Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 40
Capitulo 40


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoas. Espero que gostem.
Sobre Jesus e Beth. Eles vão ganhar muitos capitulos e vamos contar a história dos dois sim. Os próximos acontecimentos vão aproxima-los e com isso vamos contando a história deles junto com a de Hannah e Daryl, nosso casal já se declarou e lutam juntos essa guerra, então cabe um novo casal e um novo romance surgindo. Adorei juntar Jesus e Beth hahahahahaah Ele é carismático.
OBRIGADA!!



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Pov – Daryl

   Denise tem nos ajudado muito, de mulher frágil e assustada é agora uma boa médica que salvou Carl e tomou para si a responsabilidade pela saúde de toda Alexandria. Talvez Tara tenha algo a ver com essa nova força interior. Ter alguém com quem compartilhar seus dias parece sempre um jeito melhor de enfrentar o apocalipse e agora sei disso.

   O que não quer dizer que estou disposto a leva-la lá fora, mesmo que ela conheça remédios, mesmo que ela saiba melhor que eu onde encontra-los como agora com esse mapa e o pedido de ir junto. Troco um longo olhar com Hannah. Assim como eu ela não quer que Denise nos acompanhe.

   ─Fui eu quem esteve nesse lugar. Eu encontro fácil e se for como acho que é vai ter muita coisa lá e vão precisar de mim. – Denise tenta nos conhecer.

   ─Denise Alexandria precisa de você. Eu e Daryl vamos de moto e voltamos em duas horas.

   ─Hannah eu preciso disso. Quero ir, estou pronta e não podem me impedir. Se não me levarem pego o mapa e vou sozinha. Convidei vocês a me acompanharem, não pedi para irem no meu lugar. – Tomo o mapa de sua mão. Ela sorri. – Sabe como a mente de um médico funciona. O tanto de coisas que conseguimos gravar? Não preciso desse mapa para chegar onde quero.

   ─Vamos. Só que você vai fazer como eu mandar. Entendeu Denise. Que inferno! – Ela sorri. De algum modo temos uma boa relação e ela está sempre disposta a relevar meus humores.

   Vamos de caminhonete. Discutindo aqui e ali sobre o quão mal eu troco marchar, evito desgaste numa discução e apenas a ignoro enquanto Hannah mantem um sorriso tranquilo.

   Um tronco de árvore tomando a estrada nos impede a passagem. Deixamos Denise segura no carro. Hannah puxa um facão enquanto eu dou uma olhada no ambiente. Um zumbi sob o tronco é descoberto por Hannah. Ele está preso e não oferece perigo, Hannah o abate com um único golpe.

   ─Vamos a pé. Não damos conta de remover o tronco. – Eu aviso e pego as mochilas. Começo a me afastar. As duas imóveis. – O que estão esperando? Vamos.

   ─Daryl, pelos trilhos ganhamos tempo. – Hannah me avisa.

   ─Não vou pelos trilhos. Nem pensar. – Ela suspira. Troca um olhar com Denise. Sabe onde esses trilhos nos levaram uma vez. Num meio sorriso se põe a caminhar ao meu lado e Denise faz o mesmo.

   Chegamos a pequena cidade morta. Nada é mais devastador do que quando chegamos a cidades e vemos nada além de destruição e silencio. A sujeira, as histórias que acidentes de transito, prédios queimados e vidraças arrebentadas contar são sempre assombrosas.

   Não tem muitos zumbis. Um e outro a surgir vindos de esquinas. Apressamos o passo até o local. Abro a porta, do lado de dentro o silencio de sempre. A porta de ferro bem fechada nos enche de esperanças.

   Quando arrombo e levanto está repleta de remédios. Sorrimos. Isso é muito bom. Denise vem catalogando tudo, organizando e decidida a um dia produzir o que for possível. Todo mundo sonha um pouco com civilização.

   Pulo para o lado de dentro junto com Hannah. Não dá tempo de ficar olhando um por um. Vamos encher as mochilas com tudo. Devido que tenha algo inútil.

   ─Posso ir escolhendo. – Denise avisa.

   ─Vamos levar tudo. – Eu e Hannah vamos enchendo as mochilas. Tem um barulho constante em algum ponto. Um zumbi preso que não me preocupa. Se não consegue sair não vou ser eu a libera-lo. Denise derruba objetos, nos assusta. Ela não leva jeito para o mundo dos mortos. É boa pessoa e não me importo de protege-la.

