Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, como estão? Espero que bem! Voltei rapidinho, não?
❤Minha Marida, Dama Das Águas, ganhou um encontro com o irmão dela ‘-’❤ O encontro não vai acontecer deixando bem claro! Incesto só entre Thalico ❤ Mas ainda tem o Chris ❤
Obrigada Caty, eu amei sua recomendação ❤ Você sabe o quanto eu fiquei feliz ❤
Obrigada pelos comentários Aluada, Kath McCall22, Kaya, GISIELI JACKSON, BlackJack and RainBow e a Queen Of Darkness pelos vários comentários!
Eu vi vocês criando várias teorias do que aconteceu, então eu tive uma ideia: o que acham usarem a criatividade pra criar teorias loucas sobre o que aconteceu? Tipo daquelas bem loucas mesmo, sabe?
Eu vou colocar as meninas do Team Pipopinha pra votar e quem ganhar vai poder escolher um prêmio! O que acham? Já podem começar com as teorias!
Bom, agora só mais um capítulo normalzinho, então boa leitura :)



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Eu nunca havia ido a um velório.

Primeiramente porque meus pais não tinham muitos amigos e seguidamente eles devem achar que cemitérios não são lugares para crianças. E realmente não eram, haviam pessoas de preto por todos os cantos que você olhava, elas estavam tristes,  chorando, era muito desalento por metro quadrado. Eu não estava me sentindo bem ali.

Hazel havia me obrigado a ir, mas também fui por consideração a Clarisse, não deve ser fácil perder alguém. Ela não parava de chorar seus olhos estavam inchados e vermelho e todos tentavam consolá-la, mas parecia uma missão impossível.

Todos estavam ali Annabeth, Chris, Thalia, alguns  amigos da família e homens do exército. Sim, Thalia Grace está lá, a pessoa que pareceu me esquecer em questão de semanas. Percy não apareceu,  o que nos deixou preocupados.

Thalia não falou comigo, estava distante, ignorou minha presença não olhando uma vez sequer em minha cara. Ela parecia estar bem, melhor do que nunca, e ela parecia estar até mais… Feliz. Eu ainda queria saber o porque daquilo, o porque dela não estar olhando minha cara, o porque dela está fugindo. Eu, novamente, estava com um forte sentimento de culpa. Já faziam três semanas e alguns dias que eu não a via e aquilo estava sendo desesperador. Eu havia ido ao apartamento do seu irmão, mas ela nunca estava em casa e não atendia minhas ligações. Se era possível enlouquecer por causa de uma coisa dessas eu já deveria estar em manicômio, pois criava ridículas hipóteses sobre o real motivo daquilo, passava horas em meu quarto e até mesmo alguns dias sem comer.

No fim da cerimônia, quando todos estavam dizendo suas palavras de conforto a família de Clarisse eu estava ao lado da minha irmã, que estava grudada a Frank e tentava consolar a todos. Ela mantinha a calma que todos pareciam ter perdido, Annabeth puxou meu braço dizendo:

— Venham. - Disse para Clarisse que estava ao lado de Chris em seu vestido escuro.

Sem claras explicações a loira nos levou para baixo de um velho carvalho velho, onde Thalia estava à nossa espera sentada em um banco de madeira que estava ali embaixo. Ela estava maravilhosa em suas vestes também escuras como a dos outros, mas tinha a cabeça baixa e um olhar distante. O que estava acontecendo? Quando me sentei ao seu lado ela se levantou ficando de frente para todos.

— Eu não sabia como dizer isso, - Começou ela parecendo lutar para não chorar, parecia estar triste, mas tentava manter a calma enquanto dizia aquilo. - Mas Percy foi embora.

— Como assim? - Perguntou Chris com os olhos arregalados.  

— Ele… me enviou um e-mail. - Disse ela não conseguindo conter as lágrimas que escorriam por seu rosto, já estava soluçando e limpava constantemente o rosto por causa das lágrimas.

— O que tem escrito? - Perguntou Clarisse para Thalia, ela estava quase chorando.

Annabeth se mantinha calada ao meu lado no banco. Ela não parecia triste por Percy ou algo. Estava totalmente fria, distante e calada.

Eu não sei como começar uma carta, acho que nunca escrevi uma na minha vida inteira, e ainda mais uma de despedida. Confesso que foi difícil escrevê-la, e eu tive que recomeçar-lá diversas vezes, então me desculpem se eu esqueci algo, tenho tantas coisas para falar que não caberiam em um único e-mail.

