Right, Carly estava errada em várias formas, primeiro Sam não estava apaixonada e segundo, não era pelo Brad, antes fosse. Ela pensou em tudo isso, mas soltou apenas um rugido desconfortável. – Pode rugir à vontade, Sam. – Freddie disse com uma postura que ela desconhecia, muito mandão, muito incrível.

— E aquele seu aplicativo ridículo disse que eu tô apaixonada, é? – Sam não queria descontar sua raiva agora, mas estava ficando difícil com toda aquela conversa, ela havia lutado durante uma semana para agir de uma maneira mais agradável com o nub, mas ele sempre dificultava. – Eu não gosto do Brad desse jeito. – ela suspirou voltando sua atenção toda para a garrafa em suas mãos.

Freddie soltou um suspiro alto e se aproximou perigosamente de Sam, ela queria bater na cara dele, mas queria beija-lo, ela estava definitivamente ficando louca. – Ultimamente sempre que eu digo que eu e o Brad vamos fazer algo juntos, quer vir com a gente.

— E por isso eu gosto dele?

— Ué, você não me suporta. – Freddie disse, Sam não conseguia tirar os olhos daqueles odiosos olhos castanhos.

— Nunca disse que não te suporto. – ela disse calma, mentira, ela lembrava todas as vezes que tinha dito isso, era verdade, ela não o suportava, e era isso que tornava tudo tão confuso.

— Sim, você disse. – ele disse debochado, ele estava tão parecido com ela. – Tipo 900 vezes. Ainda tenho o cartão de aniversário que me deu escrito: “Feliz aniversário, insuportável. Assinado Sam”

— Sai daqui. – Sam resmungou, ela não estava mais pedindo, ela não estava se segurando mais.

— Tá bom, já vou ‘saeeeee’. – deboche, quando Freddie ficou tão debochado.

Sam só conseguia pensar em como odiava cada palavra que saia da boca dele, era como se nada útil pudesse deixar aquele garoto, mas isso não era sempre, algumas vezes ela só queria abraça-lo e gritar que continuasse falando por dias. Aquilo era uma loucura, Sam odiava a voz dele, mas amava aquela voz. Ela só poderia estar enlouquecendo.

— Tchau. – ela tentou finalmente terminar aquela conversa.

Ela queria gritar que ele deixasse a vida dela, mas não conseguiria, ele conseguia ter toda a atenção dela, não Brad, era por ele que ela fez todas essas bobagens na ultima semana, ela queria ficar próxima de Freddie, mas sem parecer estranho ela sair com Freddie sozinha, para isso Brad estava lá. Ela pensou em quão estupida seria sua vida sem aquele nerd idiota chamado Fredward Karl Benson, ela não teria com quem implicar e a quem amar.

Não, Sam não o amava, não era possível. Ela o odiava.

— Mas antes de ir... – O último pingo da paciência rara de Sam se esgotou.

— Chega. – ela disse, se levantando rapidamente e se aproximando perigosamente dele. – Cai fora antes que eu faça a dança do nocaute na sua cara. – ela ameaçou, ameaça era a única forma que ela conhecia de conversa.

Sam queria bater naquele idiota a sua frente, mas ela queria abraça-lo, ela não entendia o que estava acontecendo com o seu corpo, ela queria acabar com o espaço e o beijar, mas sabia que aquilo era estupido. Ela queria sufoca-lo. É era isso, sufocar, pode parecer abraçar, não é?

— Pode ameaçar fazer a sua dança do nocaute à vontade, tá bom? Mas a Carly continua certa. Olha, eu sei quanto é assustador expressar seus sentimentos. – Ah Freddie, você é um idiota, um idiota que eu amo. Sam pensava, sua mente estava um turbilhão. - Porque nunca se sabe se a pessoa amada sente a mesma coisa, todo mundo se sente assim. Mas nunca vai saber o que vai acontecer se não...

Sam não o deixou terminar, ela precisava arriscar, ou iria tirar aquilo pra sempre da sua mente provando que ela não gostava mesmo de Freddie, ou iria comprovar que ela estava louca. E por isso ela o beijou, ela o beijou de corpo e alma, mas Freddie nem ao menos cedeu ao beijo, ele permaneceu, duro, assustado.

Quando ela finalmente se separou, ela sentiu tudo desmoronar aos seus pés, estava assustada, ela definitivamente havia ficado louca, louca de pedra, biruta, mulher dos gatos, ela estava tão doida quanto o Lewbert, ou o Gibby. Silêncio foi o que se seguiu, Freddie abriu a boca para falar algo algumas vezes, mas nada saia.

