Isso é Amor? escrita por Letícia Silveira


Capítulo 6
Momento Meloso - POV Alec




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Eu estava repetindo e repetindo mentalmente ‘me perdoe, Jane’,  mas eu não me arrependia do que tinha falado. Não podia continuar pensando na Renesmee com um cão. Ai, até enjoo de imaginar. Se é que isso é possível.

 

Eu me sentia travado. Não estava conseguindo reagir, então soltei aquelas palavras ‘eu acho que devemos contar a eles que eu estou sob o encantou de La Tua Cantante’. Eu posso ter matado humanos, pessoas, amigos e irmãos, mas eu nunca sentia uma dor tão forte de culpa como essa. Sabia que agora eu e Jane iríamos ser banidos da nossa família.  Eu estava destruindo o sonho dela, porque meu não era. Mas essa culpa me corroía por dentro e eu nunca tinha sentido dor mais forte do que essa. Parecia que o meu coração – meu coração morto – havia sido arrancado do peito.

 

Além de eu ter traído a minha irmã, eu ainda sentia uma dor, que não era de culpa, quando ouvi Carmen relatar o namoro de Renesmee Cullen com Jacob Não Sei Do Que. Eu me senti sufocado, como se o ar que eu não necessito rejeitasse o meu pulmão. Como se a minha garganta ardesse, mas não de sede. Como se o meu coração se rasgasse ao meio. Como se eu pudesse desmaiar, pois não sentia as minhas pernas.

 

Agora, eu estou com a mesma sensação, mas sei que é apenas por culpa.

 

Carmen continuava a me encarar e, senão me engano, o seu olhar demonstrava pena. Pena? Por que? Eu hein. Olhei para Eleazar e ele apenas fitava o chão, enquanto balançava a cabeça negativamente. Tânia parou de chorar, pois os os soluços que eu ouvia a pouco no andar de cima cessaram. Encarei de Jane, cuja quem eu tinha certeza que iria estar me fitando com ódio, mas não. Ela apenas tremia. Ela encarava Carmen e tremia. Não entendi à príncipo, mas logo compreendi. Ela estava com medo de perder a família. Deles nos banirem afim de prevenirem uma morte humana. Afim de não terem que mudar de cidade novamente. Afim de proteger aquela bela humana. Afim de fazerem eu fugir da tentação. Eles na verdade queriam me proteger.

 

- Eu vou resistir. Não vou matá-la. Eu não quero matá-la. – Sussurei. Se eles não tivessem uma audição sobrenatural, eles não teriam escutado o meu sussuro.

 

- Alec? Por que você não a mataria, se o sangue dela é tão suculento para você? – Carmen perguntou, ainda com um olhar de pena, o que eu estranhava. Quem em sã consciência, ia ter pena de mim, quando eu estava prestes a matar uma indefesa humana.

 

- Não sei. Vou ser sincero com vocês não sei. – Disse ainda sufocado por aquela dor desconhecida. Eu nunca havi sentido  isso, mas sabia que não era o poder da Jane (cuja qual eu já pedi pra ela usar em mim (N/A: MASOQUISTA)) era pior do que isso. Ele não era apenas mental, mas físico também.

 

Não aguentei mais e sentei numa poltrona branca que se encontrava perto de onde Jane estava. A sala estava muito silênciosa. Imagino que os verdadeiros Denali estavam pensando o que fariam conosco.

 

- Eu a acho tão humana, tão frágil. Ela não merece morrer, por isso não a matarei. – Disse querendo acreditar nas minha próprias palavras, mas eu não podia evitar os meus instintos que queriam matá-la.

 

- Alec, eu sinceramente queria acreditar nisso. Mas eu não sei sinceramente como você não matou aquela humana. Você tem só seis meses de treinamento e você soube hoje como o poder da cantante é poderoso. Você não pode rejeitar os seus extintos. Não basta dizer, precisa-se fazer. O melhor era você e Jane sairem do colégio agora. E Tânia? – Ele disse e chamou a nossa ‘irmã amada’. Tentei me explicar. Eu não podia permitir a ideia de Tânia se aproveitar da situação e nos expulsar de sua casa. Eu sabia que Eleazar perguntaria a ela qual a sua decisão.

 

- Eleazar, sim eu presenciei o poder dela, mas eu resisti. Admito que não foi nada fácil, mas eu resisti e posso me esforçar mais. Foi como um teste e... ela é tão bela que não merece ser morta. Por favor, não nos expulse de sua família, não nos tire do colégio. Faça assim, eu vou ao colégio amanhã e se eu sentir que não resistirei, eu volto pra casa e não volto ao colégio. Mas não faça nada com a Jane, ela não merece. – Eu disse, rezando com todas as forçar para eles aceitarem o ‘contrato’. Mesmo eu nunca tendo feito uma oração antes, nem mental.

 

- Eleazar, me chamou? – Falou a bitch da Tânia, com um sorriso desgraçado no rosto. Ai, se eu mato ela. Eu nunca fui mal em pensamentos, mas ela não pensa no quanto ela está nos prejudicando. Bem, prejudicando a Jane.

 

- Sim, querida. Tu ouviste tudo lá em cima, não ouviste? – Eleazar falou.

 

- Ouvi. E já tenho uma opinião formada.  – Ela deu outro sorrizinho cínico.