Vocês são meus amigos desde o primário… ah o primário eu adorava aquilo lá. Chris me ajudava com as brincadeiras de mau gosto contra Annabeth, não nos leve a mal Annie, nós te amamos, mas amamos fazer todas aquelas brincadeiras maldosas com você, mesmo que apanhando da Clarisse depois. Guardo como uma boa lembrança o dia que você me jogou da escada, isso é estranho, mas Ok.  E me desculpe também por toda a vergonha, brincadeiras de mau gosto e todas as lágrimas que eu te fiz derramar, era tudo parte do meu grande plano que claramente deu errado. Não seja tão dura consigo mesma, não deixe oportunidades passarem, a vida não vai sempre te dar uma segunda chance. E de todo o coração espero que encontre o que está procurando.

Clarisse, a única valentona que eu amo, mas você nem é tão valentona assim, Chris acabou derretendo  esse coração de gelo, estou errado? Tenho quase cem por cento de certeza que não. Ainda me lembro daquela guerra de comida que começamos numa quinta-feira no oitavo ano, se eu ainda estivesse aí iria querer uma despedida como aquele dia, mas é tarde demais para isso e estamos um pouco velhos também, não acha? Guardo com carinho todos os seus chutes e socos na boca do estômago. Ah, e não deixe uma certa pessoa escapar, o faça feliz enquanto dá tempo. Ps.: Ele está caidinho por você e te ama muito.

Chris, (Nico não fique com inveja dele, pois ainda tenho muito coisa pra falar sobre você.) o melhor amigo que alguém poderia ter, sério eu queria que você fosse meu irmão, aliás, você é como um irmão. Eu até pensei em te trazer dentro da mala, mas Clarisse ficaria muito triste e eu não quero voltar a apanhar dela e muito menos deixá-la triste. Eu amava perder tempo com você no parque fazendo coisas idiotas, flertando com garotas até conseguir seus números e olhar para a bunda delas, até que você se converteu em começou a dizer por aí: My religion is Clarisse La Rue. Confesso que no começo achei estranho, mas depois eu quis casar vocês. Espero ter essa oportunidade um dia. P.s.: Não demore a fazer aquela pergunta. Se ela dizer não, a gente compra uma boneca inflável e se casa, ok? P.s.2: Fui eu que roubei a sua figurinha favorita do Ben 10 na quarta série, me desculpe.

Thalia, sempre te achei a mais calada do grupo, mas você mostrou-se outra depois de alguns anos e nós não achamos isso ruim pelo contrário era ótimo, porque você também se metia em confusão comigo e com Chris. Confesso que já tive uma quedinha por você, mas você é minha prima e isso é bem errado. Acabei arranjando outra crush. Você é uma pessoa maravilhosa, apesar de ser bem malcriada quando quer. Deixe Londres para trás, junto as coisas que você fez lá. Você encontrou algo bem melhor aqui, aliás, você está em casa, com seus amigos e uma nova pessoa que gosta muito de você. O agarre, segure firme, faça de tudo para não perdê-lo. Sempre te vejo com um olhar diferente e um sorrisinho alegre e bobo perto dele. Alguém assim ninguém encontra duas vezes. P.s.: espero que quando eu voltar o bebê já esteja a caminho.

Nico Di Angelo, você é o que eu conheço a menos tempo, mas tenho certeza de que seríamos ótimos amigos. Aliás, somos! Quando eu não o conhecia pensava que você era um adorador de Satan, sério cara, mas eu estava totalmente enganado você é uma ótima pessoa, apenas é um pouco calado, observador e parece estar no mundo da lua o tempo todo. Não escute as palavras maldosas de alguns, eles não são e nunca serão melhores que você. Quanto a Octavian, eu ainda vou dar um jeito nele. Apenas não seja tão calado, você não precisa se retrair, fale o que sente, principalmente para essa pessoa que está lendo essa carta. P.s.: Talvez ela esteja muito ocupado sendo sua para se apaixonar por outra pessoa.Obrigado pelos conselhos. Ainda estou tentando praticar aquilo.

Mudei meu número e endereço, pois quero recomeçar, ter uma nova vida, deixa algumas coisas para trás, mas não quero perdê-los, quero que todos me mandem notícias por esse e-mail(quem ainda faz isso?).

