Você nunca estará sozinha. escrita por Daniela Lourenzo


Capítulo 21
Amizades.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tudo bom com vocês? Eu espero que sim! Vamos ao capítulo



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Pov Sky

Passado algumas horas dentro do hospital, o médico passou pela última vez para conferir como eu estava e me deu alta. Meu pai conversou comigo que teria que voltar para onde estava e perguntou para Dallas se eu poderia ficar em sua casa, ofereceu até um dinheiro para isso. Dallas não esperou que pegasse sua carteira e disse que não teria problema algum, muito pelo contrário, seria um imenso prazer em me receber.

Estou no carro com Mike e Dallas e indo para a minha casa buscar algumas roupas. Estou no banco traseiro e Dallas está ao meu lado mexendo no celular, enquanto Mike olha fixamente para o trânsito a sua frente.

Estou cansada. Acredito que seja pela quantidade de medicamentos que foram injetados em mim. Meu braço dói, mas isso eu tenho a certeza que é por conta do acesso que é colocado no hospital. Fecho os olhos por alguns momentos na tentativa de cochilar quando Mike fala calmamente:

—Chegamos.

Ele estaciona o carro em frente a minha casa e desliga o automóvel. Dou um toque em Dallas que até então estava com os olhos fechados e começou a olhar para mim sem dizer uma palavra. Olho em seus olhos e entendo o que está sentindo, e não posso culpá-lo, apenas respeitar o seu momento.

Vou caminhando até a minha casa e olho para trás para pedir a Dallas que espere no carro. Ele responde com um olhar confuso, e eu apenas peço novamente que fique aonde está. Ele acena com a cabeça e pede a Mike que vá comigo. A diferença entre Mike e Dallas é que o amigo é tão cabeça dura quanto Dallas, então ele apenas passou disparado por mim e me puxou pela mão.

Dou uma leve risada ao entrar em casa e ver Mike indo direto para a minha cozinha tomar um copo d'água. 

—Meu Deus, achei que nunca mais fosse apreciar esse belo líquido sem cor, sem cheiro, porém cheio de vida. Amé, H2O.

—Amém! 

Respondo entrando na brincadeira.

—Mike, vou até o meu quarto.

—Vou com você!

Ele lava o copo e coloca no escorredor. 

Subimos a escada devagar, em silêncio. Mas até que foi bom, não teve nenhum clima estranho no ar, e fico feliz por Mike estar ali, se fosse Dallas, certamente seria estranho, tenso.

Abro a porta do meu quarto e peço que ele entre.

—Em que posso ajudar, Madame? 

Ele se curva e eu dou um sorriso.

—Poderia pegar uma pequena mala em cima do meu guarda roupa, mon seigneur? 

—bien sûr.

—Não sabia que falava francês! Legal! 

Falo sorrindo

—Ah, Sky, tem tanta coisa que não sabe sobre mim...

Ele responde dando uma piscada com o olho direito.

—Bom, vamos ter tempo para nos conhecermos melhor!

—Com certeza!

Vou até o meu guarda roupa e tiro algumas peças de roupa. 3 calças, dois shorts, algumas blusas de frio, e outras normais. Meu pijama, a farda do colégio...

—Não está esquecendo de algo? 

Ele pergunta com a cara cínica.

—Não, estão em uma bolsinha!  Seu sacaninha!

Respondo rindo e ele joga a sacola que estava ao seu lado dentro da mala. Sim, uma pequena sacolinha com sutiã e calcinha.

—Pronto? 

Pergunta

—Sim, vou passar apenas uns dias, tem coisa até demais! 

—Verdade, até parece que não vai roubar umas camisetas de Dallas.

—Não sei, talvez ele fique mais chateado do que está. 

Balanço os ombros e Mike chega mais perto.

—Meu amigo não está chateado! Só não sabe o que fazer no momento. São coisas difíceis e estão acontecendo todas ao mesmo tempo, ele só precisa se organizar melhor.

—E eu respeito isso. 

Ele me dá um abraço e pega a mala ao lado da minha cama. 

Descemos as escadas e paramos ao lado de Dallas.

—E aí? Pegaram tudo? 

Ele pergunta olhando para mim.

—Sim.

—Tudo bem, vamos! Minha mãe deve estar em casa.

