Will Not Be Easy escrita por Swiper


Capítulo 8
Complicações


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como prometi por ter demorado bastante tempo para postar, aqui está o novo capítulo.



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Na noite de terça-feira, Stiles e Scott estavam na casa do humano, aproveitando a noite. Naquele dia, eles tinham passado pouco tempo na casa de Claire, já que Stiles não estava se sentindo bem, estava com dor em todo o corpo e com uma temperatura alta. Então o garoto não aguentou ficar muito tempo fora de sua cama e de seu travesseiro.

E ainda, para piorar, aquela seria a última noite de recesso, depois de vários dias até a escola estar autorizada a voltar às aulas. Notícia que Stiles recebeu de mau humor.

— Que ótimo – disse o garoto deitado para o amigo jogando vídeo game – Além de estar doente, ainda tenho que ir para aula.

— Ah, você nem está tão ruim. Deve ser só um resfriado, amanhã já terá passado.

— Eu odeio seu otimismo. Principalmente quando aparece em horas como essa.

— Pelo menos você não tem mais que ir para a casa da Claire. Com a volta das aulas e esse novo toque de recolher que a polícia implantou nesses dias, Claire só não vai ficar na minha vista quando estiver em casa, junto do senhor Roberts. E qualquer coisa ela vai estar com o celular.

— Hum.

Stiles não se sentia tão alegre assim, uma nova pontada de dor estava passando pelo seu corpo. Ah, como era ruim estar doente.

— Enfim, vou tomar banho para tentar abaixar essa febre.

Scott deu um leve aceno enquanto ainda tentava matar um monstro no jogo.

Stiles foi ao seu armário procurando roupas limpas. Ele tirou sua camisa úmida de suor frio e abriu as gavetas. Mas antes que pudesse pegar qualquer roupa, foi distraído pelo seu amigo.

— Stiles!

Stiles se virou rapidamente para o amigo. Scott estava com os olhos arregalados, a boca aberta. O joystick esquecido no chão.

— Que foi, cara?

— Suas costas – Scott apontou para o garoto – Tem, tem uma coisa...

Stiles imediatamente sentiu seu sangue gelar.

— É a marca?

— Sim

***

Depois de dias recebendo a visita e a proteção dos amigos, o que foi algo bem divertido (apesar da presença de Stiles), fez Claire relaxar totalmente e até a fez se acostumar um pouco mais com a doidice do mundo sobrenatural. Todo o tempo Scott estava a atualizando sobre detalhes, como se fosse super normal uma pessoa conviver com outros lobisomens, caçadores e kanimas.

Assim, com um certo receio de voltar às aulas e agora tendo que voltar para casa mais cedo, ela saiu de casa encontrando Scott esperando-a sentado na moto. Claire tinha a certeza de que agora que sabiam que ela era um alvo, eles nunca mais sairiam dos pés dela.

Ele estava sorrindo, mas Claire pôde perceber um olhar preocupado no seu rosto que ela não entendeu muito bem. Seria por causa dela?

— Oi Scott – ela cumprimentou o garoto que a esperava.

— Oi, Claire. Ah e desculpa, eu só tinha esse capacete de reserva – o garoto disse mostrando um capacete cor-de-rosa com flores brancas.

—Você está brincando comigo?

— Desculpa, foi o que eu achei em casa.

Claire olhou para o alto e suspirou alto. Certamente, a vida não colaborava muito com ela.

Foi em direção ao amigo e puxou bruscamente o capacete.

— Me dá isso aqui.

Scott deu um sorriso culpado e se ajeitou na moto.

Ela se sentou na moto e se segurou em Scott quando ele deu a partida.

Claire não queria saber o quão ridícula estava, com sua blusa de manga, jeans velhos, tênis sujos combinados com um brilhante capacete rosa.

Eles foram para a escola e assim que chegaram, Claire foi logo tirando aquela coisa ridícula.

— Ok, eu vou para a aula de economia, a gente se encontra no almoço – disse Scott.

— Certo, vou procurar a Amanda.

Assim, ela se despediu do amigo e foi em direção à escola e à medida que andava, sentia um nó no estômago aumentar. Sua mente dizia para ela fugir dali, mas seu pai queria que ela voltasse para as aulas. Provavelmente os alunos estavam sentindo a mesma coisa que ela, ao observar os olhares medrosos dos alunos.

