Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 13
Noche caliente en Aruba




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Assim que desceram em Aruba, todos os adolescentes da embarcação ficaram encantados, era a imagem do próprio Paraíso tropical.

O navio ficaria atracado no porto e eles teriam o dia livre para se divertir na praia.

O quarteto ICarly pegou um bom lugar na areia para estender as cangas. Os meninos tiraram as camisetas, já com short de banho. Ambos ainda eram franzinos e até se sentiram constrangidos perto dos mais velhos, com abdômen muito mais sarado e com muitos músculos em exibição. Tantos que Alison e Isabelle não conseguiam desviar o olhar quando tais rapazes passavam por perto.

— Tenho uma nova meta para quando voltar a Seatlle – disse Cris para Richard.

— Qual? – perguntou Rick.

— Começar a malhar.

— Eu também.

A conversa dos garotos interrompeu-se quando ambos viram Isabelle e Alison tirarem os vestidos e ficarem só de biquíni. Até então, as meninas não tinham ido nem à piscina do navio, por preferirem os jogos e gincanas que aconteciam durante as tardes.

 As meninas, sem dúvida, já haviam desenvolvido os corpos muito mais que os meninos, esbanjando boa forma de mulheres que desabrocham a olhos vistos.

Isabelle havia puxado as belas formas de Sam e Alison esbanjava toda a beleza da mulata, que parecia esculpida a mão.

Os meninos ficaram de boca aberta. Isabelle, percebendo o constrangimento, provocou:

— Quem quer passar protetor em mim e na Alison?

— Não vai dar, estou precisando de um banho frio – disse Cris, correndo para o mar.

— Eu também – concordou Rick, seguindo o amigo.

As duas meninas riram muito, Alison comentou:

— Garotos são tão bobos.

— Demais! – concordou Isabelle, abrindo o protetor para passar nas costas da amiga.

Na sequência, foi a vez de Alison ajudar Isabelle com o protetor.

Pouco depois, todos já tinham esquecido o ocorrido e brincavam juntos na água. Uma guerra de água se instalou, meninos contra meninas.

Já estavam há alguns dias na praia e Isabelle estava muito satisfeita com o seu bronzeado. Pediu a Alison para tirar uma foto a fim de mandar aos pais.

Sam e Freddie receberam a foto nos seus celulares, admiraram a cria e encheram-se de saudade.

Chegou a última noite com o navio atracado no mar do Caribe, em breve iriam tomar a viagem de volta para os EUA.

Como em todas as noites, os jovens se reuniam no salão principal, após o jantar, onde cantavam e entabulavam uma conversa em grupo sobre suas impressões do lugar, pouco antes de os instrutores exporem a fauna, flora, histórias e lendas da região. Depois disso, todos se recolhiam, com os inspetores encaminhando meninas e meninas para seus alojamentos em lados opostos.

Isabelle e Alison já se preparavam para dormir quando ouviram leves batidas na porta.

— Eu não vou abrir, deve ser um bandido – falou Alison assustada, entrando em baixo das cobertas na cama.

— Deixa de ser boba Alison. Eu abro – disse Isabelle, encaminhando-se à porta e abrindo-a.

Eram 2 garotas que conheciam de vista do navio.

— Tão a fim de dar um role na noite caribenha? – perguntou a morena clara.

— Nada a ver ir embora do Paraíso tropical sem conhecer a famosa noitada – encorajou a menina de cabelos loiros escuros.

Alison levantou-se e foi até a porta:

— Agradecemos o convite, mas não achamos uma boa ideia. Vamos ser punidas se descobrirem que saímos do navio a noite.

— Tua amiga é bem careta! Você vem loira? – perguntou a morena clara para Isabelle.

Isabelle ficou em dúvida, mas respondeu no impulso:

— Vou sim! Só Deus sabe quando terei a chance de conhecer a noite caribenha caso desperdice essa oportunidade.

Alison segurou a amiga pelo braço:

— Não pode fazer isso, Belinha. Somos menores, podemos ser apreendidas além do castigo dos instrutores do navio.