Esqueci dos pais de Dallas!

—Meu Deus.

Falo parando e os meninos me encaram.

— O que foi? Está sangrando? 

Pergunta Dallas.

—Não... Seus pais! Você contou para eles?

—Não, eu deveria? Eles sabem sobre você.

—Dallas, eu sou uma estranha!

—Você não é uma estranha, é minha amiga!

—E vocês não já se pegaram? suave. Vamos, mulher!

—Mike! Que indelicado.

Falo vermelha de vergonha e Dallas dá um sorriso enquanto dá um soco no braço do seu amigo de leve.

(...)

—Posso entrar?

Todo o processo foi tranquilo. Os pais de Dallas me receberam com um sorriso enorme no rosto! Ele conversou com os pais e foi super franco com eles, contando praticamente tudo o que estava acontecendo. Sim, fiquei um pouco constrangida, mas dei permissão que falasse abertamente com os pais a respeito. Madeline, sua mãe, foi um doce comigo e ofereceu o quarto do filho para que eu ficasse. Neguei, claro, afirmando que poderia ficar tranquilamente e bem no quarto ao lado. 

—Olá, Sra. Madeline! Claro!

—Não precisa me chamar de senhora, Sky. Madeline está ótimo! 

—Tudo bem! 

Dou um sorriso tímido.

—Como está o braço?

—Está dolorido um pouco, mas estou tomando os remédios que o médico passou para mim.

—Que bom! Caso precise de ajuda, não pense duas vezes! Meu quarto está no final do corredor e meu filho está bem aqui do lado.

—Tudo bem, muito obrigada por me deixar ficar! Sou grata por isso.

—Eu que agradeço, moça.

—Mas por que? 

—Você trouxe um sorriso ao meu filho. Um sorriso sincero. Para uma mãe, ver o seu bebê sorrindo é a melhor coisa que existe!

—Por acaso estão falando de mim?

Olho para porta e vejo Dallas em pé.

—Estava nos espionando, mocinho?

Pergunta Sra. Madeline ao seu lado

—Não, mas ouvi o meu nome e resolvi checar para ver se estaria tudo bem.

—Tudo tranquilo! Bom, eu já vou. Boa noite, Sky.

—Boa noite, Madeline! 

Ela dá um sorriso para mim, um beijo em Dallas e sai do quarto. 

—Bom...

Ele fala apontando para a porta saindo devagar. 

—Não vai!

—O que?

—Não vai, fica aqui... Só um pouquinho...

Olho em seus olhos.

—Por favor! 

Peço mais uma vez

Ele vem caminhando até a cama e senta ao meu lado.

Levanto e coloco o travesseiro em minhas costas, sentado com as pernas cruzadas ao seu lado.

—Dallas, eu queria agradecer por tudo que está fazendo por mim.

—Não precisa...

Interrompo-o colocando a mão em seu rosto.

—Não, eu preciso sim! Confesso que tive meus momentos impulsivos com você, fui grossa, gritei, dei as costas quando chateada e você me ajudou mesmo assim. Estou na sua casa, poxa! 

—Sky, você é minha amiga.

—E você é o meu amigo, mas isso não significa que outra pessoa faria o mesmo por mim, mesmo que fossem da minha família!

—Bom... você precisa descansar.

—E você também...

—É. Bom, boa noite!

—Boa noite.

Ele levanta e vai para o quarto.

Fico sentada por alguns minutos quando resolvo levantar e bater em sua porta.

—Pode entrar!

Abro a porta lentamente e vejo que seu quarto está totalmente escuro. A porta do seu banheiro estava aberta e no mesmo segundo que entrei em seu quarto ele sai do banheiro com um pijama engraçado da DC.

—Belo pijama!

—Sky? O que foi? Você está se sentindo bem?

—Estou sim, é que... 

— O que? 

—Vim dar boa noite.

—De novo? Não entendi...

—É porque você é muito bobo para perceber às coisas.

Vou até ele e beijo os seus lábios. 

—É... Hum...

—boa noite, Dallas.

—boa noite...

Vou caminhando em direção a sua porta e fecho-a com cuidado. Vou para o ''meu'' quarto com um sorriso no rosto e não demoro muito para pegar no sono.


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