As únicas pessoas que pareciam normais com tudo isso eram os envolvidos com as confusões em Beacon Hills, ou seja, Allison, Lydia, Stiles e Scott. Eles não pareciam nem um pouco preocupados que o sistema fortificado de guardas tenha deixado vários demônios atacarem a escola. E tão pouco estavam com medo de haver outro ataque.

— Malucos – Claire reclamou em voz alta.

Ela foi até seu armário, pegou seus cadernos de biologia e acabou encontrando alegremente uma nota de dez dólares esquecida no casaco que ela deixava lá para dias de frio.

Ok, agora só faltava Amanda aparecer.

Ela esperou por alguns minutos até que alguém bateu levemente em seu ombro.

— Hey Claire – disse uma voz masculina.

A menina se virou. Era Max, um garoto da altura de Claire com cabelos loiros e usava óculos. Assim como Scott e Stiles, eles tinham crescido juntos, brincando no parquinho e jogando futebol. Apesar de ser mais próxima desses dois, ela e Max ainda eram grandes amigos.

— Oi Max, você teve coragem de vir hoje? – ela perguntou com um sorriso sarcástico – Achei que você fosse muito medroso para isso.

— Você está me ofendendo desse jeito – ele disse em uma falsa cara de indignação.

Claire riu do jeito do menino.

— E aí, como vai o clube de computação? Sinceramente não sei o que você vê nesse clube.

— E eu não sei o que você vê no futebol, mas se bem que você não seria você se não praticasse esse esporte.

— É um dom. Ei, sabe, você realmente acha que a escola está mais segura agora?

—Mais segura?

— É, porque, você sabe, teve toda aquela coisa de ataque e tal. Scott não parece nem um mínimo sequer preocupado com isso...

— Mas Scott não é muito normal, não é? – o menino comentou rindo.

— Pois é, mas eu não me sinto assim tão segura.

— Oh, Claire está com medo – o menino brincou fazendo um bico infantil – Não se preocupe, o super Max vai lhe proteger.

— Há há, super Max vai ter é que se proteger se não calar essa boca.

— Relaxe, relaxe. Quer que eu te acompanhe para a sala?

— Não precisa, Max, sua sala fica do outro lado do colégio.

— É, mas...

— Eu só estou esperando...

— Claire – Amanda gritou do outro lado do corredor.

— Ah, até que enfim, Amanda.

A menina parecia ter corrido uma maratona, estava toda suada e ofegava.

— Veio correndo da sua casa?

— Mais ou menos isso. O carro do meu pai quebrou no meio do caminho... – ela respirou fundo  - para cá. Ou vinha correndo ou perdia a aula. Oi Max.

— E aí.

— Você veio correndo para o colégio? Sozinha? Corajosa, você.

— Ah, eu não ia perder aula por causa de uns ataquezinhos.

— Você fala isso porque não era você no dia.

Despertando os amigos da conversa, o sino tocou.

— Vamos logo para a aula. Não precisa vir, Max, sua sala é lá no fim do colégio. É melhor você ir.

— Tudo bem, até mais, então.

As meninas acenaram para ele e foram para a sala delas.

— Não precisa vir? – Amanda perguntou meio confusa subindo as escadas.

— Ele se ofereceu para me acompanhar até a sala depois que eu disse que não estava me sentindo tão segura assim dentro desse colégio. Mas, sabe, se sentir insegura não me impede de andar sozinha pelo colégio. Acho que ele pensa que sou uma grande medrosa.

— Hum.

Amanda me olhou estranha. Estava com uma olhar misturado de pena e divertimento.

— Que foi?

— Nada não.

As duas andaram mais um pouco e chegaram à aula de biologia.

Mesmo curiosa com o que Amanda estava pensando, Claire se esforçou para tirar a conversa da cabeça e prestar atenção na aula. E uma matéria que Claire tinha que prestar bem atenção era biologia.

No final, o dia não foi tão ruim. Sem ataques e sem muitas aulas difíceis. E o dia ficava melhor ao se lembrar de que no dia seguinte teria treino de futebol.

No almoço serviram uma comida duvidosa, mas isso era detalhe.

Somente uma coisa ainda a intrigava, no almoço, Scott ainda estava com o mesmo olhar preocupado e Stiles estava muito quieto e parecia pensativo. Mas como ela estava com muito bom humor naquele dia, ela tentou ignorar.

