O cientista dá um suspiro pesado, desacreditado, talvez chocado, duvidara de si mesmo várias vezes. Contudo, ali estava ele, com o resultado de muitos anos de esforços e pesquisas. Pessoas morrendo e sofrendo, seja com tratamentos dolorosos, ou testemunhando a perda de seus entes queridos. Sem falar de cientistas do mundo todo, que procuram isso frequentemente. E os humanos mantendo a fé e esperança de enfim, se livrarem dele.

— Consegui... Finalmente encontrei.

Ela, que matou e ainda mata milhares de humanos. Ali, nas mãos daquele simples cientista, estava a cura para o câncer. Com o coração eufórico por causa da grande descoberta, ele corre para sair do laboratório, mal podendo esperar pra gritar aquilo ao planeta todo. Entretanto, não teve tempo nem de encostar na maçaneta. Seu corpo vai ao chão não aguentando manter-se de pé, bastante sangue jorrava. Antes que ele perdesse os sentidos, pôde vislumbrar a face do suposto assassino.

— Você... — A vítima morre com uma expressão de desespero, pois sabia que tudo estava perdido.

O assassino, por sua vez, recolhe todas as amostras, resultados e testes até mesmo anotações. Saindo dali após limpar e eliminar qualquer vestígio, pega o celular e disca um número.

— O maldito conseguiu mesmo, estou levando tudo para aí agora.

A cura do câncer ficou guardada por tempo indeterminado. Talvez algum dia seria usada. Talvez quando uma série de mortes catastróficas ocorresse pela demora, mas por hora, cientistas e pessoas continuarão buscando-a sem saber a verdade cruel.