— Eu...

— Foi mal. – ela pediu, aquela reação era a esperada, Freddie estava agindo como deveria, não estava? Ela havia sido uma idiota, havia o beijado, e ela estava louca. Se um louco te beija do nada, é assim que você fica, não é?

Por que eu continua aqui parada? Para onde eu deveria ir? – Os pensamentos de Sam não conseguiam formular nada útil, ela se sentia louca, ele havia deixado Sam louca. Era isso, ela estava louca, finalmente louca de pedra.

— Tá bom. – Freddie sussurrou, ainda paralisado. Sam não conseguia se mexer, suas pernas estavam pregadas naquele chão. Ele era um cara legal, apesar de ser um babaca, mas Sam não o merecia. E por isso ela lutou contra seu próprio corpo e correu, correu como se sua vida dependesse daquilo, e dependia.

Ela pulou o muro da escola, caindo diretamente sobre a grama úmida de orvalho, suas calças se rasgaram um pouco, mas ela não ligou, apenas correu, correu o máximo que podia, correu até suas pernas não aguentarem mais. Quando isso aconteceu, ela parou em um parquinho que havia ali, não sabia dizer exatamente onde estava, mas lembrava de já ter visto esse parquinho quando ia para casa da escola.

Lewbert. Sam ia virar um Lewbert, ela até conseguiu se imaginar com uma enorme verruga em sua bochecha, gritando com qualquer um que aparece na frente dela. “Meu chão, vocês vão sujar meu chão” uma voz muito chata em sua mente gritava. Sam não gostou nem um pouco daquela visão.

Ela se sentou no balanço, e ficou ali se balançando como fazia quando era criança, quando seus pais levavam ela e a gêmea maligna nos parquinhos próximos de casa. Lembrar daquele tempo da sua vida, sem complicações e com amor a libertava da loucura que consumia sua mente naquele momento. Ela se balançou, cada vez mais alto, tomando mais impulso, queria sentir o vento batendo no seu rosto para a acordar daquele pesadelo.

Ela balançava alto e sentia pequenas e humildes gotas caírem sobre ela. Era o que ela precisava naquele momento, uma chuva para lavar a sua loucura. O vento não havia tido nenhum efeito, talvez a agua tivesse. A loira parou lá, a chuva começando a deixa-la encharcada, os cachos se alisavam nas costas dela, o frio a pegou desprevenida, ela não trouxe nada, apenas o celular. Tudo mais havia ficado na escola.

E ela correu novamente, correu para um lugar onde ela pudesse estar a salvo, a salvo de si mesmo e daquele nub idiota. Por que ela tinha que se apaixonar justamente por ele? Ela havia jurado odiá-lo, ele era o maior idiota que ela conhecia, porque justamente ele? Sam queria ter se apaixonado por Spencer, pelo Brad, ou até pelo Gibby, mas não aquele nerd idiota.

Sam achou o lugar perfeito para se esconder daquilo tudo. Ela entrou no belo prédio, e se jogou sobre o balcão da recepção. – Por favor. – ela chorou – Eu estou louca.

Ninguém lá perguntou duas vezes antes de colocar ela em um quarto, ela estava mesmo agindo como se fosse louca, tinha que ser isso. Sam estava com o coração quebrado, quebrado porque havia se apaixonado por um idiota, um idiota que nunca ia compartilhar do mesmo sentimento que ela. E naquele lugar ela se sentiu livre.

Até o dia em que ele apareceu. Por que ele tinha que aparecer?

Ele apareceu só para fazer com que ela confirmasse seus piores temores novamente. – Eu te odeio. – ela gritou.

— E por que me beijou?

— Eu gosto de você. Viu o porque de eu ter vindo para cá? – Sam disse exasperada. Ela o odiava tanto que aquilo só podia significar uma coisa, amor. Mas isso não podia ser verdade, ela não podia ama-lo. Ele era o nub, o Freddienerd, o Freddie-bear da mamãe, o Fredonho, o Frecula, o Ferdinand, o Freddie, o único que havia feito Sam se sentir tão mal por gostar de alguém.

Ninguém poderia dizer que aqueles dois um dia poderiam representar isso, se apaixonar. Eles eram como gato e rato, e haviam chegado a um ponto sem volta. Quando Freddie beijou Sam na frente das câmeras e de todos aqueles malucos, ela soube que ele também estava tão louco quanto ela.

E eles não poderiam fazer nada quanto a isso. Ou poderiam?


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Notas finais do capítulo

Ei, e ai, alguém leu? Um fantasma disse que gostou. E vocês?