Quando chegou a última aula do dia, estudos sociais, Claire estava quase dormindo na cadeira. A professora estava passando um vídeo chato e todos estavam cansados. Assim, quando a sineta tocou, os alunos saíram correndo da sala.

— Seu pai vem te pegar? – perguntou Amanda quando as duas ajeitavam suas mochilas para irem para casa.

— Não, vou com Scott. Meu pai ainda deve estar na academia.

— Ok, então. Depois eu falo com você sobre o trabalho de história, até amanhã.

— Até.

A menina colocou a mochila nos ombros e foi procurar por Scott. Demorou pouco tempo até que ela o avistasse andando depressa junto a Stiles. Os dois pareciam absortos na conversa e nem notaram Claire caminhando na direção deles.

Eles falavam rápido, como se temessem que alguém ouvisse e pareciam bem preocupados.

— Ei Scott – ela parou em frente a ele.

Os dois pararam de falar imediatamente. Olhares estranhos passavam pelos rostos dos garotos.

Imediatamente Claire soube que alguma coisa estava errada. Aquela atitude de se calarem era típica de quando estavam escondendo alguma coisa. E ela não gostava de ficar alheia aos assuntos deles.

— O que foi? – ela perguntou desconfiada.

— Que foi o quê? – Scott tentou disfarçar sorrindo.

— Ah, nem vem. Já vi que vocês estão escondendo alguma coisa. Isso não é justo, vocês prometeram que não guardariam mais segredos de mim.

Scott olhou culpado para Stiles. E agora reparando, ela percebeu que o menino estava branco feito papel. Devia ser do tal resfriado.

— Bem, Claire, o problema é que o segredo não é meu – disse Scott.

Ela trocou o olhar do lobisomem para o humano.

— O quê? Qual o seu grande segredo? Que você é virgem? Todo mundo sabe disso.

— Você também é – Stiles rebateu com raiva.

— Mas não sou obcecada com isso.

— Eu não... Quer saber, nem sei por que estou discutindo isso com você.

O menino avançou para a frente, mas Claire o impediu.

— Não, não, não. Vocês não vão fugir assim sem me contar nada. Disseram que não iam mais esconder nada, está na hora de provar.

Obviamente os dois queriam sair logo dali, mas Claire continuou firme. Os meninos se entreolharam ainda com aquele olhar estranho até que, por fim, Stiles deu de ombros.

— Hum, bem, Claire – o lobisomem começou sem jeito – Você sabe sobre esse negócio de demônios certo?

— Sim, acho que me lembro de um me atacando.

— Ok, e também sabe que eles estavam atrás de você para poderem possuí-la, já que você é uma druida e não tem a mente treinada.

— Sim.

— Então no dia em que houve o ataque e nós viemos salvá-la e Stiles a empurrou para tirá-la do caminho daquele cara com a mão incandescente...

— Sim – ela estimulou Scott a falar.

— Achamos que talvez aquele demônio tenha marcado Stiles em vez de você.

Falta de palavras era uma definição rasa para o que Claire sentiu. Ela não esperava aquilo.

— É – ela pigarreou – como assim marcaram?

Stiles evitava olhar para algum dos dois e casualmente contorcia a boca.

— Ontem a noite, quando Stiles estava sentindo dor no corpo e achamos que era por causa de um resfriado eu notei uma marca nele nas costas. Era a mesma marca que estava nos corpos das vítimas.

— Mas, então, você está me dizendo que Stiles está morto? – Claire ficou confusa. Ela não sabia mais se estavam ou não brincando com ela.

— Eu sei, pareceu bem absurdo também para nós. Mas estivemos pensando o dia todo sobre isso. Stiles acha que como estavam atrás de você para possuí-la, ao marcarem por engano, eles talvez possam ter acabado colocando um espírito nele ao invés de você. Bem, é isso.

Claire ainda estava incrédula, não conseguia nem olhar para Stiles para tentar saber se era uma brincadeira de muito mau gosto.

—Então – a menina começou relutante – É ele quem agora está possuído?

— Achamos que sim.

Claire não sabia nem o que pensar. Uma coisa estranha se remexia dentro do seu estômago.

Stiles agora estava possuído por um demônio e era por causa dela?

— Nós estávamos indo ver o Deaton agora. Saber o que ele acha desse palpite. Quer ir conosco? Ainda falta algum tempo antes do toque de recolher.

Ela assentiu com a cabeça e os três foram caminhando para fora do colégio com Claire não conseguindo encarar Stiles.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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