   Temos histórias em comum. Um passado de irmãos difíceis e isso é interessante. Nos afetou e transformou de modos diferente. Deixamos a loja. Um zumbi se aproxima. Ela ergue sua faca.

   ─Denise! – Hannah segura seu braço, sai em sua frente e o derruba. Acho que Denise não conseguiria de qualquer modo.

   Quando damos tanta sorte assim me sinto esperançoso. Encaro os trilhos e troco um olhar com Hannah.

   ─Metade do caminho, não é? – Ela afirma sorrindo. Me sinto bem com ela ao meu lado aqui fora. Não tenho mais medo de algo acontecer a ela. Hannah sabe se defender.

   Enquanto caminhos nos aproximando dos trilhos Denise quer abrir um carro por conta de um cooler. Negamos. Temos remédios e o que quer que tenha ali já deve estar tão morto e inútil quanto tudo a sua volta.

   A aparente luta de Denise e seus sons de desespero nos chegam aos ouvidos. Me viro e ela está em luta corporal com um zumbi. Corremos eu e Hannah. Que estupidez tentar pegar um maldito cooler e acabar morta.

   Quando chegamos ela parece ter dominado a situação. Grita nos impedindo de ajudar e com esforço da cabo sozinha do cabeça oca a sua frente. Depois vomita. O primeiro zumbi a gente nunca esquece. Queria gritar com ela. Sua importância na comunidade não pode ser colocada a prova assim. Ela não tem esse direito.

   ─Que merda foi essa? – Reclamo para seus olhos assustados. Volto para os trilhos. – Ideia estúpida. Idiota e desnecessária. Pretendia morrer por uma droga de lata podre de refrigerante?

   ─Não. Você não entende!

   ─As pessoas precisam de você! Se arriscou por uma droga inútil! Não vê isso?

   ─Daryl eu não quero mais ter medo. Eu sei que posso aprender. Posso ser como vocês. Percebi que sem coragem... agindo como um passarinho numa gaiola eu nunca vou ser capaz de viver. Estou cansada de sobreviver. Cansada do medo, da covardia de me esconder atrás dos mais fortes. Eu podia estar com a Tara, era onde eu devia estar, como vocês dois. Juntos, não é assim? Juntos, por que separados é insuportável? Disse não a ela por medo. Por medo de morrer e decidi que eu quero viver. Por inteiro, quero mesmo isso, mas só até quando der. Se morrer então não vou ter do que me arrepender. – Ela olha para Hannah. Confusa com seu discurso assim como eu. – Olhe para você. Era só um bichinho assustado, agora é uma guerreira. Eu também posso. Daryl eu gosto de você como um irmão, mas não quero que me impeça de ser forte. Eu vou aprender.

   Enquanto fala uma flecha vinda do inferno atravessa seu olho, vejo a ponta surgir como se brotasse de dentro de Denise, seu corpo amolece e ela cai antes que eu entenda o que está acontecendo.

   O horror estampado em meus olhos não é diferente do de Hannah e nos paralisa por um segundo. É minha flecha, eu simplesmente sei. Veio da minha besta. Dwight está aqui e quando penso em erguer a arma estamos cercados.

   ─Parados. – Então ele aparece. Não é mais o mesmo, tem marcas profundas no rosto. Queimaduras provavelmente. Carrega minha besta e lá está Eugene como refém. Não faz muito sentido. – Mato ele primeiro e depois sua garota. Estive ouvindo o discurso. Desculpe minha má pontaria. Não era ela o alvo. Ainda estou aprendendo como você sabe. – Ele balança a besta.

   Eugene está de joelhos Dwight quer nossa rendição. Estamos sobre os trilhos em um campo quase aberto e eles em maior número. Não consigo pensar em nada rápido. Hannah está aqui. Maldita hora que decidimos sair. Denise no chão. Brook a nossa espera. Tudo no limite. Mais uma vez no limite.

   ─Se vai nos matar sugiro que comece por aquele traidor covarde que está escondido ali na frente. – Eugene anuncia e olhamos todos na direção de seus olhos. Não sei do que ele está falando, mas fico pronto. Alguns homens começam a caminhar na direção do seu olhar.

