Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte
Notas iniciais do capítulo
Hi,
Desculpa a demora, eu iria postar semana passada quando só faltavam alguns detalhes para o capítulo ficar pronto, mas eu tive que sair com meus pais e não postei nos dias da semana por que meus pais me tratam como criancinha e só me deixam entrar no final de semana!
Obrigada pelo comentário Aluada!
Boa leitura!
Ajeitei a postura, levantei um pouco o cotovelo, soltei o ar e disparo a flecha. Mas acertei o centro do nosso alvo improvisado, que era um alvo de dardos que havíamos achado no porão dele.
—Não quer tentar? -Pergunto para Nico que estava em um dos sofás lendo um livro que eu não estava nem um pouco interessada em saber o nome enquanto eu praticava já que não tínhamos nada para fazer.
—Você sabe que se eu destruir a parede Bianca me mata, né? - Nico tira os olhos do livro para me responder. - Você não precisa de um novo alvo?
—Tipo o quê? - pergunto olhando o alvo de dardos repleto de flechas.
—Qualquer coisa -ele diz e eu já abro a boca pra sugerir algo quando ele me interrompe. -Menos aquele quadro da minha mãe!
—Mas… Ele é perfeito! É horroroso e ninguém usa. Ele só fica ocupando espaço no porão! - Eu disse.
—Escolha outra coisa sua imaginação é bem fértil! - Ele diz e volta ao livro.
Ele tem razão, minha imaginação é bem fértil e eu posso pensar em qualquer outra coisa. Coloquei o arco em um canto e sentei ao lado de Nico. Ele nem presta atenção em mim.
—Que tal você? Com uma mini maçã em cima da cabeça! -Pergunto sorrindo.
Nico tira os olhos do livro e me olha com os olhos arregalados, como se eu fosse louca.
—Não!- Ele diz e volta ao livro. -Você é louca!
Tenho uma ideia. Posso praticar com o arco outro dia. Eu fecho o livro que estava nas mãos de Nico e o jogo em um canto.
—Louquinha! -Digo indo pra cima dele o fazendo deitar no sofá.
Nico olha em meus olhos, eu mordo o lábio inferior e arqueio a sobrancelha. Ele segura meu pescoço e roça seus lábios nos meus. Nico nos troca, sabendo muito bem minhas intenções, e me beija. Eu coloco minha mão dentro da sua camiseta e arranho suas costas, Nico estremece e aperta minha cintura.
Ele desce, beija meu pescoço e diz:
—Hazel está em casa! - e volta a beijar meu pescoço.
—Qualquer coisa -Paro de falar para morder meu lábio inferior quando ele morde meu pescoço. -a gente continua a se pegar na frente dela!
Ele riu contra meu pescoço, Eu o puxo para cima e volto a beijá-lo. Eu desço a mão que antes estava em seu pescoço até a mão dele que estava em minha cintura e a coloco em cima da minha barriga a direcionando para baixo.
Nico entende o que eu queria que ele fizesse. Enquanto me beija ele desce a mão, ele a coloca dentro do meu short, sinto a ponta de seus dedos na minha calcinha e ouvimos um pigarreio.
Paralisamos. Droga! Penso com os olhos fechados. Nico tira a mão de dentro do meu short e sai de cima de mim. Ao sentarmos no sofá damos de cara com um homem e uma mulher.
Ajeito minha camiseta. Nico estava com os olhos arregalados. A mulher me olhava de cara feia já o homem tinha um sorriso bem discreto no canto da boca e oscilava o olhar entre mim e Nico. Nico estava vermelho e, realmente, eu não sei por quê. Ele se levanta.
—Pai, mãe! - Nico diz. Ai eu vi motivo pra ficar vermelha.
Olho bem para eles enquanto se cumprimentam. Nico tinhas os cabelos lisos da mãe, mas a cor era igual ao dos cabelos do seu pai assim como os olhos, boca, o sorriso de lado que quase não dá para ver e o rosto inexpressivo. Na verdade Nico era meio que a versão mais nova de seu pai.
—O que essa meretriz está fazendo aqui? - A mãe dele me olha com desprezo.
—Maria! -O pai de Nico a repreende.
—Estou tomando conta dos seus filhos! - Digo, antes que Nico abra a boca. Não era exatamente dos dois filhos dela, mas tudo bem! - E sinto lhe informar, mas eu não sou uma prostituta!
—Onde está Bianca, Nico? -Maria pergunta para ele.
—Viajou! - Lhe respondo. - Não disse pra onde iria. Deve ter ido experimentar novas sensações!
Ela me olha e semicerrou os olhos me encarando e eu apenas a encarei de volta. Eu até ficaria na minha porque a casa é dela e tudo mais, porém ela me chamou de prostituta, aí já é demais.
