Cidade das Sombras escrita por Cris Herondale Cipriano


Capítulo 13
Esperança!


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaaa
Boa leitura!!!



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Londres - 1878.

Clary andava de um lado para o outro em frente a porta da enfermaria, estava desesperada, ainda podia ouvir os gritos de Jace, mas estes eram mais fracos agora, ela queria estar lá, segurar sua mão, mas Magnus havia expulsado todos de lá, só Jem havia ficado, para todos os efeitos ele estava " se recuperando ". 

Clary não queria sair, mas Magnus foi categórico, Jem havia pegado em sua mão e dito que cuidaria de Jace, aquilo a tranquilizou um pouco, mas mesmo assim estava angustiada e as lagrimas teimavam em cair, a ultima vez que Jace gritou assim foi quando ela o golpeou com a espada de Raziel, mas agora ali estava o menino com tanta dor que seus gritos foram ouvidos por todo o instituto. 

Olhou para o lado e ali viu Alec encostado na parede, o caçador parecia inconsolável, era como se sentisse a mesma dor que Jace, seus olhos estavam sem vida e ela podia jurar que só estava encostado na parede para não cair no chão. Ele estava sofrendo tanto quanto ela, Jace era importante demais para ambos e vê-lo naquela situação sem que pudessem fazer nada era angustiante demais. 

Mais a frente viu Isabelle sentada no chão chorando baixinho, Simon afagava o cabelo da garota numa tentativa falha de consola-la. Todos no instituto ouviram os gritos de Jace e pareciam angustiados. 

Até Will parecia preocupado, girava sua estela entre os dedos, quem olhasse parecia que o garoto estava entediado, mas com tanto tempo de pratica com um Herondale, Clary podia ver em seus olhos preocupação.  

Tessa e Charlotte estavam lado a lado com os braços abraçando os próprios corpos, pareciam angustiadas também. Clary sentiu um sensação reconfortante, aquelas pessoas nem os conheciam direito, mas mesmo assim se preocupavam com eles.

                                                       * * * 

Jem estava segurando as mão de Jace como fazia com Will, o loiro não parava de gritar e parecia estar se acabando em fogo, sua pele estava queimando a mão de Jem, mas este não a soltava, havia prometido a Clary que cuidaria do loiro e também não podia deixar um parente de Will na mão.

O garoto finalmente havia parado de gritar, mas ainda respirava com dificuldades, sua pele ainda queimava mas ele parecia não ter forças para mais nada, nem gritar.

— Magnus, ele está desistindo não é? Não suporta mais! - Disse Jem olhando para o bruxo preocupado.

Magnus também não sabia o que fazer, usara todo tipo de feitiço para tentar amenizar o sofrimento do rapaz, mas nada surtia efeito.

— James, chame aqui o parabatai dele, se tem alguém que pode dar forças a ele nesse momento é o seu parabatai.

Jem saiu apressado e abriu a porta com força, sete rostos preocupados viraram para ele. Ignorando-os o garoto se focou em Alec.

— Você precisa entrar, Magnus o chamou.

Alec sem pensar duas vezes entrou na enfermaria como se estivesse sendo perseguido por demônios.

— Por que só o Alec? Eu quero estar lá com Jace! - Protestou Clary.

— Porque Alec é o parabatai dele e nós caçadores ficamos mais fortes com nossos parabatais.— Explicou Jem. 

 Clary soltou um suspiro angustiado, Jace não podia morrer! Não podia! O que seria dela sem o loiro?

Will que até então estava observando a cena em silêncio, percebeu algo que chamou sua atenção.

— O que aconteceu com sua mão James? 

Jem olhou surpreso para ele e depois para sua mão, viu o que chamara a atenção do parabatai, ela estava toda queimada, em carne viva na verdade. A sensação de queimação que sentiu ao pegar a mão de Jace não era apenas na sua cabeça, era real, Jace realmente estava queimando! 

— Acho que foi quando eu peguei a mão de Jace. - Disse surpreso.

— O que?! - Espantou-se Will.

— Jace está queimando, não é só o jeito de dizer, ele realmente está queimando! 

Will chegou perto do parabatai e pegou seu braço, analisou o ferimento e fez uma iratze no braço dele. Rapidamente a ferida começou a cicatrizar.

— Obrigado Will, mas vou voltar lá para dentro, Magnus pode estar precisando de mim.

Ao chegar lá viu  Alec sentado numa cadeira ao lado da cama de Jace segurando sua mão. Magnus folheava um livro rapidamente como se procurasse algo. Olhar para Alec ali segurando a mão de Jace e olhando tão angustiado para o parabatai partia seu coração, Alec e Will eram tão parecidos que era como se visse Will segurando sua mão quando tinha alguma crise.

— Alec, cuidado, você pode se queimar gravemente se continuar segurando a mão dele com tanta força assim. - Disse cautelosamente enquanto se aproximava do rapaz.

— Não me importo, se fizer Jace melhorar não ligo que minhas mão sejam completamente queimadas!

