A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Uma forte dor de cabeça atingiu Octavia quando esta abriu os olhos. Para seu espanto, ela não estava no seu quarto. Ela estava na sala das Necessidades. Olhou à sua volta dando de caras com um corpo ao seu lado. Era Albus Potter. Memórias da noite passada começaram a atingir Octavia. Ela e Albus a beber. Ela e Albus a beijarem-se. Ela e Albus… Imediatamente Octavia levantou o lençol que a cobria. Como ela suspeitava, ela estava nua. Isso queria dizer que ela e Albus realmente se tinham envolvido.

Octavia levantou-se rapidamente, sem acordar Albus, procurou as suas roupas, vestiu-as e saiu dali. Sem olhar para trás. Sem deixar nenhum recado. Octavia simplesmente saiu.

Os corredores estavam vazios o que significava duas coisas. Ou era demasiado cedo ou as aulas já tinham começado. Octavia optou por seguir até ao salão principal.

Ao entrar no salão Principal, Octavia deu de caras com Scorpius e Rose. Octavia passou por eles, devagar. Ela queria tentar ouvir algo. Mas eles simplesmente tinham parado de falar. Octavia não percebia porquê. Ela era uma simples desconhecida.

—Octavia. – chamou Sarah Finnigan, irmã de David Finnigan e amiga de Octavia.

—Já vou. – respondeu Octavia desviando a atenção de Scorpius e Rose. Quando voltou a olhar, Scorpius e Rose já tinham ido para as mesas das suas respetivas casas.

Octavia seguiu para perto de Sarah, sentando-se ao lado dela.

—Onde é que a menina passou a noite? – perguntou Sarah sorridente. A mente desta já imaginava mil e uma respostas que Octavia poderia dar.

—Estive a estudar na sala das Necessidades e acabei por adormecer. – mentiu Octavia. Ela considerava Sarah como sua melhor amiga mas Octavia ainda não estava preparada para contar o que acontecera entre ela e Albus.

—E eu aqui a pensar noutras coisas. – comentou Sarah desapontada. Ela pensava mesmo que a amiga tinha estado com algum rapaz.

—Nada disso. – respondeu Octavia sorridente.

Sarah mudou de assunto e começou a falar de um novo rapaz em que estava interessada. De vez em quando Octavia acenava com a cabeça, concordando com o que a amiga dizia. Mas na realidade, Octavia não estava a ouvir praticamente nada do que a amiga dizia. A sua atenção estava entre ver se Scorpius e Rose saíam juntos e sobre a noite anterior.

A noite anterior…essa noite ainda estava muito viva em sua memória. Por mais que Octavia tentasse esquecer, era impossível. Maldito álcool que podia ter feito esquecer das coisas! Mas daquela vez isso não tinha acontecido. Daquela vez, ela lembrava-se. E tudo isto tinha um motivo. Octavia era virgem e inconsequentemente ela tinha perdido a sua virgindade com Albus Severus Potter.

Octavia nunca foi de pensar muito nestas coisas, aliás, ela sempre foi daquelas pessoas que aproveitavam o momento. Mas havia algo que ela queria que fosse especial. Havia algo que ela queria fazer com alguém de quem gostasse. Esse algo era perder a sua virgindade. Mas agora estava feito e não havia nada que Octavia pudesse fazer para alterar isso.         

—Octavia estás a ouvir-me? – perguntou Sarah pela terceira vez. A meio do seu discurso Sarah reparou que Octavia não a estava a ouvir. Ela estava demasiado absorvida nos seus pensamentos – Octavia, o que é que se passa?

—Nada. – respondeu Octavia olhando para a amiga – Eu tenho de ir. Esqueci-me do meu tinteiro.

Octavia saiu dali sem dar tempo de resposta a Sarah. Ela não queria mentir para a amiga mas, ao mesmo tempo, ela não queria contar o que tinha acontecido. Logo ela que era totalmente contra qualquer rapaz que fosse mulherengo, foi logo perder a sua virgindade com um.

Octavia esperou no exterior do salão Principal, atrás de uma coluna. Ela queria ver se Scorpius e Rose saíam juntos. Caso isso acontecesse, ela iria segui-los.

De repente, uma cabeça loira e uma ruiva saíram do salão principal. São eles, pensou Octavia. Octavia começou a segui-los, um pouco afastada, mas perto o suficiente para ouvir a conversa.

—Hoje vou falar com o Albus. – começou Scorpius por dizer – Não me importa se ele está chateado ou não. Eu quero saber o que é que lhe passou pela cabeça para fazer uma coisa destas.

—Eu não queria arranjar problemas entre vocês. Vocês são melhores amigos.