— A festa é na praia, ninguém pede documento – falou a menina de cabelos loiros escuros.

— Viu só? Eu vou! – disse Isabelle, puxando o braço que era segurado por Alison – Se você quer ficar dormindo, problema seu, eu vou me divertir!

— Então eu vou com você, não posso deixar minha melhor amiga sozinha quando está prestes a fazer uma bobagem – falou Alison, resignada.

— Isso mesmo! Para que serve uma melhor amiga senão para fazermos bobagens em boa companhia – concluiu Isabelle, tomando Alison pelo braço e saindo junto com as outras duas meninas que se apresentaram como Britney e Ella.

Quando chegaram à praia, onde corria uma festa com música caribenha alta e bebida solta, onde muitos dançavam sob a luz do luar, Alison e Isabelle avistaram Richard e Cristopher que já estavam alegres, na companhia de outros rapazes, que riam e falavam alto, todos com copos de bebidas nas mãos.

Ao avistarem as meninas, Cris e Rick se aproximaram, contentes, expondo que estavam felizes por vê-las na festa. Foram acompanhados por outros rapazes, que ofereceram bebidas às meninas. Britney, Ella e Isabelle aceitaram os drinks. Mas, Alison recusou.

— Qual é gatinha? – questionou um dos rapazes a Alison – É um drink fraquinho, com frutas tropicais, nem dá para sentir o gosto do álcool. Você não vai ficar bêbada se tomar um só. Vai te deixar só mais solta para curtir a festa. Tô te sentindo tensa, vai te dar um relax.

— Pega logo, Ali! – pediu Isabelle – Toma um gole, se não gostar, deixa num canto.

Alison atendeu ao pedido da amiga, mas ao dar o primeiro gole, gostou da bebida doce.

Não demorou muito para todos estarem dançando, muito alegres, já no segundo ou terceiro drink.

Casais se beijando começaram a surgir, embriagados pela bebida doce e pelo ritmo caliente.

Alison já havia deixado o juízo para trás há muito tempo e se requebrava no ritmo da música, sob os olhares atentos de Richard, que nunca havia reparado o quanto a amiga era sensual.

Isabelle sentia-se tonta. Pelas suas contas, não passara de 3 drinks, mas tudo já girava. Não era acostumada a beber e a bebida doce engana e sobe rápido.

Cris percebeu o mal-estar da amiga, que fora se sentar num canto na areia e foi atrás.

— Está passando mal, Belinha? Quer que eu te leve de volta para o navio?

— Eu só estou um pouco tonta. Olha só, você tá todo embaçado, dá pra ver até dois de você – disse a menina, rindo.

— Melhor você parar de beber – disse Cris, tirando o drink da mão da amiga.

— Não é para tanto, eu consigo ficar em pé e fazer o 4, quer ver?

Isabelle se levantou, mas quando tentou tirar uma das pernas do chão a fim de fazer o 4, caiu sobre Cris, que a segurou a tempo.

— Cris, meu herói! – falou ela, enlaçando o pescoço dele e beijando-o ardentemente em seguida.

A língua da moça já pedia passagem na boca de Cris, que abriu a boca permitindo a passagem, intensificando o beijo na sequência, com movimentos circulares na língua dela, por vezes parando para sugar seus lábios, como se quisesse devorá-la.

Cris sentia o corpo quente, não sabia se pelo calor da ilha caribenha, se pelos drinks ou se pela excitação de ter sua amada junto de si. Ele saboreava o gosto daquela boca que imaginou nunca mais poder beijar, ao mesmo tempo que sentia o calor do corpo dela encostado ao seu, deslizando as mãos pela cintura, quadris e costas de Isabelle, atrevendo-se a tocar-lhe nas nádegas e coxas, enquanto ela acariciava o pescoço do moreno, subindo para os cabelos e descendo, fazendo-o se arrepiar, descendo para apertões nos braços dele e leves carícias nas costas.

Alison e Richard pararam de dançar e olharam, surpresos para a cena quente entre Isabelle e Cris.

