No Ritmo escrita por JéChaud


Capítulo 28
Sentimentos Inesperados


Notas iniciais do capítulo

Oláá amoressssssssss, como estão???
Quero agradecer por todo carinho, comentários maravilhosos ♥
Aqui vai mais um capítulo diretinho do forno, espero que gostem, obrigada por serem tão incriveis ♥ ♥ ♥



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Monica a olhou com um nó na garganta, respirou fundo com um sentimento estranho de raiva e ciúme dentro de si.

— Olha aqui garota, não precisa se preocupar não que eu não tenho nada com ele, nunca tive, somos colegas de dança, pode ficar, abraçar, beijar, fazer o que quiser, só não me envolve nisso e nem falte com respeito, não admito que falem assim comigo, eu nem combino com ele, não temos nada a ver um com outro, agora me da licença que vou pra casa, que nem vir aqui eu queria hoje – Monica concluiu falando alto.

O taxi parou em frente a balada e ela entrou sem olhar para trás.

—-

As amigas saíram à procura dela com os meninos logo atrás, mas só deu tempo de verem o taxi sumindo de vista.

Cebola olhava sem acreditar no que tinha acabado de acontecer, virou para Camila e viu que a menina sorria de braços cruzados, tornou a olhar para a rua que agora não tinha mais vestígios de automóvel nenhum.

— O que aconteceu, cadê a Monica? – Magali perguntou preocupada.

— Ela entrou em um taxi e foi embora – Cebola contou com a voz claramente alterada, estava nervoso.

— Careca – Ricardo chamou percebendo o tom do amigo.

— Camila quantas vezes te disse que não temos nada?! Que não suporto grude, nem quero ninguém pegando no meu pé?! Ve se me erra menina  – Cebola falou em alto tom se aproximando dela.

— Careca, para deixa quieto isso depois vocês conversam, em outra hora – Ricardo continuou pedindo.

— Essa patricinha nem gosta de você, e você ai babando por ela, vê se se toca, ela nunca vai te querer – Camila o alfinetou.

Cebola olhou para ela novamente, mas Ricardo o puxou, sabia que daria em gritaria desnecessária.

— Vamos, vamos pra casa, acho que por hoje já deu – Cascão falou levando o amigo em direção ao estacionamento deixando a Camila plantada.

— Quer vir com a gente de carro Careca?! Amanhã você pega sua moto? – Xaveco perguntou preocupado.

— Não, valeu, vou de boa, preciso arejar – Cebola comentou colocando o capacete.

— OK, quando chegar em casa avisa no grupo Ce – Magali pediu entrando no carro.

Cebola deu partida com a moto e sumiu de vista.

—-

Monica entrou no apartamento sentindo sua garganta queimar, queria chorar de raiva, tirou a roupa de qualquer jeito e a jogou em um canto do quarto, tomou um banho e deitou colocando seu fone de ouvido.

Assim que uma musica triste invadiu seus ouvidos imediatamente começou a chorar, as lágrimas caíram num ritmo lento pelo seu rosto e na mesma sintonia ela se lembrava do que tinha acontecido alguns minutos mais cedo um tanto quanto abalada.

Não era acostumada a ouvir o que escutou da menina, essa era uma característica de sua personalidade que nunca mudava, não admitia desaforo, e muito menos ser enganada, por que mesmo que ele nunca tinha lhe falado dela?! Ah... Deve ser porque não tinham nada, nem nunca tiveram, Monica lembrou com um aperto no coração.

Seu pensamento viajou por dentre os segundos que precederam o beijo que nunca aconteceu, a imaginação dela pode sentir aquele momento que seus lábios realmente nunca sentiram.

Então era isso, ele tinha uma ficante louca compulsiva, quem aquela menina pensava que era?

Monica se revirava na cama com insônia, era tarde, ela estava cansada, mas sua cabeça estava a mil por hora, contradizendo todas as vontades do seu corpo de dormir.

Seus pensamentos a impediam de pegar no sono, logo agora que ela queria tanto aquele beijo. Era muito difícil ela se apaixonar, mas com ele foi diferente, parecia clichê de filme, mas era a sua vida real, quem dera os romances dela fossem iguais aos de cinema, histórias de amor que sempre terminavam bem.

Naquele momento ela estava lutando contra esse sentimento ruim de ciúme e vontade de pular no pescoço da Camila que preenchia suas veias.

Ouviu a porta se abrir, e a voz das amigas inundar o apartamento, fingir que estava dormindo foi naquela hora a alternativa mais viável para fugir das perguntas delas, ela não estava afim de responder... Não naquele dia.

