Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hey crianças, não demorei tanto dessa vez.
Bom, Obrigada pelo cometário Aluada ♥ e pelos vários cometários Catheryne Rodriguez ♥ E também quero agradecer a todos que estão acompanhando ♥
Esse capítulo tem a aparição de alguém :3
Boa leitura e a gente se vê la nas notas finais!



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Nico

Tudo que vinha a minha cabeça eram pontos de interrogação. O que eu havia feito de tão serio? Ok que discutimos, e dissemos palavras horríveis um para o outro e agora eu queria me desculpar, mas ela parecia não querer que eu a encontrasse. Pois passei as primeiras aulas a sua procura e não a encontrei, Thalia parecia fugir de mim... E eu, realmente, não queria que ela fugisse de mim.

Vi que o único jeito de saber o que estava acontecendo com Thalia seriam através de suas amigas, Annabeth e Clarisse, que quase me bateram com suas palavras mais cedo.

Acha-las não fora difícil, ambas estavam na aula de Ed. Física. O Professor nos deu 5min e até então eu não fazia ideia do que elas falavam. Eu estava mais perdido que cego em tiroteio. Tudo que eu as ouvia falar era: Blá, Blá, Blá.

— Chega! – Eu disse as assustando um pouco. - Uma de cada vez, por favor.

— Então é o seguinte: Você tem um segredo bem profundo relacionado a uma garota e Thalia sabe. – Diz Annabeth.

Paralisei. Garota?!... Ah, não! Como?

—E o que eu faço? – Pergunto ainda histérico.  COMO ELA DESCOBRIU ISSO?— O QUE ELA QUER QUE EU FAÇA?

— Primeiro fica calmo aí. – Clarisse diz. – O que você queria que ela fizesse se descobrisse algo que Thalia não deveria esconder de você?

— Eu... Pediria que ela me contasse o que esconde. – Responde já tendo, talvez, a solução dos meus problemas.

Eu iria fazer mais perguntas, mas tive que desviar de um pagador de quadros brancos.

—Seu tempo acabou mocinho. – Diz o professor. – Entrem garotas.

Annabeth e Clarisse obedecem, a porta é fechada e eu fico do lado de fora.

E agora? Como eu iria contar isso?

[...]

Semanas depois...

Thalia

Esmurrei a porta com força. Os nos dos meus dedos doeram.

— Você não pode me deixar trancada aqui! – Esperneei pra todo prédio escutar.

— Você só sai dai quando estiver sóbria. – Jason diz do outro lado da porta.

— Eu estou sóbria. – Fale irritada por estar mais uma vez de castigo.

Meu irmão não responde, devia ter ido embora.

Tudo girava, eu não estava sóbria, meu fígado devia estar estragado. Encostei-me a porta e deslizei até o chão. Minha cabeça doía e eu tentava lembrar onde estive nos últimos dias. Sentia-me suja. Devia fazer alguns dias que eu não entrava em contato com água. Eu precisava de um banho urgente.

Tentei três frustrantes vezes levantar-me dali. Acabei chamando por Piper que me ajudou, levou-me para o banheiro, segurou meus cabelos enquanto eu vomitava minhas tripas, tirou minhas roupas me ajudou no banho, vestiu-me novamente e me levou pra cama.

Em algum momento acabei apagando.

Quando acordei não fazia ideia de qual dia da semana era, ou se era manhã ou noite, eu não queria saber. Apenas queria ficar ali na minha cama sem me mover, acompanhada do meu silêncio sem que ninguém atrapalhasse meu momento de paz.

Jason havia aberto a porta do quarto quatro vezes e eu fingia dormir. Acabei deduzindo ser final de semana. Ótimo, pensei agora eu não faria o que pretendia.

Meu estômago estava vazio, mas eu não queria ver a cara de ninguém. Continuava na cama sem me mover.

