ANASTÁSIA STEELE

Entro na sala sem conseguir tirar o sorrisinho do meu rosto.

—O que houve? —Mia pergunta assim que me sento.

—Tudo. —Digo rindo.

—Conta. —Ordena Kate. —A diretora fez algo com você?

—Comigo? Claro que não! Foi só ela ouvir meu sobrenome que já começou a tremer, e ai chegou o Esquentadinho Grey e ela quase teve um ataque do coração.

—Mentira. —Kate diz rindo. —Eu pagaria tudo para vê-la assim.

—Eu nem precisei pagar. —Sorrio. —O melhor foi a Leila, ela chegou chorando com uma cinismo imenso, mas é claro que a diretora ficou do meu lado, principalmente quando Christian chegou. Ela me apoiou e ainda disse que a Leila era a errada.

—Eu não acredito. —Mia e Kate dizem juntas.

—Silêncio! —Diz o professor.

Soltamos alguns risinhos, mas logo começamos a fazer a lição.

~♥~

A ultima aula termina e Kate e Mia quase voam em cima de mim para que eu possa contar todos os detalhes.

—Ah meu Deus! —Mia diz rindo depois de saber todos os detalhes. —Eu pagaria tudo para ver essa cena.

—Nem me fale. —Kate diz. —Definitivamente isso foi o máximo.

—Eu quem o diga. —Digo rindo.

Nós nos levantamos e começamos a guardar as nossas coisas enquanto continuamos a falar da briga. Quando saímos da sala juntas todos começam a nos olhar e comentar.

—Parece que a escola inteira já sabe. —Diz Kate desconfiada.

—Não estou nem ai. —Dou de ombros.

—Ana!

Viro-me e vejo José correndo em nossa direção com o celular na mão.

—O que foi? —Pergunto.

—Olha isso. —Ele me entrega o celular.

Vejo uma foto minha e de Christian nos beijando hoje mais cedo, alguém postou em uma rede social com uma frase linda; "Christian Grey e sua nova ‘filha’ (não sabia que ele pegava qualquer uma)".

Olho para a imagem e começo a rir. Entrego o celular na mão de Kate e Mia.

—Agora eu entendi porque todos estão cochichando. —Diz Kate. —O que você vai fazer?

—Venham comigo. —Digo rindo e elas me olham com medo.

Saio andando (desfilando) pelos corredores da escola e logo nós chegamos ao lado de fora, caminho até um dos banco e subo na mesa enquanto todos começam a se aproximar.

—Eu sei sobre o que vocês estão falando. —Digo rindo. —E infelizmente opiniões não vão mudar a minha vida. Eu tenho pena da pessoa que fez isso, porque ela achou que iria me abalar, mas o que vem de um nível tão baixo, realmente, não me atinge. Eu tenho pena de você Leila Williams. —Olho para Leila e todos fazem a mesma coisa. —Por ser tão mal-amada, que tem que viver tentando derrubar os outros para ser feliz. Mas em cima de mim você com certeza não pisa! Não tente entrar em um jogo comigo, porque sem dúvidas, quem vai perder é você.

Todos começam aplaudir e eu arqueio a sobrancelha olhando para Leila. Cruzo os braços e dou um sorrisinho satisfeito. Ela sai vira e sai correndo enquanto todos gritam e alguns jogam bolinhas de papel nela.

Desço da mesa e saio andando com Mia e Kate.

—Quem é a patricinha mesmo? —Kate diz e eu dou risada.

—Arrasou gata. —Mia  estende sua mão e eu bato.

Despeço-me das minhas amigas e entro no carro seguindo para a empresa.

~♥~

Chego à empresa e caminho até o elevador, assim que chego em frente à sala de Christian vejo Ros e Andrea conversando.

—Ana! —As duas dizem juntas.

Cumprimento-as com um beijo no rosto.

—O Boss está com humor ótimo hoje. —Diz Andrea e eu dou risada.

—Aninha o que você fez com ele? —Pergunta Ros.

—Vocês podem largar a minha namorada, por favor?

Viro-me e vejo Christian se aproximar.

Andrea e Ros nos olham boquiabertas.

—Entendi o porquê do bom humor. —Diz Ros e eu não consigo evitar um sorriso.

—Vem. —Christian diz me puxando para a sua sala.

