Sekai no Sozokujin: Herdeiros de um mundo -revisão escrita por SabstoHoku, FrancieleUchihaHyuuga


Capítulo 1
Prólogo. - (Re)Nascimento.


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Essa é a nossa primeira fanfic de Naruto, e esperamos que gostem dela ❤️

Só para avisar, apesar do prólogo ser, sim, na visão de Naruto e Sasuke, a fanfic em si não será; quisemos apenas fazer o prólogo como um tipo de "fã-service" para quem shippa os casais. Mas vou logo avisando: A fanfic é focada na nova geração, e não em NaruSaku/ SasuHina.

Boa leitura ❤️



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Sasuke

"Como será que ela está?" Pensava Sasuke, visivelmente preocupado com a esposa. Apesar das tentativas de disfarçar, era notável o quanto seus olhos estavam inquietos, varrendo a sala de espera como se uma grande ameaça fosse aparecer a qualquer instante. A gravidez de Hinata era de risco, e ele tinha plena consciência disso, sendo assim sua preocupação era justificável, e, em sua mente, algo normal.

Sasuke Uchiha esperando por notícias de sua família em um hospital; chegava até a ser cômico. Poucos anos antes, aquela sem dúvidas não era a imagem que tinha de si mesmo no futuro.

Mais meia hora se passou. Nenhuma notícia, tudo tão silencioso quanto um lugar como aquele poderia ser. Hora ou outra o Uchiha ouvia alguém tossindo, ou o barulho de macas e afins sendo arrastadas. Sua aflição interna começava a se externar ainda mais; e, antes que pudesse perceber, apertava com certa força um cordão dado pela esposa, cujos pingentes traziam os símbolos de seus respectivos clãs. Por um momento, agradeceu aos céus por estar sozinho: Naruto provavelmente iria jogar em sua cara até a eternidade aquele pequeno descontrole, caso o visse ali.

Porém, logo sua aflição teve fim. O som de passos se aproximando quase lhe fez sorrir. Uma enfermeira surgiu no corredor, seu rosto calmo já informando-o sobre a situação.

—Parente da senhorita Hinata Uchiha? –Questionou, sua voz ecoando pela sala surpreeendentemente vazia.

—Sou, sim! -Exclamou involuntariamente, e, apercebendo-se disso, voltou a normalizar seu tom. -Marido dela.

—Ah, se for assim, parabéns então. -Ela sorriu calmamente. -Sua esposa e sua filha estão bem. Pode ir visitá-las, se assim desejar.

Não pôde conter um suspiro de alívio ao ouvir aquilo; levantou-se da cadeira com uma leveza impressionante, já perguntando:

—Em que quarto estão?

—Quarto 132. - Lhe informou a moça. -Me acompanhe.

Ela o conduziu entre os corredores extensos até um quarto, no segundo andar, deixando-o na frente da porta com um "até logo" em meio a um sorriso gentil. Ele encarou os números "132" em vermelho gravados na porta com certa hesitação, antes de enfim entrar e presenciar uma cena inesquecível:

Hinata tinha junto a si um embrulho, envolto em cobertores rosados, e sorria de uma forma doce, apesar de ter um aspecto um tanto cansado. Ele admirou a cena por alguns instantes, já não podendo evitar um sorriso. Ela então focou seus olhos perolados nele, apesar de provavelmente tê-lo notado antes, e o observou um pouco, antes de pedir:

—Vem aqui conhecer sua filha. –Ele sorriu de forma um pouco mais larga, aproximando-se da cama à passos calmos. Deu um beijo na testa da esposa antes de tomar com cuidado a filha para si; tinha ralos cabelos negros e seus olhos, no pouco tempo que a menininha conseguira abri-los, carregavam o mesmo bonito e profundo tom de ônix que os do pai. Sasuke admirou-a em silêncio, achando-a, talvez, a coisa mais bonita que jamais havia visto. -Qual nome poderíamos dar?

—Deixe-me ver... -Ele pensou, apesar de sua decisão já estar tomada desde o momento que colocara os olhos na filha. - Hitomi? Significa "pupila dos olhos".

A garotinha pareceu rir com a sugestão. Ela não havia sorrido realmente, é claro, porém para ele fora engraçada a forma como os minúsculos lábios da filha haviam se mexido ao ouvir a sugestão. Talvez, na verdade, fosse apenas uma reação à já conhecida voz do pai.

—Eu gostei. -Ela sorriu com gentileza, voltando a colocar os olhos na filha.–Bem-vinda ao mundo, Hitomi Uchiha.
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Naruto

"A Sakura vai me matar" Naruto pensava continuamente. Quando a esposa havia entrado na sala de parto ele tomara a péssima decisão de ir junto, mas quando o bebê começara a "sair", ele fora forçado (por "falhas técnicas", como o fato de estar quase desmaiando) a ir para a sala de espera. Estava preocupado particularmente com Sakura, seu bebê e sua própria vida, pois tinha certeza que depois daquela história de deixar a esposa "sozinha" na sala de parto, no próximo encontro com ela seu filho ou filha se tornaria órfão de pai.

