Maybe in Another Universe escrita por sweetie


Capítulo 1
Maybe in Another Universe - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores.
Como eu ainda não superei, e não estou nem um pouco perto, de superar aquele especial maravilhoso... Bem, escrevi essa one porque eles dois merecem.

Sim, é baseada no especial, então eu recomendaria que vocês assistissem ao episódio antes de ler.

Enfim, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/669486/chapter/1

A história de como eles se conheceram. Era uma das preferidas de Sherlock do blog de John. Não admitia, e ás vezes achava desnecessário o modo como ele romantizava as coisas, além de achar que títulos são irrelevantes. Ele gostava de lê-las, de vez em quando.

Ver a si mesmo, pelo os olhos de John, mostrava como o loiro o via de um modo mais inteligente do que ele realmente era. Também era inegável que por que John tentasse escrever de um jeito mais profissional, ficava claro em seus textos o quanto ele se importava com Sherlock. O quanto um se importava com o outro.

Ele também gostava de se lembrar disso. Embora os dois fossem muito próximos, ao ponto de morrerem ou matarem um pelo outro, eles eram homem. Nas amizades masculinas, na de John e Sherlock ao menos, eles não verbalizavam muito o quanto se importavam. Sherlock gostava de se lembrar de que John estaria ali por ele. Sempre esteve.

Seu palácio mental era narrado por John. Ele não sabia se isso era resultado dos dois anos que ficaram separados, e ele ouvirá a voz do amigo o tempo todo em sua cabeça. Ou se era simplesmente um lembrete de que para John, ele era no fundo, uma boa pessoa.

O seu outro eu era um pouco diferente. Talvez um pouco mais rude com as pessoas, sim. Mas também já estava casado, o que fazia com que o outro Sherlock também se drogasse ainda mais. Ele sentia a falta de John, independente do universo em que estivessem.

Watson, porém, parecia demonstrar mais os sentimentos. Quando eles estavam sozinhos, ele fez questão de dizer, mais de uma vez, que era seu amigo mais próximo e se importava com Sherlock. Teve toda aquela conversa embaraçosa no meio sobre ele já ter tido ou não relações com alguém. Mas talvez, aquele John estivesse longe do amigo tempo demais, e teve mais tempo para sentir a sua falta, assim como ele também sentia.

Agora ele estava de volta a Baker Street, John e Mary tinham ido para casa, e ele estava sozinho com a poltrona vazia em sua frente. Tudo bem, talvez com o tempo ele se acostumasse com a casa sem John.

...

John estava feliz por Sherlock não ter ido embora, não sabia se teria aguentado. Tirando que ele sabia que o moreno tinha atirado em Magnussen por ele, não conseguiria com a culpa de que ele não estava mais ali porque ele tinha se casado com uma assassina.

Mas não era possível que ele estava se drogando de novo! Pelo amor de Deus, Sherlock sabia o quanto isso o prejudicava. Qual era o sentido de trazer tais prejuízos a si mesmo, fazendo com que isso danificasse seu corpo e mente, só por um alívio momentâneo do tédio? Precisava repreendê-lo mais severamente quando visse da próxima vez.

Próxima vez essa, que seria ainda naquele dia.

Mary mesmo percebeu o quanto John estava preocupado, se revirando de um lado para o outro, sem conseguir dormir. Então, ela mesma sugeriu. – Eu vou ficar bem, John. Vai falar com ele. Vocês dois precisam.

E ele foi. Sabendo que depois de tais acontecimentos, e da volta de Moriarty que Sherlock não teria ido dormir ainda. Ele provavelmente passaria a noite, talvez dias, em seu palácio mental, procurando informações, tentando descobrir o que fazer a seguir.

Não errou ao deduzir isso. Quando abriu a porta da Baker Street, o moreno estava deitado no sofá, na sua posição de meditação, imerso em seus pensamentos.

– Eu acho que vou te interromper um pouco. – disse John, sentando-se em sua poltrona.

Sherlock sentou-se e observou o amigo, que sorriu gentilmente para ele. Mexia com ele de uma forma que ele nem imaginava ser possível, vê-lo sentado ali de novo. – Oi, John.

– Antes de tudo... – ele começou. – Por favor. Por mim. Não use mais nada disso. Vício é algo perigoso, Sherlock. E por mais inteligente que você seja.

– Tudo porque você é o bobo por mim.

– O que?

Sherlock balançou a cabeça. – Não é nada. É algo que você me disse. Seu outro eu, em meu palácio mental. Você disse que correria atrás de mim como um completo tolo, fazendo com que eu parecesse inteligente, se é isso que eu preciso.

– Não sou um tolo, sabia?

– Não. – Sherlock sorriu. – Você é mais inteligente do que parece.

– Sou bem inteligente então.

– Sim, você é.

Talvez esse John não fosse tão diferente, no fim das contas.

– Por quê? – ele perguntou. – Eu entendo que estar indo embora de novo deve ser uma merda. – “estar deixando você é...” Sherlock pensou. – Mas... Por quê?