Nós entramos na sala e ele me faz sentar em sua cadeira. Christian coloca uma caixinha de veludo na minha frente. E eu sinto meu coração disparar;

—O que é isso? —Pergunto.

—Abre. —Ele diz sorrindo.

Abro a caixinha e encontro um par de alianças de ouro branco.

Céus! Isso é lindo.

Olho para ele incrédula e sorrio olhando-o.

—Ah meu Deus, Christian, é lindo.

—É o segundo símbolo do nosso amor.

Christian pega a aliança menor e segura minha mão direita colocando no meu dedo, logo em seguida ele dá um beijo por cima. Pego a outra aliança e coloco em seu dedo dando um beijo sobre ela. Ele beija a minha testa e limpa algumas lágrimas que caíram.

Como ele pode ser tão fofo?

—Eu te amo baby.

—E eu te amo seu marrento.

Seguro seu rosto entre as mãos e lhe beijo de um forma apaixonada.

—Sr. Grey... Ah meu Deus.

Sorrimos e nos viramos vendo uma Andrea bem vermelha na porta.

—Me desculpe. —Ela diz.

—Tudo bem Andrea. —Christian sorri e ela fica boquiaberta. —O que foi?

—Sua reunião já vai começar.

—Eu estou indo. —Christian me dá mais um vejo e se afasta. —Até logo baby.

Ele passa por Andrea todo sorridente e ela ainda mantém seu rosto incrédulo.

—Quem é ele e o que ele fez com o Christian Grey? —Ela diz e eu me jogo para trás rindo.

—Amor. —Sussurro encolhendo os ombros.

—Só podia ser isso. —Andrea ri. —Quer ir tomar um café?

—Eu aceito, mas prefiro um chá.

—Claro.

Sigo com ela e nós vamos tomar um chá.

~♥~

Já são quase sete horas e eu ainda estou na empresa com Christian, é legal e tal, mas ele sai de uma reunião e entra em outra, ou então fica resolvendo papeladas e mais papeladas.

Eu tentei de tudo para desviar seu foco, tudo bem que eu quase consegui, mas a Andrea estragou tudo entrando na sala, eu não a odeio por isso, mas se um dia ela estiver andando e for sequestrada ou assassinada, não vai ser minha culpa.

—Vamos? —Christian diz tirando-me de meu devaneio.

—Aleluia. —Digo fazendo drama.

Ele ri e me puxa para seus braços dando-me um selinho. Saio da sala acompanhada por Christian e nós nos despedimos da Andrea (Empata Sexo), Ros e Olívia. Dou um sorriso para Andrea e ela fica rubra. Como pode ser tão boba?

Entro no elevador com Christian e logo nós estamos no térreo, ele segura minha mão e nós seguimos para o carro enquanto conversamos sobre coisas bobas.

Todos nos olham boquiabertos e isso é hilário.

—Por que todos nos olham assim? —Pergunto.

—Eles nunca me viram dar mais que meio sorriso. E todos achavam que eu era gay por nunca ter sido visto com mulheres.

—Isso explica tudo. —Digo rindo e ele revira os olhos.

Christian me puxa e me dá um beijo inclinando-me um pouco para trás, meu cabelo encosta no chão e eu não consigo evitar sorrir, ele me levanta e todos os funcionários aplaudem. Fico rubra e eu encolho os ombros escondendo meu rosto no peito de Christian. Nós seguimos para o carro e logo estamos a caminho do apartamento de Christian.

~♥~

Christian entra em um Edifício com o nome Escala, e isso sem dúvidas me impressiona. Ele estaciona o carro perfeitamente na vaga, e desce com sua total elegância dando a volta para abrir a porta para mim.

Lacrou!

Seguro em sua mão e desço do carro, nós seguimos para o elevador e ele digita um código, e logo chegamos ao Hall de entrada de um apartamento... Na verdade mais parece um galeria de arte. Isso aqui é sem dúvidas enorme.

—Uau... —Sussurro boquiaberta.

Um homem de terno e cabeça raspada aparece na sala.

—Sr. Grey. —Ele diz de forma formal.

—Taylor. —Christian diz. —Anastásia esse é Taylor, Taylor Anastásia.

—Muito prazer Taylor. —Sorrio.

—Srta. Steele. —Ele diz.

—Se eu precisar eu te chamo Taylor. —Diz Christian e o cara se retira.

