Hidden In The Forest escrita por Noel Em Fevereiro


Capítulo 3
Capítulo 3: A ladra.


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys! Espero que gostem!



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POV. PERCY

Depois de arrumar minhas coisas, fui falar com meu pai. Ele precisava saber que corriamos risco de sermos assaltados.

Fui até seu escritório, no fim do corredor, e bati na porta.

–Entre.-o ouvi dizer.

–Pai? Preciso falar com o senhor.-eu disse, enquanto fechava a porta atrás de mim.

–Diga, Percy.

–É sobre... a viagem. Jason me contou que há assaltos frequentes em certo ponto do caminho da Grande Floresta.

Ele ergueu os olhos do pergaminho que estava lendo e me fitou por um momento. Isso me deu tempo para observar o quanto ele era parecido comigo. Seus olhos eram do mesmo tom de verde que os meus. Seus cabelos também eram pretos, de forma que ele parecesse uma versão minha mais velha.

–Percy, meu filho, teremos uma escolta de guardas em volta da carruagem. Não se preocupe.-disse ele. Porém, percebi que ele não me olhava nos olhos.

–Mas e se isso não for suficiente? Silena disse que o pai dela está atrás desse bandido a meses! Nada o impede de ir até nós, nos roubar e nos matar!-respondi.

–Esse bandido não mata, Percy. Todos os relatos que as vítimas de assaltos desse bandido misterioso deram diziam que o criminoso poderia tê-los matado. Mas não mata, só rouba.

–Tudo bem. Já vou, então.- eu disse. Eu precisava me acalmar. Ficava preocupado com meu pai, e por incrível que pareça, com os guardas. Tinha medo de que acabassem todos mortos. Eu já ia me virando, quando meu pai me chamou de volta:

– Percy, espere.

–Sim?-eu disse, curioso com o que ele falaria a seguir.

–Gostaria que, caso se apaixone por alguma garota durante a viagem, desse isso a ela.-disse ele, tirando algo de sua gaveta. Era um colar. Uma corrente prateada com um pingente de coruja. Nada muito chamativo, era algo delicado. A princípio, pensei que ele quisesse que eu me apaixonasse por Rachel. Mas logo descartei a ideia, pois me lembrei de uma história que ele me contara uma vez em que estávamos sozinhos.

A muito tempo, antes de meu pai conhecer minha mãe, ele havia se apaixonado por uma duquesa chamada Atena. Seu animal favorito era a coruja. Ela, porém, terminou com ele um tempo depois. Meu pai só parou de gostar dela quando conheceu minha mãe. Mas ainda assim, ele sofreu muito quando ela morreu, mesmo que não admitisse. Se eu fosse chutar, diria que o colar era dela.

–Isso era de Atena.-ele disse como se lesse meus pensamentos.-Não quero que dê isso a Rachel. Quero que dê isso a alguém que realmente roubar seu coração.

–Pode deixar, pai.-disse eu, sorrindo, enquanto pegava o colar.

***

Assim que o sol se pôs, nós saimos.

Depois de algumas horas de silêncio, eu estava quase dormindo, mas então a carruagem parou. Como não sou nada curioso (sentiu a ironia?), fui ver o que era, e meu pai foi comigo. Deixei o colar na carruagem, pois não queria perdê-lo.

No meio da estrada estava um animal morto - um cervo – com três flechas cravadas no pescoço. Isso me preocupou. Nenhum animal morreria a flechas no meio da estrada. Caçadores costumam matar animais dentro da floresta, não na estrada. Isso era muito suspeito.

Todas as minhas dúvidas se confirmaram quando virei pra trás a tempo de ver um vulto encapuzado com uma jaqueta de couro sair correndo de perto da carruagem com um arco no ombro, uma aljava nas costas e uma corrente prateada – o colar! - em uma mão.

–É UMA ARMADILHA!!!!!! – gritei. O ladrão apertou o passo em direção a floresta. Por impulso, corri atrás dele. Ele estava com o colar. Aquilo era meu, para eu dar a alguma garota pela qual eu me apaixonasse.

– PERCY, NÃO!!!!!- meu pai gritou. Mas eu já estava na floresta. Eu corria em alta velocidade, e o ladrão ia no mesmo ritmo.

Conforme me aproximava, eu percebia que o ladrão era muito pequeno para ser um homem. Eu deveria ser um palmo mais alto que a pessoa que estava sob aquele capuz. O corpo era o de uma garota, com curvas que me faziam acreditar que aquela garota encapuzada provavelmente teria a minha idade. Percebi que a ladra usava calças, o que não é comum para uma mulher. (N/Noel: Ah, você não disse isso! Seu machista! Grrrrr!!!) (N/Percy: Quer calar a boca e me deixar continuar? Obrigado!) Ela também usava botas de couro cor de mogno, o que me fez lembrar de Thalia. Eu estava tão concentrado pensando nisso que quase não percebi que a garota mudou de direção. Eu disse quase.

Continuei correndo atrás dela. Com o vento forte e frio da floresta, o capuz foi facilmente arrancado de sua cabeça, revelando cabelos louros e encaracolados, como os de uma princesa. Eu estava ficando pra trás. Quando cheguei perto, ela mudou de direção outra vez, porém agora ela pulou e chutou a árvore mais próxima, com a intenção de ir mais rápido. A árvore balançou com seu chute. Quando passei embaixo da mesma, um galho demasiadamente grosso que já estava quase caindo se quebrou e caiu em cima de mim.

Pontos pretos se espalharam por minha visão. Uma dor lancinante se espalhou pelo meu braço esquerdo e por minhas costas. Subitamente, vi um par de botas de couro se aproximando. De alguma forma, eu sabia que era a garota. Tive medo de que ela tivesse vindo para me matar, mas então senti o galho grosso sendo removido de cima de mim.

Fui virado de barriga para cima, e as última coisa de que me lembro é de alguém pegando meu rosto nas mãos. De repente, vi um rosto bem bonito de garota, com cabelos louros e olhos cinzentos, como nuvens de tempestade. E então, tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

E então...? Comentem alguma coisa, please!



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