Fechei os olhos e acho que acabei dormindo. Sento braços delicados me envolvendo e abro os olhos. A luz da tarde ofusca minha visão. Mas eu sabia quem era e me senti mal.

— Você quer algo? - Sussurrou sua voz era agradável fazia um bom tempo que eu não escutava aquela voz.

As coisas estavam realmente sérias. Enfiei o rosto no travesseiro e simplesmente chorei.

— Não chore meu amor. - Pede acariciando meus cabelos.

— Me desculpa. - Digo em prantos.

— Por que você está se desculpando, meu bem? - Perguntou. - Jason disse que você se comportou bem durante esse tempo. Mamãe veio te visitar.

Ele mentiu por mim, eles mentiram por mim. Eu fiz tudo, menos, me comportar bem durante esse tempo.

Sento-Me na cama e rapidamente a abraço.

— Me visitar? - Digo, tentando cessas as lágrimas.

— Eu queria fazer uma surpresa, por isso Jason não disse nada. - Ela diz ao se afastar segurar meu rosto e sorri. - Meu bebê a cada dia mais linda.

— Mãe... - Falei envergonhada, sim eu me senti envergonhada por minha mãe me chamar de Bebê. - Eu estou toda inchada.

— Continua linda. - Beryl diz.

Sorri um pouco.

— Quando chegou? - Pergunto.

— Ontem à noite, você estava dormindo, te observei dormir um pouco como fazia antes. - Conta ela. - Mas não vou poder ficar muito... Seu pai.

Ela revira os olhos, como faço sempre. Acho que tenho isso dela o resto Jason roubara para si.

— São quase 14h e eu fiz aqueles biscoitos que você adora com chá.

— Serio? – Pergunto, amava a comida da minha mãe mesmo que ela não gostasse de cozinha.

Beryl faz que sim com a cabeça sorrindo.

—Ah, então eu vou tomar um banho antes que aqueles dois cheguem e acabem com tudo. – Levanto-me com as pernas bambas, tentava esconder minha tontura segurando-me a uma cadeira. – Aliás, você notou o clima entre seu Filho e Piper?

Mamãe também se levanta, beija minha testa ao passar por mim e da porta diz:

 - Clima é pouco para o que há entre eles, minha filha! – Ela sai fechando a porta.

Consegui chegar ao banheiro segurando-me nas paredes e nos moves. Bebi água da torneira e lavei meu rosto, para logo em seguida me despir e tomar um banho rápido por que meu estomago estava totalmente vazio e eu não resistiria por muito tempo.

Ao sair vesti um pijama, aliás, éramos eu e mamãe, sós, acabei descobrindo que estava totalmente errada.

Quando sai do quarto, estava totalmente entusiasmada, sentindo o cheiro dos biscoitos fui em direção à cozinha. Eu estava até sorrindo. Mamãe sorri pra mim quando me vê e logo em seguida desvia o olhar para a esquerda.

 Ele vestia preto como na maioria das vezes a grande novidade era: uma camiseta vinho lisa que lhe caia bem, destacando sua cor da pele. O resto era a mesma coisa: levemente ruborizado, cabelos no lugar, reprimindo os lábios como sempre.

Resolvi ignora-lo.

Sentei-me á mesa e me servi de chá e alguns biscoitos. Mamãe se junta a nós, a nós não, a mim.

—Não vai falar com seu amigo, Thalia? – Beryl pergunta, sinto o olhar dos dois em mim.

— Percy e Chris não estão aqui! – Digo fria. – Tem mais chá?

— Você vai me ignorar agora? – Questiona Nico, sua voz estava baixa como sempre.

— A senhora ouviu algo, Mamãe?

Vejo Beryl revirar os olhos.

— Por favor, Thalia, você está sendo infantil! – Mamãe me assusta. – O garoto só está tentando pedir desculpas. E você vai entrar naquele quarto, por uma roupa descente, acompanha-lo e ouvi-lo até a hora que ele desejar lhe trazer de volta.

—Mas...