—Bela casa. —Digo andando até a grande janela. Olho a vista de Seattle admirada. —Você realmente tem todos aos seus pés.

—É sim... —Ele diz. —Graças a você.

—Graças a mim? —Viro-me e o encaro.

—Sim... Você me disse que eu seria alguém de muito importante.

—E você levou a sério?

—Sim... Quando você está por perto eu consigo acreditar que sou capaz de fazer as coisas.

—Mas você conquistou isso aqui mesmo eu estando longe.

—Eu tinha esperança que você voltasse.

—Claro... —Sorrio.

—Posso te mostrar meu quarto?

—Achei que íamos jantar. —Arqueio uma sobrancelha e abro um sorriso de canto.

—Podemos fazer isso depois, ou está com fome agora?

—Bem... —Aproximo-me de Christian e o beijo. —No momento eu estou com fome de Christian Grey.

—Eu posso dar um jeito nisso.

Rapidamente Christian me abraça e me pega em seus braços. Solto um gritinho em surpresa, ele me leva pelo corredor até um quarto e antes que eu perceba, minhas roupas já foram arrancadas e eu estou deitada na cama.

Christian vai distribuindo beijos suaves pelo meu corpo, e a cada toque eu me entrego mais.

~♥~

—Baby acorde. —Christian sussurra no meu ouvido e eu me remexo frustrada.

—Sai Christian Grey! —Digo. Sinto uma cólica horrível e me recontorço de dor. —Eu estou com sono.

—Eu sei, mas você tem que ir para o colégio. —Ele diz com calma.

—Se você não me deixar em paz eu arranco seus vísceras e enfio na garganta da Leila.

—Eu vou ali ligar para sua mãe e perguntar em qual escola de terrorista ela te matriculou.

—Christian. —Sento-me na cama e faço beicinho começando a chorar.

—O que foi baby? —Christian senta ao meu lado e me abraça. —O que houve?

—Nada. —Digo parando de chorar. —Eu estou com fome.

Christian me olha confuso.

—Ok. —Ele diz. —Vá tomar um banho, tem roupa para você no closet, eu vou te esperar na sala.

—Ta bom. —Digo de forma seca.

Ele me olha mais confuso ainda e sai do quarto.

Corro para o banheiro e começo a tomar banho sentindo um milhão de emoções diferentes me apossarem.

Depois de tomar um banho e vou para o closet de Christian. Quando ele falou que tinha roupa para mim aqui, ele falou sério. Tem várias roupas para várias ocasiões diferentes, tem até uniforme da escola.

Que estranho... Mas fofo *--*

Pego uma saia xadrez de cintura alta e renda na barra, blusa da escola e um sneaker preto.

Escovo meus cabelos e vou ao encontro de Christian sentindo mais cólica ainda. Assim que chego à sala vejo-o sentando em frente ao balcão da cozinha enquanto uma mulher loira cozinha.

Aproximo-me e Christian me abraça, ele tenta me beijar, mas eu viro o rosto e o beijo pega na bochecha.

—Você está bem?

—Sim... —Sussurro dando o pior sorriso forçado do mundo. Sento-me ao seu lado e o encaro.

—Ok... Essa é a Gail, governanta. Gail essa é a Ana.

—Muito prazer Senhorita. —Gail me dá um sorriso doce e eu me lembro da minha mãe.

—O prazer é meu Gail. —Sorrio.

—Por que você é gentil com ela e comigo não? —Christian pergunta feito criança.

—Porque ela não age como criança! —Digo brava.

—Mas o que eu fiz?

—Nada!

Levanto-me e caminho até o sofá pegando minha mochila.

—Você já vai? —Christian pergunta vindo atrás de mim.

—Sim. —Digo calmamente.

—Mas você não tomou café.

—Eu como na escola.

—Você disse que estava com fome.

—Eu não estou mais.

Aproximo-me de Christian e lhe dou um beijo casto nos lábios.

—Você vai com essa roupa?

—Sim. —Digo fazendo uma careta. —Está feio?

—Não, você está linda... Mas está curto demais.

—Não comece... Por favor. —Digo sentindo vontade de chorar.

—Ok. —Ele diz. Christian me entrega a chave do seu carro. —Tome cuidado. Eu te amo.

—Eu também te amo. —Digo e sigo para o elevador.

O dia promete...