O começo dos Cullen escrita por rosanaflor


Capítulo 13
Capitulo 13 - Nem tudo é um mar de rosas.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vocês, infelizmente triste!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/672997/chapter/13

POV Edward.

 

     O doutor subiu para se arrumar para o trabalho, ia ser um longo dia para nós dois. Para ele por que iria trabalhar o dia inteiro das seis da manhã até as seis da noite, eu sabia que estava preocupado em me deixar sozinho, também estava preocupado, mas não queria ser um fardo para Carlisle, então falei que estava bem e que conseguia me controlar, o cheiro humano era forte, era bom, mas não o suficiente para me fazer perder a cabeça. Ele também pensou algo sobre o vento ontem a noite, que estava para o sul então não sentiria o cheiro dos humanos, já que moravam ao norte. E seria um longo dia para mim, sem companhia, fui para o meu quarto e liguei o rádio tocava It’s a long way to tipperary, deixei bem baixo e peguei o álbum de fotografias que estava dentro da gaveta, era da minha família. Fiquei folheando as fotos, tinha de tudo lá, meus pais e eu, minhas tias e tios, minhas primas, tinha até uma foto minha com meu cachorro que tive na infância.

— Edward? – Carlisle estava na porta, ele fez um movimento rápido olhando para o álbum e depois para mim, provavelmente uma pessoa normal não teria notado. – Está tudo bem?

— Sim, só matando a saudade. – Disse-lhe sorrindo. Ele já estava vestido para ir trabalhar, roupa social com o jaleco por cima. – Já está indo?

— Depende. Tem certeza de que ficará bem? Não me importo de ficar. – O doutor ainda estava receoso.

— Carlisle vai ficar tudo bem, eu estou bem, quando voltar para casa estarei exatamente aqui, prometo. – disse isso para ele e para mim, eu tinha que parecer confiante e sincero. Ele excitou um pouco seus pensamentos estavam desconexos, mas acabou se convencendo que eu ficaria bem, eu sorri bastante, ele riu.

— Tudo bem então, eu volto as seis, fique bem.

— Bom trabalho Carlisle. – Ele assentiu e saiu.

     Continuei a folhear o álbum e me lembrar de alguns momentos marcantes na minha vida, como o dia que eu e minha prima brincávamos no jardim de rosas e acabamos quebrando a escultura de pedra que tinha lá, minha tia ficou muito brava, ficamos de castigo, foi muito engraçado a cara de dó que fizemos. Eram tantos momentos bons.

   Já passava das nove da manhã, deixei as fotografias de lado e aumentei o rádio, fui para única janela do aposento abri ela e me sentei ao seu lado olhando para fora. Dava para ver a floresta dali, era tudo muito verde e bonito, tinha um esquilo tentando subir na árvore com uma noz a uns três quilômetros da onde eu estava, ele tentou por um bom tempo até que um outro desceu e o ajudou a subir, mas uma outra coisa me chamou atenção, um ninho de pássaros. A mãe dos filhotes voava do lado do ninho enquanto seus filhos a observavam com atenção, um dos passarinhos se aproximou da beirada, abriu as asas e começou a bate-las, mas ele não conseguiu, começou a cair mas a mãe logo o pegou no ar e voltou com ele para a “casa”, esse processo ficou por uns dez minutos, foi quando o filhote conseguiu, ele voava entre as árvores próximas. Eu sorri, ser vampiro não era ver só mortes e tristeza, era alegria também. Foi quando ouvi um barulho de carro.

     Eu conseguia ouvir o atrito da roda do automóvel com o chão, estava a uns sete quilômetros no entanto estava em alta velocidade logo chegaria aqui. Eu não sabia o porque que alguém viria para cá, mas logo estremeci, da janela percebi que a estrada não acabava nessa casa. O carro estava se aproximando e junto trousse os pensamentos de quem quer que fosse, era uma dama, seu nome era Francisca, ela não morava em Ashland, estava aqui só de passagem seu destino era Idaho na cidade de Boise. Comecei a lembrar de minhas conversas com Carlisle tentando achar algo que ajudasse, eu tampei a respiração. O vento estava ao meu favor continuava para o sul, mas quanto mais tempo se passava mais perto ela estava, foi quando ela parou o carro na residência, minha garganta queimou ferozmente quando percebi o quão perto ela estava, não era a queimação que sentia toda hora, essa era diferente, eu estava com muita sede.

