I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 37
Eu estou aqui.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo bem?

Como eu tive um surto de criatividade, resolvi postar esse capítulo, espero que gostem e me desculpe se houver erros de ortografia.



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— Charlie...? – senti alguém me cutucando na costela de leve, mas ainda insistia em dormir. – Charlie?! – senti de novo. – CHARLIE!

— AAAH! – gritei assustada – mãe?!

— Acorda garota! – falou sorrindo divertida.

— Que horas são? – indaguei assustada.

— São... – ela olhou no seu relógio no pulso – Oito e quarenta e quatro da noite.

— Porque me acordou então? – perguntei indignada me sentando na cama – Eu tinha acabado de dormir, e pretendia continuar fazendo isso. – revirei os olhos.

— Porque não aguento mais ver você aqui! Você tem que superar querida, vá se divertir com seus amigos! – falou cruzando os braços.

— Não estou no clima...

— É aniversário do seu melhor amigo, e você não vai porque não “está no clima”? – perguntou.

— Ah mãe! – bufei.

— Pare de fugir da vida Charlie!

— Não estou fugindo da “vida”! – fiz aspas no ar – Só que o Tommy vai estar lá e eu não quero vê-lo.

— Até quando vai fugir dos seus problemas garota? – indagou séria.

— Não estou fugindo... – ela me interrompeu.

— Está fugindo sim! Charlie, eu não te criei pra ser uma covarde!

— Mãe! – protestei.

— É verdade! Você está sendo uma covarde e eu não quero isso, quero que você seja forte!

— Mas mãe...

— Levanta, se arruma, e vai encarar seus problemas de frente! Você tem vinte minutos para estar lá em baixo.

Revirei os olhos em um ato de protesto, mas ela estava certa. Até quando eu iria fugir? Até quando eu ia fingir que aquilo não me afetava? Até quando eu iria evita-lo?

Não dava mais para adiar.

Tomei um banho rápido, deixei meu cabelo solto e um pouco úmido mesmo, eu só tinha vinte minutos, coloquei uma calça preta, uma blusa preta de mangas um tanto curta, coloquei meu all star e desci encontrando minha mãe.

— Bem na hora! – ela falou sorrindo.

Fomos escutando música todo o trajeto, demorou um pouco pois o transito estava meio congestionado. – A ansiedade tomava conta de mim, tentei disfarçar mas minha mãe pareceu perceber, porém não comentou nada.

— Chegamos. – ela disse enquanto eu tirava o sinto.

— Então acho que vou indo... – falei apreensiva.

— Charlie faça o melhor pra você! – ela sorriu doce.

— Vou tentar, mamãe. – sorri de volta – Obrigada.

Desci do carro – minhas mãos suavam frio, minhas pernas pareciam gelatinas. – Não vai ser tão ruim assim! – falei mentalmente pra mim mesma.

Caminhei até a porta da casa, já dava pra escutar a música alta e o falatório.

Fui até a campainha e a toquei.

A porta demorou um pouco a ser aberta, e aquilo só me deixou mais nervosa.

— Charlie?! – Katie abriu a porta com um ar de surpresa e um grande sorriso. – Ainda bem que você veio! – sorriu animada.

— Não me faça sair daqui arrependida. – brinquei.

— Nunca! – ela piscou e me puxou pra dentro da casa.

Narrado por Tommy.

Quando a Katie me contou do plano maluco dela, eu achei que não daria certo, obvio. Mas depois comecei a acreditar, eu não devia, mas acreditei.

Por toda essa semana que se passou, pensei em como contaria para ela a verdade sobre a aposta. – Eu não fazia ideia de como seria a reação da Charlie, eu já aprontei muitas com ela, mas nunca algo assim.

Maldita a hora em que eu fui me meter nessa.

Agora eu estou aqui, igual um trouxa, porque me apaixonei pela menina que mais detestava no mundo.

— Consegui Katie! – Jeff comemorou em frente ao seu computador, já fazia um tempo que estávamos aqui na casa dele, seguindo parte do plano da Katie.

— Eu sabia que você conseguiria, meu amor! – Katie foi até ele beijando-o.

— Deixem pra transar depois! – falei olhando aquela cena romântica enjoativa.

— Cala boca Tommy! – a loira revirou os olhos. – Vai no chat, é ai que está as conversas dela. – Katie apontou para tela no computador.

Jeff como um belo nerd, hackeou o perfil da Lucy. – Segundo Katie, na época que as duas eram amigas, Lucy saía com homens casados para conseguir dinheiro, ela então chantageava eles em troco do seu "silêncio". – Não me assustei com isso, sempre soube que ela era uma vadia.

— Olha o tanto de homem que tem aqui! Meu Deus! – Katie gritou assustada. – Salva isso e faz uma cópia para imprimir, vamos para segunda parte do plano. – ela olhou pra mim sorrindo – Agora é com você!

— Pode deixar! – falei pegando meu celular.

Marquei um encontro com a Lucy na minha casa – Como a bela vadia que ela é, logo aceitou sem questionar.

Eu estava com os papéis das conversas dela com aqueles homens – na maioria casados e bastante conhecidos aqui na cidade. – Escutei a campainha tocar e fui direto abrir a porta.

— Eu sabia que você me chamaria, meu amor! – disse se jogando em cima de mim, mas rapidamente tirei seus braços do meu pescoço.

— A conversa é séria, Lucy!

— Tá bom... – disse sorrindo maliciosa.