—Sem mais nem menos. – Beryl me corta. Eu lhe encaro de cara feia e ela me aponta a direção do quarto.

— Nem minha própria mãe fica ao meu lado. – digo ao levantar-me irritada.

Vou em direção aos quartos e o escuto dizer:

— Obrigado, Beryl.

—Você não teria tanta sorte se ela não estivesse aqui. – Digo antes de desaparecer no corredor.

Troquei-me rapidamente. Eu não colocaria nada demais para sair com ele. Não até ele me dizer sobre Silena ou as ligações que tentara fazer para a defunta.

— Vamos logo antes que eu fuja em meu carro. – Digo ao voltar à cozinha, pego alguns biscoitos e coloco apenas um inteiro em minha boca.

— Você poderia comporta-se mais como uma moça. – Diz mamãe ao levantar-se junto a Nico.

Vou à busca das minhas chaves.

— O Nico é uma moça, mamãe, eu não. – Digo ao achar as chaves.

— Eu não sou uma moça, Thalia. – Ouço a voz de Nico.

Olho para trás, Nico havia me seguido.

— Você ainda não me provou nada, Di Angelo. – Digo convencida de que ganhei essa. – Tchau, mamãe.

— Falta de oportunidades, você sabe muito bem disso. – Diz ele. Acho que Beryl escutou por que ela tinha um pequeno sorriso no rosto e ainda me perguntam por que sou doida desse jeito. Nico vira-se para ela. – Tchau, Beryl.

Ela acena para nós e logo em seguida saímos.

— Desde quando você tem toda essa intimidade com minha mãe. – Pergunto.

—Ela pediu que eu a chamasse de Beryl e não de senhorita Grace. – Explica ele.

— Já tentando ganhar minha mãe? – Pergunto sem olha-lo.

—Até parece que eu preciso tentar. – Nico diz.

Escondo meu sorriso encarando o chão.

— Para onde vamos? – Pergunto mudando de assunto.

— Aqui. – Ele me passa um papel com o endereço de um restaurante.

— Por que aqui? – Lhe devolvo o papel.

— Recebi há dois dias pelos correios.

— Você ficou louco? – Altero a voz. – Pode ser um sequestrador querendo te pegar para arraçar dinheiro dos seus pais.

— A única louca que eu vejo aqui é você. – Nico responde.

—Por que estamos indo pra lá então?

Entramos no elevador.

— Eu ia para lá, todos os sábados, comia torta e bebia café até que o lugar fechasse. – Diz ele que parecia não dizer toda a verdade. - E hoje é sábado. Acho que vou precisar de você.

Encosto-me a parede do elevador.  

—Você ia pra esse tal lugar com ela? – Pergunto. – Com Silena?

— Sim.

Baixo a cabeça.

Nunca alguém que esta morta me fez senti tão mal. Toda vez que ele tocava no nome dela eu me sentia inferior, ficava um pouco triste e até um pouco magoada. Mas eu não entendia isso, talvez, por que ele parecia preferir ela a mim.

Sinto suas mãos em meu rosto, ele o levanta tentando segurar meu olhar, porém eu o desvio.

—Ei, - ele chama minha atenção. –Quando voltarmos podemos conversar, está bem?

Faço que sim com a cabeça e afasto suas mãos do meu rosto. Nico continua a me encarar e eu o encaro de volta. Mexo em seus cabelos. Ele sorri, eu também e a porta do elevador se abre no estacionamento.

[...]

Nico sorria, eu nunca o vira tão feliz. Eu havia deixado minha carranca de lado e também sorria. Ele segurava minha mão.

— Eu ficava aqui. – Ele diz e seu sorriso não está mais ali.

Perguntei- me o que havia de errado e escuto:

— Oi, senta um pouco. Acho que precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Perguntas?
Quem é?
Quem será essa pessoinha?
O que acharam do capítulo?
Querem mais?
Comentem!!
Beijinhos :*



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