Werewolf on Board escrita por luckygirl


Capítulo 3
Shit, tequila


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus leitores lindos!
Antes do capítulo começar gostaria de dizer que peço desculpas por esse capítulo ter demorado tanto para ser postado, mas preciso que vocês entendam: já saí de minhas férias e por isso as atualizações não serão muito frequentes. MAS, eu já comecei a me programar para postar de duas em duas semanas!
Entretanto, para isso preciso que vocês não me abandonem! Me deixem reviews para eu saber se você anda gostando da fanfic, e se quiser fazer qualquer crítica CONSTRUTIVA! Eu amo saber a opinião de vocês sobre o que acontece no capítulo, e fiquei bem triste quando recebi apenas dois comentários no anterior.
Espero que gostem! Enjoy ♥



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A ruiva se encarava no espelho por pelo menos vinte minutos.

Tinha desistido de achar alguma roupa para vestir hoje, experimentou todos os vestidos que tinha, combinou todas as blusas que podia com suas saias, e nada havia ficado bom o suficiente.

Jogou-se em sua cama, e ficou encarando o teto.

Suspirou, derrotada.

— Claire, você... – Sarah parou de falar bruscamente quando viu o estado da amiga, apenas de lingerie azul completamente espalhada no colchão. A morena riu. – O que você tá fazendo?

— Por que eu estou agindo como uma adolescente? Tipo, uma adolescente prestes a perder a virgindade. – Claire falou pensativa.

Sarah soltou uma risada mais alta.

— Porque você ‘tá caidinha pelo vizinho gostoso.

A ruiva se sentou na cama e olhou para a amiga.

— Eu tenho vinte e quatro anos... E estou agindo como se tivesse quinze! – falou exasperada.

— Não é crime suspirar por homem de vez em quando! – a morena revirou os olhos.

— No colegial, talvez! – a ruiva bufou.

A morena repetiu o gesto.

— Claire, se você quer tanto ser a mulherzona... – Sarah olhou fixamente pro rosto da amiga. – Por que não agarra de uma vez o vizinho? – sorriu maliciosa.

Claire abriu e fechou a boca algumas vezes, sem conseguir dizer nada.

No fim, ela mandou o dedo do meio para a amiga, que apenas riu.

A ruiva não era uma santa, já havia ficado com outros homens, mas ela não era do tipo que se jogava ou que iniciava um flerte.

— Vocês querem tanto transar que menos de um copo de bebida e aposto que já vão estar no banheiro ou em qualquer lugarzinho escuro.

Claire já tinha se acostumado com a linguagem desbocada de Sarah, mas aquilo ainda a fez corar.

— Cala a boca, Sarah! – a ruiva riu.

— ‘Tá tão na cara! – a morena falou feliz.

A ruiva desmanchou seu sorriso.

— Mesmo? – perguntou com uma careta.

— Sim. – disse séria. – Mas não se preocupe. Cora disse que o irmão também tá babando por você.

— Você falou com Cora sobre isso? – Claire arregalou os olhos e quis matar a amiga.

— Ah, Claire, faça-me o favor. Vocês nem escondem isso desde o episódio do elevador.

“Já fazia um pouco mais de uma semana desde que os irmãos Hale vieram morar no apartamento ao lado do de Claire. Nesse tempo, a ruiva havia feito o máximo para não se encontrar com o homem de olhos verdes, claro que havia se apresentado corretamente e tido uma conversa decente com Cora, mas fez questão de fingir que não se lembrava de nada do que havia acontecido na sexta.

Tinha tido uma grande taxa de sucesso ao perceber que quase nunca via o Hale mais velho pelos corredores ou em qualquer lugar.

Ela já considerava a possibilidade dele ser um vampiro.

Voltava de uma pequena caminhada da padaria até o prédio, mas que havia sido o suficiente para que ela transpirasse um pouco por causa do Sol que estava fazendo.

Cumprimentou o porteiro educadamente e chamou o elevador.

Assim que as portas de aço se abriram, ela o viu. Ele estava com os olhos fixados no chão, tinha uma postura rígida e carregava uma sacola de uma loja de roupas.

Derek Hale.

Privou-se do instinto de fingir que não estava esperando pelo elevador e subir pelas escadas, mas estava tão óbvio que a garota estava ali justamente por isso que seria ridículo ela sair dali.