   Hannah está atenta. Eu também. Quando o primeiro tiro dispara e Eugene ataca Dwight com a boca numa mordida começo a atirar. Hannah também. Alguém do outro lado depois dos homens de Dwight nos ajuda e derrubamos alguns enquanto arrumamos proteção.

   Me concentro em Dwight, ele deixa a besta cair e continuo atirando nele e em alguns zumbis que se aproximam de Eugene. Os homens recuam sob nosso fogo incessante. A besta fica no chão e corro para apanha-la.

   Tento perseguir Dwight, Hannah me segura.

   ─Daryl. Não. Assim não. Eugene está ferido, Brook nos espera. – Brook é a chave para me fazer recuar. Encaro o corpo de Denise. Minha flecha atravessando seu cérebro. Culpa minha. Apenas minha. Deixei esse maldito vivo. Matei Denise em seu lugar. Foi minha escolha.

   Carregamos as mochilas com remédios e Eugene até a caminhonete. Voltamos para Alexandria no mais completo silencio. Só quando Rosita está atendendo Eugene usando o pouco que conhece é que nos atrevemos a conversar.

   ─Discuti com ele. Deixei ele sozinho e os caras pegaram ele. Eu estava de olho, sabia que ele não acharia o caminho de volta e acabaria encrencado.

   ─São aqueles salvadores. Significa que ainda não acabaram. Tinha um bom número deles.

   ─Covardes e péssimos atiradores. Eu podia ao menos ter descoberto para onde estavam indo. – Reclamo encarando a janela. Penso em Denise, e em como contar a Tara quando ela voltar.

   ─Podia acabar morto, ou refém. Sabe disso. Foi o melhor a fazer. – Hannah segura meus braços, me faz olhar para ela. Seu olhar é firme, determinado. Me faz forte quando me sinto morrendo mais um pouco. – Não foi sua culpa. Essa cadeia de acontecimentos vem desde o começo. Não vamos mais achar culpados. Fazemos o que fazemos. Todo mundo tem seu dia. Sua hora. Nenhum de nós vai escapar disso. Então apenas siga em frente.

   Quero dizer qualquer coisa. Suas palavras são tão fatalistas. Sem nenhuma compaixão, secas e verdadeiras. Sem nenhum vestígio de esperança ou otimismo.

   ─Ele vai ficar bem. – Rosita avisa. Eugene é mesmo forte.

   O corpo dela na estrada. Quero busca-lo e dar um enterro a Denise. Uma cova para Tara poder chorar sobre ela quando voltar e descobrir que de novo lhe tiraram tudo.

   ─Hannah... O corpo...

   ─Nós vamos buscar. – Abraham toca seu ombro. Vou reunir mais uns homens. Aqueles filhos da puta fugiram como uns covardes assustados. Bebezinhos apenas, mas nunca se sabe se não estão por perto.

   ─Eu sei. Vou ficar aqui com a Brook, só não faça tolices. – Balanço a cabeça confirmando. Quando tento deixar a enfermaria ela me segura o braço. – Não volte e vai saber que atravessei os portões e estou te caçando, então não faça tolices.

   ─Quero estar aqui para o funeral. – É tudo que consigo dizer. Depois deixo a enfermaria com Abraham. Logo formamos um pequeno grupo e pegamos a estradinha em dois carros. Me dobro diante do corpo de Denise. Tiro a flecha de seu olho, meu coração partido de dor e culpa. Marco a flecha. É com ela que vou derrubar aquele maldito.

   Mais um funeral, dessa vez toda Alexandria está presente. Hannah atira uma flor sobre o corpo antes que eu e Rick comecemos o dolorido trabalho de devolver a terra.

   Não sei mais quantas vezes fiz isso, não me lembro de alguma vez ter sido fácil. Cansa, dói e depois você continua. Por que não tem escolha, por que ainda não é sua vez. Por que não está sozinho e tem mais alguém que quer dar uma chance, estender o tempo de sobrevivência e nunca entendo porque. Aceito apenas. É o que me resta.

   Brook assiste de longe abraçada a Lyn, Hannah tem uma mão em torno do meu braço olhando a cova coberta e tão abatida quanto eu. Veio do nada. Sem chance de defesa, um ataque covarde de um homem fraco que preferiu ficar de joelhos diante de um tirano a tentar construir uma nova história.

