Reborn escrita por MrsB


Capítulo 1
Recompensas


Notas iniciais do capítulo

Esta fanfic será mais clara para quem já leu o livro "Crepúsculo Reimaginado - Vida e Morte", e para quem não leu o livro e pretende ler a fanfic [SPOILER] precisa saber que neste livro SM cria um final alternativo, diferente do livro original, em que Beau Swan é transformado em vampiro, pois Edythe não consegue salvá-lo, sua morte é forjadae ele passa a viver com os Cullens. As lobas descobrem que ele foi transformado, porém como Jules ainda não havia sofrido a transformação ela não sabe de nada. Bonnie Black (Billy Black, knows it all)



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Sentia-me saciado ao correr pela floresta, por entre as samambaias que roçavam-me a cintura as árvores com seus troncos cobertos de musgo e todo tipo de vida que me cercava. Era magnífico poder sentir, ouvir e ver tudo; uma formiga carregando um pedaço de folha de capim em sua escalada por uma pequena rocha, um vagalume piscando cada vez mais distante de mim, uma coruja piando do alto da copa de um bordô ancião. Não acho que algum dia me acostumaria a isso.

Edythe corria na minha frente, tomando uma distância considerável, minhas passadas longas e mais fortes não acompanhavam sua incrível velocidade. Apesar da distância ainda podia vê-la, seu cabelo ruivo metálico ondulado caindo em cascatas pelas costas delgadas, balançando à medida que ela se movia, contornando a curva bem acentuada da cintura para os quadris; os ombros estreitos desnudos, cobertos apenas por uma fina tira em que consistia a alça da camisa verde-água de seda que ela usava esta noite, os ombros alvos curvados em seu gingado selvagem e gracioso ao correr, parecia um guepardo.

Observá-la assim com tantas core e em HD fez algo crescer em meu peito, eu sabia que não estava ficando corado e que meu coração não dava saltos como um ginasta, indo de encontro à caixa toráxica, era um queimar desde os dedos dos pés até o último fio de cabelo. Nestes dias em minha nova vida pude notar que me tornei mais intenso, e agora percebia que meu desejo por Edythe chegava a níveis obsessivos.

Tracionei os joelhos e tomei impulso para um grande salto e antes que pudesse aterrissar agarrei um galho forte de abeto, balancei-me e me joguei na direção de Edhyte. Sabia que mesmo com meu esforço para alcançá-la ela havia reduzido a velocidade para permitir minha aproximação; finquei os pés no chão ao seu lado. Olhei para baixo buscando seus olhos dourados e pude ver neles meu reflexo, a expressão determinada e as pupilas dilatadas, tornando quase completamente negros meus olhos geralmente vermelho vívido.

— Beau? – Edythe perguntou, curiosidade na voz e aquela familiar frustração de quando ela tentava entrar em minha mente e falhava.

— Você está me deixando louco. – Soltei entredentes, invocando toda calma que podia haver em meu ser para atenuar aquele sentimento abrasador. Enterrei o rosto na curva de seu pescoço inalando o cheiro floral de seu cabelo, minhas mãos encaixara,-se em seus quadris e num movimento nada cavalheiresco a puxei para que seu corpo ficasse tão perto do meu quanto a física permitia.

— Beau... – sua voz soou fraca e rouca enquanto minha boca percorria sua nuca, tracei uma trilha de beijos, lambidas e leves mordidas por seu pescoço esguio, percorrendo o maxilar, chupei-lhe o lóbulo da orelha e desci depositando pequenos beijos em suas mínimas sardas cor de ferrugem no alto das maçãs angulosas até que nossas bocas se encontrassem num beijo sem interrupções e cuidados, eu não estava sendo nem um pouco cuidadoso. Num movimento rápido girei seu corpo para que suas costas se encontrassem com o tronco de uma árvore, com o braço que lhe rodeava a cintura elevei seu corpo até que nosso quadris estivesse pressionados um contra o outro, Edythe gemeu em resposta à minha manobra, seus dedos percorreram a gola da minha camisa e num som que ecoou pela mata vazia ela já estava em frangalhos, livrei-me do resto de tecido da camisa enquanto os dedos de Edythe afundavam-se em minhas costas, ela envolveu meu quadril com as pernas e nos empurrou para o chão ficando sentada por cima de mim, sua boca passeava por meu abdômen com a calma mais tortuosa do mundo, sua língua quente deixava um rastro de fogo por onde passava, um fogo nada parecido com o da minha transformação, eu queria mesmo era que esse fogo me queimasse inteiro.