Ainda mais agora que os olhos verdes a encararam tão profundamente, a analisando. Claire estava com os cabelos amarrados em um rabo de cavalo, com um shorts e uma regata qualquer, e claro, totalmente suada.

Ótimo, ela estava fedida.

Claire engoliu seco e entrou no elevador, dando apenas um aceno tímido a ele.

Seria possível que toda aquela sorte que tivera de não ter que se encontrar com ele por aí durante quase duas semanas fosse descontada naqueles poucos minutos dentro daquele pequeno cubículo? Claro que seria.

E ainda estava suada. Poderia ficar pior? Mas é claro que poderia.

A ruiva soltou um grito estridente quando o elevador deu um solavanco.

O movimento foi tão brusco que ela caiu no chão. Ali, apoiada em suas mãos, ela suspirou de alívio ao ver que a sacola com os pães havia ficado intacta.

— Você está bem? – ouviu a voz grossa do homem, e viu que Derek se agachou ao lado dela.

Olhou em seus olhos, eles estavam preocupados com a garota.

— Tudo bem. – ela sorriu e aceitou de bom grado a mão dele.

— Você se machucou? – ele insistiu.

— As mãos e os joelhos. Um pouquinho. – ela deu os ombros. – Nada demais.

Ela corou fortemente.

Havia se dado conta que caiu pateticamente na frente de Derek Hale.

— Posso ver? – ele perguntou com a voz baixa. Tão baixa que Claire demorou algum tempo para raciocinar o que ele havia dito.

— O-Ok. – ela falou simplesmente e mostrou as mãos para o homem. O carpete era áspero, então suas mãos haviam ficado um pouco vermelhas por causa da força do impacto.

Derek segurou suas mãos, e sem que Claire pudesse entender, a dor havia passado no mesmo instante.

— Que bruxaria é essa? – ela arregalou os olhos.

— Que? – ele perguntou divertido.

— A dor... Passou. – ela falou pausadamente. Estava confusa demais.

Ele deu os ombros.

Claire o ficou encarando por algum tempo, então resolveu deixar pra lá, eles haviam problemas maiores. Ela ligou para a portaria dizendo o que havia acontecido, e eles disseram que iam falar com o síndico.

Depois disso, ficaram em um silêncio constrangedor.

— Chato ficar preso no elevador né?

‘QUE? CLAIRE!’.

Derek olhou para a ruiva, que tinha um sorriso falso estampado, e riu.

— Você é divertida.

Maldição, ele se lembrava de sua embriaguez.

Ela bufou.

— Claire, não é? – ele perguntou.

Ela apenas assentiu com a cabeça.

Eles estavam em cantos opostos do elevador, então ela se esforçou ao máximo para não olhar pra ele.

— Você mora aqui há quanto tempo? – ele insistiu na conversa.

— Hm... Sete anos? – ela falou.

— E há quanto tempo minha irmã mora aqui?

— Eu não sei... Ela já estava aqui. – ela falou pensativa. – Engraçado, ela nunca me disse que tinha um irmão.

‘Especialmente um tão gato’, ela pensou.

— Faz tempo que não nos falamos. – ele deu os ombros.

— Entendo... – ela falou baixinho. – Então, o que você faz?

— O quê?

— No que você trabalha? Ou estuda.

— Por enquanto nada.

— Sortudo. – ela sorriu.

— E você?

— Eu sou formada em psicologia... E até conseguir fazer o doutorado, eu trabalho de recepcionista.

— Psicologia, hein? – ele falou interessado.

— Sim. – ela sorriu novamente. – Por que voltou? Quer dizer...

Derek a interrompeu.

— Precisava de um novo ambiente. – ele deu os ombros.

— Pretende ficar?

— Se a companhia for boa, quem sabe. – ele sorriu sugestivo para ela.

Claire segurou o fôlego, ela não sabia o que responder. E nem contra-atacar esse flerte estando tão desarrumada.

Felizmente, ou não, o elevador deu outro solavanco, que a fez cair pra frente de novo, mas dessa vez, os braços fortes do homem a seguraram antes que ela atingisse o chão.