—De quem é esse arco e essas flechas? -Ela pergunta olhando ao redor.
—Pertencem a mim! - Eu Respondo.
—E porque não está no quarto de hóspedes junto com suas coisas? - Ela se direciona a mim.
—Eu achei o quarto do Nico muito pequeno para praticar por isso viemos pra aqui pra baixo. - Eu a Respondo.
—Você está dormindo no quarto do meu filho? - Ela perguntou, parecendo meio surpresa.
Eu fiz que sim com a cabeça.
—Sim, a gente dormiu agarrado e tudo! -Menti.
Maria me olha com pura fúria nos olhos e eu faço que não estou nem aí com a maior cara de sonsa do mundo. Eu não fui com a cara dela e deu pra perceber que ela também não fora muito com minha cara então foda-se não tinha motivo pra fingir que gostei dela e fazer a falsa sendo simpática.
—Nico, onde está Hazel? - O pai dele o pergunta, tentando aliviar a tensão entre nós duas.
—Está lá em cima! -Nico o responde. - Quer que eu vá chamá-la?
—Sim, - O pai dele diz e me olha ao dizer: -Por favor!
Nico me olha e faz um gesto pra que eu o acompanhasse.
—Vem Thalia!
Eu o sigo, subimos as escadas, lado a lado e assim que saímos da vista de seus pais Nico perguntou baixinho:
—Precisava respondê-la daquela forma? - Diz, me olhando.
—Nico, ela me chamou de prostituta! - Me justifico.
—Você poderia ser mais cordial! - Diz. - Toda mãe tem ciúmes dos seus filhos!
Bufei.
—Isso não justifica me chamar de prostituta! - Cruzei os braços e olhei para o chão com a cara emburrada.
—Então porque se ofendeu? - Ele pergunta.
—Por que eu me ofendo facilmente, Nico, odeio quando falam mal de mim! -Eu disse, com a voz alterada.
Nico passa o braço pelos meus ombros e me puxa um pouco pra perto.
—Apenas deixe pra lá. Ok?
—Ok!
Damos mais alguns passos e paramos em frente a uma porta. Nico a abre e damos de cara com Hazel e Frank na maior pegação.
—A vingança é doce não é mesmo Hazel… - Olhei para Nico tentando lembrar o segundo nome dela.
—Levesque. - Nico diz.
—Hazel Levesque! - Eu digo.
Hazel sai de cima de Frank que estava sem camisa e corado.
—O que estão fazendo aqui? - Hazel nos perguntou ajeitando a alça do vestido.
—Viemos nos vingar! - Eu disse.
—Não viemos nos vingar! - Nico diz. - E a mamãe e papai voltaram e estão lá em baixo.
—Voltaram? - Hazel perguntou com os olhos dourados arregalados.
Frank pega a camisa do chão e a veste.
—Acho melhor eu ir! - Frank diz olhando para Hazel ainda vermelho.
—Acho melhor você sair pela janela, a mãe deles está uma fera e só falou pegar faca e tirar minhas entranhas. - Eu os avisei.
—Obrigada por nos ajudar! - Hazel agradece indo para uma das janelas e abrindo a mesma.
—Por que eu estou fazendo isso mesmo? -Pergunto pra mim mesma em voz alta.
—Sei lá! - Nico me responde.
—Vão na frente eu já os alcanço! - Hazel diz para nós dois.
Assentimos, saímos do quarto de Hazel e fechamos a porta.
—Sabe de uma coisa?- Pergunto a Nico.
—O quê? - Ele pergunta.
—Odeio sua família, menos Bianca, Claro! - digo.
—Por quê? Por que esse ódio repentino? -Nico pergunta. - Quer dizer não tem razão para odiá-los.
—Tá aí, eles sempre nos atrapalham. - Digo. - Primeiro Hazel, depois ela de novo e agora seus pais!
—Agora entendo por quê! - Ele diz e rapidamente, com um gesto que me surpreende, ele me encosta na parede. - Da próxima vez poderíamos agir mais e falar menos.
—Poderíamos entrar em um dos quartos! - sugiro.
—Faríamos barulho demais não? -Ele me pergunta.
—Você nunca ouviu falar em sexo silencioso? -Lhe pergunto.
—Desculpa, queridinhos, mas se não teve pra mim não vai ter pra vocês! - Hazel diz ao passar por nós
Nico se afasta de mim e nós dois a seguimos. Eu puxo o ar pelas narinas e logo depois solto fingindo esmagar a cabeça de Hazel entre as mão.
