Por alguns minutos, Boruto realmente achou que poderia escapar ileso de sua "pequena" brincadeira. Isso até ouvir a sirene dos bombeiros ao longe...

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Era a noite de sábado e Boruto e Sarada estavam ansiosos para começarem a pôr seus planos em ação. Porém, antes de qualquer coisa, precisavam passar por um desafio ainda mais difícil.

Persuadir Sasuke Uchiha a dar para sua amada e adora primogênita a permissão para sair de casa.

Não era uma das tarefas mais fáceis...

Primeiro porque Sasuke não confiava em Boruto. De jeito nenhum. Apesar do garoto ser seu afilhado e de conhecê-lo desde quando nasceu, o Uchiha afirmava que Bolt era simplesmente parecido demais com seu pai para ser garoto decente. Tinha certeza de que se soltasse as rédeas demais ele acabaria engravidando sua filha do mesmo modo que aos dezessete anos Hinata já estava grávida. Não adiantava argumentar com ele que fora nessa mesma época que Sakura engravidara, Sasuke não ouvia.

Segundo, Sasuke era extremamente possessivo com Sarada, e raramente a deixava sair sozinha. A menina reclamava muito daquele tipo de super-proteção, mas como boa filha que era, não se atrevia a desobedecer as ordens do pai.

No fim, as muralhas de Sakura foram todas quebradas pelas doces palavras de Sakura, que convenceu o ex-marido de que não começasse a deixar a filha sair por livre e espontânea vontade, ela começaria a fugir sem avisá-lo ao invés de pedir permissão. O argumento da ex-Haruno pareceu funcionar maravilhosamente bem. Boruto quase conseguiu ver a saliva descer a seco pela garganta do padrinho naquele momento enquanto Sakura ria do outro lado da linha.

Quando finalmente ouviu o esperado "sim" sair da boca de Sasuke - mesmo que contragosto - Boruto achou que a noite seguiria sem mais problemas.

Pobre Boruto, os problemas estavam apenas começando!

Sentado na cama do quarto de Sarada, ele teve que passar uma hora e meia esperando a dondoca se arrumar. Bolt realmente não entendia qual diferença faria se os sapatos dela não combinassem com o vestido, mas Sarada parecia se importar bastante, e esse era o motivo pelo qual ela vinha reclamando a mais de quinze minutos.

–Sarada, nós vamos destruir a festa da Saori, não nos divertir de verdade. - Lembrou o garoto de braços cruzados. - Vai realmente fazer tanta diferença com que roupa vamos? - Perguntou arqueando a sobrancelha.

–Sim. - Respondeu Sarada com simplicidade enquanto parecia ponderar entre dois vestidos. Um verde e um vermelho. - Uma Uchiha sempre tem que estar bem vestida, especialmente para planos de vingança. - Completou. - Além disso, você está arrumado, não posso ficar para trás.

Boruto bocejou.

–Okaa-san e Himawari que me obrigaram a vestir essa coisa. - Resmungou ele tentando inutilmente afrouxar a gravata pela milésima vez naquela noite. - Elas disseram que eu nunca saio de casa e que se estivesse bem vestido hoje talvez fosse convidado para festas mais vezes. Ela mandou eu me comportar. - Ele riu com deboche. - Ah, Dona Hinata é mesmo uma graça.

–Ela uma santa, isso sim. - Retrucou a morena. - Nem acredito que ela ainda deixa você sair para festas sozinho depois do que aconteceu no aniversário do Hiro ano passado...

–Aquele cara estava me provocando!- Argumentou o Uzumaki com uma careta ao lembrar da ocasião.

–Você mandou o coitado pro hospital! - Retorquiu Sarada arqueando a sobrancelha. - E seu pai, o que disse? Sarada sabia que na casa de Boruto, era necessária a permissão dos dois pais para qualquer coisa, diferente do que acontecia em sua própria casa, onde Sasuke decidia a maior parte de sua vida sozinho, e raramente pedia a opinião de Sakura para qualquer coisa.