 

Com amor, Percy.

Esse com amor ficou estranho, mas fazer o quê?  Eu amo vocês!

 

— Esse… e-mail chegou para mim hoje há algumas horas. - Disse Thalia que chorava assim como Clarisse, ao contrário de Annabeth ainda estava da mesma forma que antes. - Ele não disse onde está. Eu tentei liga-lo, mas ele mudou o número, assim como tio Poseidon que não falou nada dessa mudança repentina ao meu pai.

— Esse foi o plano de recomeço dele. - Falei, vendo Thalia vir soluçando em direção ao banco sentado no colo de Annabeth que a abraçou forte como se tentasse protegê-la de algo ou apenas lhe consolar. - Não fiquem tristes, ele vai ficar bem, temos que ficar felizes por ele.

— Você sabia? - Perguntou Chris tentando consolar Clarisse que estava com a cabeça enterrada no pescoço dele.

Fiz que sim com a cabeça.

— Eu o aconselhei a recomeçar, mas ele não me falou nada de mudar daqui. - Contei lembrando-me do que ele havia me contado.

— Quando isso aconteceu? - Clarisse pergunta para mim ainda sem mostrar o rosto.

— No dia que Thalia foi para Londres. - Digo olhando para o chão, pensando sobre o que eu havia dito para Percy. - Nós conversamos por algumas horas.

— Sobre o quê?  - Annabeth Perguntou olhando-me com uma curiosidade repentina.

— Eu prometi que não falaria. - Respondo dando de ombros. - Desculpe, mas eu não posso.

— Clarisse? - Ouvimos a voz de Frank. Ele e minha irmã vinham em nossa direção de mãos dadas. - O tenente Geral e o Major general querem conversar com nós dois. - Disse Frank olhando para a irmã um pouco confuso.

Clarisse assentiu.

— Vem Chris. - Ela diz o puxando para ir.

— A sós. - Frank diz para Clarisse.

Ela apenas assentiu novamente soltando a mão de Chris e indo em direção ao irmão mais velho.  

— Hazel, eu acho que vou pra casa. - Falei antes que eles fossem. - Você tem dinheiro pro Táxi?

Hazel assentiu ainda com as mãos dadas a de Frank.

— Certo, acho que papai está em casa. - Disse um pouco pensativa. - Digo a ele que vou chegar um pouco tarde.

Foi minha vez de assentir, lhe dei um beijo na testa quando Annabeth disse:

— Meu pai pode te dar uma carona, Nico, ele não gosta de cemitérios e eu acho que eu vou junto. Não estou muito bem. - Disse ela tocando a testa como se medisse sua temperatura corporal.

Acabamos nos despedindo todos ali, só Chris ficaria com Clarisse. Annabeth estava tramando algo, pois Thalia tinha que ir conosco, o pai de Annabeth estava responsável por Thalia.

Fomos a procura de Frederick que realmente parecia estar desconfortável ali, olhando sempre para os lados, ajeitando a gravata e olhando as horas. Ele disse que nos levaria para casa e a mãe de Annabeth, Atena, disse que pegaria um Táxi.

Fomos para o carro e Annabeth não deixou que um de nós fossemos na frente, o que causou um pequena discussão entre ela e Thalia. Contragosto ela teve que aceitar ir no banco de trás comigo. Thalia ficou em uma das janelas do carro e eu na outra. Todos ficamos calados, sem dizer uma palavra sequer ou emitir algum som, olhando para as janelas vendo desconhecidos passarem a pé ou em seus carros apressados. Eu ainda estava pensando no que perguntar para Thalia como começar um diálogo amigável com ela. Eu não podia deixar aquela oportunidade passar.  

— Como você está? - Perguntei virando meu rosto para ela, que não fez questão de desviar o olhar da janela e apenas deu de ombros.

— Bem. - Sua resposta curta e rápida pareciam estar me machucando da mesma que forma como vidro quebrado machuca pés descalços.

— Eu… não consegui mais te ligar. Você mudou de número? - Questionei ainda olhando-a, eu não desistiria ali, não até saber o que estava acontecendo.

— Não. - Suas palavras curtas me deixavam cada vez mais triste, cabisbaixo. Como isso era possível?

— Ah, tá. Por onde você anda? - Perguntei numa última tentativa. - A gente não se encontra mais e nem conversa.