— Alguém tem um extintor de incêndio? – perguntou Alison, alto.

Isabelle e Cris cessaram o beijo por um momento, sem se soltar, olharam para a amiga, riram, respiraram e voltaram aos beijos.

Alison e Rick também começaram a rir na sequência.

Richard falou:

— Sorte a deles, beijar é tão bom!!

— Você não é muito de beijar, né Rick? – indagou Alison.

— Não sou BV.

— Eu sei. Mas, você só beijou a Belinha.

— Tem razão, estou precisando diversificar, ficar mais experiente. Ouvi dizer que você beija bem. Quer me ensinar?

— O que me custa? Depois de ver a Belinha e o Cris também estou com vontade de beijar – disse Alison praticamente saltando sobre Rick para iniciar um beijo de língua, que foi prontamente retribuído com entusiasmo pelo garoto.

Não demorou para que os amassos e as mãos bobas também rolassem entre Alison e Rick.

O dia estava raiando, Isabelle e Alison acordaram desorientadas, mas em segurança, nas suas respectivas camas a bordo do navio. Perguntaram-se por um momento se tudo não havia passado de um sonho. Contudo, a cabeça de ambas doía e o estômago estava embrulhado, indicado uma grande ressaca.

Ao se sentarem nas camas, sem conseguir abrir direito os olhos em virtude da luz que lhes perturbava a vista, viram um vulto de mulher e ouviram a frase de uma voz firme e contrariada:

— Finalmente as Belas Adormecidas acordaram depois de toda a zorra que fizeram ontem a noite!

Alison e Isabelle consguiram abrir os olhos e viram a inspetora responsável pelo grupo do qual faziam parte parada e com expressão de grande irritação.

— Eu não me lembro direito de ontem, senhora Clark – falou Isabelle.

— Como poderia? Beberam até cair! Encontramos os 4: Isabelle, Alison, Cristopher e Richard dormindo sentados na areia, encostados uns nos outros. Depois que duas meninas vieram nos avisar com medo de que tivessem entrado em coma alcoólico – explicou a instrutora.

— Não bebemos a esse ponto. Somos fracos para bebida, não estamos acostumados, deu sono – justificou Alison.

— Quer dizer que se lembram do que houve ontem? – perguntou a instrutora.

— Mais ou menos. Algumas partes sim, outras não, parece um borrão – tentou explicar Alison, sem saber direito.

— Estão de castigo, os 4! O instrutor dos meninos está falando com eles nesse momento. Vão passar o resto da viagem na cabine, saindo apenas para refeições e palestras, a parte da diversão está cortada para as senhoritas. Seus pais serão informados do ocorrido assim que chegarmos em terra. Uma instrutora será designada especialmente para ficar de olho nas senhoritas. Entendido?

— Entendido – responderam Alison e Isabelle abaixando a cabeça, resignadas e envergonhadas.

A instrutora saiu e Alison falou:

— Meus pais vão me colocar em castigo eterno – em tom de lamento.

— Os meus vão surtar e depois também devem me arrumar um bom castigo. Mais um! Só falta minha mãe dispensar o cozinheiro-chefe do restaurante e me colocar para trabalhar 12h por dia no lugar dele. Da próxima vez eu te escuto! Você tem mais juízo que eu. Aliás, eu não tenho nenhum – lamentou Isabelle.

— Eu também não tenho tanto juízo assim, tanto que fui na sua onda.

— Você é minha melhor amiga e jamais me abandonaria, a culpa foi minha. Desculpa.

— Não. Eu fiz por que quis. Somos ambas culpadas. O pior é que eu acho que beijei o Richard de língua. Como vou olhar para cara dele agora? Nunca tinha rolado nem um clima entre nós, éramos só bons amigos. De repente, demos o maior amasso.

Com a confissão de Alison, Isabelle teve um flash da noite anterior. Viu-se beijando Cris de forma caliente, lembrou-se dos amassos, das mãos bobas e de estar rolando na areia com Cris em cima de si. Ela empalideceu e soltou um grito de:

— Ai meu Deus!!!


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