Num movimento invisível que respondia instantaneamente às minhas vontades mais profundas minhas mãos voaram para debaixo da seda verde, tateando cegamente a barriga lisa e macia, descrevi círculos com a ponta dos dedos em volta de seu umbigo, a outra mão subindo pelas costas, dedilhando cada costela delicada até encontrar o fecho de seu sutiã.

Não havia paciência para tentar desvendar os complicados pedacinhos de metal que atavam as duas tiras de tecido, num movimento brusco às destruí arrancando a peça por debaixo da blusa e jogando-a em algum lugar que eu não fazia ideia de onde. Desta vez, uma calma repentina me abatendo, percebi que prendia a respiração, Edythe também parara, levantando o rosto para me fitar, seus olhos tão negros de desejo quanto os meus. Subi as duas mãos para seus seios, apele tão macia, passei os polegares sobre os mamilos que enrijeceram ao meu toque. Edythe arfou saltando para longe de mim.

Minha mente entrou em colapso repassando a sequência dos fatos, não era para ela sair correndo.

— Edythe...? – murmurei piscando repetidamente para recobrar os sentidos, a nuvem de desejo em que eu estava absorto dissipava-se cada vez mais rápido, dando lugar à confusão. – Eu fiz algo de errado? – perguntei num fiapo de voz.

Ela estava a dez metros de distância com os braços cruzados defensivamente sobre o peito.

— Não é isso, Beau. – ela disse, ainda recuperando o fôlego, seus vagando para longe dos meus propositadamente. Esperei, ainda sem entender o que havia acabado de acontecer.

— Nós não podemos fazer isso. – ela prosseguiu com cautela e parou aguardando por minha reação.

— Eu não estou entendendo. – falei ainda atordoado. O que ela queria dizer com aquilo? Que de repente percebeu que não me desejava mais?

— Me desculpe – ela pediu e o que se seguiu fluiu num jorro de palavras tão rápido que se eu não possuísse uma super audição tudo não passaria de um leve zumbido. – Não posso ter certeza se possuímos uma alma, e se alguém deve ser responsabilizado por acabar com duas chances de ir para o... paraíso, – ela riu sem emoção – esta pessoa sou eu. Quero me certificar de não lhe afundar mais no pecado, e se ainda houver alguma chance para nossas almas, não quero que as desperdicemos no ímpeto do desejo.

Não pude conter o impulso de rir, a gargalhada amarga ecoou pela floresta, dobrei-me tendo espasmos enquanto ria. Levei a mão até os olhos involuntariamente para secar lágrimas que não estavam ali.

Edythe me observava com a confusão evidente no rosto, havia um vinco se formando entre os seus olhos. Contive o impulso de passar os dedos ali para suavizar sua expressão;

— Isso é tão antiquado Edythe. – eu disse sem conseguir conter a rispidez em meu tom – Que romântico, - debochei – então nos casaremos virgens.

Ela me olhou atônita, mas não me deixei abater.

Eu não estava furioso com seus planos para preservar minha castidade em nome de minha alma ou o que quer que fosse, estava furioso por ela ter deixado que fôssemos àquele ponto, quase me levando ao êxtase para então me informar. Um pedaço no fundo da minha consciência sabia que aquela reação era exagerada e desnecessária, mas tratei de suprimi-lo, não foi difícil.