Sua aflição não foi tão extendida; poucos minutos depois, uma enfermeira com rosto rechonchudo e trazendo uma expressão um pouco nervosa surgiu, encarando-o de forma preocupada com os olhos castanhos.

—Naruto, é melhor ir logo.

"Não me lembro de pedir uma enfermeira tão direta." Pensou. Não que se incomodasse com o tratamento, até gostava que o chamassem diretamente pelo nome ou até mesmo por algum apelido, porém o tom de urgência da mulher fizera-o sentir um gosto amargo.

—Estou indo. –Declarou, levantando-se da cadeira num pulo, com o nervosismo estendendo-se por todo seu ser.- A Sakura e o bebê estão bem?

—Ah, os três estão ótimos, não se preocupe!

—Os t-três? –O loiro questionou, confuso. –Como assim os três, 'ttebayo?

—Sua esposa e seus dois filhos. -Respondeu, com simplicidade, sorrindo de uma maneira que ao loiro pareceu levemente forçada. -Um lindo casal de gêmeos! Me acompanhe, se deseja vê-los.

—Claro. –Concordou, perplexo com o que acabara de ouvir. Ainda tentava digerir a informação enquanto seguia a mulher pelos corredores.

"A Sakura não queria dois filhos, ela queria um...Na verdade ela não queria nenhum, eu queria. Demorou tanto para convencer ela... Santo Yondaime, eu vou morrer, sem dúvidasE ele ainda pensava nas variadas formas em que Sakura poderia matá-lo dentro de um hospital quando viu-se sendo detido em frente a uma porta.

—Bem… Ela parecia um pouco… inquieta… quando a deixamos, então… -Naruto assentiu com a cabeça. Sabia mais do que bem o verdadeiro significado daquele "inquieta". -Recomendo que não faça nada para incômoda-la.

—Ah...Tudo bem, então, 'ttebayo. –O loiro respondeu enquanto a enfermeira ia embora. Encarou a porta, nervoso, enquanto tentava respirar fundo. Quando finalmente tomou coragem e entrou no quarto, sem fazer barulho, flagrou algo no mínimo fofo: Sakura sentada na cama, debruçada sobre os dois berços hospitalares ao seu lado, falando com os filhos com um genuíno sorriso. Provavelmente devia estar dizendo algo como "Olá bebês, eu sou a mãe de vocês" ou, conhecendo-a melhor "Oi bebês, o idiota do pai de vocês já vai vir, tudo bem?". A cena o distraiu tanto que ele nem notou que tinha ido parar ao pé da cama, encarando o perigo de perto.

—Naruto, eu sei que está aí.-Comentou Sakura, mesmo sem tirar os olhos dos filhos.

"Eu sou Naruto Uzumaki, e eu juro que nunca fugirei do perigo, dattebayo!"

Ele não estava mais tão certo dessa frase naquele momento.

DOIS FILHOS, NARUTO? DOIS FILHOS? QUANDO FOI QUE VOCÊ ME PEDIU DOIS FILHOS? "Ah, Sakura, amor, vamos ter um filho a gente dá conta" VOCÊ POR ALGUM ACASO ESTÁ VENDO SÓ UM BEBÊ AQUI? O SASUKE CUMPRIU O QUE PROMETEU, SÓ DEU UM FILHO PARA A HINATA, POR QUE DIABOS VOCÊ FEZ DOIS?? —O pseudo-grito saiu de uma forma tão natural que, por um momento, o Uzumaki se perguntou quanto tempo Sakura passara treinando para que pudesse falar naquele tom, e como diabos era possível gritar sem estar gritando.

—Olha, de certa forma não fui só eu, porque nós...

EU NÃO QUERO SABER! AI DE VOCÊ SE NÃO ME AJUDAR A CUIDAR DELES! ALÉM DISSO, EU APOSTO QUE ESSE GAROTO VAI SER UMA PESTE ASSIM COMO VOCÊ ERA QUANDO MAIS NOVO! —Sakura parou, respirando fundo, parecendo se acalmar, e voltou a olhar para os filhos de uma forma terna e doce que nunca lhe fora habitual, mas agora parecia tão natural que talvez até ela estivesse surpresa. Enquanto isso, Naruto estava surpreso que, nessa altura do campeonato, seus filhos ainda estivessem dormindo tranquilamente. Deus o ajudasse para que aquilo não fosse um sinal de que teriam o gênio da mãe;

—Então… -Ele colocou uma mão na nuca, dando um sorriso quase tímido. -Nós… Já temos os nomes?