—-

Os dias foram passando e as semanas voaram de vento em polpa, Monica já estava se adaptando a nova turma de balé, aos novos horários de aulas e ensaios, e já tinha conseguido tempo para se dedicar a sua coreografia a tarde, a primeira apresentação com a equipe da Lemon já estava marcada e tudo fluía bem, ou quase bem...

Fingir que não ligou para o que aconteceu na balada foi uma das partes mais difíceis das semanas que se seguiram, ela sabia que não tinha conseguido enganar as amigas, mas pelo menos acreditava que tinha conseguido esconder dele, de quem mais se preocupava em demonstrar alguma coisa.

Ver o Cebola na escola de dança todo dia só aumentava a vontade de que aquele beijo realmente tivesse acontecido, que ele saísse dos seus sonhos, das noites que passou acordada imaginando como seria, e se materializasse, mas ela sabia se controlar, pelo menos estava conseguindo.

Não queria gostar dele, não queria permitir se apaixonar por ele, tinha colocado na cabeça que a Camila chegar foi motivo suficiente para cortar qualquer laço que tivessem criando.

Continuou conversando com o Cebola normalmente, e quando ele pediu para explicar, ela o ouviu pacientemente mesmo querendo gritar e então resolveram esquecer o acontecido.

—-

— O que tu não faz por um skate ein?! – Ricardo comentou com o Cebola enquanto concluíam juntos uma nova coreografia.

— É... Isso é haha – Cebola riu um pouco sem graça.

— A mina lá voltou a falar contigo de boa depois daquilo? – Ele perguntou enquanto amarrava o tênis.

— Qual das? Se ta ligado que tem duas envolvidas né... Haha.

— A bailarina, hahaha – Ricardo falou rindo.

— Ah véi, mais ou menos, sei que ela ficou bolada, conheço as mulheres, se ta ligado – Cebola falou enquanto voltava a musica – Agora a Camila, já conversei com ela, ta de boa, já ta na minha, e me enchendo de novo.

—-

Monica saiu da aula quebrada, decidiu continuar a criar sua nova coreografia, com permissão da diretora, aproveitou para utilizar a sala do meio que estava desocupada para ensaiar, e era assim que vinha fazendo há alguns dias.

Tirou o CD da sua bolsa com algumas musicas que tinha separado, colocou para tocar no som suspenso igual ao que tinha em todas as salas, arrumou novamente sua sapatilha e se levantou começando alguns passos.

Conforme ia praticando os primeiros passos já definidos, parava pra consertar alguns movimentos, sentava no chão anotando outras observações e seguiu a tarde toda assim.

Andava um pouco irritada, por diversas vezes trocou a ordem de alguns passos, não estava conseguindo criar algo que achasse inovador, nessas horas a saudade do seu professor apertava e muito.

—-

Cebola chegou como sempre correndo na escola pois já tinha voltado a dar aula na ONG, quando viu a luz da sala do meio acesa, nunca havia reparado que tinham voltado a utiliza la, achou estranho, ela estava desativada há um bom tempo, caminhou até lá.

Viu com um susto a Monica dançando, deslizando por entre o salão, quase flutuava de tão leve que seus passos eram, dançava sozinha e instantaneamente sacou que estava criando sua nova coreografia.

Continuou a observa lá em silencio, e viu que várias vezes ela parou e voltou a coreografia reclamando e trocando alguns passos, sentiu vontade de ir até lá e abraça lá para falar que tudo ia ficar bem...

Mas não era fácil assim, há alguns dias vinha experimentando um sentimento diferente que definitivamente não queria sentir, e lidar com isso vinha sendo complicado.

— E careca, tá atrasado, vamos passar hoje sua coreografia pro pessoal – Ricardo falou fazendo o Cebola dar um pulo.

— Já vou cara, que susto velho – Cebola reclamou colocando a mão no peito.

— No que você estava concentrado ein? – Ricardo questionou caminhando até a janela da sala que o Cebola admirava. – Olhando a Monica?

— Não... Nada a ver, é que estava passando e fiquei curioso pra saber quem estava usando essa sala, vi que era ela e tive uma ideia pra me ajudar na aposta – Cebola respondeu rápido voltando a caminhar para a sala deles.

— É por falar nisso tinha que ter prazo viu... Ta demorando já hahah – Ricardo brincou o empurrando.

— Relaxa cara, minha próxima carta já está na manga – Cebola concluiu entrando na sala.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥ ♥ ♥
Se puderem deixem seus comentários, são super bem vindos, e lidos com muito carinho ♥

"O meu comportamento egoísta, seu temperamento difícil, você me achava meio esquisito, e eu te achava tão chata ♪" - Do seu lado, Jota Quest.

Beijãooo e até o próximo capítulo ♥



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