— Eu dei minha vida para ficar ao seu lado. Não foi suficiente? – Perguntei, vendo sua abrir-se num “o”, os lábios rosados perfeitos tremendo levemente antes que sua cabeça despencasse, as ondas metálicas dos cabelos cobrindo-lhe o rosto. Imediatamente me arrependi do que havia dito, estendi a mão para tocá-la, mas recolhi sem saber o que fazer.

— Foi. Me desculpe. - ela murmurou, parecendo até eu com tantas desculpas escapando de seus lábios; os dedos compridos e delicados tateando a barra de seda verde, puxando-a para cima. Quando percebi o que ela fazia uma enorme onda de nojo, de mim mesmo, é claro, me abateu com tanta força que fiquei tonto. Imaginar que ela fazia menção que te tirar a blusa e se entregar a mim porque eu lhe lembrei que entreguei minha vida a ela, como se ela me devesse algo... Me sentia um monstro.

— Não! – minha voz saiu alta demais, aguda demais, tingida de pânico. – Nem ouse fazer isso.

— Me desculpe... Me desculpe. – eu não sabia que o dizer – Eu acho que me tornei um tanto mais temperamental depois da transformação. Só me frustrei por você ter permitido que eu me... animasse tanto antes de me cortar. Me desculpe, foi imperdoável o que eu disse.

Edythe levantou um pouco a cabeça, o cabelo ainda caído sobre o rosto de modo que eu só podia ver seus olhos, e preferia não ter visto, estavam cheios de culpa. Aquilo só fez meu nojo aumentar. Quando eu deixara que a luxuria tomasse conta de mim a esse ponto? Ao ponto de ferir os sentimentos da pessoa que eu mais amava no mundo? Ela merece alguém melhor do que eu.

— Beau, o sacrifício que você fez para ficar ao meu lado eu jamais poderei recompensar à altura. - ela disse, a voz voltando ao normal – Eu estava tentando impor meus costumes obsoletos a você. Naturalmente você pode aceitar ou rejeitar.

— Você é a maior mártir que já conheci. Não pode simplesmente gritar comigo e concordar que eu não deveria ter dito o que eu disse?

— Você só disse a verdade, Beau. – Uma expressão determinada tomou conta de seu rosto como se seu propósito maior no momento fosse assumir a culpa de tudo. E o pior é que ela parecia acreditar no que falava.

— Não preciso que você me recompense por nada que fiz. – o calor da raiva aumentando em meu peito. Como alguém podia ser tão teimosa? – Minha vida não é moeda de troca. Eu a entreguei a você e não espero nada de volta.

Por reflexo olhei ao redor procurando minha camisa até notar os farrapos de pano no chão. Suspirei e corri em direção à casa, podia sentir Edythe logo atrás de mim mantendo certa distância, era melhor assim.

Que ótimo! Aparentemente havia algum tipo de reunião na sala; nada melhor do que a família inteira para presenciar o clima pós primeira briga de casal. Dei a volta na casa e entrei pela única porta de acesso ( que eu conhecia, pelo menos) que se abria para a ampla sala onde Carine, Earnest e Jessamine encontravam-se sentados no sofá tão branco quanto as parede s e quase tudo ali. Eleanor estava deitada no chão com as pernas esticadas< onde Royal, deitado, apoiava a cabeça; e Archie curvado sobre a pequena mesa de centro de vidro, parecia concentrado em suas visões enquanto escrevia números numa tabela e desenhava gráficos. Levei uma fração de segundo para captar tudo antes que Eleanor se virasse, o sorriso debochado indo de uma orelha a outra.

— Parece que a caçada rendeu mais do apenas alguns cervos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo... O próximo virá em breve e se houver algum erro referente à velha ortografia é porque meu computador é Windows XP, e se houver algum erro referente à nova ortografia foi a pressa mesmo haha.



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