—O dela, já. –Ela sorriu, os olhos verdes brilhando, e pegou a filha no colo, enquanto Naruto se aproximava lentamente dos berços, com um sorriso brincando em seus lábios. –O do garoto deixei para você escolher, papai.

Ele observou o filho, que dormia calmamente. Havia herdado seus mesmos cabelos louro-claros e os risquinhos que marcavam as bochechas, embora nas dele houvessem apenas dois, ao invés de três. Parecia mais um mini-clone seu que seu filho; e o pensamento o divertiu. A visão dele, seu filho, tão calmo e tão perto o fez refletir sobre tudo que já havia passado até ali. Todas as batalhas e todos os amigos perdidos. E uma lembrança em especial tomou sua mente, quase como um sinal.

Não era como se nunca houvesse pensando sobre aquele nome, ou sugerido ele à Sakura. Mas ali, agora, ele parecia se aplicar tão bem que era quase assustador.

—Boruto. – Pronunciou o loiro, ainda com um sorriso no rosto. – Boruto Uzumaki.

Sakura abriu o sorriso um pouco mais, como se tivesse ganhado algum tipo de aposta; Naruto não descartava a possibilidade da esposa ter realmente apostado a escolha com alguém, como, por exemplo, Tsunade ou Ino. Ela não era desgostosa ao nome, o aprovara desde que o marido lhe explicara os motivos para tal.

Talvez a lembrança de Neji não fosse frequente apenas a ele, afinal.

—Combina com o dela. -Sorriu, e o Uzumaki deu uma boa olhada na filha: trazia cabelos rosados, provavelmente até mais claros que os da mãe, e tinhas as mesmas marquinhas que o irmão. Soube quase instantaneamente o nome escolhido.

—Hokuto, 'ttebayo. -Ele respondeu, e teve o prazer de ver Sakura acenando positivamente com a cabeça.

—A estrela guia.

—Tudo bem, então. –Sorriu de forma aberta, como já lhe era costume.-Boruto e Hokuto Uzumaki,eu gostei. Tenho a impressão que vocês deixarão nossa vida muito mais...

—Interessante. –Completou Sakura, rindo, encarando-o de um modo alegre. As íris azuis do outro passaram por toda a cena, enquanto ele se sentia o homem mais feliz do mundo. Afinal, após tudo, tinha uma família.
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Itachi.

Cinco anos antes.

Itachi entrou sorrateiramente no quarto enquanto Karin dormia, aparentemente exausta. Depois de tanto se segurar e falar a si mesmo que não deveria fazer aquilo, o Uchiha não conseguira se conter: Estava ali para visitar sua filha recém-nascida.Ter uma filha não estava nos planos de Itachi, é claro, principalmente pelo terrível destino que ele havia suposto para a criança.

Ele se esgueirou pelo quarto, tão silencioso quanto uma alma, até chegar a um berço improvisado ao lado da cama onde Karin repousava. Olhou a criança, desperta e mirando-o para com os pequeninos e calmos olhos ônix. Aquela garotinha não deveria existir, e ele sabia. Ela não havia sido planejada, era fruto de uma noite impensada meses antes, do qual ele vinha se arrependendo desde que acontecera. Mas ali, encarando a filha, por um momento ele achou que havia valido a pena.

Apesar de tudo, ele admitia a si mesmo que desejava ver a filha crescer. Mas mesmo que tivesse escolha aquilo não seria possível: Ou ele morreria na batalha com Sasuke naquele mesmo dia, ou então morreria dali a algumas semanas por conta de sua doença. Conhecer a filha era o máximo que poderia fazer por ela, e mesmo assim nem isso deveria.

A menininha fez um barulho, como quem quer atenção, e Itachi sorriu, o primeiro sorriso em vários anos, e possivelmente um dos últimos;

—Me desculpe. –O Uchiha murmurou para a filha, e ela pareceu sorrir. -Mas eu não poderei ficar com você.Prometo voltar um dia, tudo bem?

Ele se recompôs. Era uma promessa sem chance de ser cumprida, mas ele sentia que deveria falar aquilo. Enquanto saia do quarto, o Uchiha parou na porta e observou pela última vez o berço da filha, desejando o melhor para ela. Mas ela não teria um bom futuro, aquela garota mudava todo o rumo da história dali para frente. E ele também sabia disso
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Todos se surpreenderam quando, anos depois, Karin apareceu trazendo consigo uma garotinha de olhos ônix e cabelos ruivos, cujo sobrenome, Uchiha, causou certo alvoroço; Apesar da incredulidade, as pessoas as receberam bem, e com o tempo aceitaram o fato. A partir do nascimento dessas crianças, Konoha nunca mais foi a mesma.


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Notas finais do capítulo

Beijos!!! Até a próxima!



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