Okaeri escrita por Jessie


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá, mais um capítulo pra vocês :)



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Capítulo 6

***

(Pills - The Perishers)

Eu espero que meu sorriso

Possa te distrair

Eu espero que meus punhos

Possam lutar por dois

 

            Por muito tempo algumas pessoas passam tentando encontrar sentido para suas ações e reações. Ficam refletindo e analisando tudo ao seu redor. As pessoas, ambientes, situações, tudo que possa influenciar em algo na sua vida. Com ele não tinha sido diferente. Tudo que fazia desde que estava em Konoha era pensar. Pensar e analisar. Pensar, analisar e rever. Pensar, analisar, rever e sentir.

            Era isso que se resumia tudo que fazia quando nada com o que gastar seu tempo. Querendo ocupar seus pensamentos se dedicara por dois anos a reformar um lugar que lhe trazia péssimas lembranças. Em dois anos mais da metade do distrito Uchiha se reerguera. Sasuke concertara paredes, portas, e janelas. Reconstruiu fontes e templos desgastados pelo tempo. E plantou flores, árvores e arbustos que se lembrava existir em seu tempo de criança.

            O fato de querer fugir de seus pensamentos ocupando sua mente com qualquer coisa não teve resultados positivos. As lembranças e sentimentos continuavam lá, martelando a todo tempo, querendo mostrar pra ele tudo que ele fizera, como se fosse a sua sentença passar por tudo aquilo.

            Era por isso que ao ficar ali, frente a Sakura, depois de tanto tempo, conseguia entender um pouco do que a tinha feito passar, e o que ele estava sentindo no momento. Ele a observava como s nada de tão importante estivesse acontecendo, mas seus olhos – que tinham a grande fama de serem os mais poderosos atualmente – tentavam gravar a impressão que tinha toda vez que olhava Sakura.

            Fazia muito tempo desde a última vez que ele a olharam com o Sharingan ativo. Ele se lembrava do que sentiu ao vê-la através de sua visão vermelha.  Ele viu a massa de chakra acumulada na testa dela, ele viu que não seria tão fácil prendê-la em um genjutsu como ele esperava. Ele via que ela tinha amadurecido e aperfeiçoado sua técnica ninja.

            Agora, olhando seu a ajuda de seus tão poderosos olhos ninja, o que ele podia ver? Ele via uma pequena cicatriz no lado direito do rosto dela, dois centímetros abaixo da orelha. Ele observava que uma fina linha de expressão nascia entre sobrancelhas rosa toda vez que ela parecia irritada com algo. Ele olhava mãos que se mexiam e gesticulavam a todo tempo que ela falava. E ele sentia olhos verdadeiros e límpidos. Sakura nunca deixava de expressar o que estava sentindo através do seu olhar. E era tão bom perceber que bastava olhar para aqueles olhos verdes para saber a emoção que no momento estava no coração dela.

Olhar para os olhos dela era como olhar para sua total oposição. Ele era o total oposto dela. Seus olhos não demonstravam seus sentimentos e emoções, pelo contrário, era seus olhos negros que escondiam tudo o que ele sentia, e revelavam apenas o que ele desejava.

Ele começou a se perguntar quando foi que o quarto começara a se aquecer tanto? Nada havia mudado. Foi ai que percebeu algo que começou a mudar tudo que tinha construído. Não era seu corpo que se aquecera enquanto conversava com ela naquele quarto no país da neve. Era seu coração. Parte por parte, espaço por espaço e peça por peça. Tudo começava a aquecer.

Eu espero que meu amor

Possa lhe cegar

Eu espero que meus braços

Possam te segurar

***

Sakura ainda tinha seus olhos fixos no pequeno sorriso do homem a sua frente quando se deu conta do que tinha falado. Usara o tratamento que costumava a ter para com ele antes dele sair da vila.  Ao falar não tinha pensando em nada complicado, como se aquilo pudesse dar a entender que ela ainda nutria alguma coisa por ele - esperava que não.

