Isso é Amor? escrita por Letícia Silveira


Capítulo 3
La tua cantante - POV Alec




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Chegamos no colégio e parecia ter muita gente, comparado com a população. A população dessa insignificante cidade era de uns 3023 habitantes, agora 3025.

 

Estávamos no carro de Carmen, uma Mercedes-Benz preta, maravilhosa só para constar, e quando entramos no estacionamente, todos se viraram para ver quem iria sair daquele carro esplendido.

 

-Ai, que nervoso! - Disse Jane, demonstrando ser a primeira vampira da face da terra, cuja tem medo de humanos, que saco.

 

-Tchau bebês. - Disse Carmen querendo tirar sarro da gente.

 

-Tchau. - Saí do carro emburrado e olhei para o chão, não respirando e não querendo encarar as pessoas que me olhavam. Eu estava com uma roupa simples e descreta, escolhida por Jane. Era uma camisa branca, com um casaco azul marinho e a calça tambem da mesma.

 

Jane estava com uma saia jeans, uma blusa cinza com um decote indecente, um casaco azul marinho, com mais detalhes do que o meu e uma meia calça. Por cima da meia calça estava uma bota de cano alto preta, com um salto fino e no mesmo momento que Jane pisou na calçada, os olhos dos guris brilharam. Imagina, Jane com um humana, nossa, eu ri. A última vez que eu vi isso foi uma cena repugnante, onde a  humana Isabella dava a vida para salvar o ex-namorado vampiro Edward Cullen. Depois, só vi ela transformada, e não era de se jogar fora.

 

-Vamos para a secretaria, Carmen me explicou aonde fica. - Eu disse a Jane, que assentiu.

 

A guiei para a secretaria e, ao chegar lá, uma mulher de cabelos grisalhos e um corpo robusto nos atendeu:

 

-Olá. Sou a srta. Greenfield, posso ajudá-los?

 

-Claro. Somos alunos novos. Alec e Jane Denali. - Eu disse enquanto ela procurava em uma das pilhas de papéis em cima do balcão, a nossa inscrição.

 

-Ah, sim! Aqui! Os horários de vocês, onde eu tentei pôr todos juntos, mas não foi possível, e a primeira aula de vocês já será separada. Aqui, ó.

 

Ela nos entregou um pequeno kit, onde havia o mapa do 'grande' colégio (sim, EU FUI IRÔNICO), os horários e uma tabela com os nomes dos professores. Agradeci a senhora Greenfield e me dirigi para o corredor, sendo seguido por Jane. Olhei o meu horário e o meu próximo período seria Matemática, uma matéria idiota onde possui apenas uns números imbecis. Eu poderia ter aprendido apenas até a quinta série matemática, o resto é imprestável. Eu sei tudo já, pois Demetri ensinava eu e Jane, quando recém nos juntamos aos Volturi. Também não queríamos ser ridicularizados. Olhei o mapa que estava na minha mão e vi que era no prédio 2 a minha aula de Matemática. Eu deveria estar atrasado para a aula. Droga, entrarei depois e chamarei MAIS a atenção. Ah!, só agora percebi que ainda não havia respirado, desde que cheguei no colégio. Inspirei, e a minha garganta ardeu com todos os cheiros deliciosos, que se encontravam naquele ambiente. Fechei os meus olhos e tentei relaxar, mas agora, com a minha seca garganta, não conseguiria me concentrar.

 

Droga, Jane sempre quis estudar tanto numa escola e eu não colocarei tudo por água a baixo! EU NÃO POSSO! NÃO, ALEC! ALEC DENALI - subconsciente: bizarro! - VOCÊ NÃO FARÁ ISSO! DROGA! MENTALIZA, HUMMMMM! MERDA, PORQUE ESSA PORRA DE CONSCIENCIA NAO AJUDA? MERDA DE GARGANTA SECA!

Anjinho da consciência dizendo: CAMINHA ALEC, VAI PRA AULA E SE DISTRAIE, É APENAS UMA DORZINHA DE GARGANTA! AGUENTE!

 

Demônio da consciência dizendo: MATA UM OU DOIS, JANE IRÁ TE PERDOAR. MATA, ESCONDE OS CORPOS E DEPOIS MINTA PARA A FAMÍLIA.

 

Anjinho da consciência dizendo: E OS OLHOS, SUA ANTA? DÃA, ELES VAO NOTAR OS OLHOS!

 

Demônio da consciência dizendo: MERDA, POR QUE TU TINHA QUE SER UM VAMPIRO? MERDA DE OLHOS! ANESTESIE A SUA FAMÍLIA E NAO DEIXE QUE ELES VEJAM!