–Ele disse alguma coisa sobre comida de graça... - Resmungou Bolt. Sarada riu, jogando o vestido verde para um canto do quarto e vestindo-se com o vermelho. Penteou os cabelos rapidamente e passou um gloss vermelho.

–Vamos. - Chamou ela já saindo do cômodo. Boruto a seguiu. Eles de despediram de Sasuke e saíram de casa. Como Saori era vizinha de Sarada, chegaram rapidamente ao local. Chegando ao portão principal da Mansão Sabaku eles puderam identificar os dois seguranças que guardavam a festa. O lugar estava muito iluminado, luzes de todas as cores clareavam não só a construção, mas também o céu, a música era alta, e o som de risadas e gritos podia ser ouvido a quilômetros de distância.

–É aqui que a gente se separa. - Avisou Boruto. Por não ter sido convidado, ele não podia entrar pela porta da frente. -Não se esqueça, cuidado com o bichinho de estimação da Saori, é um pequeno demônio. - Avisou a morena ajeitando sua gravata enquanto ele se distanciava. - Escale o muro e entre pela porta de serviços, a chave fica dentro da máquina de lavar. - Bolt assentiu. Os dois trocaram um High-Five e Sarada se dirigiu para a entrada enquanto o loiro se afastava.

–Ei, Bolt. - Chamou ela, virando a cabeça uma última vez. - Não seja pego. - Aquilo não era um pedido, era uma ordem expressa, e Boruto não era louco o suficiente para ignorar as ordens de um Uchiha. Não ainda. Ele sorriu.

–Mulher, é com Boruto Uzumaki que está falando. - Disse o garoto antes de desaparecer entre as sombras. Sarada revirou os olhos, sorrindo.

"Mas é mesmo um idiota." Pensou antes de passar pelo portão.

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Boruto seguiu as ordens da amiga da melhor forma que conseguiu.

Foi para os fundos da mansão e escalou o muro sem dificuldades, as estúpidas aulas de educação física do Castelo de Areia finalmente pareceram ter alguma utilidade. Encontrando-se dentro da área de serviço da propriedade, ele caminhou vagarosamente em direção a máquina de lavar, tentando ao máximo não fazer nenhum barulho.

Foram aí que as coisas começaram a dar errado.

Sem querer, o loiro pisou num balde qualquer, derrubando seu conteúdo e caindo de cara no líquido que escorria do pedaço de plástico. O cheiro era estranho, e Boruto apenas esperava que não fosse algum fluido tóxico - aquela era casa de Saori, Rainha do Mal, não acharia estranho encontrar algo daquele tipo pro ali - ou pior, xixi, mas decidiu que não provaria para descobrir.

Porém, os ruídos provenientes de sua queda atraíram a atenção de um expectador. O inusitado bichinho de estimação da Família Sabaku. Um guaxinim marrom muito gordo e - de acordo com os boatos - muito mal. O animal não o deu nem um segundo de descanso fazendo um barulho muito esquisito e pulando em sua cara, atacando-o com os pequenos - porém afiados - dentinhos amarelados. Sarada tinha razão, era um pequeno demônio.

–AHHHHH! - Gritou o loiro travando sua boca em seguida. O estúpido guaxinim era ridiculamente rápido, e mordia cada pedaço de pele exposta.

–MAL SHUKAKU! MAL SHUKAKU! - Um voz veio gritando por trás de si. Duas mãos ajudaram-o a tirar o bicho de seu rosto, e outras duas o levantaram do chão.

Boruto reconheceu, Kagami e Kiara Sabaku, filhos de Kankuro Sabaku, e primos de Saori. Pelo que ele sabia, Saori tinha três primos, e não se dava nada bem com esses dois em especial. O motivo? Apesar de quase ninguém saber, eles não eram relacionados biologicamente aos Sabaku. Kagami e a irmã tinham sido adotados por Kankuro e seu marido, Kiba, quando ainda eram muito novos. Porém, esse simples detalhe fazia com que Saori não os considerasse parte de sua família, e fizesse tudo em seu poder para infernizar a vida dos gêmeos. Bolt sabia que a simples presença deles ali era sem dúvida uma exigência de Gaara, ou então certamente não seriam convidados.