Seus rostos ficaram perigosamente próximos, os seus olhares se encaravam profundamente, ambos desejavam a mesma coisa.

— Obrigada. – ela disse num fio de voz.

— De nada. – Derek respondeu no mesmo tom.

Eles não desgrudaram os corpos em nenhum momento, Derek segurava a cintura fina firmemente, enquanto Claire apertava os braços do homem.

Seus lábios se encostaram suavemente, dando um leve selinho, mas antes que pudessem fazer qualquer outra coisa, ouviram um forte barulho e uma voz anunciando que já sairiam dali.”.

Depois daquele dia, Claire contou cada detalhe para a colega de quarto, mas ela não sabia que quando falou demasiadamente alto que eles quase se beijaram, Cora pôde ouvir perfeitamente. Então, a partir daquele episódio, Claire e Derek se encontravam a cada momento em que podiam, nos corredores, no elevador e até mesmo quando levavam o lixo pra fora. A ruiva ia descaradamente pedir açúcar no apartamento de Cora enquanto Derek casualmente ia para a padaria no mesmo momento em que a garota.

E aquilo fora a rotina dos dois por duas semanas, e logo já faria um mês desde que Derek havia vindo morar com a irmã.

“- Sexta é meu aniversário... Nós vamos para uma boate e seria legal se você fosse, se você quiser ir, é claro...”.

Claire havia chamado Derek, e então, no fundo, a ruiva sabia que depois de algumas doses de tequila ou qualquer bebida ficaria difícil esconder a forte atração que sentia pelo seu vizinho, portanto estava nervosa.

— Enfim, seu presente. – Sarah disse alegre.

— Presente? – Claire falou animada.

A morena lhe estendeu uma sacola, provavelmente de uma loja de roupas.

— Já disse que te amo? – a ruiva disse enquanto abria o embrulho.

Claire sorriu abertamente quando viu o vestido novo.

— Você é vidente! – abraçou a amiga morena com força.

— Veste isso e arrase a mente daquele vizinho gato! – a morena disse se levantando.

Depois de meia hora, as duas amigas já estavam prontas. O novo vestido que Claire havia ganhado era perfeito, justo e curto, com alguns detalhes e preto. Tudo que ela gostava, e havia caído perfeitamente em seu corpo.

— Uau! – Cora falou enquanto entrava no apartamento.

— Obrigada! – a ruiva sorriu convencida.

— Meu irmão vai enfartar!

Claire corou imediatamente.

— Cadê o vizinho, aliás? – Sarah perguntou enquanto colocava os brincos.

A ruiva ligou para Jess e perguntou se ela já estava a caminho da boate, e a mesma disse que ela e Matheus sairiam de sua casa em 10 minutos.

Infelizmente, Dani não poderia ir porque seu filho havia ficado doente, mas no trabalho, Claire havia sido parabenizada pela amiga e outros colegas.

— Parabéns. – ouviu uma voz grossa atrás de si.

Não havia visto Derek o dia inteiro.

— Obrigada! – ela se virou com um sorriso. O homem estava lindo, vestia uma camisa branca e uma jeans escura, e segurava um pequeno embrulho nas mãos.

— Nossa, você ‘tá linda! – ele falou enquanto descia o olhar pelo corpo da ruiva, a fazendo corar mais uma vez.

— Você também. – ela falou baixinho.

Ele sorriu malicioso.

— Pra você. – ele estendeu o pequeno embrulho.

— Não precisava. – ela deu os ombros.

— Mas eu quis dar. – falou simplesmente.

Claire revirou os olhos, mas aceitou o presente de bom grado. Era um perfume, o que ela costumava sempre usar.

— Como você...? – ela desistiu de fazer a pergunta. – Eu estava fedida no elevador? – colocou as mãos na cintura.

Ele riu.

— Não. A Sarah me disse que seu perfume estava acabando quando pedi uma sugestão.

— De nada. – a morena gritou.

— Obrigada. – ela ignorou a amiga, mas agradeceu Derek sinceramente.

— Só um pouquinho fedida . – ele sorriu divertido quando viu a expressão perplexa da garota.

Derek e Cora foram apresentados a Jess e Matheus, a noite seguia divertida. Claire havia conseguido entradas para a área VIP da boate, então eles ficavam conversando sobre diversos assuntos e bebendo alguma coisa.

