POV Jade

Estava guardando alguns livros no meu armário em HA, os corredores vazios, quando senti dois braços firmes me envolvendo por trás, em seguida uma voz sussurrou no meu ouvido:

- Oi amor.

Um sorriso experimentou brincar pelo meu rosto, mas eu não iria ceder a ele tão fácil assim, desvencilhei do seu abraço ficando de frente para o mesmo, me arrependendo instantaneamente porque quase perdi o foco com o quanto ele estava lindo, seu cabelo casualmente bagunçado fazia um contraste perfeito com a expressão confusa por eu ter recusado o carinho.

Então, séria, soltei um frio:

- O que você quer Beck?

É divertido testá-lo e esperar respostas embaraçosas enquanto ele tenta se sair bem de uma situação como essa, mas Beck tem o dom de me provocar, então o provável discurso romântico e meloso que eu aguardava se transformou em:

- Um refrigerante, quer que eu pegue pra você também?

É, eu tive que me esforçar muito pra não parecer surpresa, o que não funcionou bem, porque ele começou a rir da minha cara abertamente no meio do corredor, o olhei furiosa e ele entendendo o recado segurou o riso.

- Qual o seu problema?! – Gritei, afinal, ainda queria meu discurso meloso, e também queria sair andando depois que ele o fizesse, me fingindo irritada com tanto clichê só pra ele vir atrás de mim e me roubar um beijo.

- O que foi? – ele perguntou com um tom de voz confiante demais para o que tinha acabado de acontecer e veio se aproximando – O que você queria que eu dissesse? – continuou quase que sem pausa e com o mesmo tom, o que me deixou um pouco apreensiva porque eu sabia o que vinha depois - Que eu quero você? Que eu quero um beijo da garota mais linda do Universo? – disse me colocando contra o armário e direcionando sua boca novamente ao meu ouvido – É que você já sabe.

Rezando para que ele não percebesse minha respiração acelerada resmunguei em protesto e afastei meu corpo o suficiente para olhar em seus olhos.

- Não me importa o quanto eu já saiba, você vai ter que repetir pra mim pelo resto da sua vida - afirmei autoritária.

Então ele abriu um sorriso lindo e me beijou, aquele beijo quente e carinhoso, que me dizia que o 'para sempre' existia sim, ao menos quando se tratava de nós dois.