Wishmaster escrita por Jiullia


Capítulo 15
XV




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673542/chapter/15

Já era o quarto dia de sua "solidão" no castelo. Luna tinha ido, com a autorização de seu pai, a Hogsmead. Fora divertido, mas lá estava ela novamente. Voltando para o dormitório.

Foi quando viu um envelope vermelho em sua cama. Sozinho. Sem coruja, as janelas estavam fechadas. Luna sentou antes de pegá-lo e abrir. O papel dentro trazia escrito "Sala de Oclumência, 20h". Era alguma coisa do Snape, ela sabia. Mas o quê?

Foi quando observou que estava sentada em alguma coisa, algum papel. Era um embrulho. Luna não podia acreditar que sentara em cima e não notara. O abriu, e encontrou um vestido. Azul. Brilhante. Tinha uma sapatilha também, prateada, como os brincos que estavam juntos.

Por Merlin. O que este homem queria agora?

Oito horas da noite. O coração de Luna queria escapar pela boca. Ela não tinha ideia do que ia acontecer, mas só de estar com Snape sozinha novamente, e sozinha num sentido de não haver praticamente ninguém em volta, era um sentimento opressor.

Ela estava linda. Poucas vezes se sentira tão bonita antes. O azul realçava ainda mais seus grandes olhos, e os cabelos loiríssimos. Ela colocou um casaco, para disfarçar a roupa, e desceu em direção às Masmorras. Estava transpirando e ofegante.

A porta estava entreaberta e ela entrou. Não tinha nada. De repente, sentiu mãos em seus braços, puxando-a. Antes que pudesse gritar, uma das mãos tapou sua boca.

— Acalme-se. Sou eu. Vou vendá-la apenas. - Snape sussurrou no ouvido dela.

— V-vendar? Pra quê?

— Porque é necessário, Luna. - Vendando-a, ele tomou sua mão e a puxou. - Venha.

A sala tinha uma outra porta que dava para um salão maior. Também este salão era ligado aos aposentos de Snape. Nele estava tudo preparado. Uma mesa, com alguns tipos de comida. Rosas. E velas por todos lados. As rosas eram vermelhas, como Snape gostava e sabia que Luna também apreciava. Com as velas, formavam um conjunto romântico. A sala estava pelo aroma das rosas e pelo som da respiração de Luna.

— Deixe-me tirar isso. Você está segura agora.

Snape retirou com cuidado o casaco da moça, perdendo o ritmo de respirar ao vê-la usando o vestido. Ficara perfeito, como qualquer coisa que ela usasse. Perfeito.

— Pode tirar a venda.

Luna tirou devagar o pano que cobria seus olhos. Tinha medo de tirar e encontrar uma armadilha de alguém, uma coisa ruim. Outra pessoa. Mas não, era ele mesmo.

A primeifa coisa que ela viu foi Snape.

Ele nunca esteve tão perfeito antes, na vida.

Usava um suéter preto, completamente ajustado ao corpo, calça social da mesma cor e sapatos novos. Brilhavam. Ele parecia um deus da escuridão. Sombrio, sexy, delicioso. Ela tinha vontade de se jogar em cima dele, sem perguntar antes se poderia. O olhava como se fosse a primeira vez, e a última, de cima a baixo. Ela não podia acreditar. Como alguém poderia só ficar melhor?

Depois olhou ao seu redor. Seu queixo caiu com o que viu. Velas e rosas perfeitamente espalhadas e colocadas por toda uma grande sala. Uma mesa linda, também cheia de velas e rosas. Ali ficavam os muitos livros de Snape, o que tornava a sala ainda mais sensacional. Na mesa tinha comida, e ela viu pudim. Pu-dim! E parecia delicioso!

— Merlin... Isso é tudo pra mim? Pra nós?

— Sim, para nós.

— Eu nem consigo acreditar. - Ela ficava ainda mais radiante maravilhada.

— Digamos que sou seu wishmaster, Luna. O mestre de seus desejos.

— Ah, discordo. Os meus desejos você desprezou e mais de uma vez.

— Porque não era hora. Você sabe disso muito bem. Não era a nossa hora.

— E agora é?

— Não sei. Não fiz isso para seduzir você. Fiz porque amo você. E amo muito mais do que amei a qualquer outra pessoa. Eu esperei por você muito tempo, e esperaria ainda mais se me pedisse.

— Severus... Eu... Eu também lhe esperei muito. Eu quase desisti, veja só. Não tinha mais nenhuma esperança. E então-

— E então eu estou aqui.

Luna caminhou até ele, e o enlaçou num abraço forte, de carinho, de saudade. Se beijaram, e o beijo inicialmente calmo e doce foi tornando-se quente, intenso, forte. Feroz. O desejo, a falta, a paixão, tudo veio à tona naquele momento. Snape empurrou-a na parede e se deixou levar por aquele sentimento tão intenso que existia. Só pararam para respirar.

— Severus... por favor... eu preciso de você agora...

— Luna, ainda temos de jantar, eu lhe trouxe para jantar-

— Shhh, eu não quero comer. Eu quero você. Agora. Vai me rejeitar mais uma vez?

— Luna... - Mas o olhar dela não o deixou terminar. Tomou-a nos braços e levou para seu quarto, beijando-a.

— O vestido ficou lindo em você, Luna.

— Ficou sim, sob medida. Você acertou.

— Acertei. Tive muito tempo para observar e aprender suas medidas.

— Vai ter tempo para aprender muito mais agora. Assim que eu tirar o vestido.

— Onde você andou aprendendo a falar essas coisas?

— Nos livros. Você duvidou deles, não é? - Ela sorriu e acariciou o peito dele. Com aquele suéter ficava melhor. - Ótima escolha de roupa, Severus. Ótima.

Ele não disse nada. E a beijou de novo. Naquela dança de sabores eles ensaiavam as danças dos corpos juntos.

Não pararam. E tiraram as peças de roupa um do outro. Juntos, como um só.

— Isso vai doer, Luna.

— Eu sei, mas já passei dores bem piores.

E foi assim.

Snape queria fazer muitas coisas com ela antes. Começou por beijos no corpo todo. Descendo. E chegando ao íntimo dela, beijou-o como a beijava. Luna enlouqueceu. Segurava os gemidos, mas arfava, arqueava as costas, e não resistiu. Chamou pelo nome dele como louca. Ele já não suportava mais. Subiu com os beijos, e se posicionou entre as pernas dela.

A primeira investida foi como aço cortante. Doeu. Ela mordeu o lábio segurando as lágrimas. A segunda incomodou, a terceira e a quarta também. Na quinta, o prazer começou tão forte, que ela esquecera da dor. E começou a se mover junto, seus quadris encontrando os de Snape. Suas unhas arranhavam as costas de Snape, no ritmo. Era delicioso. Já estavam num ritmo só deles. Pele, bocas, braços, pernas, tudo era um só. Ele conseguia ao mesmo tempo estimulá-la e penetrá-la, e quando ela alcançou o ápice, junto a ele, fora algo forte como um feitiço. Juntos. Chamando um pelo outro.

Desabaram juntos na cama. Eles se amavam, eles fizeram amor, não só sexo. Era amor.

Estavam exaustos, e ainda não satisfeitos.

Mas isso já é tema para outra história.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wishmaster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.