—E não vais arranjar. Eu como melhor amigo vou chamá-lo a atenção. Mesmo que eu não te conhecesse, mesmo que eu não fosse teu amigo, se eu soubesse que o Albus tinha feito isto contigo, eu iria querer saber o porquê. Quereria saber o que se passou pela sua cabeça para ter agido assim.

—Certo. – concordou Rose relutante.

Rose e Scorpius acabaram por entrar numa sala, provavelmente onde iriam ter aula. Assim, Octavia seguiu para a sua aula. Ela teria Poções com a Hufflepuff.

Chegada lá, Octavia sentou-se ao lado de Sarah.

—Estava a ver que não vinhas. – comentou Sarah mal Octavia se sentou.

—Não encontrava o tinteiro.

A professora O’Brien entrou na sala e mais nenhuma palavra foi prenunciada entre as duas. Sarah começou a prestar atenção à aula, mas para Octavia foi simplesmente impossível. Ela não conseguia parar de pensar em Albus. No que tinha acontecido. Em tudo. Tudo aquilo a estava a afetar mais do que o que ela pensava.

Para alívio de Octavia, a aula por fim terminou. Octavia arrumou as suas coisas e esperou um pouco por Sarah que tinha ido tirar uma dúvida. Por fim, ambas saíram da sala. Para surpresa de Octavia, Albus encontrava-se ali.

—Potter. – disse Sarah com cara de desgosto. Tal como Octavia, Sarah também nunca tinha ido com a cara de Albus.

—Finnigan. – respondeu Albus com o mesmo tom de desprezo. Depois voltou-se para Octavia – Octavia, preciso de falar contigo.

Para surpresa de Octavia, Albus tinha-a chamado pelo seu primeiro nome. Nunca antes ele tinha feito isso. Eles sempre se tinham tratado pelos sobrenomes. Mas depois do que aconteceu, parecia que Albus queria ter outro tipo de relação com Octavia.

—Vai indo Sarah. – pediu Octavia. Relutante, Sarah seguiu o seu caminho. Esta não gostava nada de ver a sua amiga perto de um gryffindor. Octavia esperou a amiga afastar-se para continuar a falar – Já com saudades, Potter? – provocou Octavia. No fundo, Octavia estava com receio que certo assunto fosse mencionado.

—Depois do que aconteceu ontem, estarei sempre com saudades tuas. – respondeu Albus à provocação. Octavia mostrou um falso sorriso. No fundo, ela tinha ficado afetada com aquele comentário. Ela não queria ter chegado até ali com Albus.

—Eu sempre disse que era inesquecível. – continuou Octavia com as provocações. Na realidade, Octavia queria sair dali o mais rápido possível.

—Não vou negar isso. – respondeu Albus com um sorriso de lado – Já agora, porquê que me deixaste sozinho? Não estou habituado a que isso me aconteça.

—Normalmente estás habituado a que sejas tu a deixar a rapariga para trás. – respondeu Octavia já com um tom mais sério.

—É verdade. – respondeu Albus – Mas eu teria adorado acordar contigo ao meu lado. – Albus aproximou-se de Octavia para lhe roubar um beijo, mas esta não deixou – Que se passa?

—Potter achas mesmo que isto ia voltar a acontecer? O que aconteceu ontem foi uma vez sem exemplo. Achas mesmo que se ia passar alguma coisa entre nós.

Para surpresa de Albus, aquelas palavras proferidas por Octavia afetaram-no de uma forma que ele não imaginava. Realmente, ele pensava que aquilo que tinha acontecido na noite anterior poderia vir voltar a acontecer. Na realidade, Albus queria muito que aquilo voltasse a acontecer. Mas parecia que Octavia não queria. Ele tinha sido apenas uma diversão para ela. Pela primeira vez, Albus sentia-se usado.

—Como queiras. – respondeu Albus deixando Octavia para trás. Ele realmente tinha ficado magoado.

Sem vontade de ir à próxima aula, Albus seguiu para os jardins. Octavia não saía da sua cabeça. Ele não conseguia perceber. Nunca nenhuma mulher o tinha feito sentir assim. Nunca ninguém lhe tinha feito a cabeça daquela maneira. Por momentos, Albus acreditou que com Octavia poderia ser diferente. Não como aconteceu com Alice. Não aquele impasse. Na realidade, aquelas palavras que Albus tinha dito na noite anterior tinham sido verdadeiras. Ele realmente pensou que poderia ter algo mais sério com Octavia. Mas parece que Octavia não tinha a mesma vontade.

Albus não sabe quanto tempo ficou nos jardins. Ele tinha noção que tinha sido algum, visto que, se viam alunos por todo o jardim.

De repente, alguém cutucou Albus por trás. Esperançoso, Albus olhou para trás. Se calhar era Octavia. Mas não. Era Scorpius.