Kagami era o mais velho. Os cabelos eram castanhos e os olhos da mesma cor. Tinha marcado em suas bochechas dois triângulos vermelhos que o indicavam como membro da Família Inuzuka. Todo Inuzuka nascia com marcas de nascença exatamente como aquelas. Era um fato sem explicação. Ao completar dez anos, Kagami implorou aos pais para que pudesse fazer uma tatuagem igual. Eles permitiram, e desde então ele e Kiara as exibiam com orgulho. Ele era alto, pele clara, e aparentemente vestia uma roupa tão engomada quanto a do próprio Boruto. Kagami era um dos amigos mais próximos de Bolt, era calmo e divertido, e fora ele um dos que lhe avisara várias vezes - além de Sarada - de que meter-se com Saori, mesmo que num relacionamento, não era uma boa ideia.

Kiara era a mais nova. Praticamente uma versão feminina do irmão. Kiara era tão bela quanto Saori, porém, por optar a maioria das vezes por visuais naturais, e estar quase-sempre suja de terra por conta do cachorro de estimação, as pessoas pareciam se esquecer disso. Naquela noite contudo, ela parecia mais arrumada do que nunca. Os longos cabelos castanhos caiam em ondas suaves por seus ombros, o rosto enfeitado com uma maquiagem roxa e os olhos cor-de-chocolate contornados por um lápis preto delicado. Ela usava um vestido de festa lilás e rodado e Boruto duvidada sinceramente que qualquer outra menina daquela festa - incluindo Saori - fosse estar tão linda quanto Kiara naquele momento.

–Bolt, o que você está fazendo aqui? - A voz de Kagami o tirou de seus devaneios. Ele ainda segurava o loiro pelos braços enquanto Kiara prendia o guaxinim sanguinário fortemente contra seu peito tentando impedir que saltasse e voltasse a morder o Uzumaki novamente. - Sabia que esse bicho podia ter matado você? - Perguntou.

–C-como assim? - Questionou, os irmãos Sabaku trocaram olhares.

–Esse guaxinim satânico é carnívoro. - Explicou Kiara enquanto prendia o animal de volta em sua casinha com as correntes largadas ao lado.

Corrente de metal. Correntes de metal de verdade.

Para um Guaxinim!

–Carnívoro? - Bolt ainda não conseguia acreditar. Kagami o ajudou a levantar.

–É, - Confirmou a garota caminhando de volta na direção deles. - Bem a cara da Saori mesmo ter um bichinho que pode comer o braço dela caso se esqueça de alimentar. - Comentou ela balançando a cabeça e limpando o vestido.

–Tio Gaara tentou se livrar dele uma vez mas a Saori não deixou... - Disse Kagami encarando Shukaku que rosnava perigosamente de sua jaula. - Mas enfim, o que você faz aqui? - Os irmãos se viraram em direção ao Uzumaki.

Boruto não estava nas melhores condições, sua cara estava toda arranhada, os cabelos bagunçados e roupa encharcada.

–Não é óbvio, nii-chan? - Perguntou Kiara divertida. - Bolt-chan está aqui pra tentar destruir a festa de nossa querida prima. - Concluiu ela com um risinho. - Provavelmente é a única razão pela qual a Sara-chan apareceu pra início de conversa. Aposto que vocês trouxeram explosivos ou algo do gênero, não é? - Questionou, os grandes olhos castanhos vidrados nele.

Boruto quis amaldiçoar a irritante inteligência da garota no momento. Sarada era sua melhor amiga, mas Kagami e Kiara faziam parte do grupo com quem andava, mesmo assim, eles nunca tinham sido muito próximos, e jamais passara por sua cabeça que ela fosse entender tudo tão rápido. Boruto sentiu um súbito desânimo ao perceber que seu incrível plano chegava ao fim sem nem ao menos ter começado direito.