Não podia negar que fora fraca, falando daquele jeito como se eles nunca tivessem passado tanto tempo longe um do outro. Só que estava tudo tão confuso. Aquele não era o Sasuke que ela estava acostumada. Um cara que era gentil e parecia se preocupar com ela. O Sasuke que ela estava acostumada provavelmente estaria em seu próprio quarto sem ao menos se lembrar de sua existência. Era tudo tão confuso que decidiu guardar todos os pensamentos que a angustiava por pelo menos aquela noite.

Minutos depois- minutos de silêncio e constrangimento por parte de Sakura e tentativas de inicio de conversa por parte de Sasuke- a porta do quarto se abriu e Hinata e Naruto caminharam até onde Sakura estava deitada, o que foi um alívio para ela. Ficar com Sasuke, sozinha, não era muito bom para seu atual estado emocional.

            — Que bom que já acordou Sakura-chan! — Exclamou Naruto com um largo sorriso.

 — Está se sentindo bem? Alguma dor? — Perguntou uma preocupada Hinata 

            — Estou ótima! — Respondeu sorrindo  —Não precisa se preocupar! Muito obrigada por terem cuidado de mim.

            — Não precisa agradecer. — Falou Naruto.

            — Sente fome Sakura-chan?

            — Um pouco. — Concluiu Sakura depois de pensar um pouco. Na verdade, estava com muita fome. Só tomara o café-da-manhã.

            — Irei com você ao restaurante então. —  Disse Hinata.

            — Não é necessário Hina. — Sakura sabia que a amiga deveria estar muito cansada depois daquele longo dia, e ela era um dos motivos para tanto desgaste — Deve estar cansada, já fez o suficiente por mim. Posso me cuidar sozinha agora. — ela terminou de falar com um sorriso.

            — Não posso permitir que você vá sozinha — Hinata declarou — Não adianta tentar discuti.

            — Vou com ela, Hinata — A voz de Sasuke saiu baixar, porém firme — Acho que estou com fome também. 

            — Não deixe que ela se esforce muito, Sasuke-san. — pediu Hinata

            Sasuke fez um sinal de afirmação com a cabeça enquanto via Sakura sair da cama e tentar, em vão,              retirar o amassado que a cama fizera em sua roupa. Ela desistiu daquilo e deu uma risada ao perceber o desastre que estava sua roupa.

— Vamos logo Sasuke, estou morrendo de fome.

            A ponta de felicidade que sentira há minutos começou a apagar. Era a Sakura distante que tinha se levantado na cama, e não a garota que conversou com ele normalmente por algum tempo. Naquele momento começou a questionar seus próprios motivos. Estava tão empenhado assim a resgatar a relação de amizade que tinha com ela? Era realmente sua vontade que Sakura voltasse a sorrir para ele como fazia aos doze anos de idade? 

            Sasuke gostaria que Sakura voltasse a ter o mesmo tipo de personalidade de antes? Isso significava que ela voltaria a ser irritante, como ele mesmo adorava descrevê-la. O Uchiha não sabia explicar o porquê naquele momento, mas queria ver os olhos verdes dela brilhando de alegria, felicidade... Amor. Queria que ela voltasse a sorrir, só que tinha que ser aquele sorriso que ela direcionava somente a ele. Tinha ser o mesmo sorriso apaixonado de antes, se fosse outro, se fosse outro tipo de sorriso a sensação de estar completo não chegaria nunca. Quem sabe fosse necessário um pouco mais de empenho para conquistar aquilo novamente. Ele estava disposto a se doar por aquilo?

X-x-x-x-x-x-x-X

            A pousada em que estava era um local muito aconchegante. O restaurante tinha uma atmosfera bastante rústica, Sakura adorou aquilo. Tudo que lembrava o interior era do agrado da garota. Amava objetos antigos, e objetos e móveis daquele tipo não faltavam naquele lugar. Todos os móveis eram de madeira de lei, em um tom de mogno escuro maravilhoso. Cerca de dez mesas estavam espalhadas pelo salão. Alguns atendentes se revezavam pelas mesas para suprirem todos os pedidos de hóspedes. Acima de tudo, aquela pousada tinha um clima de lua-de-mel. Era um local em que qualquer recém-casado escolheria para ficar depois de casado. Sakura teve muita vontade de rir da situação, estar ali com Sasuke era até irônico, quantas vezes não desejou jantar com o Uchiha em lugar como aquele?