 

- Então? – Jane indagou, indecisa sobre a decisão de Tânia. Percebi isso porque tinha uma pontinha de esperança no seu olhar. Aff, como a Jane era ingênua. Já até previ o discurso da Tânia. Seria algo como: ele não conseguirá se controlar e nos exporá. E os Volturi virão interfirir e não quero vê-los novamente. Aposto que ela falaria aquilo com a sua voz de taquara rachada. Eu sei, eu sei, ela é vampira, tem a voz doce, mas eu não posso nem detonar com a pessoa e as minhas leitoras já brigam comigo? Eu acho a voz dela chata sim, tá? Mesmo sendo como um coro de anjos... Esqueci, admito, ela tem uma bela voz.

 

Mas de repente, eu ouvi algo inacreditável. Eu estava surdo? Eu estava ouvindo aquilo mesmo?

 

- Acho que podemos dar uma chance ao Alec. Vamos ver como ele se sairá essa semana. – Ela disse e deu um sorriso sincero.

 

Nesse momento, Jane correu até ela, na velocidade vampiresca, e se pendurou no seu pescoço, abraçando-a.

 

- Alec, não vai agradecer a Tânia? – Carmen perguntou com um sorriso no rosto.

 

- Obrigado Tânia. Você sabe que, independente do que eu faça, Jane não merece sofrer. Você foi muito gentil, eu sinceramente não tinha esperança que você nos deixaria ficar. – Eu disse e sorri abertamente, enquanto Jane se desfazia do abraço.

 

- Ah, que voto de confiança que me destes. – Tânia brincou. Fazendo todos rirem na sala.

 

- Obrigada mana. – Disse Jane. Pela primeira vez, ela disse aquilo pra alguém. Desde que viemos morar com os Denali, Jane começou a dizer ‘obrigado’ com frequencia, mas antes eu nunca tinha ouvido ela dizer, digo, quando vivíamos com os Volturi. Mas, ela chamar alguém de ‘mana’ ou ‘irmã’ ela nunca havia chamado. Ela sempre me chamou de ‘irmão’, ‘mano’ ou ‘maninho’, mas as pessoas da Guarda Volturi, ela nunca chamou, nem sequer o Demetri, cuja quem ela teve até um ‘lance’, cuja qual eu quase morri de ciúmes. (N/A: Sim babem! Jane & Demetri, nao sei pporque eu fiz esse casal, mas tudo bem...)

 

Nota-mental: ainda, um dia, arrancar a cabeça dele por ter terminado com a minha irmã.

 

- De nada, querida. Espero que o Alec não pise na bola, porque quero te chamar de irmã e mana pra sempre, mana. – Tânia disse e Jane se virou pra mim e sussurou com uma cara assassina: ‘eu também espero isso’, fazendo eu, Eleazar e Carmen rirem, menos Tânia que parecia perdida em pensamentos.

 

- Tâ, que que foi? – Perguntou Jane, chamando-a por um apelido ridiculo. (N/A: Eu achei ridiculo, nao sei voces. Mandem um coment com sugestão de apelido pra Tânia, Eleazar e Carmen ;)

 

- Nada, é só que... bem.. – ela pareceu encabulada – Irina ia gostar muito de eu e Kate estarmos continuando a nossa vida, sabe? Ela era tão altruísta, que importava mais a felicidade dos outros, principalmente a minha e a de Kate, do que a dela. E também, sweet Jane, Irina me chamava de Tâ, ou de Queen T. (N/A: Parece de Gossip Girl? ABAFA o caso) Eu adorava esses apelidos. – Ela sorriu docemente.

 

- Ai, que fofo, Tâ. – Disse Jane.

 

- Chega de momento ternurinha, vamos. – Disse Eleazar. Pêra, vamos pra onde? Antes de eu perguntar, Tânia, ou Tâ, ou queen T (Nota-mental: eu mereço.)

 

- Vamos aonde?

 

- Eu e Carmen, vamos, hmmm, caçar. – Sei, caçar uma ova. Pelo sorriso malicioso da Carmen, sei muito bem o que eles vão fazer. Tânia, também pareceu entender e fez uma careta de nojo.

 

- Vão logo então. – Tânia disse. – Caçar, sei. – Ela disse e bufou. Sentou-se no sofá e eu sentei ao seu lado, afim de me redimir. Mas o único jeito era eu pedir desculpas de novo e voltar a tocar no assunto Annie.

 

- Sério, desculpa Tânia, mas eu não quis sofrer o feitiço da cantante. Desculpa, sério.

 

-Por que você está pedindo desculpas? Não entendi. – Ela disse. Ah, entendi, ela é loira.

 

- Tânia, eu e Jane, cuja quem você tinha ódio, ou melhor, rancor, simplesmente se mudaram para a sua casa e ainda, um deles, o mais panaca impossível (N/A: ôô auto-estima, tah parei.) está sofre o encanto de la tua cantante. Hello, você tinha que estar nos pondo pra fora da sua casa agora. Então obrigada por ser tão amável e dócil. Principalmente, por ser tão compreensiva. Você não tem ideia de como eu e Jane já amamos essa família.

 

- Correção: sua família. – Disse Tânia, com um sorriso tão dócil, como meigo. A abracei.

 

- Correção: - disse Jane, interrompendo o nosso papo. Até tinha esquecido que ela estava ali. Medo. – a nossa família. – Dito isso, ela pulou em cima de nós dois e nos abraçou. Foi tão inesperado que me deu até medo.

 

- Chega de correção e melação, eca, se isso fosse doce já tinha pegado care. – Brincou Tânia. Ela realmente era legal e um exemplo de irmã. Claro, que não estou criticando a Jane, mas, sabe, acho que ela é bipolar. Tinha umas épocas que do nada ela tava feliz e depois já estava saindo vapor das orelhas dela, de tanto ódio que ela tava. Mas agora de quem ou por que? Não sei.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Lembrando Review?
Assim que eu destravar, posto mais.
Beijão:*



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