Porque ele estava sozinho, e perdendo John mais uma vez. Porque John tinha se casado e ele sentia falta do amigo, mas nunca seria capaz de confessar. Nunca seria capaz de confessar o quanto ele queria que tudo voltasse a ser como antes, os dois morando na Baker Street, acordando na mesma casa e correndo juntos pelas ruas de Londres.

– Não importa.

– Claro que importa. – John argumentou. – Eu sou seu amigo, Sherlock. Seu amigo mais próximo. Importa para mim.

– Eu não vou mais usar. – caso eu não precise. – Não é o suficiente?

– Por enquanto, sim. – ele levantou, e o olhou por um momento. – Eu vou fazer um chá. Você quer?

– Sim, por favor.

Também sentia falta do chá de John. Ele tinha ficado uma vez obcecado com chá, e fez milhões de xícaras, experimentando qual era a quantidade certa de açúcar e tudo mais. Tudo tentando descobrir como fazer o chá perfeito. Mas nunca ficava igual o chá de John.

Ele nem sabia mais como ele costumava dizer antes como preferia a bebida, depois de um tempo, tudo que ele se lembrava de era que John sempre fazia do jeito certo.

– Aqui. – John lhe entregou a xícara, ele estava sentado em sua poltrona em frente a do amigo agora. – Você está melhor?

– Hã?

– Mycroft disse que você quase teve uma overdose.

– Mycroft exagera muito.

– Ele me pediu para cuidar de você. – disse John. – Antes de eu sair do avião. É a segunda vez que ele me pede isso. Tem algo com o qual eu devo me preocupar?

Sherlock negou. – Não. Você não tem motivos para cumprir o desejo de meu irmão. Ignore se assim desejar.

– Você realmente nunca percebeu, não é? – John sorriu. – Eu cuido de você, Sherlock. Sempre cuidei. Não preciso que seu irmão me peça isso.

– Obrigado?

– Eu senti sua falta. – ele admitiu, olhando para longe. – Durante esses dois anos, sim. Mas pensar que você estava indo embora de novo me deixou louco.

– Deixou?

– Claro. – ele se virou para encará-lo. – Você é meu amigo, Sherlock. Eu estou imensamente feliz por você não ter ido embora.

– Eu também.

John ergueu uma sobrancelha. – Você também, o que?

– Senti sua falta. – agora foi ele quem desviou o olhar. Suspirou. – E estou feliz por não ter ido. Teria sido uma viajem sem volta, de qualquer jeito.

– Como assim?

– Seis meses. – disse Sherlock. – Eu te disse: Seis meses. Era o tempo que eu iria durar. Não existiam duvidas disso.

– Você não foi explícito quanto a isso! – John aumentou a voz, irritado. – Pelo amor de Deus, Sherlock. Por quê? Por que não me contou que você estava entrando naquele avião, indo em direção a sua morte?

– Que diferença teria?

– Eu iria com você! – ele disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Seu idiota, eu iria com você, e ia fazer com que você durasse muito mais que isso. Você sabe que somos invencíveis quando estamos juntos.

Sherlock queria perguntar sobre a Mary. Sobre o bebê. Como John iria ser capaz de abandoná-los, para ir junto com ele? Os dois eram sua família agora.

– Você está errado de novo, sabia? – John respondeu como se pudesse ler seus pensamentos. – Você também é minha família. O mais importante de todos.

O outro ficou em silêncio e John sorriu. – Não precisa dizer nada, sei que você não é bom com esse tipo de coisa. Apesar do ótimo discurso no meu casamento. Estou cansado, vou dormir se você não se importa. Tudo bem?

Sherlock assentiu.

– Quer dizer, não tem problema se eu ficar aqui essa noite, não é?

Sherlock negou.

– Você está bem?

– Estou ótimo. Por que não estaria?

– Certo. – ele pegou as xícaras de chá, e levou para a cozinha.

Involuntariamente, Sherlock o seguiu. Por que John estava sendo desse jeito? Dizendo que teria ido junto, sendo todo preocupado, e verbalizando os sentimentos? Não estava entendo e queria perguntar. Queria conseguir verbalizar tudo que sentia também, mas ficou paralisado na soleira da porta da cozinha, sem conseguir dizer nada.

– Sherlock? – John se aproximou. – Tudo bem? Eu estou ficando preocupado.

O moreno o abraçou, sem nem mesmo saber o motivo. John retribuiu, pressionando os dedos no casaco de Sherlock e enterrando seu rosto em seu ombro. Era reconfortante, e Sherlock o puxava para mais perto, o apertando contra si. Era o abraço mais apertado da vida de John, e ele estava gostando mais do que deveria. Também estava durando mais do que deveria. Não que qualquer um dos dois se importasse.

John se afastou, apenas para perguntar. – O que foi, Sherlock? Está tudo bem?

– Desculpa. É só que... Como eu disse, também senti saudades.

John sorriu. – Eu também, seu idiota. Mas é só isso mesmo?

