A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários :)
Boa leitura :)



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Durante toda a tarde, Scorpius procurou Rose. Mas foi completamente impossível encontrá-la. Scorpius vasculhou por todo o lado e nada. A única hipótese era Rose estar no salão comunal da Ravenclaw, lugar que Scorpius estava proibido de entrar.

Depois do que aconteceu naquela manhã, Scorpius só viu mais uma vez Rose. Foi na aula de poções. Scorpius tinha chegado antecipadamente e sentou-se na mesa que Rose costumava ficar. Mas, para seu espanto, Diana Anderson sentou-se ao seu lado. Rose acabou por ficar numa mesa ao lado acompanhada por Albus.

Quando chegou o fim da aula, Scorpius tentou arrumar as suas coisas o mais rápido possível para conseguir falar com Rose mas foi impossível. Quando voltou a olhar para a mesa onde ela estava, Rose tinha desaparecido. E a partir daquele momento, Scorpius não voltou a ver Rose.

Scorpius visitava pela terceira vez a biblioteca à procura de Rose, mas mais uma vez ela não se encontrava lá. Scorpius acabou por avistar Makoto, a garota que conheceu mais cedo e que estava com Rose naquela manhã.

—Makoto. – sussurrou Scorpius chamando a atenção da adolescente de cabelos negros que estava concentrada a estudar.

—Scorpius. – disse Makoto sorrindo para Scorpius. Ela não estava a acreditar que Scorpius Malfoy estava, naquele momento, à sua frente.

—Por acaso não viste a Rose? – perguntou Scorpius. O sorriso que estava estampado na cara de Makoto rapidamente desapareceu.

—Foi para isso que vieste ter comigo? – perguntou Makoto indignada.

—O que é que queres dizer com isso?

—Tu vens aqui ter comigo para saber da Rose? Da Rose?

Scorpius olhou para Makoto e finalmente percebeu tudo. Ela não era amiga da Rose. Ela apenas usou a Rose para chegar a si.

—Sim da Rose. Vou gastar o meu precioso tempo com ela e parar de o desperdiçar contigo. – disse Scorpius saindo de perto de Makoto.

—Que raiva. – gritou Makoto batendo com os punhos, com força, sobre a mesa.

Scorpius decidiu ir até ao salão comunal da Gryffindor. Estava claro que não iria conseguir encontrar Rose. Ainda pensou ir até à entrada da torre da Ravenclaw e pedir a algum aluno que ali passasse para chamar Rose, mas depois achou que não era uma boa ideia. Ele sabia perfeitamente que Rose detestava ser pressionada e, ao estar a fazer isso, estava a pressioná-la. Decidiu então esperar pela noite e pelo encontro habitual dos dois na torre de Astronomia.

Já perto da entrada para a torre da Gryffindor, Scorpius avistou Diana. Claro que ele estranhou vê-la ali, visto que ela pertencia à Slytherin. Aproximou-se, continuando o seu caminho.

—Olá Scorpius. – cumprimentou Diana aproximando-se de Scorpius – Hoje na aula estavas muito calado.

—Era uma aula, Diana.

—E vais-me dizer que agora tu, Scorpius Malfoy, andas muito empenhado nos estudos. – comentou Diana sarcasticamente enquanto se aproximava, ainda mais, de Scorpius deixando-o encostado na parede.

—Eu sempre fui empenhado nos estudos, Diana, tenho pena que só agora é que tenhas reparado. – respondeu Scorpius no mesmo tom de sarcasmo.

—Sabes bem que eu reparo noutras coisas, Scorpius. Coisas muito mais interessantes que os estudos. – Diana aproximou-se ainda mais deixando os seus lábios a poucos milímetros dos lábios de Scorpius. Ela já conseguia sentir a respiração de Scorpius a misturar-se com a sua. Quantas saudades ela tinha daqueles lábios.

—Bem, eu tenho de ir estudar. – disse Scorpius passando por baixo dos braços de Diana para se afastar dela – Até logo Diana.

Scorpius entrou no salão comunal deixando Diana ali plantada. Ela não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. Como assim Scorpius Malfoy tinha acabado de a dispensar? Ninguém dispensava Diana Anderson.