 

-CHEGA! - Eu gritei no meio do pátio da escola, quando me dirigia para o prédio 2. Que vergonha! Todos olharam para mim e e eu apenas encarei uma guria, que se localizava no canto norte do pátio e vestia um vestido rosa bebê, delicado, que aumentava os seus peitos volumosos. Ela possui um cabelo em tons catanhos, liso, e seus olhos eram de um lindo tom de castanho. Ela me encarava e quando percebeu que eu correspondia, abaixou a cabeça e corou. Nessa hora, minha garganta ardeu, e eu, pensando que não conseguiria aguentar fui atrás de Jane, que deveria estar indo para a aula de Artes Plásticas, no prédio 4. Corri na velocidade humana que eu havia praticado a algum tempo, para os humanos não desconfiarem, mas, nossa, como eles eram lerdos! Encontrei Jane perto da porta para o prédio 4, e logo lhe disse:

z88;

-Eu não irei resistir. Preciso ir para a casa!

z88;

-Alec, eu acho que eu também não conseguirei. Me preciptei. Vamos caçar e depois eu vejo se conseguimos encarar. - Ela sussurou para mim.

-OK, vamos caçar. - eu disse e segui para a floresta, atrás do prédio, afim de ninguém nos ver. Após entrarmos na floresta corremos para a residência dos Denali. Fechei os olhos, afim de sentir a liberdade, sentir o vento bater no meu rosto, mas quando fechei os olhos eu só vi olhos castanhos, me fitando. Me fitando intensamente, pareciam perfurar a minha alma (se é que eu tinha). Me senti estranho, não sabia o que estava acontecendo comigo. Lembrar de uma mera humana, mesmo ela sendo bonita. Avistamos a casa, a nossa casa, e Jane avançou e abraçou Carmen.

 

- O que foi, querida? - Carmen perguntou.

 

-Não conseguiremos, nunca conseguirei me sentir mais humana. -Jane soluçava ao dizer isso. Podia sentir a sua dor em mim, eu era muito ligado a ela.

 

Só então percebi que fazia uma careta de dor, e mudei rapidamente para uma expressão fechada.

 

-Vocês precisam voltar, já estão matando o primeiro período. Caçem alguns animais e voltem para lá. Tranquem a respiração e só soltem para falar com alguém. - Eleazar nos disse, com a mesma expressão de sempre, de um homem sério.

 

-Vamos Jane. - puxei-a pela mão e entramos novamente na floresta. Corremos para o norte e eu comi um urso polar, que era o meu favorito, e uma raposa. Jane comeu apenas dois alces, que tinham um péssimo cheiro, pior do que o normal.

 

Voltamos para o colégio e a próxima aula tínhamos juntos, era Literatura.

 

O sinal bateu e nós esperamos um pouco e entramos na sala. Havia apenas dois lugares vagos. Um era ao lado de uma guria ruiva, com os cabelos curtos e caichos que pendiam nas costas e o outro era ao lado da guria de cabelos castanhos  e olhos dos mesmos. Ela me olhou e olhou para baixo. Resolvi me sentar ali, a fim de saber mais sobre a guria.

 

-Olá sou Alec Vol.. Denali. – Espero que ela não tenha percebido o meu erro. – Posso me sentar aqui?

 

-Cla-claro. – Ela gaguejou. – ah, sou Annie Lochs, prazer. – Ela sorriu o sorriso mais lindo que eu já havia visto. Ao mesmo tempo eu sorri abertamente e a vi se encolher na cadeira. Ela devia ter visto as minhas pressas. Droga. Resolvi mudar de assunto.

 

-Gostas de literatura? – Na mesma hora perdi o fôlego. Minha garganta ardeu como nunca tinha ardido. A caça não havia mudado nada. O cheiro de Annie era mais apelativo do que qualquer um que eu já havia sentido. Eu sabia o que ela era para mim. A mesma coisa do que Bella era para o masoquista Edward Cullen , cuja qual queria se matar ridicularmente por causa de uma humana. Uma humana que ainda tinha um belo sabor, segundo ele. Dos Volturi, apenas Felix já tinha sentido isso que eu sentia. Ele matou a mulher sem ao menos reparar nela. Só ao sentir a sede ele matou. La tua cantante. Isso era o que Annie era para mim.

 

-Claro. – Ela respondeu a minha pergunta que eu nem sequer lembrava mesmo com a minha memória vampírica.

 

Continuei com os meus pensamentos. Isabella Swan sobreviveu, pois Edward Cullen resistiu. Charlotte Adams, nome depois descoberto de La tua cantente de Felix, morreu. E o que aconteceria com Annie? Com tamanha perfeição ela merceia morrer? Não, mas como eu iria resitir ao seu sangue adocicado. Como? – essa era a pergunta que nao queria calar.


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Notas finais do capítulo

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