            Agora que tinha a oportunidade, só conseguia sentir um vazio no peito. Queria tanto que as coisas fossem diferentes. Só que não eram, e ela não podia mudar. Se não fosse tão cabeça dura poderia voltar a ser a mesma de antes com Sasuke, só que o seu orgulho não permitia isso. Era engraçado perceber que por muitas vezes ela tinha condenado o Uchiha por ter tão orgulho dentro de si, agora era ela que guardava aquele sentimento dentro de dela. É... Realmente as coisas haviam mudado bruscamente. 

            Não, não era apenas orgulho. Havia uma mistura de sentimentos dentro dela. Raiva, frustação, tristeza, saudades, amor... Era um caldeirão que borbulharia e transbordaria se ela não controlasse as coisas que sentia perto dele. Não era apenas um orgulho bobo, era proteção. Queria proteger seu coração de ser quebrado novamente, não queria ter que recolher novamente todos os cacos que ficaram quando Sasuke se foi. Não era uma coisa ruim querer se manter intacta, era?

            — Em que posso ajudar o jovem casal?— A pergunta foi feita por um homem que já aparentava certa idade. Seus cabelos estavam completamente brancos e lhe faltavam no topo da cabeça. Vestia um quimono cinza, sandálias e meias.

            — Eu gostaria muito que o senhor me indicasse alguma mesa onde nós possamos jantar.— Sakura respondeu um sorriso.

            — Me acompanhem, por favor. — O velho senhor começou a andar entres as mesas e eles o seguiram.

            Casal? Pensou Sasuke. Ele não conseguiu entender nenhum pouco a reação e a atitude de Sakura. Pensou que ela se sentiria desconfortável pelo que aquele senhor havia falado, mas ela não agiu da maneira que ele imaginava. A chama que estava quase se apagando voltara a arder, mesmo que timidamente.  Na sua mente só se passava que talvez ela não tivesse tanta raiva dele naquele momento.

Em poucos minutos estavam sentados um em frente ao outro, afastados do movimento das pessoas. Era uma mesa bem perto da lareira, e a Haruno agradeceu por isso. Mesmo dentro da pousada ainda fazia muito frio. Fizeram os pedidos e falaram ocasionalmente sobre o local e o ambiente.

— Quanto tempo fiquei desacordada? — Perguntou Sakura depois de beber um pouco do chá de ervas que pedira para tentar se aquecer melhor.

            — Cerca de seis horas. — Sasuke olhava pra ela enquanto esperava seu pedido ser entregue

            — Muito tempo. — Sakura colocou um dedo na testa, habito que adquirira quando tinha que pensar sobre alguma doença de um de seus pacientes — A hipotermia que tive foi de provável nível dois.

            — Ainda sente alguma coisa? — Perguntou ele visivelmente preocupado. Só que ela levou aquilo para outro lado, achou que ele devia pensar que ela ainda era muito fraca. 

            —Não, estou bem. — respondeu ríspida — Nos últimos anos desenvolvi uma excelente resistência física. Fiquei bem mais forte, mas você irá perceber isso mais cedo ou mais tarde nas missões que faremos.

            — Não estou dizendo que você não seja forte. — Ele explicou — Só fiquei preocupado com seu estado de saúde, nada mais. — Sakura arqueou uma das suas sobrancelhas. Uchiha Sasuke preocupado com alguém, e principalmente, esse alguém era ela, aquilo sim era uma grande novidade. Cada vez ficava mais surpresa com as atitudes e ações dele. Como uma pessoa podia mudar tanto?

            Sakura não tinha certeza se deveria acreditar naquela possibilidade. Não aceitava, mas no fundo sentia medo de abaixar a guarda e Sasuke conseguir voltar para o coração dela, se é que um dia ele tinha saído verdadeiramente de lá.

