A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer imenso por todos os comentários, eram todos maravilhosos e incríveis. Adorei =D
Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671036/chapter/18

Enquanto Ronald Weasley conduzia o seu audi pelas ruas de Londres, Hermione fazia os normais interrogatórios aos filhos.

—Como é que correram as aulas, Hugo? – perguntou Hermione olhando para trás e encarando o filho. Aquela pergunta foi somente dirigida ao seu filho mais novo porque este raramente lhe mandava cartas, coisa que Rose fazia frequentemente.

—Normais.

—Só normais, Hugo? – voltou a perguntar Hermione, agora com o seu olhar inquisidor.

—Estou com dificuldades a Herbologia e História da Magia. – confessou Hugo. Ele sabia que não adiantava tentar dar a voltar a Hermione, ela iria saber sempre a verdade.

—Querido, tu sabes que podes pedir ajuda à tua irmã ou a mim, não sabes?

—Sei.

—E a namorada Hugo? Quando é que a apresentas? – perguntou Ron.

—Pai bem sabes que não há namorada nenhuma. – respondeu Hugo totalmente vermelho. Realmente a genética Weasley era visível em Hugo e Rose – Porque não perguntas à tua filha pelo namorado. – sugeriu Hugo para desviar a atenção de si.

Ron travou de repente o carro no meio da estrada recebendo apitadelas daqueles que seguiam atrás de si. Ele não queria acreditar no que o filho tinha acabado de dizer. Como assim a sua pequena Rose tinha namorado?

—Ron arranca. – ordenou Hermione tirando o marido dos seus desvaneios - Estás parado no meio da rua.

Ron voltou a acelerar o carro mas os seus pensamentos continuavam na afirmação do filho. Ele tinha de tirar aquela história a limpo. Ele tinha de perguntar à filha quem era o namorado.

—Quem é que foi o idiota que se meteu com a minha princesa? – perguntou Ron encarando a filha pelo retrovisor do carro. Rose baixou a cabeça, corada. Ela não tinha namorado nenhum mas mesmo que tivesse não gostava que o seu pai tivesse essa reação.

—Não há namorado nenhum, pai. – respondeu Rose.

Ron, desconfiado, olhou para Hugo para confirmar se o que Rose dizia era verdade. Hugo lançou um olhar ao pai para que não acreditasse no que Rose estava a dizer. Ele gostava muito da irmã mas estava a adorar ver o pai naquele estado por isso decidiu continuar com a brincadeira.

—Rose Granger Weasley estás a dizer a verdade? – perguntou outra vez Ron. Aquele olhar que o filho lhe tinha mandado, para ele, significava que a filha estava a mentir.

—Estou. – voltou a responder Rose – Porque haveria de mentir?

—E então e o James? – perguntou Hugo provocando a irmã. Esta olhou para Hugo sem perceber aonde ele queria chegar. Ele sabia perfeitamente que eles eram primos. Quer dizer, isso não impedia de se envolverem, visto que, James tinha um caso com Dominique. Mas eles eram amigos e Hugo sabia perfeitamente disso.

—James? Qual James? – perguntou Ron já começando a ficar nervoso. As suas orelhas começavam a atingir o mesmo tom dos seus cabelos.

—O teu afilhado. – respondeu Hugo antes que a sua irmã conseguisse responder.

—Com o teu primo, Rose? – Ron encarou Rose e largou as mãos do volante, esquecendo-se completamente que estava a conduzir.

—Ronald Weasley, a estrada. – gritou Hermione. Ron voltou logo a agarrar o volante. A última coisa que queria era causar um acidente – A Rose e o James são apenas amigos. – esclareceu – Hugo para de provocar o teu pai. Ron, a Rose não tem namorado.

—Ainda bem. – respondeu Ron, agora mais aliviado. Se a sua mulher dizia que Rose não tinha namorado então era porque ela não tinha.

O resto da viagem aconteceu normalmente. Rose e Hugo continuaram a contar coisas que aconteceram em Hogwarts sem nunca mais mencionar namoros. Eles não queriam que Ron tivesse outro ataque.

Quando chegaram a casa, Hugo e Rose dirigiram-se aos seus respetivos quartos.

Rose entrou no quarto e encontrou-o da forma que o deixou. A cama estava feita, os livros estavam arrumados, o quarto estava completamente limpo. Colocou o seu malão em cima da cama e abriu-o. Depois começou a tirar as roupas, livros e afins que ali se encontravam e começou a arrumá-los.

Depois de tudo arrumado, Rose escolheu um dos muitos livros que tinha e começou a lê-lo. Claro que inicialmente Rose pensou em estudar mas como toda a gente também ela precisava de descansar. Também não era por um dia que as suas notas ficariam arruinadas.

Rose estava tão entretida com o livro que não deu conta da sua mãe bater à porta. Foi preciso Hermione Weasley bater cinco vezes antes de entrar. Quando a filha não respondeu, mil e uma coisas passaram pela sua cabeça. Poderia ter acontecido algo a Rose. Mas quando abriu a porta ficou enternecida com o que viu. Rose estava deitada de barriga para baixo a ler um livro, ato típico de uma Granger. Rose era tão parecida consigo. Era quase impossível encontrá-las sem um livro na mão.

Hermione aproximou-se da filha e tocou-lhe para chamar a sua atenção. Como era de esperar, Rose assustou-se.

—Tem calma querida, sou só eu. – disse Hermione sentando-se na beira da cama – Eu não te queria assustar.

—Não faz mal. Sei que não fizeste de propósito. – Rose virou-se e sentou-se – Mas precisas de alguma coisa?

—Queria apenas avisar-te que hoje vamos jantar na Toca.

Um sorriso apareceu logo no rosto de Rose. Ela adorava a Toca. Desde pequena que pulava de felicidade cada vez que os pais diziam que eles iam até à Toca. Ela adorava a grande união que existia na sua família. Eles procuravam todos os momentos para estarem juntos e o seu ponto de encontro era a Toca, local onde moravam os seus avós, Molly e Arthur Weasley.

—Sabia que ias gostar da ideia. – comentou Hermione – Saímos daqui a pouco.

Rose apenas concordou. Hermione beijou a testa da filha e saiu.

Rose pegou no livro para o voltar a ler mas algo a impediu. Na janela do seu quarto encontrava-se uma coruja que Rose reconheceu como sendo a coruja de James. Abriu a janela para pegar na carta que Iris trazia. Mal Rose lhe retirou a carta, Iris voou voltando para casa. Assim, Rose supos que era uma carta que não precisava de resposta.

Rose desenrolou o pequeno pergaminho e começou a ver as primeiras palavras da carta. Desenrolou-a toda e começou a lê-la.

Priminha do meu coração, aposto que já estás cheia de saudades minhas. Facto normal, afinal quem é que não haveria de ter saudades minhas, eu sou inesquecível.

Já soube que hoje também vens jantar na Toca. A minha mãe veio falar comigo e disse que nós também íamos. Pensa bem, já vais poder matar as saudades.

Mas o motivo de te ter mandado esta carta não foram as saudades que tu sentes por mim (apesar de isso ser um assunto muito importante). Mas não foi isso. Esta carta tem uma única intenção, o pedido de namoro. Lembras-te de termos falado sobre isso? Espero que te lembres. Então é assim, eu tive uma ideia mas antes de a executar, eu quero ouvir a tua opinião. Por isso espero ansiosamente por hoje à noite.

Do teu primo favorito,

James.

Rose terminou de ler a carta e sorriu. Finalmente James tinha pensado em alguma coisa. Rose só esperava que não fosse nada de extravagante.

Rose colocou a carta de lado e pegou no livro para retomar a leitura. Mas algo a impediu, outra vez. Desta vez era a sua mãe que a chamava. A si e ao seu irmão. Estava na hora de ir para a Toca.

Rose pegou num casaco, afinal à noite fazia mais frio, e saiu do quarto para se juntar à família. Os três ainda tiveram que ficar à espera de Hugo que estava um pouco atrasado.

Quando Hugo chegou, Hermione distribuiu pó de flu a todos os elementos da família. Pediu a Rose para se colocar na lareira e esta assim fez. Em tom alto e claro, Rose mencionou a Toca e de repente encontrava-se em frente à sua avó Molly. Rose nem teve tempo de dizer nada pois foi logo abraçada por ela. Abraço este que retribuiu prontamente pois já desde o verão que não via a avó.

Quando Hugo apareceu na lareira, Molly aproximou-se dele e também o abraçou.

Enquanto isso, Rose aproximou-se do avô também para o cumprimentar.

—Estás cada vez mais bonita, Rose. – elogiou Arthur deixando Rose corada.

—Obrigada avô. – sussurrou Rose.

Rose estava tão distraída com o avô que não deu pela presença de mais cinco pessoas na sala.

—Então Rose, já não se cumprimenta o padrinho? – a voz de Harry Potter chamou a atenção de Rose. Esta afastou-se do avô e foi ter com ele.

Desde sempre que o seu tio favorito era Harry. Ela adorava quando ele contava todas as suas aventuras junto com os seus pais. Era incrível por tudo o que eles tinham passado. Ela adorava as suas aventuras, mas acima de tudo adorava a união e amizade que existia entre os três. Nunca vira uma amizade tão grande como aquela.

—Estou a ver que só o padrinho é que interessa. – comentou Ginny Potter num falso ciúme.

Rose largou por breves momentos o padrinho e foi abraçar a madrinha.

—Acho que estou a ver a mãe a abraçar mais tempo a afilhada do que os próprios filhos. – comentou James.

—Concordo perfeitamente. – disse Lily entrando na brincadeira.

—Coitadinhos dos meus pobres filhos, cheios de ciúmes. – disse Ginny abraçando a afilhada de lado.

—A mamã já não gosta de nós. – Lily abraçou James e fingiu que estava a chorar arrancando risadas de todos os presentes.

Todos os cumprimentos foram feitos e as conversas entre os adultos começaram a ser postas em dia.

Hugo e Lily tinham ido para o jardim deixando James, Albus e Rose sozinhos. James acabou por perguntar a Rose se dava para falar naquele momento e esta afirmou que sim. Estes ausentaram-se da sala em direção ao antigo quarto de Ron.

Albus acabou por ficar sozinho. Emburrado pelo seu irmão ter levado Rose para longe de si e ter roubado mais uma oportunidade dele falar com ela, Albus acabou por dizer à mãe que ia ter com Lorcan e Lysander Scamander que viviam ali perto. Ginny não viu problema nenhum, desde que, Albus estivesse de volta a casa para o jantar.

Já no quarto, Rose esperava que James começasse a falar e lhe contasse todo o seu plano.

—Rose, eu tive a ideia mais incrível de sempre. – gabou-se James sem ainda ter contado qualquer pormenor do plano.

—Eu espero bem que sim porque o momento em que vocês vão contar à família está cada vez mais próximo.

—Minha cara prima, essa notícia faz parte do meu pedido de namoro.

—Como assim? – perguntou Rose sem entender.

—Então…eu vou pedir a Domi em namoro à frente da família toda.

—Tu deves querer mesmo morrer. – comentou Rose depois de absorver esta ideia.

—Não Rose, tu não estás a perceber. Esta ideia é genial. Imagina no dia em que toda a família estiver juntar, sem exceção, e, de repente, eu levanto-me. Todos ficam a olhar para mim à espera que eu comece a falar e aí eu falo tudo o que sinto pela Domi e peço-a em namoro. Assim faço dois em um. Peço a Domi em namoro e ainda mostro ao tio Bill o quão sérios são os meus sentimentos. Ele vai perceber que eu não estou a brincar com a filha, espero eu.

—Esperamos os dois. – comentou Rose – Apesar do choque inicial, eu acho a tua ideia boa. Vais mostrar à Dominique que gostas mesmo dela e que ela não é como as outras.

—Escusavas de me relembrar como é que eu era antes.

—Não precisas de ter vergonha do teu passado. A Dominique sabe-o e está contigo na mesma. Tu antes estavas a aproveitar a vida, na tua visão, e agora estás a fazer o que achas melhor. Tu gostas dela e isso é o que importa. Já te disse que a tua única preocupação é o tio Bill. – brincou Rose.

James aproximou-se de Rose e começou a fazer-lhe cócegas. Ele sabia que ela as tinha, por isso aproveitou aquela pequena provocação para a “atacar”. As risadas de Rose eram ouvidas por toda a Toca e todos estavam felizes por finalmente verem Rose a voltar ao que era quando criança. E tudo isto graças a James.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aqui está a ideia genial do James? Que acharam disto? Que acharam de todo o capítulo?
Espero ver-vos nos comentários :)