   Vamos para casa. Brook sente minha tristeza. Pede colo e me envolve o pescoço. Não diz nada. Só me abraça até chegarmos em casa. Fico silencioso olhando pela janela enquanto Hannah, mais forte que eu, como todas as mulheres do mundo toma a frente e faz tudo que tem que ser feito, cuida da comida, de Brook e da casa. A noite cai, ganha lua, estrelas e silencio, eu ainda carregando a culpa e a dor de não ter dito não a Denise.

   ─Vem. – Hannah surge ao meu lado, desperto para perceber a casa escura e silenciosa. Sigo seus passos obediente até o banheiro do nosso quarto. Ela acaricia meu rosto, retira minha jaqueta, a camisa e depois a calça. Liga o chuveiro e se despe diante de mim. Depois me puxa para água, enche a mão de shampoo e começa a lavar meu cabelo, retira a espuma. Passa o sabonete em minha pele, depois me abraça e envolvo seu corpo.

   ─Não quero mais me importar com as pessoas. – Digo a ela.

   ─Então não seria você. Que bom que se importa. Estamos aqui Daryl. Eu, você e Brook. Nós ainda estamos aqui e não vamos desistir.

   ─Vou matar aquele homem, eu mesmo vou fazer isso, não sei quando, nem como, mas vou fazer isso.

   ─Tudo bem. – Ela me olha nos olhos se afastando de mim um momento. – Acredite eu entendo isso. Só que até esse dia chegar você vai ser o Daryl de sempre e se refazer, podia ser qualquer um de nós. Ela decidiu, Denise quis ir lá fora e correr os riscos, uma mulher madura, não uma garotinha. Ninguém podia prever, ninguém podia evitar, ela disse que iria de qualquer modo e teria acabado do mesmo jeito. Aceite isso. Faz parte de encarar esse mundo. Não seja arrogante a ponto de achar que é sobre você, que pode ou não mudar as coisas. Aceite Daryl e fique de pé. Por mim e pela Brook, ela sabe. Vê e precisa da sua força.

   ─Já teria me entregado a fúria e estaria lá fora caçando eles sem você. Obrigado por cuidar de mim. Amo você.

   ─Então me ajuda a esquecer esse dia. – Seus olhos fixam em mim, cheios de amor, e a dor do dia difícil cravada neles, me curvo para beija-la, apenas ela pode me tirar do torpor e quando ela se cola a mim eu apenas esqueço todo o resto.

   Eugene se recupera rápido, o tiro não acertou nenhum órgão, as coisas em Alexandria ganham um clima tenso. Aqueles caras estão lá fora e agora temos certeza disso. Algo ainda vai acontecer. A rotina não é capaz de apagar o que isso está fazendo com todos nós. Carol está o tempo todo com olhos perdidos, Morgan o tempo todo tentando pregar o diálogo como solução e eu estou em alerta, apenas à espera do dia que vou colocar fim ao meu maior inimigo.

   Rick se aproxima com Tobin, pelo caminhar urgente, eu simplesmente sei que temos um problema. Ele me estende um pedaço de papel, leio as linhas um tanto incrédulo. Não acredito que Carol foi fazer uma tolice dessas. Estico o papel para Hannah enquanto ando de um lado para outro.

   ─Mas que merda! – Encaro Rick. Não podemos deixar Carol do lado de fora. Sozinha e depressiva. Não imaginei que ela iria tão longe, andei preocupado, mas depois que Tobin surgiu na vida dela achei que as coisas tinham se resolvido.

   ─Quando acha que ela saiu Tobin? – Hannah pergunta preocupada depois de me olhar profundamente.

   ─Durante a noite só pode ser. Deve ter aproveitado a troca da guarda da madrugada. Já perguntei e ninguém a viu.

   ─Ela é boa nisso. – Hannah me olha, sabe que não posso ignorar isso, que não posso fingir que ela não sumiu. – Hannah eu tenho...

   ─Claro. Nós dois vamos de moto. – Nós dois? Balanço a cabeça negando, ela ergue o olhar me enfrentando. – Discutir só vai nos atrasar. – Tobin, avise a Beth e o Padre Gabriel para cuidarem da Brook. Ela está com a senhora Riggs.