     A campainha tocou e o som soou pela casa, eu não sabia o que fazer, mas meus extintos me levaram pro andar inferior, eu tinha que me controlar! Eu prometi que ficaria bem a Carlisle, eu tinha que conseguir. Olhei para o espelho da sala para ver meus olhos, estavam escuros feito breu, então abri a porta.

— Oh. Olá, meu nome é Francisca, desculpe incomodar, estou de passagem aqui por Ashland, mas acabei me perdendo pelo caminho, eu preciso chegar a Idaho, saberia me dizer para onde devo ir senhor? – Ela sorria. Seus olhos eram de um caramelo e seus cabelo eram marrons, iam até o começo das costas, o vestido era azul bebe.

— Me desculpe senhorita, sou novo na cidade não saberia lhe ajudar. – Minha voz soou melhor do que imaginei, ia dar tudo certo, eu estava conseguindo.

— é uma pena, obrigada de qualquer jeito. – Ela sorriu novamente e começou a descer as escadas da varanda, mas o universo conspirou contra mim, o vento de repente mudou trazendo o cheiro dela direto no meu rosto, tudo o que Carlisle temia aconteceu. Meu corpo me traiu e eu acabei respirando, o cheiro dela fez minha garganta queimar ainda mais, de uma forma que eu não achava possível. Acabei não aguentando, nada me seguraria naquele momento, eu era um vampiro, eu descumpri a promessa. Acho que estava enganado, a morte e a tristeza é bem maior que a alegria.

 

POV Carlisle.

     Olhei para ele pensativo, mas acabei cedendo, tudo ia ficar bem, o sorriso dele foi enorme, provavelmente viu meus pensamentos, eu ri.

— Tudo bem então, eu volto as seis, fique bem.

— Bom trabalho Carlisle. – Assenti e fui para o carro, me certifiquei se o vento continuava para o sul, e pensei pela milésima vez, tudo vai ficar bem, eu dizia isso para ele e para mim.

     A casa foi ficando para trás, eram 30 minutos da residência até o hospital, no caminho fui aproveitando a bela vista, os parques, as árvores, o cheiro da grama molhada recém regada, eram cheiros maravilhosos. Cheguei no trabalho cinco e quarenta, vinte minutos mais cedo, o chefe dos cirurgiões me avistou e veio me cumprimentar.

— Seja bem vindo Dr. Cullen, é muito bom telo aqui, recebemos muitas criticas positivas sobre o senhor. – Geralmente eu me mudava e fingia ser residente, mas como fiquei apenas dois anos em Chicago fingi já ter trabalhado.

— Obrigado Sr. Bradley, fico feliz em trabalhar aqui. – Sorri para ele que retribuiu com outro sorriso.

— Venha, vou lhe mostrar sua sala e já temos um paciente.

       Ele me apresentou o hospital, não era muito grande, a visita demorou cerca de dez minutos, depois me levou para o que seria minha sala. Coloquei minhas coisas lá e comecei meu trabalho, meu primeiro paciente era um menino, tinha treze anos, estava com dor de cabeça logo após cair da bicicleta e bater no chão. Cuidei dele e de vários outras pessoas, em menos de duas horas eu já havia atendido quinze pessoas. Era o único hospital da cidade, então era lotado.

     Já passava das nove da manhã, e eu não conseguia deixar de pensar no Edward, estava preocupado com o garoto, eu não devia ter vindo trabalhar. Estava andando pelo corredor quando avistei o senhor Bradley.