            A chama se aqueceu mais um pouco.  O Uchiha percebeu o efeito que aquelas palavras haviam causado nela e gostou daquilo. Ele sentia que a cada dia estava mais perto de que tudo se encaixasse. Queria experimentar a sensação de estar em paz, e se para isso fosse preciso reconquistar a confiança dela, o faria.  Quem diria que um dia ele, Uchiha Sasuke, estaria demonstrando preocupação pela garota que ele sempre taxou como irritante. Realmente o mundo dava muitas e muitas voltas, e agora o feitiço virava-se contra o feiticeiro.

            O restante do jantar foi todo feito em silêncio. Sakura não tinha a mínima vontade de falar algo, e Sasuke não sabia o que dizer a ela, suas alternativas estavam se esgotando. Os papéis foram invertidos. Em vez de ela procurar algum assunto para conversar com ele, era ele quem vasculhava a mente atrás de qualquer ideia para puxar assunto. Estava quase desistindo quando se lembrou de curiosidades que ele tinha que poderia ajudar a iniciar a conversa.

            — Qual foi mesmo a vila em que você fez a missão Sakura? — O tom de voz dele era despreocupado, mas seus olhos e seus ombros flexionados demonstravam uma tensão que Sakura não percebeu.

            — Vila do Bronze. — Ela respondeu sem dar muita importância para a indagação do Uchiha. Estava mais preocupada em comer os pequenos doces decorados que foram servidos.

            — E o que você fez lá? — Que tipo de interesse repentino era aquele? Sakura queria entender para aquele tanto de pergunta. — Que tipo de missão era?

            — Na realidade — começou uma pequena explicação, nunca fora do tipo de jogar fora uma conversa onde podia falar sobre missões — foi uma missão humanitária. A vila do Bronze é muito pobre, e tinha acabado de sofrer um ataque quando eu cheguei. Tsunade-sama pediu para que eu auxiliasse em tudo que os moradores precisavam. A população tinha muitas crianças, e a maioria delas tinham perdido os pais naquele ataque, então o daimyou da vila organizou um orfanato e eu passei a ajudá-los.

            — Onde você ficou esse tempo todo. Em um hotel? — Sakura já nem se preocupava com aquele súbito interesse de Sasuke. Estava adorando poder conversar com ele. Não tinha conversado com alguém sobre sua missão e as coisas que realizara lá. Era bom ter alguém com quem compartilhar experiências. 

            — Passei todos esses anos junto com as crianças. Era melhor assim, pois não havia muitas pessoas para cuidarem delas, então eu ficava praticamente o dia todo com todas. Só que de vez em quando, tinha que sair, pois alguém precisava de atendimento médico ou algo do tipo. Sem contar as vezes que a vila foi atacada novamente e eu tive o dever de ajudar a defendê-la.

            — E você gostou de realizar essa missão? — Ele estava orgulhoso por ter conseguido prender a atenção dela. Era mais um pouco da chama que estava dentro dele que se acendia.

            — Sim. — respondeu sorrindo — Cada sorriso que recebi daquelas crianças valeu apena.  Quando retornei deixei a vila já bastante melhorada, muitas das crianças foram adotadas, e outras em breve seriam. Elas estavam felizes, e isso me faz feliz. Consegui alguns amigos lá, e os levarei pro resto da vida.

            — Você fez um bom trabalho. — Sasuke sorria.

            — Obrigada. — Ela também sorriu. — Já que você me fez esse monte de pergunta também tenho direito de fazer uma não tenho?

            — Acredito que sim. — Ele respondeu — Só que vamos ter que deixar para outra hora. Acho que o dono da casa quer fechar o restaurante. 

            Ela olhou para o relógio e viu que Sasuke realmente tinha razão. Passaram bastante tempo conversando e as horas tinham passado mais rápido do que ela esperava. Só restavam ele dois de clientes, e o senhor que os atendera já tinha uma expressão impaciente.  Sentia-se estupidamente feliz, aquela era a primeira vez , desde que o Uchiha voltara, que eles tinham uma conversa tranquila.