   ─Vamos de moto, dá para cobrir mais território. – Aviso. Rick concorda.

   ─Eu e Mich vamos de carro. – Glenn se aproxima rápido. Dessa vez é Rick a não gostar da ideia. Michonne revira os olhos num alerta de que ele não pode conte-la.

   Não esperamos por aquela outra pequena confusão de casal, subimos na moto e ganho velocidade. Falta um carro na frente dos portões. Sabia que ela não iria a pé.

   Penso naquele maldito que tomou minha besta. Não seria mal cruzar com ele no caminho e terminar nosso embate. Escondo a moto sob umas folhagens na estrada depois de derrubar um zumbi.

   ─Vamos seguir a pé pela floresta Hannah. – Caço Carol, mas também não deixo de procurar marcas dos salvadores. Encontra-los e acabar logo com essa merda seria um prazer.

   Pegamos a floresta. Passos lentos e silenciosos. Hannah para de caminhar em algum momento e me olha.

   ─Viemos atrás de Carol Daryl. Apenas isso. Sabe onde está indo? Por que acho que quer mais que isso e não é a hora.

   ─Eu sei. Não estão aqui. Estiveram. Sabe disso, mas foi a muito tempo. Carol pode estar nas mãos deles. Tem ideia disso?

   ─Pode. – Ela admite. Pretendiamos seguir, mas escuto passos sobre as folhas secas. Faço sinal pedindo silencio. Hannah me acompanha e nos posicionamos atrás de algumas árvores.

   Michonne e Glenn estão rendidos. Amarrados um ao lado do outro. Com mordaças. Ou matamos esse grupo ou eles nos matam. Essa certeza me domina e pela primeira vez me sinto diante de inimigos verdadeiros e perigosos.

   Glenn e Mich nos enxergam. Faço um sinal, conto os homens a cerca-los. Eles movem a cabeça fazendo sinal e tudo é rápido, me dou conta que tem mais além dos homens que os cercam.

   Um barulho atrás de mim me faz mover e o disparo é rápido e preciso. A dor me deixa tonto quando caio com o ombro sangrando e ainda vejo a arma sendo arrancada das mãos de Hannah.

   Perdemos eu penso tonto pela dor e o sangue que jorra. Hannah fala comigo, esperneia enquanto dois homens a impedem de se aproximar. Como posso ter sido tão displicente. Cego pela vontade de caçar Dwight permiti que ele me caçasse e mais uma vez ele foi o vencedor.

   ─Você vai ficar bem. – Ele diz rindo quando me coloca de pé. Somos levados pela floresta em direção a estrada. Hannah ao meu lado. Os olhos presos aos meus. No momento eu só quero que ela viva para criar Brook. Por que ela pode e eu ainda não desisti de tira-la daqui.

   O sangue não para de correr e apesar do tiro não ter sido fatal se continuar sangrando não sei quanto tempo mais tenho.

   Tem carros na estrada. Somos atirados no baú de um furgão. A porta se fecha. Eu, Hannah, Glenn e Michonne.

   ─Não vamos entregar Alexandria não importa o que aconteça. – Hannah pede chorando enquanto tateia meu ombro no escuro. O carro se põe em movimento. – Brook, Maggie, Judith, elas estão lá. Não vamos nos render e entregar.

   ─Ninguém vai fazer isso Hannah. Não se preocupe. – O ambiente é quente. Sinto o cheiro do sangue que escorre por meu corpo. Estou sem a camisa que por alguma razão tiraram de mim, como o facão de Hannah, e uma mexa do cabelo de Michonne.

   ─Seu lenço! – Hannah puxa meu lenço do bolso. – Já vai parar de sangrar Daryl, por favor. Não apaga. Aguenta.

   Eu a envolvo enquanto ela usa o lenço para estancar o sangue. Quando a abraço ela se encosta em mim e chora. Seus soluços me enchem de angustia. Brook me vem à mente. Minha garotinha, não vamos voltar e talvez ela nunca saiba por que. Não nos despedimos e isso só podia ser um mal presságio. Pena que não me dei conta. Beijo os cabelos de Hannah enquanto ela se entrega ao choro. Seja como for estamos juntos no ponto final. É mais do que muitos tiveram.


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Notas finais do capítulo

BEIJOSSSS



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