Jess e Matheus foram os primeiros a sair, dizendo que iriam dançar.

Então, depois de alguns minutos, a maioria das pessoas ali os acompanhou.

A ruiva, então, percebeu que agora já podia tomar suas tequilas com limão e sal, pois já não precisava ficar o tempo todo com os amigos.

Derek se perguntava se era possível achar tão sexy uma garota virar uma dose de bebida de uma vez, para logo chupar com vontade o limão coberto pelo sal. E sim, era possível.

Ele encarou firmemente ela fazer aquilo mais uma vez.

— Vamos dançar! – Claire falou alto.

O lobisomem riu de como a postura dela mudou.

Claro que havia percebido que Claire era uma garota animada e bem mais descontraída escondida naquele rubor característico.

— Vem, Derek. – a mão fina pegou na sua. – Por favor.

Ele riu, mas não protestou.

Claire não estava completamente bêbada como na sexta que havia conhecido Derek, até porque não queria cometer nenhuma gafe na frente dele, mas já estava mais solta.

Derek ficou observando os movimentos da cintura da ruiva enquanto bebia o whisky.

— Você gosta dela né? – Cora lhe perguntou.

Ela também observava a amiga dançando animadamente com Sarah e Jess.

— Sim. – ele deu os ombros,

— Bom, aja logo, porque os homens costumam dar muito em cima dela. – a irmã do homem saiu dali e foi dançar com as garotas.

Derek soltou um rosnado baixo.

Continuou a observar os movimentos do corpo de Claire, em como seus cabelos mexiam ou em como tinha um rebolado perfeito.

— Você e a Cora são feitos do que? – a ruiva lhe perguntou, o lobisomem nem havia percebido que ela havia vindo pra perto dele. – Faz um tempo que você tá bebendo whisky e não tá nem tonto!

— Acho que sou forte pra bebida.

— Acha? – ela riu. – Olha como eu fico depois de duas tequilas!

— Você que é fraca demais. – ele riu.

— Sei não. Você e a Cora são bem estranhos. – ela franziu as sobrancelhas.

— Você que é estranha.

Claire riu, fazendo Derek a acompanhar.

— Então... – a ruiva olhou para o homem. – Quer dançar?

Ele levantou as sobrancelhas.

— Eu... Eu não danço, Claire.

— Ah... – a ruiva fez um pequeno bico. – É que você ‘tá tão sozinho aqui...

— Não se preocupe. – ele sorriu, querendo tranquiliza-la.

— Vamos, Derek! Matheus também não sabe dançar, e está lá!

Derek olhou na direção do moreno.

— E claramente vemos que ele não sabe dançar. – ele riu.

Claire o acompanhou.

— Vem... – ela sorriu maliciosa e pegou sua mão. – Dança comigo.

Derek apenas conseguiu se concentrar na boca pintada de vermelho, para logo passar o olhar novamente por todo o corpo da ruiva, que estava perfeitamente moldado naquele vestido preto.

Ele não disse nada, só a seguiu para a pista de dança onde Cora dançava animadamente com a vizinha morena, ela estava se divertindo. E Derek ficou feliz por ver a irmã tão feliz, ainda mais depois de todos acontecimentos em Beacon Hills.

O corpo pequeno de Claire se moveu contra o de Derek, fazendo movimentos sensuais, ela olhou para o homem e sorriu novamente maliciosa. O lobisomem, não querendo ficar para trás, envolveu a cintura fina com um braço e a puxou para si.

A ruiva ficou surpresa pela atitude do vizinho, mas não quis se abalar, continuou dançando enquanto o olhava.

Estava claro o que os dois queriam, e claro que eles poderiam ter continuado se provocando por mais algum tempo, mas já haviam esperando por duas semanas.

Cora e Sarah não ficaram surpresas quando depois de alguns instantes se encarando ali no meio, com suas bocas tão próximas, o casal iniciou um beijo de tirar o fôlego. Era intenso e cheio de desejo.

— Finalmente. – Sarah falou animada.

A lobisomem apenas riu.

Finalmente uma namorada normal depois daquela Darach.

E fora naquela noite, que tudo mudou.


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem comentários! Eles me inspiram a escrever!