—Que cara moça. – comentou Albus ao chegar perto de Diana.

—Não me chateies agora Potter. – resmungou Diana – Que raiva! Como é que ele foi capaz?

—Já percebi tudo. O que é que o Scorpius fez?

—Ele dispensou-me! A mim! Ninguém dispensa Diana Anderson.       

—Eu não dispensei. – comentou Albus.

—Claro que não, ninguém me dispensa.

—Tem calma gata, tudo se vai resolver. – disse Albus aproximando os seus lábios dos de Diana – Está tudo a começar a encaixar-se. Acho que a Rose mordeu o isco.

—Ai foi? – perguntou Diana sorridente – Ainda bem.

Diana voltou a beijar Albus. Claro que Albus não era nenhum Scorpius Malfoy, mas dava para o gasto. Enquanto não conseguia Scorpius de volta, tinha Albus para se satisfazer.

De repente, palmas começaram a ser ouvidas. Diana e Albus separaram-se e começaram a olhar para todos os lados à busca da origem daquele barulho. Num dos diversos corredores de Hogwarts, Albus avistou Octavia Bale. Esta sorriu cinicamente para ele. Era mesmo isso que ela queria. Ela queria que algum dos dois a visse.

—Muito bom. – disse Octavia entre risadas – Muito bom mesmo. Quem diria, não é?

—O que é que queres daqui pirralha? – perguntou Diana chateada.

Diana conhecia perfeitamente Octavia, afinal elas pertenciam à mesma casa. Mas o facto de pertencerem à mesma casa não implicava que elas fossem amigas. Diana sempre achou Octavia estranha e por isso nunca se aproximou dela. Já Octavia odiava pessoas que se achavam as melhores e no fundo eram das maiores vadias de Hogwarts. E Octavia via isso em Diana.

—Pirralha não querida, mulher queres tu dizer. Só que eu, ao contrário de outras, tenho classe.

—Tomara tu chegares aos meus calcanhares.

—Tomara eu nunca chegar aos teus calcanhares. – ripostou Octavia – Afinal não quero ser considerada a maior cabra de Hogwarts. Esse papel deixo-o para ti.

—Sua cabra. – chamou Diana tentado pular para cima dela. Só que Albus agarrou-a – Larga-me Potter. – ordenou.

—E já agora, quando andarem a falar dos vossos planos, falem num lugar mais privado. – disse Octavia antes de deixar Diana e Albus para trás.

Claro que o objetivo de Octavia era deixar o pânico para trás. Ela queria ver aquelas expressões no rosto do Potter e da Anderson. Ela queria ver o pânico por acharem que tinham sido apanhados. Na realidade, Octavia não tinha ouvido totalmente a conversa. Ela apenas sabia que a conversa deles os dois tinha a ver com a Weasley e o Malfoy.

Octavia continuava o seu caminho, animada, quando foi parada repentinamente por uma mão que agarrou no seu braço.

—O que é que tu ouviste? – perguntou Albus virando Octavia para si para que esta o encarasse.

—Estás com medo que eu tenha ouvido alguma coisa que não devia, não é? – perguntou Octavia desdenhosa – Será que eu ouvi? Será que não?

—Para de ser parva, Bale. Tu vais dizer-me imediatamente o que ouviste. – ordenou Albus. Octavia apenas se riu na cara dele – Eu estou a falar a sério.

—Eu quero lá bem saber se estás a falar a sério ou não. Eu estou a cagar-me para ti, Potter. Tu és uma pessoa prepotente, arrogante e que pensa que é o dono do mundo. Lamento informar Potter mas não és. És um simples ser insignificante que aqui anda. Só isso. Agora larga-me que eu tenho mais que fazer. – disse Octavia tentando soltar-se. Mas Albus agarrou ainda mais o braço de Octavia impedindo-a de soltar-se – Larga-me.

—Eu é que me acho o dono do mundo? Tu andas para aí de um lado para o outro a achares que mandas em tudo e eu é que me acho o dono disto tudo? Fala a sério, Bale. Tu és uma simples criança que aqui anda.

