Last Breath escrita por Bee


Capítulo 19
Capítulo 19.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, meus amores. Então, hoje é segunda, mas resolvi postar, estava tão ansiosa com esse capítulo que não conseguia mais segura-lo. E bom, me desculpem por não ter postado semana passada, tava complicado. E bom, esse é o penúltimo capítulo, ansiosos pelo último e amado capítulo?
Esse é um capítulo muito especial, eu quero agradecer a linda Rose (Jules) e ao meu amor maior Mione (Lu Weasley) pelas recomendações. Eu amo as duas, vocês são a razão dessa história, sem brincadeira. ♥
Bom, não me matem.



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Sete anos haviam se passado desde que Hugo partira. Lily agora estava vivendo a vida que uma mulher de vinte e três anos gostaria de viver. O porquê? Em pouco minutos irei te contar. O importante a se dizer nesse momento é que Lily tinha uma vida invejável, mas algo dentro dela não condizia com o exterior.

Após a morte de Hugo, Lily fez uma escolha em sua vida, ela iria viver e faria com que Hugo e sua família tivessem orgulho dela. Ela não se cortou, por mais que tenha pensado muitas vezes em fazer isso, ela sempre encarava aquela tatuagem, e podia ver no olhar daquele gatinho ruivo o olhar que Hugo a lançaria e recuava.

Além disso, ela havia decidido se esforçar na escola, de modo que acabou tirando ótimas notas e recuperou um ano quase perdido. E conseguiu entrar em uma universidade, mesmo que para isso tivesse que se abrir na sua aplicação. Era o esperável para uma questão como a que eles propunham para a redação.

Ela contou da virada que sua vida deu, e isso impressionou a equipe de seleção de uma grande universidade de Bristol. Ela fez uma entrevista, e simplesmente entrou. Para sua surpresa, e para a surpresa de seus pais, ela entrou. E se formou em literatura com honras. Lily descobriu que as cores do mundo são incrivelmente belas no momento que a escuridão a encontrou.

E Lily descobriu um prazer enorme em escrever. E por sua paixão por escrever, ela conseguiu um emprego em uma editora que publicava guias de viagem. Não era o emprego dos sonhos ainda, mas isso a permitia ganhar dinheiro fazendo duas coisas que ela simplesmente amava, escrever e viajar.

Lily havia acabado de embarcar novamente no avião. Havia feito uma viagem à, imaginem: Antártida. Estavam lançando um novo Ice Hotel lá, e Lily fora a designada para algo de tamanha importância. E ao embarcar no avião que a levaria de volta para a Inglaterra, Lily percebeu algo.

Ela havia visitado todos os continentes. Ela havia completado mais um item da lista que ela havia feito com Hugo, mesmo que tenha demorado tanto tempo para isso. Ela pegou sua mala, e buscou pelo caderno novo onde ela anotava as coisas mais importantes que ela pensava, ou as coisas que ela queria recordar. E de dentro do caderno tirou uma foto, estava completamente amassada, e desbotando, mas ela conseguia ver perfeitamente aquele rosto que vivia a cercar seus sonhos, o rosto do grande amor de sua vida.

— Cheguei até aqui graças a você. – Lily sussurrou para a foto, ela não estava de maneira alguma falando apenas com uma foto, uma imagem, ela conseguia ouvir Hugo na mente dela, alguns dias mais nitidamente que outros. – Você completou todos os itens da lista, agora tenho que cumprir mais um.

Lily olhou para o lado e encontrou um jovem moreno a encará-la, ele sorria de uma forma doce, como se soubesse de algo que Lily não sabia. Lily semicerrou seus olhos verdes na direção dele, e levantou a sobrancelha esquerda esperando uma resposta.

— Que foi? – ela perguntou rudemente. Ela era acostumada a encontrar pessoas sem noção em viagens dessas, e por isso ela nunca agia polidamente com eles.

— Só achei legal ver você falando com uma foto, não é uma coisa que as pessoas que vem para esse lugar fazem. – o homem moreno respondeu sorrindo.- Eles são muito mais... seriamente chatos e científicos.

— Obrigada. Eu acho. – Lily disse rude ainda e voltou a encarar a foto de seu primo. Aquela era uma foto que ela havia tirado com Hugo no dia em que tiveram sua primeira vez. Era uma foto que ela escondia de todos ao seu redor.

— De nada. – o rapaz estendeu a mão para Lily, os olhos castanhos dele eram incrivelmente bonitos. – Aliais, a viagem é longa. Então vou te importunar.

— Ok. – a ruiva revirou os olhos, aquele era um avião pequeno, então não havia mais lugares livres.

— Me chamo Rodrick. – o moreno falou com o maior sorriso no rosto – Rodrick Zabini.

— Zabini, dos Malfoy, Zabini & Associados? – Lily perguntou com o cenho franzido, aquele rapaz parecia particularmente familiar.

— É, meu pai é o Zabini da fachada. – ele brincou.

— O sogro da minha prima é o Malfoy. – ela disse séria, o encarando.

— Você é prima da Rose? – Rodrick perguntou sorrindo para ela, apesar de ela o achar muito chato, Lily se empolgou com a conversa.