Nesse momento Jace teve uma crise de tosse muito forte, dos cantos da boca do rapaz podiam se ver filetes de sangue.

— Essa não! Magnus ele esta piorando! - Gritou Alec desesperado.

Magnus se aproximou correndo da cama e pressionou o peito de Jace com força, um brilho azul saia de seus dedos.

Jem no entanto não prestava atenção a nada disso, tudo o que ele via era Jace tossindo sangue. Jace tossindo sangue! Será que se . . . Não é loucura! No que estou pensando?

Mas Jace estava nas ultimas, não seria bom arriscar? Não tinham mais nada a perder afinal!

— Magnus, talvez eu tenha algo que possa acalmar Jace. - Disse Jem.

— Como?! O que seria? Diga logo James! E por que não disse antes? -  Perguntou o bruxo indignado.

— Magnus Jace acaba de tossir sangue

Uma luz de compreensão brilhou nos olhos de Magnus.

— Acha que dará certo? Acha que pode ajuda-lo?

— Não temos nada a perder não é? 

— Seja lá o que estiverem pensando, sugiro que andem rápido, Jace não tem muito tempo! - Disse Alec apressado.

                                                   * * * 

— Vou mandar minhas criaturas buscarem James Carstairs.

— Não seja tolo! Um ataque agora não seria prudente, a Clave de estar a espreita. - Retrucou a mulher.

— O que tem em mente então? 

— Descubra quando e onde será a próxima reunião da Clave, o caminho até ela será a melhor opção para convidarmos o jovem Sr. Carstairs para uma visita. 

— Bom plano, devo confessar, é exatamente isso que farei.

— Ótimo! Agora eu estou cuidando de um presentinho para a querida Clarissa Fray. - Disse com uma gargalhada assustadora.

Mortmain sentiu os pelos do corpo se arrepiarem, essa mulher era de dar medo, mas enquanto estivesse do seu lado tudo bem.

                                                        * * * 

Nova York - Dias atuais.

 Magnus estava sentado em sua cama e relia o feitiço pela quinta vez seguida, era um feitiço de comunicação, não serviria para traze-los de volta, mas talvez pudesse entrar em contato com eles.

Qualquer noticia era melhor que nada! O feitiço era complicado e exigia muita concentração e energia, precisaria também de algum objeto importante para Alec, assim poderia encontrar o garoto em qualquer lugar ou época. Poderia fazer contato, saber se vestavam bem, se corriam algum perigo eminente, porque só depois que se tranquilizasse quanto a situação de Alec e dos outros poderia se concentrar em tira-los de lá.

Pensou por um momento das coisas que Alec gostava e lembrou do cachecol vermelho que havia dado a ele de presente, Alec o havia adorado, afinal fora o primeiro presente que havia ganho do namorado.

Correu até o guarda-roupa e sem esforço achou o que procurava, Alec sempre fora metodicamente organizado, algo que invejava o bruxo, pois sua parte do guarda-roupa era uma confusão danada.

O bruxo foi atras dos outros ingredientes e quando tinha tudo pronto respirou fundo e começou a se concentrar, após alguns minutos começou a recitar uma espécie de mantra, uma luz azulada começou a brilhar no espelho a sua frente. 

Magnus olhou pra o espelho com a esperança renovada, será que teria dado certo? Perguntava-se enquanto se aproximava cautelosamente do espelho.

                                                * * * 

Idris - 1878.

Josiah Wayland estava sentado em seu escritório, as coisas estavam saindo do controle, os membros do conselho estavam cada vez mais simpatizando com Charlotte e isso era um problema para ele, não queria prejudicar a moça foi amigo de seu pai e até sentia um carinho pela jovem, mas os membros do conselho achavam que estava na hora de entregar o cargo de Consul e queriam que Charlotte assumisse, como se uma frágil mulher pudesse assumir tamanha responsabilidade! Pensou amargurado.

O jeito seria convocar uma reunião com os caçadores para tratar de Mortmain, sabia que Benedict Lightwood tinha um ódio mortal por Charlotte e queria vê-la destituída do cargo de líder do instituto de Londres, queria substituí-la. Essa rixa seria bom para ele, Benedict provavelmente iria desmerecer Charlotte perante todos, colocando em duvida a capacidade da moça de assumir o cargo.

— Pagborn! Venha aqui rápido!  

— Sim Consul em que posso ajuda-lo. - Perguntou o jovem franzino. 

— Convoque uma reunião da Clave, todo caçador maior de idade deve comparecer, não quero as crianças, apenas os adultos, à exceção de Willian Herondale e James Carstairs, eles podem vir assim como a garota do submundo que está hospedada no instituto! 

— Sim Consul, mas para quando?

— Para daqui três dias!

Após a saída do rapaz Wayland sorriu, essa reunião seria interessante e ele estava convencido que levaria a melhor perante Charlotte.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que renham gostado!
Qual será a ideia do Jem?
Será que o feitiço do Magnus deu certo?
Bjsss até o próximo!!!



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