A Darkland Tale escrita por DarrenShanLover


Capítulo 4
COMO EU NÃO VI ANTES?


Notas iniciais do capítulo

...



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COMO EU NÃO VI ANTES?

 

            Eu caí de joelhos, mal acreditando no que havia acontecido. Me permiti parar para descansar. O corte na minha testa começou a arder. Essa era a pior parte, agora que a dose louca de adrenalina estava passando, todos os machucados que eu havia ou não notado até agora iam começar a marcar presença.

            Mas eu não estava nem aí.

            Tinha conseguido! Agora eu tinha a chave. Era só passar pela porta e eu estaria em casa. O ar parecia se atropelar para entrar nos meus pulmões. Felizmente, eu não havia feito nada no meu tornozelo, era apenas o susto.

            Me levantei, ainda segurando a foice. Quando me pus totalmente em pé, estava segurando o relógio de novo. Ele ainda rodava no sentido anti-horário, marcando duas e quinze, porém meu relógio de pulso marcava duas e dezessete. Sorri e guardei o outro relógio no casaco novamente.

            Agora eu só tinha que pegar a chave e passar pela porta.

            Caminhei em direção à carta. A chave estava bem do lado. Eu me agachei e peguei a chave. Estranho... A chave era consideravelmente pequena. Dei de ombros, eu conhecia muitas chaves que eram desproporcionais às suas fechaduras ou portas. E aqui era tudo o que não é, não é mesmo?

            Caminhei pacientemente até a porta e enfiei a chave na fechadura.

            Ah, não!

            A chave era muito pequena para aquela porta! De que valeu tudo aquilo então? Eu havia passado por toda aquela confusão por essa chave simplesmente para ela não entrar na fechadura?

            Eu me sentei no chão e apoiei a minha cabeça na porta. O que eu iria fazer agora? Quando eu finalmente achei que poderia voltar para casa... Isso era muito sem sentido.

            Sem sentido...

            Ora, como eu fui boba. Isso era um sonho, é claro! Como eu não desconfiei antes? Eu poderia ter caído no sono quando deitei no galho daquela árvore! Me preparei para me beliscar e acordar, mas... hesitei por um segundo.

            Eu estava sempre sonhando com aventuras impossíveis. Mesmo em sonho, eu queria participar de uma delas. O corte na minha testa latejou. Mas... aquele sonho estava por demais perigoso.

            Então, fechei os olhos e me belisquei, esperando acordar.

            Quando abri os olhos esperei acordar naquela árvore com Charlotte ao meu lado. Mas... eu ainda estava lá.

            Fiquei decepcionada e alegre ao mesmo tempo, se é que isso era possível.

            Isso queria dizer que aquilo era real, que eu estava mesmo vivendo uma aventura. Mas... Aquilo, como já disse antes, estava muito perigoso e confuso. Mas, se era real, eu tinha que encontrar uma saída para voltar para casa. O que me traz de novo á situação.

            Aquela chave não encaixava. Suspirei. Eu tinha que encontrar uma outra chave então.

            Esquadrinhei novamente a sala com os olhos, tentando achar algo. Alguma coisa vermelha captou minha visão. Não estava longe, na verdade estava bem ao meu lado.

            Era uma pequena cortina vermelha na mesma parede ao lado da porta que eu queria abrir. Eu tinha certeza que não estava ali antes. Eu teria percebido, com certeza! Mas... eu não havia, portanto, não estava ali antes. Seria minha mente me pregando truques? Não...

            Eu me agachei e puxei a cortininha. Ela tinha apenas uns vinte centímetros de altura e, atrás dela, havia outra porta. Esta era menor, porém era igualzinha à outra. Virei a cabeça para comparar as duas. Hã? A outra porta não estava mais lá. Estranho...

            Me virei para a porta menor.

            Tentei abri-la, estava trancada, como a outra. Olhei para a chave. Parecia que ela cabia perfeitamente naquela fechadura. Enfiei a chave, hesitante. Ela virou para a direita com um clack. Pronto, agora a porta estava destrancada.

            Do outro lado da porta havia o que parecia um jardim.

            Tentei passar por ela, porém meus ombros eram largos demais. Voltei para aquele estranho cômodo de pisos alternados e suspirei. Ótimo, pensei, quando eu finalmente encontro a chave e destranco uma saída, eu simplesmente não consigo passar por ela.

            Sentei-me de novo, tentando pensar. Quando fui levantar a mão para limpar um pouco do sangue que escorria do corte na minha testa, captei algo com o canto do olho.

            Bem ali, na minha esquerda estava uma mesa com tampo de vidro e em cima dela, um pequeno frasco com um conteúdo rosa. Aquilo não estava ali antes, eu estava ficando louca? Bem, pensei olhando ao meu redor, era bem provável.

            Levantei e fui verificar o que era.

            No frasco havia um rótulo, com letras enfeitadas, ele dizia Beba-me. Olhei em volta. Não havia ninguém ali. Então... de onde viera este frasco.

            Abri a tampa e cheirei o conteúdo. Era um cheiro doce que me lembrava leite condensado com morango. Bem... se tinha um cheiro bom, o gosto também era, não é?

            Balancei um pouco o vidro. E se fosse veneno? Dei de ombros, afinal o que eu poderia perder com isso? Levei o frasco à boca e dei apenas uma bicada no seu conteúdo. O líquido era extremamente doce.

            De repente, percebi que o frasco e a mesa estavam aumentando de tamanho. Não... Não o frasco e a mesa... Eu estava diminuindo? Como aquilo havia acontecido? Deveria ter sido o líquido do frasco. Será que eu estava alucinando? Não... Era muito real. Mas, afinal, o que era real?

            Eu diminui até ficar com mais ou menos uns dezoito centímetro de altura. Perfeito para passar pela porta.

            Quando me recuperei do choque, eu chequei se o relógio ainda estava comigo e passei pela porta...


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Notas finais do capítulo

Plz, review!!!



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