— Sim, sou Lilian Luna W. Potter. O W é de Weasley. – ela disse brincando, sempre costumava fazer isso, abreviar o W, e explicar o significado. Ela viu o sorriso de Rodrick diminuir aos poucos, ele encarou a foto na mão dela e seus olhos se arregalaram. – Sim, eu era a namoradinha do Hugo, você chegou a conhecê-lo?

— Brevemente. – ele falou sério, encarando a foto – Sinto muito por tudo.

— Tudo bem, já é passado. – LL mentiu, não era passado. Por mais que o tempo passasse, nunca seria passado. Hugo sempre seria seu presente.

Eles ficaram em silêncio por um bom tempo depois daquilo. Lily escrevendo sobre o Ice Hotel em seu notebook, ela digitava rapidamente, pois deveria enviar uma versão preliminar da sua experiência para a editora. Rodrick parecia entretido lendo um livro, e por mais que algumas vezes Lily tenha encontrado o olhar dele, as olhadelas não duravam mais do que dois segundos.

O avião havia parado na costa leste de um país latino para reabastecer, até a ida até os Estados Unidos onde Lily pegaria um avião comercial que a levasse até sua amada Londres. Rodrick parou ao seu lado e como se segurasse-se para não falar algo que estava na ponta da língua se balançava constantemente sobre os pés.

— Não é passado. – ele falou rapidamente, a sua voz saiu estranha e Lily estranhou ouvi-la, já que eles não se falavam há horas.

— Oi? – ela perguntou novamente com o cenho franzido, as sobrancelhas arqueadas.

— Você mentiu. – ele suspirou levantando os olhos para encontrar os dela – Você falou que é passado, mas não é, você ainda não superou completamente a perda. – ele falava rapidamente, seus olhos impacientes a encaravam.

— E você deduz isso por que...?

— Simples, você desviou seu olhar para a foto ao dizer que era passado, e você se calou como se o que você disse tivesse te machucado, como se dizer que Hugo é passado te machucasse, ou machucasse a ele. – ele desviou o olhar dela e encontrou a forma como as mãos dela se apertavam naquele momento. – Suas mãos estão suando, também estavam naquela hora, você está nervosa. E além do mais, sua voz tremeu naquele momento.

— Nossa, vou ter medo de conversar com você agora. Você me analisou completamente em apenas dez minutos de conversa. – Lily riu nervosa, tentando acabar com o assunto, mas a forma como ele a olhou, e a forma como ele abriu a boca instantes depois a fez perceber que não era bem assim.

— Eu estudei psicologia, com um foco especial para linguagem corporal. – Zabini deu de ombros – Meu pai gosta de me usar no tribunal, é fácil de encontrar uma mentira quando você lê o corpo da pessoa.

— Você acabou de me surpreender, Zabini. – Lily falou embarcando novamente no avião e se sentando.

Os dois conversaram por muito tempo e trocaram telefones, pois quando Lily embarcou no seu avião para Londres eles não iriam mais conversar. Ele tinha uma reunião nos Estados Unidos naquela mesma tarde. Lily preferiu não assumir para si mesma, mas sentiu uma sensação reconfortante no fato de Zabini estar por perto, era um elemento familiar, mas ela não sabia dizer exatamente o que.

Ao chegar em casa, Lily foi até a casa de seus pais, havia deixado grande parte de suas coisas da adolescência naquele velho quarto cheio de memorias. Após falar rapidamente com os pais, ela correu para o quarto, e procurou por aquela antiga lista, a encontrou no meio de um livro. Ao encarar a lista, riscou o penúltimo número da lista. E o prazer que sentiu ao fazer isso foi incrível.

 Ela pegou o livro novamente, e guardou a lista, e guardou o livro na bolsa que trazia consigo. Aquela lista seria a lembrança mais doce da melhor e pior fase de sua vida. Lily não se arrependia de nada que fez naquele momento de fraqueza, todos os seus baixos a guiaram para seus altos. Se Lily não tivesse caído e ralado os joelhos tantas vezes, ela não estaria onde estava agora.

A ruiva se deitou na cama e ficou a encarar o brilho do crepúsculo no teto do quarto. Sentia falta de sua adolescência, sentia falta de morar naquele lugar. Desde que passou para a Universidade de Bristol, Lily havia passado apenas os verões naquele quarto, e os feriados. E tudo isso a fez esquecer de como era bom estar ali. Lily ouviu o toque do celular e atendeu sem nem ao menos olhar o remetente, ela sabia que só poderia ser uma pessoa naquele momento, seu editor chefe questionando sobre o artigo. Mas ela se surpreendeu.

— Alô? – ela ouviu a voz metálica meio perdida. – Lily Luna W. Potter, o W de Weasley?

— Zabini? – Lily perguntou rindo pelo telefone.

— Eu. – ele parecia meio surpreso por ele ter ligado. – Ahn.... Eu só queria ter certeza que você me deu o número certo. – Lily gargalhou, e ouviu a risada fraca dele do outro lado – Sério.