            Quando voltaram para o quarto Hinata já havia dormido, e Naruto cochilava pesadamente na poltrona que estava ao lado da cama onde a Hyuuga repousava. Coube a Sakura a tarefe de acordar o Uzumaki, o que não foi nada fácil. Só que depois de algumas, ou muitas, insistências - Sakura o socou- ela teve êxito nesta incrível façanha, que poderia ser considerada um dos doze trabalhos de Hércules. Naruto e Sasuke se despediriam dela e foram para o quarto que ocupavam a fim de dormir também.

            A Haruno tomou um banho e em seguida foi se deitar como os outros. Não conseguia parar de pensar em tudo que lhe acontecera nos últimos dias, as coisas foram surgindo em uma incrível velocidade, e ela sentia-se insegura. Se por um lado queira manter-se afastada do Uchiha, por outro nunca desejou estar tão próxima dele. Era uma espada de dois gumes. Não! Não iria permitir que ele voltasse a se instalar no seu coração, ela repetia isso como um mantra. Resistiria a ele, enquanto pudesse. Uchiha Sasuke não entraria no seu coração. Realmente ele não tinha como entrar ali, afinal, nunca tinha saído de lá.

***

Alguém talvez pense

Que estamos indo bem

Mas se eu tivesse que parar e pensar

Estamos perdendo nosso chão

            Ele sentia seus músculos arderem quando saiu do banho aquela noite. Seu corpo estava tão gelado antes de entrar na agua quente que agora reclamava do choque de temperatura que sofreu. Secou o cabelo da melhor forma que pode e vestiu algo quente para dormir. No quarto Naruto estava jogado sobre a cama, os olhos meio abertos por causa do sono.

            —Você vai dormir agora, Sasuke?

            —Sim, estou cansado.

            —Ok. — Naruto soltou um pouco de ar pela boca que se transformou numa névoa ao entrar em contato com o vento frio — A Sakura-chan parecia feliz hoje quando voltou do jantar. — Sasuke permaneceu em silêncio e isso fez com que Naruto o olhasse estreitando os olhos — Estar perto de você muda o jeito dela.

            —Não seja ridículo, Naruto.

            — Sasuke, eu posso não entender da teoria de selos, jutsus e todas as coisas complicadas que você ou o Shikamaru sabem, mas eu conheço meus amigos. E eu sei quanto tempo demorou para  Sakura conseguir sentir felicidade novamente. Antes dela sair para essa missão da vila que não sei o nome ela parecia não ser a Sakura. E agora, agora que ela voltou, no começo eu não a reconheci. Ela parecia olhar, mas não está olhando, sabe? — Naruto coçou sua cabeça — Hoje não, por alguns minutos eu vi a Sakura-chan que eu sempre esperei voltar. Não a deixe mudar novamente, por favor.

            Sasuke acenou positivamente com a cabeça, viu Naruto se virar e pegar no sono. Ele apagou as luzes do quarto e se deitou também. Aquela era uma das características de Naruto que fazia Sasuke acreditar em quão bom amigo o Uzumaki era. Sasuke não precisou justificar seus motivos para ele, ou dizer o que pensava e sentia sobre Sakura. Naruto confiava o suficiente em Sasuke para confiar que qualquer decisão que ele tomasse seria porque ele já tinha pensado e decidido que era o que realmente queria.

            Apesar do cansaço ele não dormiu tão rápido como esperava. Ficou olhando para o teto por bastante tempo tentando acalmar tudo que parecia não querer dormir dentro dele. Cansado daquilo resolveu admitir que foram bons os momentos que passara com ela. Em nenhum momento pode imaginar que chegaria o dia em que ele se sentiria feliz por ter conversado com ela sobre coisas tão normais como missões. Quando estava quase pegando no sono se lembrou de como ela ficava bonita no frio, a pele dela parecia quase transparente e a boca assumia um tom diferente, algo como rosa quase azul que ele teve vontade de saber se ele beijasse os lábios dela eles permaneceriam naquela tonalidade azulada ou voltariam a ser vermelhos como no calor?

Alguém talvez pense

Que estamos bem

Mas precisamos de pílulas

Pra dormir a noite

Precisamos de mentiras

Para aguentar o dia

Em que não estamos bem

 

 


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Notas finais do capítulo

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