— Por vários lugares. Alguns que você nem imagina. - Contou ela ainda fria olhando pela janela. - Algum problema?

Me calei. O que eu faria? Apenas fiquei em silêncio, mudo sem saber o que responder.

— O que está acontecendo? - Perguntei repentinamente fazendo-a virar a cabeça para mim. Thalia me encarou, queria desviar o olhar, mas não podia. Eu tinha que encará-la e desafiá-la até que ela me desse uma resposta concreta.

— Não sei! - Disse ela olhando-me sarcástica, com um sorrisinho no canto da boca. - Me diz você.  

Eu não sabia o que estava acontecendo. Eu simplesmente não sabia o que se passava, ela se afastou de mim depois daquela festa, sem eu ter feito nada, foi isso. Não nos falamos nas últimas três semanas. Eu não fiz nada para deixá-la assim, mas ainda tentava descobrir o que se passava.

— Você quer conversar? - Perguntei com a voz firme, achando que aquilo seria a melhor saída. - A gente pode conversar? Por favor, eu não sei mais o que fazer, você está tão distante. Fui ao seu prédio durante esses dias e seu irmão sempre dizia que você não estava lá. Você não atende mais minhas ligações...

— Tá. - Ela disse indiferente.  

Aquilo me deixou um pouco feliz, pensando na reconciliação entre nós que não aconteceu tão cedo.

Pareceu que se passaram séculos até chegarmos ao apartamento do meu pai. Tudo pareceu ficar mais devagar, os sinais de trânsito pareceram fechar mais rápido e demorar horas para abrir.  

Ao chegarmos ao apartamento do meu pai,  agradeço a Frederick, pai de Annabeth, e digo que posso levar Thalia de volta para casa.

Passamos direto pela recepção indo direto para o elevador, Bill estava lá como sempre sorridente ao contrário de mim que tentava esconder o sorriso nervoso. Ele nos cumprimentou sorrindo como na maioria das vezes. Acho que ele percebeu que não queríamos conversar e não fez perguntas. Eu e Thalia fomos para o fundo do elevador. Eu estava quase tremendo. Tentei segurar sua mão e ela deixou, mas apenas por alguns minutos, pois depois começou a procurar algo em sua bolsa.

Mais alguns minutos se passaram e eu fiquei em sua frente, a encarando, vendo-a desviar o olhar constantemente. Depois Thalia me encarou de volta com se me desafiasse. Ela sorriu olhando-me para baixo. Segurei seu rosto delicadamente, como sempre fazia, com as duas mãos e ela fechou os olhos quando comecei a acariciar suas maçãs do rosto.  

— Por que você faz isso comigo? - Perguntou ela franzindo a testa com os olhos ainda fechados.

— O quê? - Questionei vendo-a abrir os olhos de repente.

— Nada. - Ela diz quando começa a aproximar sua boca da minha lentamente.

Encostei minha boca suavemente na sua beijando-a com calma, mas não demorou muito para estarmos afobados dentro daquele elevador. Seu corpo já estava perto  bastante do meu e por mim já poderíamos sair dali. Havíamos esquecido totalmente de Bill. Eu sentia a adrenalina de estar com ela percorrer minha veias novamente, mas Thalia se afastou pedindo:

— A gente pode conversar primeiro? - Perguntou ela olhando-me com os olhos cheios de lágrimas e a respiração um pouco pesada. Limpei as lágrimas que caiam de seu rosto.

— Claro. - Falei fazendo que sim com a cabeça tocando seu rosto um pouco desorientado. - Eu estava com saudades. Não faz mais isso.

Thalia apenas assentiu levemente quando a campainha tocou. Segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos, falei com Bill e saímos encontrando meu pai, que não parecia muito feliz, Bianca com um dos gêmeos nos braços e minha mãe. Haviam outras duas pessoas. Havia uma movimentação diferente. O que Maria estava fazendo ali? E Bianca?
— Ele chegou. - Hades anuncia, todos eles se levantam e Bianca apenas se virou  para nós, não parecendo estar feliz comigo. - Ah, Nico.
— O que está acontecendo? - Perguntei olhando para cada um, quando meus olhos pararam naqueles cabelos familiares, não consegui esconder a surpresa em meu rosto ao ver Silena ali com os olhos molhados de lágrimas recém derramadas e seu pai ali.
— O que ela está fazendo aqui? - Perguntei, não me importando se estava sendo grosso ou não, olhando direto nos olhos negros de meu pai.
— Vocês não são amigos? - Questionou ele, levantando uma das sobrancelhas. - O que aconteceu?
— Nunca fomos. - Eu disse voltando meu olhar para ela, vendo-a baixar a cabeça. - Ela fingiu estar morta por dois anos e meio e depois voltou tentando fingir que nada aconteceu. Bianca sabe bem como eu estava antes dela voltar, eu quase entrei em depressão!
— Ah, mas foi só eu “morrer” pra você ir atrás dessa daí. - Ela disse apontando para Thalia, que apertou minha mão fortemente, me fazendo ter vontade de abraçá-la.
— Deixe-a de fora disso. - Esbravejei. - Por que não me diz o real motivo de tudo que aconteceu?
— Nico. - Repreendeu-me Hades, pois eu estava alterando a voz, mas eu pouco importo com isso, continuando a falar:
— Por que não ficou onde estava e me deixou em paz? Por que você voltou? Você consegue conquistar tantas pessoas, porque prefere infernizar minha vida logo agora?  Por que você voltou quando eu comecei a me sentir feliz depois de muito tempo?
A vi abaixar a cabeça, provavelmente se fazendo de culpada.
— Nico. - Bianca chamou minha atenção, fazendo um pedido. - Deixe-a falar.
—  Fale logo Silena. - O pai de Silena,  que não havia se pronunciado até agora, resolvera falar.
— Nico eu… - Começou, mordendo os lábios deixando seu nervosismo evidente - Eu estou grávida!
— O que eu tenho com isso? - Perguntei quando senti Thalia largar minha mão, desviando meus olhos rapidamente para ela, encarando os olhos azuis, que, agora, tinham um toque de raiva e tristeza.
— Você é o pai. - Silena levantou a cabeça, deixando algumas lágrimas deslizarem por seu rosto que um dia julguei angelical.
— Eu? - Perguntei sarcástico, não conseguindo segurar a risada no fundo da garganta. - Deixe-me lembrar da última vez que lhe toquei ou deitei-me com você… ah, claro há dois anos e alguns meses quando você foi a minha casa depois da escola e então dois dias depois numa noite de quinta-feira eu recebi a Notícia do “acidente”.

— Não, Nico, - Ela me interrompe gesticulando, Silena chorava. - Você não lembra da festa daquele garoto da escola.

Não deu tempo de pensar apenas escutei o barulho da campainha do elevador tocar e ver Thalia entrar nele.

— Thalia - Falei indo o mais rápido possível até lá.

— Não, Nico, me deixa. - Disse ela cobrindo o rosto pedindo que eu parasse onde estava com uma mão. - Você ficou com ela.

Bill nos olhava com os olhos arregalados atentamente sem entender o que se passava ali. Ele não apertou nenhum dos botões do elevador, pois eu estava entre a porta impedindo que a mesma fosse fechada.

— Não, Thalia! - Falei sentindo o desespero tomar conta de mim, ela não podia ir embora, não agora. - Você sabe que eu não faria isso com você.  - Falei a vendo ficar ainda mais cabisbaixa seus soluços aumentaram. - Você sabe que eu não faria, eu estava com você naquela noite, você foi ao banheiro com Annabeth e Clarisse e depois elas voltaram sem você.

— Não Nico, EU fui atrás de você. E eu já sabia que você havia ficado com Silena naquela festa, não tem novidade alguma nisso pra mim - Esbravejou ela assustando-me um pouco. Thalia tentou se acalmar. - Olha quer saber? Me deixa em paz, pra mim já chega. Simplesmente não dá pra mim, eu desisto.

Eu a vi apertar o botão do elevador, senti mãos em meus braços tirando-me dali.

A última coisa que vi antes que as portas se fechassem seu rosto belo e molhado, os olhos azuis mais escuros em fúrias que me lançava um olhar sôfrego.   


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Se sim, deixem um review. Se não, deixe um review dizendo o que não curtiu pra que eu possa melhorar nas próximas vezes.
Comentem, deixem suas opiniões, o que estão achando e etc. Sério, os comentários de vocês foram bem motivadores e me deixaram bem alegre! EU AMEI TODOS! ❤
Quero ver as teorias loucas, hein! Até os comentários e beijinho❤



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