A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Rose não sabia como reagir. Ela observava Dominique a caminhar entre as pessoas. Ela era confiante, sabia como reagir naquela situação. Mas Rose não. Rose caminhava timidamente ao lado de Dominique. Ela não queria chamar a atenção mas sabia que estava a ser difícil alcançar o seu objetivo. Timidamente, ela observava as pessoas conforme passava. Todos as olhavam. Rose perguntava-se porque James estava tão longe. Não podia simplesmente estar na entrada para as receber?

—Meninas, a festa é do Hugo. – brincou James arrancando risadas de Dominique. Ela quase que o beijou ali mas lembrou-se que estavam em público. Rose não comentou nada. Ela estava demasiado envergonhada para dizer alguma coisa – Rose não fiques assim. Tu és linda, estes idiotas só agora é que perceberam.

Se Rose achava que já estava demasiada corada, depois do comentário do primo estava pior. Naquele momento, Rose estava da cor do seu batom, vermelho como o sangue.

—Bem, a Lily deve estar a chegar com o Hugo. – anunciou James para todos os convidados.

Os próximos minutos foram de ansiedade. Todos queriam que Hugo chegasse rápido para a festa começar. Eles sussurravam uns com os outros. Ninguém se atrevia a falar uma nota mais alta. Hugo só descobriria a festa quando visse toda a gente e não antecipadamente.

Ao longe, vozes começaram a ser ouvidas. James rapidamente conheceu a voz da irmã. Anunciou que eles estavam praticamente a entrar fazendo a sala entrar num silêncio total.

Lily entrou na frente e vi que todos estavam prontos. Agarrou a mão de Hugo e este apareceu no campo de visão de todos os convidados.

—Surpresa. – gritaram todos.

Hugo não acreditava no que via. Ele nunca pensou que lhe organizassem uma festa surpresa. Lily convencera-o a ir até ali afirmando que precisava de falar com ele. Ele imaginava que segredo tão profundo Lily teria para sentir a necessidade de ir até à sala das Necessidades para contá-lo. Mas agora Hugo percebera. Era uma festa surpresa.

Hugo agradeceu a todos pela festa. Mas, como se já não chegasse de surpresas, James aparece ao lado de Hugo com um bolo de aniversário. Todos começaram a cantar os parabéns seguidos de palavras de amizade para com o aniversariante.

Rose deixou-se para o fim. Durante aquele dia, ela mal falara com o seu irmão. Ela até se sentiu mal com isso. Eram os quinze anos do seu irmão mais novo. Ela deveria ter estado ao lado dele. Ela imaginara que ele passara o dia com os amigos, por isso passara um dia feliz.

—Feliz aniversário. – disse Rose abraçando o irmão.

—Obrigado maninha. – agradeceu Hugo - Estou muito feliz que estejas aqui.

—Sempre. – sussurrou Rose no ouvido de Hugo.

Separaram-se e Rose já estava pronta para levar Hugo até ao seu presente afinal ainda não lho tinha dado. Mas antes que Rose seguisse o seu destino, Hugo segurou-a no braço para a travar e chamar a sua atenção.

—Que vestido é esse Rose Weasley? – perguntou Hugo com aquela expressão típica de Ronald Weasley.

—É só um vestido. – comentou Rose. Ela estava a acostumar-se a andar com aquele vestido. No príncipio estranhara mas agora até se sentia bem nele. Um pouco destapada mas confortável.

—Isso é o que tu dizes. Mas quem terá de se preocupar amanhã sou eu. – disse Hugo com cara de preocupação.

—Não percebi. – comentou Rose confusa.

—Os rapazes, Rose. Eles não te vão largar. – Hugo abraçou o braço de Rose com o seu – Mas não me vou preocupar com isso agora. O que é que me ias mostrar?

Rose sorriu para o irmão e levou-o consigo até um canto da sala das Necessidades onde se encontrava um presente. Um enorme presente. Encostada a uma parede estava uma enorme caixa com um embrulho vermelho e dourado, as cores da Gryffindor e casa onde Hugo pertencia.

Rose indicou o presente a Hugo e este aproximou-se dele para o abrir. Rose olhava para o irmão na expectativa. Ela esperava que o irmão gostasse da prenda. Ela estivera muito tempo a pensar sobre o que compraria.

Hugo desembrulhou o presente. Aos poucos era possível ver uma caixa castanha. Mas a maior surpresa para Hugo foi quando abriu a caixa. No seu interior encontrava-se uma guitarra. Hugo olhou para a irmã e sorriu. Não se conteve e foi abraçá-la.

—Obrigada Rose, a sério.

Além de jogos, Hugo também tinha uma paixão pela música. Pouca gente sabia, Hugo não se sentia seguro em partilhar essa parte da sua vida. Mas Rose sabia. Rose sempre soube. E Rose também sabia o quanto Hugo ansiava por uma guitarra. Muitas vezes, nas saídas de família, Rose via o olhar de Hugo quando avistava alguma guitarra. Aquele brilho no olhar não enganava ninguém. E embora Hugo nunca lhe tenha admitido que queria uma guitarra, Rose ofereceu-lha. E estava completamente satisfeita por ter acertado no presente.

Decidiram que manteriam ali a guitarra até ao dia seguinte. A festa era um pouco afastada dali por isso seria tranquilo. A menos que algum casal quisesse ficar mais à vontade. Mas nenhum dos irmãos pensou nessa possibilidade.

Hugo foi ter com Lily e Roxanne. Já Rose ficou num canto.

Rose pensou em ir embora. Os parabéns já tinham sido cantados, ela já tinha oferecido a prenda ao irmão e sinceramente ela tinha a certeza que aquele lugar não era para ela. Ela estava completamente fora da sua zona de conforto. Mas algo a prendia ali. Algo não, alguém. As palavras mencionadas por Scorpius não saíam da sua cabeça. Ela não percebia o porquê disso estar a acontecer.

Rose observava o salão a partir do seu canto. Albus e Alice encontravam-se perto das bebidas e pareciam estar a discutir. Pelo menos era o que parecia dada a cara de Alice aos olhos de Rose. Ela parecia completamente chateada com Albus. Albus deveria ter feito asneira da grossa para Alice estar assim. Mas isso era outra coisa que Rose não podia afirmar a cem por cento. Apesar de Alice ser do seu ano, elas mal se falavam. E sinceramente, Rose sempre achou que Alice não ia com a sua cara. Não sabia porquê mas a forma como Alice olhava para ela quando passavam uma pela outra era estranha.

Perto de Molly, que era a DJ naquela noite, encontravam Dominique e James. James tentava agarrar Dominique mas esta afastava-se. Eles tinham combinado que ninguém saberia até ao Natal, à exceção de algumas pessoas, mas James não estava a colaborar. Rose quase que podia afirmar que o primo estava um pouco alterado por causa da bebida.

Por fim, Rose encontrou Scorpius. Mas rapidamente se arrependeu de o ter procurado. Ele estava a dançar com Julia Foster. Os dois, colados um no outro, balançando-se. Só aí é que Rose percebeu a música que estava a tocar. Uma balada. Uma balada para casais apaixonados dançarem agarradinhos. Exatamente o que Scorpius estava a fazer naquele momento.

Por breves segundos, os olhares de Scorpius e Rose encontraram-se. Um pequeno segundo que valeu por uma eternidade. Rose rapidamente desviou o olhar e decidiu ir ajudar Dominique. Ela estava a começar a dar em maluca com estes novos sentimentos que começavam a surgir. Sentimentos esses que ela não admitia para si própria que começavam a florescer. Talvez mais tarde quando fosse tarde demais. Mas ela agora não queria simplesmente pensar naquilo. Ela achava que estava a dar em maluca.

James tentava pela milésima vez dar um beijo em Dominique mas mais uma vez esta o afastara.

—Domi, por favor, só um. – Rose ouviu James pedir.

—Pára James. – reclamou Dominique – Sabes que aqui não vai acontecer nada.

—Então podíamos ir para meu quarto. – sugeriu James com aquele seu sorriso maroto.

—Demasiados pormenores. – comentou Rose ao chegar lá. Ela não queria saber nem imaginar o que os primos poderiam fazer no quarto de James. Ela preferia ficar na ignorância.

—Rose salva-me. – pediu Dominique desesperada. Ela já não sabia o que fazer mais com James para ele parar. Ele simplesmente não parava.

—Olha a minha priminha favorita. – James sentiu o olhar de Dominique sobre si – Uma das. – corrigiu-se – Vamos dançar.

James não deixou Rose responder. Simplesmente agarrou-lhe a mão e conduziu-a para o centro da pista de dança. Mesmo ao lado de Scorpius e Julia Foster. Rose não conseguia deixar de os observar. Era mais forte que ela.

Mas a sua atenção foi desviada quando sentiu as mãos de James agarrem firmemente a sua cintura.

—Sirius. – protestou Rose.

—É uma balada priminha.

Rose não disse mais nada, apenas deixou-se levar por James. Se havia uma coisa em que Rose não tinha prática era em dançar. Em todas as festas que foi com a família, ela tentava ficar no seu canto, o mais discreta possível para ninguém a notar e a convidar para dançar.

—Eu quero tanto beijar a Domi…mas ela não deixou. – sussurrou James ao ouvido de Rose, queixando-se.

—Sirius. – voltou a protestar Rose – Eu já disse que dispenso esses comentários.

—Mas ela está ali tão gostosa. Já viste aquele decote. Ela deve querer deixar-me louco.

—Lamento informar Sirius mas ela veste-se para arrasar.

—Eu vou até ela. Não vou deixar nenhum marmanjo aproximar-se dela. – James tentou sair dos braços mas esta impediu-o.

—Não vais. Vocês combinaram.

James apenas concordou com a cabeça. Ele sabia que Rose tinha razão. Mas o álcool que ele já tinha ingerido simplesmente não o deixava pensar direito.

Rose e James continuaram a dançar, agora em silêncio. A primeira música tinha acabado e por incrível que pareça, Rose não tinha saído dali a correr. Pelo contrário, ela permaneceu agarrada a James à espera que a próxima começasse.

Por momentos, Rose conseguiu esquecer tudo à sua voltar. Era só ela, James e a música. Visto por fora, poderia parecer um momento romântico entre os dois. Mas não era nada disso. Era muito mais. Era uma amizade pura e verdadeira entre dois primos e amigos.

À terceira música, Rose decidiu que estava na altura de voltar para perto de Dominique. Ela não queria que a prima pensasse outras coisas. Isso já tinha acontecido uma vez e Rose esperava que não voltasse a acontecer.

—Dominique. – chamou James ao chegar perto dela. Agarrou-a, apanhando-a desprevenida e quase conseguiu o seu objetivo, beijá-la. Mas mais uma vez, Dominique afastou-o.

—Já te disse que não. Não me faças chatear-me contigo, James Sirius Potter. – protestou Dominique.

—Se calhar era melhor ele ir embora. – comentou Rose com Dominique.

Dominique concordou. Ela sabia que James já não estava no seu perfeito juízo e tinha medo do que ele fosse aprontar se continuasse na festa.

—James vamos embora. – disse Dominique a James como se tivesse a falar com uma criança.

—Embora? – James olhou para Dominique e os seus olhos brilhavam – Nós vamos para o meu quarto?

—Sim vamos. – respondeu Dominique. Se aquela era a única maneira de levar James dali então era o que diria. Despediu-se de Rose e saiu com James em seu encalço.

Rose continuava a observar a festa. Agora que James e Dominique já tinham ido embora, ela não sabia o que continuava ali a fazer. O seu irmão estava demasiado entretido para notar a sua ausência. E se ele não notaria a sua ausência, as outras pessoas também não sentiriam.

Ela estava decidida a ir mas algo a impediu. Uma mão forte agarrou a sua assustando-a. Voltou-se para ver quem era e surpreendeu-se ao avistar aqueles olhos acinzentados, olhos que ela já começava a conhecer perfeitamente.

—A donzela dar-me-ia a honra desta dança?


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Notas finais do capítulo

E a festa começou *_* vamos ver como termina :)
Desta vez foi o vestido da Roxanne que não deu para por, fica aqui o link: http://lugage.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/10/lugage_2012_237.jpg
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