—Uma criança que te disse as verdades na cara e que não se arrepende nem um bocadinho. Aquela pessoa que te vai dizer que te acha um nojento. O Malfoy é teu amigo e agora tu andas a fazer planinhos com a Anderson, a vaca que costumava ficar com ele. Eu tinha-te em melhor consideração. Era pouca, mas eu ainda tinha alguma por ti. Tu bateste no fundo Potter. No fundo!

—Fala a sério. Tu passas todo o tempo a provocar-me e agora dizes que eu sou nojento? Eu bem sei o que tu queres.

Albus puxou Octavia para mais perto de si e beijou-a. Octavia, incrédula com o que estava a acontecer, tentou debater-se mas depois acabou se render ao beijo acabando por corresponder. Isto até ao momento em que se apercebeu o que estava a fazer e afastou-se bruscamente de Albus pregando-lhe um estalo.

—Nunca mais na tua insignificante vida faças isso Potter. Fica o aviso.

Octavia saiu dali sem dizer mais nada. Já Albus estava incrédulo com o que acabara de acontecer. A sua intenção era provocar e afetar Octavia mas no fim acabou por ser ele o afetado. O beijo que deu em Octavia significou muitas coisas. Não foi um simples beijo. Foi mais que isso. Pela primeira vez, Albus sentiu a necessidade de não largar uma garota. Pela primeira vez, ele queria ficar sempre com essa pessoa. E essa pessoa era nada mais nada menos a rapariga com quem ele não se dava minimamente.

Por fim, Albus decidiu voltar para onde Diana estava. No fim, esta poder-lhe-ia dar aquilo que ele precisava naquele momento, sexo. Ele precisava de outra mulher para esquecer aquele beijo com Octavia e essa pessoa seria Diana. Porque em pelo menos uma coisa Octavia tinha razão. Diana não era nenhum santa e enquanto ele pudesse aproveitar, ele aproveitaria.

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Estava quase na hora de jantar quando Scorpius decidiu descer até ao salão principal. Apesar de ele ter prometido a si próprio que não procuraria mais Rose, que apenas falaria com ela naquela noite na torre de Astronomia, Scorpius estava com esperanças de a encontrar na hora de jantar e falar com ela nessa altura. A verdade era que, desde que começaram a dar-se melhor, não havia um único dia que não falassem. Podia ser a conversa mais banal de todas, mas ali estavam eles a tê-la. Agora, naquele preciso dia, eles meio que tinham discutido. Rose tivera aquele ataque e ele não conseguira mais falar com ela.

Ao chegar ao salão principal, Scorpius reparou que este já começava a encher. As quatro mesas já se começavam a revestir pelos alunos das diversas casas. Ao longe, Scorpius conseguiu avistar Makoto, acompanhada de mais duas ravenclaw’s, na mesa da sua respetiva casa. Scorpius ainda ponderou ir até ela para perguntar por Rose mas depois lembrou-se do que aconteceu mais cedo.

Por fim, resignado, Scorpius juntou-se aos seus colegas de casa. Como de costume, Scorpius encontrou um lugar ao lado de Lily. Era costume ele, os Weasley’s e os Potter’s que pertencem à Gryffindor fazerem sempre as refeições todos juntos. Já era uma tradição

—Que cara de enterro é essa? – perguntou Lily mal o amigo se sentou ao seu lado.

—Péssimo dia, só isso.

—Mas aconteceu alguma coisa? – perguntou Lily agora preocupada.

—Nada que precises de te preocupar, Lils. Amanhã corre melhor. – Scorpius sorriu para Lily para demonstrar que o que estava a dizer era verdade. Esta sorriu de volta e continuou a falar com Hugo.

Scorpius continuou no seu canto. De vez em quando o seu olhar percorria toda a mesa da Ravenclaw em busca da garota de cabelos ruivos. Mas, a cada vez que olhava, a desilusão ficava estampada no seu olhar. Rose não estava lá.

—Ui o casalinho chegou. – comentou Lily. Scorpius desviou a atenção do seu prato de comida e viu James e Dominique chegarem perto do local onde eles estavam – Isso é que foi namorar.

—Bem eu gostava. – comentou James com cara de cachorro abandonado.