— Dr. Cullen! Fez um ótimo trabalho nas últimas horas, temos sorte por ter vindo para Ashland. – Sorri agradecido. – Outra coisa, hoje poderá ir para casa meio – dia, não temos cirurgias marcadas nessa tarde, o dia está calmo. – O universo quis ser legal comigo.

— Fico feliz, preciso ficar mais tempo com meu irmão. – Ele me olhou terno. Essa era a história que inventei para explicar sobre Edward, Eu e ele pensamos muito sobre isso e como o garoto não podia sair muito de casa inventamos que ele é meu irmão mais novo e que tem uma doença rara provocada pelo sol.

     Fui para minha sala e abri a janela para que ventilasse o local. Sentei na cadeira e fiquei assinando papéis e mais papéis, não havia percebido quando algumas papeladas voaram, achei estranho. Levantei da cadeira e olhei para fora, se o vento estivesse para o sul não bateria forte na janela, no mesmo momento eu congelei, o tempo havia mudado. Peguei minhas coisas o mais rápido que pude e corri para meu carro, tentei disfarçar meu pânico o máximo que pude para não ser notado, acho que deu certo. Joguei minhas coisas no banco do passageiro e dei partida, dirigi o mais rápido que o cronometro permitia, torcendo ao máximo que tudo estivesse bem e que eu só era um tolo super-protetor. A casa foi ficando visível e na frente dela havia um carro parado, eu fiquei tenso, o motorista não se encontrava ali e tbm não havia sinal do edward por ali, uma rajada de vento bateu em meu rosto e eu inalei os cheiros. Edward estava em baixo do chuveiro, dava para escutar o barulho de água caindo, não havia cheiro de humanos, mas tinha algo muito mais forte era sangue. Foi uma grande irresponsabilidade ter deixado ele sozinho. Parei o carro e subi correndo para o banheiro a porta estava aberta. O garoto estava sentado na banheira agarrando as pernas, a agua escorria por ele. Fui para o lado dele e coloquei minhas mãos em volta de seus ombros, ele não se mexeu.

— Edward, olhe para mim, o que houve? – Perguntei sussurrando, minha voz estava terna, ele pareceu se surpreender com isso, se mexeu um pouco mas não olhara para mim. – Por favor Edward. – Ele suspirou profundamente e olhou para mim.

     Seus olhos estavam de um vermelho vivo, mas havia angustia, dor neles, sua boca estava suja de sangue, sua roupa não estava diferente.

— Eu matei uma humana, uma parte de mim não consegue se arrepender de tê-lo feito, foi o melhor gosto que já provei na vida, mas a outra parte, sabia o que ela estava pensando eu ouvi o medo que ela sentiu por mim. - Ele estava sussurrando muito baixo, impossível para os ouvidos humanos. – Aquilo não pode ser comparado a nada, era muito, muito bom. Sinto muito Carlisle.

       Eu olhei para ele e vi como estava triste, a dor no seu olhar era visível, ele estava desamparado, não devia ter deixado ele sozinho. Eu passei minhas mãos por seus ombros e o abracei, isso fez ele desabar, chorou por um bom tempo demorou para se acalmar, fiquei fazendo círculos em suas costas para acalma-lo, no final o garoto estava soluçando, provavelmente devia estar desgastado por dentro. Levantei e fui para o quarto dele, peguei uma troca de roupas qualquer e levei para ele.

     Estava no meu quarto pensando aonde estaria o corpo da moça, esperei que ele terminasse o banho para perguntar fiquei sentado na cama pensando se teria que nos mudar. Escutei a porta do meu quarto abrindo.

— Eu a enterrei, nada mais justo já que fui eu que matei. – Ele disse sem olhar direto para mim. – Ela não morava aqui, estava indo para Idaho e parou aqui pra pedir informação.

— Não teremos que nos mudar então. – Disse a ele que assentiu. – Edward, está tudo bem, acidentes acontecem. – Ele olhou para mim com olhos ternos.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Postarei o próximo capitulo em breve, por favor deixem seus comentários, isso me deixa muito feliz, e fiquem a vontade para opinar na historia! bjoos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O começo dos Cullen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.