Ao chegarmos lá em baixo Hazel fala com os pais e eu e Nico ficamos lado a lado no sofá enquanto eu tirava as flechas, que estavam cravadas no alvo de dardos, e Nico as segurava.
—Eu acho que… - ele começa a sussurrar para mim, mas é interrompido quando a porta de entrada se abre e duas pessoas entram se agarrando.
Percebo que essas duas pessoas são Luke e Bianca. Eles só faltavam tirar as roupas ali na nossa frente. Luke, que até então tinha as mão na cintura de Bianca, desce um pouco mais as mão.
—Já chega! - A mãe de Nico ordena os interrompendo. Bianca larga Luke e se vira para nós corada de vergonha. -Não quero ter que ver outro dos meus filhos se agarrando na minha frente!
—Aposto que não iria quer ver um terceiro! - Pensei alto demais.
—O quê? - Ela se volta para mim com o cenho franzido.
—Ah, nada não! - Eu digo. Tudo bem que eu estava nutrindo um ódio por Hazel, porém isso não quer dizer eu vá dedurar a garota para a mãe dela.
Hazel me olha aliviada e Maria se volta furiosa para Bianca.
—Por que deixou seus dois irmãos mais novos com essa estranha menor de idade?
—Mãe, Thalia não é nenhuma estranha, Nico a conhece e ela não está tomando conta deles está apenas fazendo companhia para eles! - Bianca nos defende. Agora vocês sabem por que eu não a odeio?
—E onde você estava para abandoná-los assim? - Maria pergunta para Bianca.
—Eu tive que fazer uma viajem de última hora!- Bianca explica.
—Com esse daí? -A mãe deles pergunta apontando para Luke.
Bianca deu uma resposta em Italiano que pareceu ser bem grosseira e a partir daí elas começaram a dialogar em italiano e eu estava tipo: What’s Bitch?
Quando o diálogo passivo começou a aparecer uma discussão eu sussurro para Nico:
—Acho melhor eu ir embora!
—Vamos pegar suas coisas lá em cima. - ele diz com o rosto bem próximo ao meu.
Nós dois subimos e pegamos minha mochila. Quando descemos pegamos meu arco e aljava e quando nos dirigimos a porta passando por Luke ele diz:
—Acho que eu vou indo também!
Ele deveria estar mais confuso que eu.
—Não! - Bianca Diz, a voz dela estava falha como se estive prestes a chorar. - Você fica aí!
—Melhor você ficar! - Nico aconselha.
Luke assentiu e nós dois seguimos em direção a porta.
Nico me leva até meu carro. Nós colocamos minhas coisas no porta-malas e eu entrei no carro.
—Nos vemos segunda? -Nico pergunta do lado de fora.
—Você me liga assim que ficar só. - Eu digo.
—Tá! -ele assente.
Eu desvio o olhar para o carro a minha frente, volto a olhar para ele e sorrio.
—Vem cá, vem. - Digo e pela janela coloco parte do meu corpo para fora do carro e o beijo. - Agora eu posso ir.
Ele sorri de lado parecendo meio envergonhado e eu vou embora.
P.O.V Nico
Quando ela vai embora e eu entro em casa novamente vejo Bianca e aquele cara loiro, que eu não sabia o nome, descerem as escadas com algumas malas. Meus pais e nem Hazel estavam na sala, aquela confusão acabou.
—O que aconteceu, Bianca? -Pergunto. - Pra onde você vai?
Bianca que antes estava com a cabeça baixa vem até mim.
—Vou pra casa de Luke, venho pegar minhas coisas depois e te ligo quando estiver mais calma. - Ela diz e eu assinto confuso.
Eu a abraço. Não sou de demonstrar afeto pelas pessoas que amo, mas ela parecia precisar daquilo.
—Obrigada! -Ela se afasta, beija minha bochecha e segue em direção a porta que era onde Luke estava parado. - Tchau, Nico. Se cuide!
Eles vão embora.
Mais que droga está acontecendo? Por que Bianca foi embora? E cadê os meus pais? Hazel deve saber!
Vou para as escadas e quando estou quase na metade ouço a voz da minha mãe:
—Nico onde está Silena? -Ela pergunta.
Bato com a ponta dos dedos no corrimão das escadas. Como ela não poderia saber? Suspiro e me viro para ela.
—Morreu, achei que você soubesse. -Algo me dizia para ser frio, mesmo que eu não quisesse. Ela abre a boca para dizer algo, mas logo a fecha. -Vou indo!
—Para onde? - Ela pergunta.
—Falar com Thalia!
—Ah, não! Você não vai! Eu não gosto daquela garota!- Ela diz alterando a voz. - Está proibido de ver ou falar com aquela garota!
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