Não, John. Eu te amo. Estou apaixonado por você há anos e nunca tive coragem de dizer, e nunca vou ter. Você faz de mim uma pessoa melhor, e eu sou melhor quando você está por perto. Não preciso de drogas, e talvez nem de mil casos para resolver para ficar bem. Eu só preciso de você. Eu preciso de você, John.

– Sim, sim, é só isso. – ele tentou sorrir. – Boa noite, John.

– Boa noite, Sherlock.

Tinha que ter algum universo que os dois não terminavam juntos. Aconteceu de ser esse, para a infelicidade de Sherlock.

...

Em alguns anos longe dali, Sherlock Holmes e John Watson estavam parados em frente ao outro, perto da lareira, prestes a sentarem em suas respectivas poltronas, quando John disse agora.

– Você pensou que eu estava falando com você? – ele perguntou. – Quando eu disse você quando eu disse a Mary que estava perdendo ela, que estávamos nos negligenciando um do outro... É isso que você acha que está acontecendo?

Sherlock considerou. – Watson, não temos motivos para discutir sobre isso.

– Eu acho que temos.

– Não, nós certamente não temos.

– Holmes, pelo amor de deus... Sherlock... – ele disse o seu nome, pela primeira vez em anos. – Eu quero saber.

Ele respirou fundo. – Bem, você e Mary se casaram. Não tenho nenhuma objeção a isso, parece ter lhe feito muito bem. Você engordou, o que, três quilos desde a última vez que nos vimos?

– Dois e meio.

Sherlock balançou a cabeça. – Mary e eu achamos é três. O ponto é que você aparece menos do que antes na Baker Street. Ainda resolvemos alguns casos, mas obviamente não é a mesma coisa. Antes erámos Holmes e Dr. Watson. Agora sou eu sozinho, com algumas participações especiais suas. – ele suspirou. – Mas que importância isso tem? Você está casado e feliz. O fato de eu sentir sua falta, e isso consequentemente me levar a aumentar a dose da cocaína, não vai mudar nada.

– Eu fiz você aumentar a dose da cocaína?

– Não se sinta culpado. – ele disse. – É um erro humano. Se importar, e eu já devia saber disso. Mycroft sempre me alertou.

– Eu sinto sua falta também, sabia?

– Eu sei.

– Sabe?

– Presumi.

– Vou visitar mais vezes.

Sherlock continuou em silêncio.

– Holmes, o que você quer que eu diga?

– Nada, absolutamente nada. Por isso eu disse que não tínhamos que discutir isso. – Sherlock disse. – Porque não tem diferença. Você escolheu a Mary. Você não vai voltar a morar aqui.

– É disso que isso se trata? Você acha que eu escolhi a Mary?

– Obviamente que escolheu.

– Você é meu amigo. Ela é minha esposa. Não escolhi nada. – John pensou por um momento, e de repente a ficha caiu. – Você quer dizer que... Holmes, você tem sentimentos por mim?

– Oh, Watson... – ele desviou o olhar. – Não seja estúpido.

– Mas você tem, não tem? Você deve ter, é a única explicação.

– De novo, se eu tivesse, faria diferença?

– Claro que faria! – disse John. – Eu ainda estaria aqui, e não teria me casado com a Mary se soubesse.

Sherlock o olhou confuso. – Mas Watson, você mesmo disse... Eu sou seu amigo. Ela é sua esposa. Como o fato de eu estar apaixonado por você, mudaria algo?

– Você está então?

– Um pouco, talvez.

– Um pouco?

– Imensamente, de um jeito que não sou capaz de colocar em palavras.

John suspirou. – Ah, Holmes... Sherlock. Você é mesmo tão estúpido? Teria diferença pelo simples fato de eu sempre ter sido apaixonado por você.

– Você quer dizer que... – Sherlock não conseguiu terminar. Ficou encarando seu amigo, piscando repetidamente, em choque.

– Sim. – ele se aproximou, e sussurrou antes de beijá-lo. – Eu te amo, Sherlock Holmes.

O bigode fazia cócegas. Sherlock não tinha muita experiência com isso, então foi meio desajeitado. Mas John não se importou. Nenhum deles se importou. Foi calmo, sem pressa, e os lábios de Watson eram quentes e macios contra os seus. Foi como precisava ser, como ambos precisavam que fosse.

– Podemos tentar de novo, Watson? – Sherlock perguntou

Ele riu. – Sim, se você me chamar pelo primeiro nome. Eu acho que nós somos, e sempre fomos bem íntimos a esse ponto.

– Você está certo, John. Sempre está, e é irritante.

E esse era o universo que eles terminavam juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu acho que eu amo os dois mais ainda na época vitoriana. Não sei.. Ah, mas tem como escolher?Bem, eu adoraria saber o que vocês acharam. Então, se acharem que eu mereço, digam aí embaixo. Tenho certeza que não levará mais do que cinco minutos.Beijos (e muito johnlock pra vocês)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Maybe in Another Universe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.