—Precisamos de conversar. – pronunciou Scorpius.

—Senta-te. – respondeu Albus voltando-se de novo para o lago. Ele já suspeitava qual era o motivo daquela conversa.

—Vais contar-me o que se passou? – perguntou Scorpius.

—Se queres saber o motivo de eu ter levado a Rose à força, já o sabes. É o mesmo de sempre.

—Sinceramente Albus. Tu sempre foste obcecado com isto, mas nunca chegaste a estes extremos.

—Tenta ver uma pessoa que nunca te deu explicações para se afastar de ti. Como é que tu ias reagir? Ias ficar sem fazer nada? Depois de seis anos, uma pessoa começa a cansar-se e a não pensar racionalmente.

—Mas tinhas necessidade de fazer isto?

—Eu já te respondi, Scorpius. Tu não entendes. Tu nunca passaste por uma coisa destas. É sufocante, sabes? Toda esta dúvida na tua cabeça. Aquele ponto de interrogação de não saberes o que se passou. Uma pessoa acaba por ficar maluca.

—Nada justifica o que fizeste. Ela ficou aterrorizada.

—Eu sei, está bem? – falou Albus um pouco mais alto – Eu sei o mal que lhe fiz. Eu sei que não devia ter feito isto. Eu vi como ela estava. O medo estampado no seu olhar. Acredita que me arrependo veemente de ter feito isto. Mas que queres que faça? O passado não pode ser alterado.

—Pois não. Mas um pedido de desculpas caía bem sabes? Podias pelo menos tentar isso.

—Porque me estás a ajudar? Pensei que agora andavas todo amiguinho da Rose.

—Tu continuas a ser o meu melhor amigo, Al. Eu estou preocupado contigo.

—Mesmo depois do que eu te fiz? – perguntou Albus encarando Scorpius. A dúvida no olhar de Scorpius demonstrou que ele não fazia a mínima do que Albus estava a falar – A Rose não te contou?

—Não contou o quê? – perguntou Scorpius. Scorpius pensava que Rose lhe tivesse contado tudo.

—Fui eu que escrevi aquele bilhete. Aquele bilhete que falava mal de ti.

—Como é que tu foste capaz? – perguntou Scorpius levantando-se. Albus levantou-se logo a seguir – Logo tu! Como?

—Tu sabes como é difícil ver-te com a Rose. É difícil ver ela a dar-se contigo e não comigo.

—Claro! Lá tinha de vir outra vez a história de os nossos pais serem inimigos. Tu não percebes? Os nossos pais não têm nada a ver. Tu estás apenas com inveja. Inveja de me veres a ser amigo da Rose e tu não. Mas eu estava disposto a ajudar-te.

—Claro que estavas. – respondeu Albus ironicamente – Logo tu que recusaste ajudar-me quando te pedi.

—Eu nunca recusei isso. Eu simplesmente disse que não pressionaria a Rose para saber a causa do que aconteceu. Eu nunca a forçaria a uma coisa dessas porque eu conheço-a. Eu sei o quanto ela detesta ser pressionada. Bastava eu falar no assunto e ela fechava-se em copas. Tu não percebes que tinha de ser ela a tomar a iniciativa.

—Eu pensei que tivesses recusado.

—E mesmo que tivesse recusado. Isso era motivo para fazeres o que fizeste? O que tu fizeste foi cruel, Albus. Imagina o que a tua prima sentiu quando leu aquele papel e pensou que me estava a aproveitar dela. A sensação de traição que ela deve ter sentido. Tu não conseguiste pensar nisso.

—É verdade, eu não consegui. E agora percebo que cometi uma grande injustiça. - proferiu Albus sinceramente – Desculpa Scorpius.

—Ao menos já é bom teres percebido que erraste. Eu só espero que não voltes a fazer uma coisa dessas. Agora, desculpar eu desculpo-te, mas vais ter de compreender que eu vou precisar de um tempo para voltar a confiar em ti.

—Eu entendo. Mas acredita quando te digo que eu não vou voltar a fazer o que fiz. Sou sincero e digo-te que não desistirei até saber o que se passou, mas agora farei isso de forma a não perturbar a vida da Rose.

—Espero bem que sim. Ela não merece sofrer mais.

Proferidas estas palavras, Scorpius voltou para o castelo. Albus permaneceu perto do lago. Ele tinha sido sincero com Scorpius em tudo o que disse. Ele não pararia até descobrir o que aconteceu, mas agora de uma forma mais comedida.


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Notas finais do capítulo

Que acham do relacionamento da Octavia e do Albus? Que acharam da atitude a Octavia? Que acharam da conversa do Albus e do Scorpius?
Espero encontrar-vos nos comentários :)
Beijos :)



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