Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 1
High Scholl


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Eu voltei! Nas férias, tive vontade de retomar a história Seddie, recomeçando mais ou menos de onde parei na primeira temporada. Escrevi na empolgação, espero que gostem. Se tiver pouco retorno dos leitores vou entender que a história está ruim, então, não irei prosseguir.



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Naquela manhã de uma segunda-feira nublada em Seattle, como tantas outras, Isabelle acordou cedo. Na verdade, mal tinha conseguido dormir direito a noite toda de tanta ansiedade. Seria o primeiro dia de aula no ensino médio. Além disso, seria o dia do reencontro com Cris depois de 2 meses.

Carly e Gibby resolveram viajar com os filhos pela Europa nesse período. Depois de tantos anos afastados, tendo em vista a perda de memória de Gibby e a ideia de Carly de que ele estivesse morto, resolveram passar um tempo juntos conhecendo e curtindo lugares novos.

Eram as férias de inverno e Isabelle passou esses meses no mais absoluto tédio. Não gostava do frio e da chuva. Alison também havia viajado com os pais, bem como Richard, que havia ido visitar Jade e Beck na África. Restou à menina a companhia dos pais e dos irmãos. Porém, Sam e Freddie não pararam de trabalhar, enquanto Eddie e Nick raramente incluíam a irmã nas brincadeiras típicas de garotos de 10 anos.

Isabelle já estava na cozinha, preparando o café, quando Sam e Freddie chegaram ao local cambaleantes de sono.

— Freddonho, eu acho que ainda estou dormindo. A Belinha preparando o café da manhã e acordada a essa hora?

— Então acho que estamos tendo o mesmo sonho amor – respondeu Freddie, rindo.

— Deu carrapato na sua cama? Vou ter que chamar sua avó pra fazer uma limpeza? - indagou Sam à filha.

— Não mãe, só perdi o sono... fiquei ansiosa – explicou Isabelle – Quer bacon?

— Que pergunta retórica menina – respondeu Sam, empolgada ao sentir o cheiro do bacon.

— O que houve princesa? Está ansiosa com o ensino médio? - perguntou Freddie.

— Acho que sim.

— O ensino médio é como todo o resto da escola: um saco – falou Sam, enquanto colocava um grande pedaço de bacon na boca.

— Não é bem assim – discordou Freddie – O ensino médio é muito legal Belinha. Terá mais atividades, mais aulas, mais festas, sem contar que é a reta final. Mais alguns anos e você se despedirá de nós e partirá para uma universidade há quilômetros de distância daqui – constatou Freddie com um semblante triste.

— Deixa a choradeira pra daqui a alguns anos Freddonho – alertou Sam.

Assim que terminou seu café da manhã, Isabelle pediu a Freddie que a levasse para Ridgeway. Poucos alunos haviam chegado e a menina foi para perto dos armários a espera de seus amigos, estava com saudade.

A ansiedade tomava conta da menina, não sabia como seria reencontrar Cris. Desde a conversa na saída de incêndio, Cris nunca mais havia tocado no assunto de namoro. As brigas constantes dos dois haviam diminuído. Não conseguiam mais discutir como antes, porque até mesmo olhar um para o outro por muito tempo tornava-se constrangedor. Assim, muitas vezes se evitavam de forma não intencional. Ambos estavam desconfortáveis com a situação e não sabiam como agir. Não poderiam voltar a viver como cão e gato depois de tudo, mas também não se sentiam prontos para viverem como namorados.

— Oi Belinha!

O cumprimento fez a loirinha dar um pulo de susto.

Alison começou a rir:

— Você já foi menos medrosa amiga.

— Tem razão. Pareço uma tonta. Tava distraída com meus pensamentos.

— Algo me diz que esses seus pensamentos tem nome, sobrenome e é moreno – zombou Alison.

— Deixa de ser chata, nada a ver.

— Assim parece que nem sentiu a minha falta nesses meses.

Isabelle abraçou Alison forte, dizendo:

— Detesto essa sua mania de me abandonar nas férias.

— Por mim eu ficava por aqui, mas meus pais têm compulsão por viagens. Daqui a menos de 4 anos teremos 18 anos e então viajaremos juntas pelo mundo.

— Seria incrível!

— Olá meninas! - cumprimentou Cris, fazendo o coração de Isabelle disparar ao ouvir a sua voz.

— Oi Cris – cumprimentou Isabelle, constrangida, fitando o chão.

— E aí Cristopher? - cumprimentou Alison, batendo na mão do garoto em cumprimento – Como foi a viagem pra Europa?

— Foi demais! Eu queria que o tempo não passasse. Foi muito bom poder estar com minha mãe, meu pai e minhas irmãs conhecendo um continente inteiro!

— Poderia ter ficado por lá – provocou Isabelle, não tanto por querer incomodar o amigo, mas sentindo-se incomodada pela afirmação dele de que não queria que o tempo passasse, afinal, denota que não estava tão ansioso quanto ela pelo reencontro.

— Poderia, mas eu não queria. Como eu poderia ser completamente feliz sem as minhas amigas queridas – passando os braços em volta dos ombros de Isabelle e de Alison.

Isabelle empurrou o braço de Cris e saiu furiosa, pensando: “amiga?!”.

— A loirinha já começou o ano atacada – observou Cris para Alison, rindo, enquanto corria atrás de Isabelle – Belinha, espera. Tanto mau-humor é por causa do Richard?