–Essa é a parte em que vocês me deduram para a Saori eu sou humilhado publicamente mais uma vez, não é - Perguntou o loiro abaixando a cabeça sem muitas esperanças. Kiara chamou a atenção do amigo, colocando a mão em seu ombro.

–Não. - Ela negou com a cabeça. - É a parte em que te desejamos boa sorte e rezamos para que a Sara-chan tenha trazido uma câmera pra filmar a confusão. - Esclareceu a menina Sabaku com um grande sorriso. Boruto quase não conseguiu acreditar.

–...Mesmo?

–Mesmo. - Garantiram.

–Vocês seriam capazes de ficar contra a Saori por minha causa? - Perguntou o Uzumaki em descrença total. - Mas ela não é prima de vocês?

–Saori não nós trata como família, - Respondeu Kagami num tom levemente amargo - Não somos obrigados a tratá-la também. - Kiara balançou a cabeça.

–Bolt-chan é o único que ainda é capaz de defender a Saori mesmo depois do que ela fez com ele...- Afirmou a morena fazendo Bolt corar até a raiz dos cabelos. - Você é mesmo Kawaii, ne, Bolt-chan? - Falou ela apertando as bochechas do garoto que se desvencilhou o mais rápido possível.

–U-urusai! - Exclamou envergonhado. Kiara riu.

–Enfim, acho melhor você trocar de roupa. - Comentou Kagami observando as vestes molhadas do loiro. - Ou vai soar suspeito.

–Hai. - Concordou Boruto.

–Kiara pode te levar para trocar de roupa, ela vai ser mais convincente para deixar o Hiro te emprestar alguma coisa. - Disse o Sabaku enquanto saia em direção a festa. - Não demore, Sarada vai ficar impaciente. - Falou por fim e desapareceu em seguida deixando Boruto sem tempo nenhum para retrucar ou pedir mais opções.

–Vamos logo, Bolt-chan, Hiro-kun é pequeno mas provavelmente tem algo que sirva em você. - Disse Kiara arrastando o garoto para dentro da mansão.

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Sentada numa mesa plástica vazia ao redor de inúmeras pessoas dançando alegremente, certa Uchiha mexia sua perna com impaciência se perguntando onde raios seu parceiro de crime fora parar e porque estava demorando tanto.

Ela já estava a meia hora dentro daquela festa inútil e nada tinha explodido ainda.

Sarada estava chateada.

Logo ela viu Boruto atravessar o mar de gente vindo em sua direção. Ele estava vestido de uma forma diferente desde a última vez que os vira. Usava uma camisa social branca e uma gravata vermelha, uma calça jeans escura e All Stars coloridos. Suas bochechas estavam bastante rubras e ela podia jurar que vira Kiara atrás dele por um segundo.

Assim que ele a alcançou ela bateu em sua cabeça.

–Porque demorou tanto? - Questionou a Uchiha torcendo o nariz.

–Estava brincando com o bichinho sanguinário da Saori. - Sussurrou ele em resposta sentando-se ao lado dela e suspirando profundamente, tentando fazer com que seu rosto voltasse a cor original. Kiara o arrastara até o quarto de Hiro, irmão mais novo de Saori, e convencera o ruivo a lhe emprestar algumas roupas. Até ali, Boruto se sentia agradecido, o problema foi que ele teve de se trocar na frente dela. Por alguma razão, a garota recusou-se a sair do quarto, como ela estava o ajudando, Boruto não pôde reclamar muito.

Como se se trocar na frente de uma menina praticamente desconhecida já não fosse motivo de vergonha suficiente, a situação do nosso loiro conseguiu se tornar ainda pior quando Kiara começou a rir escandalosamente da estampa de sua cueca.

O mundo que o desculpasse, mas Boruto não pretendera em nenhum momento ficar despido naquela noite, logo, se vestiu com a primeira coisa que viu.

Grande erro.

Patinhos malditos.

Ele queimaria aquela coisa quando chegasse em casa.

–O guaxinim? - Questionou Sarada trazendo-o de volta de seus devaneios. Boruto assentiu. - Eu não mandei você ficar longe daquela coisa? - Disse a menina ajeitando os óculos.