— Bom, eu passei o número certo. Infelizmente. Esqueci de mentir meu número. – ela brincou e ouviu a respiração dele do outro lado. – Era isso?

— Era. Bom. Na verdade, não era isso. – ele falava depressa, parecia nervoso com alguma coisa – Na verdade, bom... – ele enrolava, a voz saia falha. Ele estava nervoso – Eu queria te convidar para tomar um café amanhã ou depois, você quem sabe...

O sorriso de Lily fechou naquele momento. Ela havia gostado de Rodrick, mais do que de qualquer outro que já havia flertado com ela. Mas ela não sabia se estava pronta para se apaixonar. Não havia estado com ninguém, romanticamente falando, desde Hugo. Não havia feito sexo com ninguém desde Hugo. Não havia beijado ninguém desde Hugo. E sentia que estava sendo infiel à memória dele se envolvendo com alguém. Ele havia partido há tão pouco tempo, era injusto com ele.

— Ai merda. Eu não devia ter perguntado isso. Babaca. Desculpa. – Rodrick falou nervoso e rapidamente após Lily não o responder. – Eu sou muito estúpido, desculpa mesmo.

—Não, ei, Zabini, relaxe. – Lily tentou parecer calma do outro lado da linha, e então após contrair o rosto em nervosismo ela o respondeu – Tudo bem, nós podemos sair para tomar um café.

— Sério? – ele perguntou chocado, Lily poderia imaginar a careta surpresa que ele esboçava do outro lado da linha.

— Sério. – ela sorriu mesmo sabendo que Rodrick não poderia ver isso. Ele se despediu rapidamente dela, e ela desligou o telefone, ainda com um sorriso estúpido no rosto.

Lily mais do que rapidamente discou o número de Rose, estava nervosa, o coração tentando se suicidar pulando para fora do peito dela, subindo pela garganta em uma tentativa vã de fuga. Cada toque que seu celular soava, mas forte seu coração batia. Ela precisava falar com alguém.

— Alô? – a voz de Rose soou cansada.

— Rose, socorro. – Lily pediu, sua voz saiu esganiçada, o que era completamente estranho para ela. – Eu conheci o Rodrick Zabini no meu voo de volta, e bom, acontece que eu marquei de me encontrar amanhã com ele, e eu não sei o que fazer.

— Como assim? Zabini? Você encontrou o Dick? – a voz de Rose saiu falha, cansada e metálica. – Amor, sossegue, estou tentando falar com a Lily. Tá, eu falo... Ah, cala a boca, Malfoy. – Rose falava, e Lily podia ouvir a voz metálica de Scorpius baixinha do outro lado. – Ele mandou dizer que você atrapalhou nosso namoro, e que ele te manda um beijo melado.

— Tudo bem, agora foco. – Lily quase gritou desesperada. – Eu não sei se estou pronta para seguir em frente, eu ainda amo Hugo do fundo do meu coração, e não quero traí-lo.

Rose respirou fundo, e Lily pode ouvir ela se movendo do outro lado. – Minha querida, você já esperou sete anos para seguir em frente. Eu amo meu irmão, e sei que você o amou muito, mas ele não iria querer que você se prendesse assim a uma memória. – Rose falou calmamente, sua voz mais baixa e condescendente que o normal – Eu sei que o amor de vocês foi muito forte, mas eu tenho certeza que você pode abrir seu coração a outro agora, se você ficar eternamente se prendendo a memória de meu irmão você vai enlouquecer. E ele irá ficar triste onde quer que esteja. E além do mais, você só vai tomar um café com o Dick, não vai propor ele em casamento.

— Tudo bem. – Lily respirou sentindo seu coração se acalmar. – Você acha mesmo que não estarei magoando o Hugo seguindo em frente?

— Você vai magoá-lo não seguindo. – Rose suspirou, e Lily finalmente pôde ouvir a voz da razão. Ela não precisava se guardar eternamente e se prender ao amor que ela tinha por Hugo, apenas a isso. Ela poderia dedicar seu amor a outros, ela sabia que isso não diminuiria o amor que ela tinha por Hugo, pois esse é inacabável.

“Mal posso esperar para encontra-lo amanhã. LL” – ela mandou para Rodrick rapidamente após desligar o telefonema com Rose.

As cores lá fora, me disseram pra continuar. Elas me disseram pra continuar (E eu já superei) Mas eu queria suas mãos nas minhas. Revelar as fotos que tiramos e ninguém sabia. Dessa sua partida (da sua partida) (Tudo que eu penso parece que é você. Eu tento, luto, venço, mas não vou esquecer) Tudo o que eu falei. Eu te fazia chorar, não te ouvia falar. Só te peço perdão. Hoje canto pra que ouça dos céus que eu não duvidei do amor.


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Notas finais do capítulo

Ei, o que acharam?
A música que eu citei no final foi As cores - Cine, que eu simplesmente amo demais. e acho que dava certo com esse capítulo.
Bom, o que acham que vai acontecer no último capítulo? E o que acharam da Lily com a Rodrick? E quem amou o Rodrick maravilhoso como o Dylan "Crush de todas" O'Brien?
Quero teorias sobre o último capítulo.



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