—Não faças essa cara, James. Na realidade estivemos toda a tarde com a Rose a estudar.

Se antes Scorpius estava a ligar pouco à conversa, a partir do momento que o nome de Rose foi mencionado, a sua atenção foi totalmente para lá.

—Pois foi. Vocês acreditam que elas só me deram cinco minutos para lanchar? Cinco minutos! Estou esfomeado.

James sentou-se ao lado de Albus e logo começou a atacar a comida. Realmente qualquer um que estivesse próximo de James poderia ver o quão esfomeado este estava.

Dominique sentou-se ao lado de James e em frente a Scorpius. Pegou no seu prato e começou a selecionar a comida que iria jantar.

—Então estiveste todo o dia com a Rose? – perguntou Scorpius a Dominique só para confirmar.

—Sim estive. Já o disse há pouco. Mas porquê a curiosidade?

—É que…eu andei o dia todo à procura dela e não a encontrei.

—Nós estávamos na sala das Necessidades por isso é que não a encontraste.

—E onde é que ela está agora?

—Ui tanta curiosidade. Nunca vi o Scorpius Malfoy tão interessado numa rapariga. – brincou Dominique. Realmente era verdade. Dominique nunca o tinha visto assim. Ela sabia perfeitamente dos casos dele, afinal ele era um dos parceiros de James no engate. Mas parecia que, de alguma forma, Rose estava a mudar a visão de vida do Scorpius – Ela estava mal disposta, por isso decidiu não vir jantar. Ela foi diretamente para o dormitório.

—Hum está bem.

O resto do jantar passou normalmente. James continuava a queixar-se do pouco tempo que a namorada e a prima lhe tinham dado para lanchar. Lily metia-se com o irmão a dizer-lhe que se ele continuasse dessa forma, Dominique o largaria. Fred, Hugo e Dominique apenas se riam das provocações entre Lily e James. Já Albus estava pensativo. Ele tinha ouvido a conversa entre o Scorpius e a Dominique. Pelo que ele entendera, Rose não falara com Scorpius naquele dia. Albus sorriu. Rose tinha mesmo mordido o isco. Agora era tudo uma questão de tempo para que as coisas voltassem ao normal.

No fim do jantar, Scorpius seguiu junto com James e Hugo para o salão comunal da Gryffindor. Lily e Dominique tinham ficado para trás porque precisavam de falar com Molly e Roxanne. Já Albus não deu explicação para onde iria.

Scorpius seguiu para o seu dormitório a fim de esperar pela hora que o salão comunal estivesse vazio. Apesar de saber que Rose estava mal disposta, Scorpius mantinha a esperança de a encontrar naquela noite na torre de Astronomia.

Quando as dez horas tocaram, Scorpius desceu. No salão comunal estavam apenas uns primeiranistas. Scorpius nem se preocupou com eles. Estes nunca lhe pediriam explicações por estar a sair depois do horário de recolher pois Scorpius era mais velho.

Scorpius seguiu o caminho habitual até à torre de Astronomia. Quando chegou lá, encontrou a torre completamente deserta. Sem perder a esperança, Scorpius sentou-se numa das escadas e esperou por Rose. Enquanto isso, vários momentos que passou com Rose passaram pela sua cabeça. Um momento em particular. O momento em que Rose lhe confessou que a constelação Scorpius era a sua preferida. E logo de seguida o quase beijo. Scorpius ia mesmo beijá-la. Ele sabia disso. Mas Rose, inconscientemente, afastou-se. Essa era outra das coisas que Scorpius adorava em Rose, a sua inocência.

As onze horas tocaram e Rose ainda não tinha aparecido. Scorpius já começava a perder a esperança. Se calhar ela não apareceria. E foi o que acabou por aconteceu. Quando a meia-noite tocou, Scorpius desistiu. Rose não apareceria naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Parece que o Scorpius não consegue encontrar a Rose. E agora? E toda esta discussão entre a Diana, o Albus e a Octavia? E esta discussão/beijo entre o Albus e a Octavia?
Contem-me tudo nos comentários :)
E aqueles que são leitores fantasmas, não o sejam, é tão bom expressar a nossa opinião :)
Beijos :)



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