— O que tem o Richard? - perguntou Isabelle, interessada.

— Ele não volta pra Seattle.

— O que? Por que? - indagou a loira nervosa.

— Os pais dele vão voltar para Los Angeles e levar os filhos junto. Não tem mais motivo pra ele ficar em Seattle com a avó.

— Mas ele disse que o filme ia demorar pra ser gravado, talvez mais um ano.

— A mãe dele não suporta mais ficar na África, parece até que andou pegando uma doença de mosquito. Então o pai dele resolveu dar um tempo nas gravações, até cogita voltar sozinho depois.

— Por que ele não me contou?

— Vai ver ele mesmo não sabia. Nós encontramos ele e os pais dele no aeroporto, quando retornávamos a Seattle. Rick parecia bastante triste e a mãe dele contou isso pra minha mãe.

— Richard é um idiota irresponsável! - esbravejou Isabelle – Como vai ficar o Icarly agora?

— Calma Belinha, nós damos um jeito, não é o fim.

— Eu posso ajudar. Belinha, as coisas na vida mudam às vezes – falou Alison.

— É... muitas mudanças nesse ano – constatou Isabelle num misto de tristeza e irritação.

O sinal bateu. Isabelle disse:

— Vamos logo pra sala – fazendo menção de começar a subir as escadas.

— Calma Belinha – disse Alison – Temos que ver onde é a sala de cada um. Agora temos que nos deslocar para a sala do professor da matéria e nem sempre vai coincidir de fazermos matérias juntos.

— É mesmo, eu tinha me esquecido desse pequeno grande detalhe.

Os três pegaram seus horários nas mochilas.

— Sala 302, aula de física – leu Isabelle.

— Sala 404, aula de matemática – leu Cris.

— Sala 101, aula de inglês – leu Alison.

— Então é isso pessoal, hasta la vista – disse Isabelle, desanimada, subindo as escadas.

Durante a aula de física, Isabelle divagava. Tudo era tão mais fácil antes quando ainda estudava na mesma turma que seus amigos. Antes, Cris ainda corria atrás dela e não a chamava de amiga, sem contar que era divertido atirar aviãozinho de papel na cabeça dele; ainda podia se divertir flertando com Richard nos intervalos e cochichar com Alison no meios das aulas chatas. Agora, tudo havia mudado e ela não estava certa se iria gostar dessa nova vida.

O professor chamou a atenção dela:

— Senhorita Benson, pode me dizer o que é calor específico?

Isabelle foi tomada por surpresa, uma vez que arrancada de seus pensamentos, e o professor riu vitorioso:

— Não sabe, não é mesmo? Não ouviu nada de todo o meu discurso aqui na frente. Já começou muito mal, senhorita Benson.

— Eu sei o que é calor específico – disse Isabelle, segura de si, embora realmente não tivesse ouvido o discurso do professor.

— Ah é mesmo? Então divida comigo e com a turma.

— Calor específico é uma grandeza física intensiva que define a variação térmica de determinada substância ao receber determinada quantidade de calor. Também é chamado de capacidade térmica mássica. A unidade no SI é joule por quilograma e por kelvin. Uma unidade usual bastante utilizada para calores específicos é caloria por grama e por grau celsius.

Diante da fala de Isabelle, a turma se calou. Todos olhavam admirados para ela, inclusive o professor.

O mestre, bastante orgulhoso, continuou a aula como se nada tivesse acontecido.

Na hora do intervalo, Isabelle recolhia seu material para mudar de sala quando um garoto loiro se aproximou:

— E aí nerd? Topa um cinema sábado a noite?

— Eu te conheço? - perguntou Isabelle com cara de tédio.

— Prazer, Marcus. Sou novo aqui. Vai fazer doce? Tô pagando o maior mico aqui chamando a rainha dos nerds pra sair.

Grégory aproximou-se e disse para o novo colega:

— Corre enquanto há tempo.

— O que essa nerd vai fazer? - perguntou Marcus rindo – Aceita logo garota. Sua sorte é que é bonitinha, se fosse daquelas com óculos de fundo de garrafa nunca teria um encontro na vida.

— A resposa é não.

— O que?

— Quer que eu soletre ou escreva no quadro?

— Qual é? Tô te fazendo um favor – segurando o braço de Isabelle.

— Solta o meu braço agora ou...

— Ou o quê? Vai me ensinar logarítimo?

— Não, vou fazer coisa melhor.

Isabelle apertou o pulso de Marcus fazendo-o soltar o braço dela, então, com as duas mãos voou o garoto em cima de uma das mesas, quebrando-a. Nesse momento, Senhorita Briggs entrava na sala:

— Sempre a filhote da Puckett arrumando confusão. Para a Diretoria! Já!

Isabelle obedeceu, sabendo que seria inútil retrucar.

Quando a loirinha chegou em casa, no final da tarde, Sam e Freddie assistiam televisão na companhia de Eddie e Nick, que contavam animados o primeiro dia de aula na 5ª série.

— Princesa, junte-se a nós – chamou Freddie – Conte-nos como foi o seu primeiro dia de aula no ensino médio.

— Como é a vida de garota crescida? - perguntou Sam.

— Uma droga! Eu queria voltar pro ensino fundamental – disse Isabelle, irritada, atirando a mochila longe.

— O que aconteceu? - indagou Freddie.

— Fui suspensa! - contou Isabelle, irritada, caminhando com passos firmes para o seu quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí?