Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 36
A viagem dos pais


Notas iniciais do capítulo

Reta final da Fic



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Um mês já havia se passado do aniversário de Isabelle e do beijo no salão. Cris e Belle não voltaram a tocar no assunto, porém, os olhares mais atentos perceberiam o jeito carinhoso com que passaram a se tratar.

Certa manhã, durante o desejum, Sam falou ao marido:

— Carly e Gibby estão indo para Itália, por uma semana, e nos convidou para irmos também.

— Sam, você sabe que é complicado para nós.

— Complicado por que, nerd?

— Você tem o restaurante, eu tenho a empresa e nós temos filhos. Tá bom pra você?

— Eu e Gibby vamos fechar o restaurante e dar férias coletivas. Você tem férias para tirar na empresa, até acumuladas e nossos filhos não são mais crianças.

Nick manifestou-se:

— Vamos ficar sozinhos? Eba!

Sam foi rápida:

— Também não é para tanto. Eu não deixaria três adolescentes sozinhos em casa. Quando voltássemos o apartamento estaria destruído de tanta festa. Posso falar com meu pai e você fala com a sua mãe, Freddonho, pedimos para eles supervisionarem nossos filhos na sua ausência.

— Minha mãe já cuida deles, mas não sei se vai gostar de ficar com eles em período integral durante uma semana – rebateu Freddie.

— Tenho certeza de que dessa vez Nick não vai colocar fogo no apartamento dela, até porque ele já tem 14 anos. Além disso, Isabelle é mais velha e responsável, pode cuidar dos irmãos aqui mesmo, basta que meu pai e sua mãe venham de vez em quando para ver se está tudo bem – propôs Sam.

— Não estou certo de que minha mãe vai aceitar, mas posso falar com ela.

— E se ela concordar, você pega férias e vamos à viagem! Estamos precisando de uma viagem de casais para aliviar um pouco a cabeça da rotina diária. Vai ser bom para todos, você vai ver, nerd.

— Espero.

Freddie falou com a mãe no dia seguinte e Marissa concordou em passar essa semana no apartamento 13-B, cuidando dos netos. Charles disse à Sam que estaria a postos para que os netos precisassem e que faria visitas diárias a eles, sempre que saísse do colégio onde ainda atuava como Diretor.

Naquela noite, durante o jantar, Sam disse à filha:

— Belinha, depois do jantar, vá ao apartamento da sua madrinha, ela quer te pedir um favor, se for possível.

— O que é?

— Ela me falou, mas é melhor que ela mesma te diga. Conversa direitinho com ela.

— Está bem.

Isabelle foi conversar com Carly. Sentadas no sofá da sala, na companhia de Cris, Gibby e Sophie, foi direta:

— Você sabe que vamos viajar com seus pais para a Itália durante uma semana, né?

— Sim, claro.

— Ocorre que o Cris foi aprovado na primeira seleção para o Instituto Naval, porém, para entrar, tem que passar na próxima seleção, que será em breve. Assim, ele terá que focar muito no estudo para conseguir a vaga e cuidar da Sophie poderia atrapalhá-lo...

— Então, posso cuidar da Sophie nesse período – ofereceu-se Isabelle.

— Era isso mesmo que eu e Gibby iríamos te pedir.

— Faço isso com o maior prazer, eu adoro a Sophie, vamos nos divertir muito nesses dias, não é mesmo bonequinha?

Sophie correu para se sentar no colo de Isabelle e concordou com a cabeça.

Carly comentou:

— Ela te adora e vou sossegada sabendo que ela estará com você.

Cris se manifestou:

— Também agradeço pela compreensão e pela ajuda, Belinha. Vou passar os próximos dias sem vida social, morando no meu quarto, praticamente – rindo.

— Eu compreendo totalmente e te desejo sucesso, Cris. No que precisar de mim, pode contar comigo.

Os dois trocaram um sorriso.

Os dias passaram e chegou a data esperada para a viagem de Seddie e Cibby.

No aeroporto, Sam e Freddie enchiam Isabelle, Nick e Eddie de recomendações, bem como à Marissa e Charles, que acompanhavam os netos.

Da mesma forma, Carly e Gibby enchiam os filhos Cris e Sophie de avisos.

O vôo dos dois casais foi anunciado e eles teriam que entrar na sala de embarque. Despediram-se dos filhos com beijos e abraços e foram.

Os que ficaram, voltaram ao Bushwell, chegando lá, Cris despediu-se de Sophie na portaria:

— Agora você vai com a Belinha, maninha. Mas, o mano estará no apartamento estudando, em caso de urgência, sabe onde me encontrar.

— Sentir saudade é caso de urgência, mano? – indagou Sophie.

— Infelizmente não, querida. Mas, vamos nos ver, ainda que brevemente, todos os dias, está bem assim?

— Está – concordou Sophie, abraçando o irmão pela cintura.

Cris pegou a pequena no colo e a cobriu de beijos na face, colocando-a no chão e dizendo:

— Agora vai com a Belinha, irmãzinha – acariciando os cabelos da menina enquanto ela se dirigia à Isabelle.

— Mais uma vez obrigado por cuidar dela, Belle. Obrigado também à Dona Marissa e ao Sr. Charler – agradeceu Cris.

— Ela ficará muito bem cuidada, rapaz, não se preocupe – adiantou-se Marissa.

Foram todos para o apartamento 13-B enquanto Cris desceu no oitavo andar.

Os primeiros cinco dias transcorreram normalmente, numa rotina calma, porém, muito organizada, imposta por Marissa.

No sexto dia, Isabelle acordou com os gritos de Marissa. Levantou-se correndo e viu o que tinha assustado a avó. Eddie estava desmaiado no banheiro, depois de vomitar muito.

Nick e Sophie também acordaram assustados e correram para lá, chocando-se com a cena.

— Traz vinagre, Belinha! Rápido! – determinou a avó, nervosa.

Isabelle correu para a cozinha e pegou o vinagre, entregando a avó, que colocou sob as narinas de Eddie, fazendo-o voltar a si, para alivio de todos.

— O que sente? – perguntou Marissa, nervosa.

— Tô tonto e enjoado – respondeu Eddie.

— Você passou mal a noite inteira?

— Sim, tive muita dor de barriga e vomitei muito, até perder as forças.

— O que você comeu?

Nick respondeu por Eddie:

— Ele comeu um monte de coisas com lactose escondido.

— Isso era um segredo nosso – reclamou Eddie ao irmão.

— Cara, eu não quero que você morra se entupindo de besteira. Apesar de você ser a minha cópia andando por aí, eu te amo, mano – confessou Nick.

— Na verdade, você é minha cópia, já que eu nasci primeiro, mas também te amo.

Marissa pediu o celular à Isabelle e chamou Charles, pouco tempo depois, o avô chegou e decidiram levar Eddie ao hospital, Nick acompanhou.

Isabelle ficou cuidando a assustada Sophie, que fazia perguntas:

— O que aconteceu com o seu irmão?

— Ele tem um problema de saúde, que se chama intolerância à lactose, desde bebê, então, quando ele come alguma coisa que tem leite, passa muito mal. Dessa vez, ele comeu muita coisa com leite e passou muito mal.

— Eu adoro leite, seria muito difícil não poder tomar. Coitadinho do seu irmão.

— Tem coisas piores na vida, o Eddie já tem 14 anos e passou a vida sabendo que tem que tomar cuidado com a dieta, deu bobeira depois de crescido, agora vai ter que arcar com as conseqüências, de qualquer forma, estou preocupada com ele, espero que meus avós mandem notícias logo.

Marissa entrou em contato e informou que Eddie ficaria sob observação no hospital durante todo o dia, até o dia seguinte, tomando soro e fazendo exames.

Isabelle passou o dia entretendo Sophie com desenhos na televisão e no papel, brincadeiras e passeio na pracinha. Já passava das 8h da noite e Sophie não aparentava nenhum sinal de sono, estava agitada, então a mais velha questionou:

— Sophie, o que você tem? Nos divertimos tanto o dia inteiro, porque não começa a se acalmar para dormir?

— Eu não posso dormir sem dar um beijo de boa noite no mano. Eu não o vi hoje o dia inteiro – queixou-se.

— É mesmo, ele não apareceu por aqui. Ou será que apareceu quando fomos à pracinha? Eu estava tão preocupada com Eddie que nem me lembrei da visita diária do Cris.

— Me leva lá agora? Por favor!

— Não podemos perturbar o estudo do seu irmão, mas vou mandar uma mensagem pra ele, se ele estiver de boa, vamos lá.

Assim Isabelle fez, mas os minutos foram passando e Sophie começou a chorar:

— Eu quero ver o meu irmão, vamos lá, por favor, por favor...

— Está bem, mas para de chorar. De certo ele não está com o celular perto, vamos tocar a campainha.

As duas pegaram o elevador, Isabelle segurando Sophie pela mão e foram tocar a campainha de Cris.

Tocaram uma vez, sem resposta, tocaram a segunda e nada. Isabelle começou a ficar preocupada:

— Será que o seu irmão saiu ou tá desmaiado aí dentro.

Sophie também ficou assustada e começou a bater na porta gritando e chorando:

— Mano, abre!

Isabelle tocou a campainha mais uma vez e Cris finalmente abriu. Ela ficou boba com a visão que teve. O rapaz cobria-se apenas com uma tolha na cintura.


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