–Imprevistos acontecem! - Grunhiu o Uzumaki entredentes. - Isso não importa, vamos logo dar início ao plano. - Pediu ele colocando um dos doces da mesa em sua boca.

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Tudo aconteceu como um grande espetáculo, e Boruto e Sarada eram os sádicos maestros.

Tudo começou com a liberação dos cachorros e dos papagaios. Por alguma razão, apesar de ser estranhamente apegada a aquele guaxinim desumano, Saori tinha pavor de cachorros e de qualquer coisa que voasse.

A banda parou de tocar, os quatro integrantes desmaiaram em plena sincronia por conta do que Sarada havia posto em suas bebidas. Logo depois disso, mais de vinte cães vira-latas e vinte e duas aves invadiram a festa, assustando os convidados e dando início a correira. O curioso é que todos os cães correram exatamente em direção a Saori.

Os convidados pareceram se perguntar o porque daquele motivo.

Boruto sabia.

Sarada tinha colocado carne dentro do sutiã da garota naquele dia mais cedo.

Enquanto Saori era assediada por cães e os visitantes tinham suas cabeças, e outras partes do corpo, bicadas por passarinhos selvagens, a nojeira começou de verdade.

E foi então que eles descobriram que a comida também não estava tão confiável...

Nos doces, laxante, nos salgados, um ervinha traiçoeira que a dupla tinha conseguido com Inojin Yamanaka, amigo de Sarada, e que causava um bela e incontrolável vontade de vomitar.

Metade dos convidados correu para o banheiro, a outra mal teve tempo de reagir. A maioria gorfou em si mesmo, alguns tiveram a brilhante ideia de recorrer a linda piscina olímpica decorada dos Sabaku e começaram a botar tudo para fora.

O grande final foi o bolo.

Não era um bolo qualquer. Era um bolo gigantesco. Cinco camadas, todo cor-de-rosa com glace e duas velinhas no topo. O belo bolo explodiu totalmente na cara de Saori e dos cachorros, fazendo a ruiva se desequilibrar e cair com tudo na piscina completamente vomitada. O cheiro horrível que os explosivos exalavam logo se espalhou pelo local, não ajudando em nada as pessoas que já estavam regurgitando.

Foi lindo.

E tudo estava indo muito bem até começar o fogo.

As drogas de velas tiveram uma reação errada com as bombinhas, e a mesa onde antes de encontrava o bolo começou a queimar. As outras mesas e o chão - totalmente molhado de bebidas alcoólicas que as pessoas tinham derrubado na correria - rapidamente pegaram fogo. As pessoas começaram a gritar desesperada, em puro horror e a correr em direção a saída.

Menos Boruto.

Por alguma razão, seu corpo pesava, ele sentia a cabeça girar e tudo estava embaçado.

–Kuso* (Merda). - Xingou Sarada levantando-se em aflição e puxando o amigo pelo braço. - Deu tudo errado, Boruto! - Gritou ela. - Vamos embora antes que sejamos queimados vivos! -Rugiu em seu ouvido.

Mas Boruto não respondia. Seu corpo coçava. Com muito esforço ele foi capa de se levantar. Pior decisão. A tontura o pegou de vez e ele caiu com tudo no chão. Com os olhos vagamente abertos, ele parecia ter perdido completamente a noção do que acontecia ao seu redor. Seu peito subia e descia velozmente, enquanto sua cabeça virava de um lado para o outro freneticamente.

–Boruto? Boruto?!- A voz alarmada de Sarada era a única coisa que Bolt conseguia ouvir. Suas mãos foram arranharam sua garganta.

–N-não... N-ã-ão... R-r-respirar... A-ajuda... S-suf-focar! - Sua voz era um sussurro angustiante. O mundo começou a rodopiar novamente. Ele ouviu uma sirene ao longe e sentiu as mãos de Sarada começarem uma massagem cardíaca atrapalhada.

Então ele perdeu os sentidos,e tudo escureceu.