— Vou direto ao assunto!

— Nem vai me deixar entrar?! – perguntou indignada colocando as mãos na cintura.

— Vai ser rápido. – disse, ela olhava-me com atenção – Você deve saber que daqui a dois dias vai ter a festa do Jeff e...

— Você quer que eu vá com você? – falou me interrompendo.

— Dá pra calar a boca e me deixar falar? – perguntei, ela sorria feliz, coitada – Como eu estava dizendo, eu quero que você vá nessa festa pra fazer um favor pra mim.

— Que tipo de favor? – perguntou maliciosa mordendo o lábio me causando nojo.

— Você vai contar pra Charlie que nós não estávamos juntos e que eu nunca trai ela. – falei, Lucy começou a rir debochadamente, eu apenas cruzei os braços e esperei o show acabar.

— Amor, se eu fizer isso você sabe que vou contar pra todos sobre sua aposta... – ela tentou me ameaçar, agora foi minha vez de lhe dar um sorriso cheio de deboche.

— Você não vai fazer isso... – falei entregando-lhe os papéis onde estavam as conversas – Porque se você contar, eu conto o seu segredinho também!

— Como você...? – indagou assustada.

— Lucy... Lucy eu sempre soube que você era uma vadia, mas uma chantagista que dorme com homens casados nunca imaginei...! – mantive meu sorriso de deboche, enquanto ela olhava-me com espanto.

— Você não contaria! – falou desesperada.

— Experimenta entrar no meu caminho de novo. – me aproximei dela pegando em seu braço – Você me chantageou como fez com esses homens, mas eu te garanto que não vou cair na sua igual a eles! – ela me olhava com os olhos cheio de lágrimas. – Tenta me atrapalha de novo Lucy, que todos vão saber a bela puta que você é!

— Me solta! – disse enquanto lágrimas falsas caiam por sua bochecha.

— Eu não tenho dó de você, muito menos pena, só sinto nojo. – falei sorrindo cínico – Você vai fazer o que eu mandar, se não quiser se dar muito mal. – soltei seu braço de forma bruta. – Agora vai embora daqui, sua presença me causa ânsia de vomito.

Ela continuou chorando na minha porta com os papéis nas mãos.

— Vai! – gritei fazendo-a despertar e sair dali.

Vadia.

Enfim chegou o dia da festa, era por volta das sete horas e eu já estava me arrumando, eu iria um pouco mais cedo, Katie me pediu para ajuda-la, já que ela mudou o local da festa em cima da hora.

— Filho? Posso entrar? – escutei minha mãe bater na porta.

— Pode. – confirmei, eu já estava pronto.

— Ela ligou... – minha mãe falou séria.

Nunca pensei que meu coração dispararia tão rápido por causa de uma simples frase. Eu não aguentava mais de ansiedade a espera da resposta da Charlie.

Eu sabia que o amor fazia as pessoas agirem como idiotas, por isso nunca quis isso pra mim.

— O que ela disse? – falei tentando parecer indiferente.

Minha mãe deu um longo suspiro.

— Ela não vai. – disse triste – Sinto muito querido.

— Tudo bem mãe. – respondi tentando convence-la de que  tudo estava realmente bem. – Eu preciso ir, a Katie está me esperando! – falei não dando tempo dela responder, sai porta fora.

Merda!

Bati com força no volante do carro – Eu estava com raiva, não por ela não querer me ver mas por saber que tudo isso era culpa minha.

— Calma, achei que ia derrubar a porta. – Katie falou quando cheguei na casa de praia, estava quase tudo pronto, eu chamei atenção por bater a porta com muita força.

— Ela não vem! – falei irritado.

— Sério? Que garota cabeça dura! – a loira revirou os olhos. – Ela se parece tanto com você que as vezes acho que é sua versão feminina.

— Katie chega!

A festa começou e muitas pessoas chegavam a todo momento, eu sabia que Jeff não tinha tantos amigos assim mas as festas que a Katie dava sempre lotava de gente.

Eu estava com uma bebida na mão sentado em um canto isolado da sala, já havia dado fora em algumas garotas.

Vi Cody e Jas entrarem, ele também me viu.

Nossa amizade parecia acabada, Cody não conseguia me perdoar por ter ficado com a irmã dele – segundo ele eu não era bom o suficiente pra ela. – Acho que dessa vez ele estava certo.

— A gente pode conversar? – me surpreendi quando escutei ele falar comigo quando fui até a cozinha.

— Pode cara! – falei.

— Olha você sabe que eu fiquei muito puto contigo por ter ficado com a Charlie... – disse – Mas isso não quer dizer que eu tinha o direito de agir igual a um idiota.

— Você só estava protegendo sua irmã... – falei dando de ombros. – Compreensível!

—  Cara mesmo assim, eu não tinha o direito de me meter nas escolhas dela! – ele limpou a garganta – E eu te conheço bem, sei que você está muito mal... E também sei que vocês não estão mais juntos... Porém se você realmente gosta da minha irmã, só cuida dela! – Cody falou.

— Obrigado irmão! – falei.

— Então a gente tá bem? – Cody perguntou sorrindo.

— Sempre. – falei fazendo um toque com ele.

— Só não vou te abraçar porque se não vai ficar muito gay, não acha? – nós rimos.

— Tommy! – Katie gritou entrando na cozinha. – Vem comigo agora! – ela me puxou pelo braço e foi me conduzindo pelas escadas.

— O que houve? – perguntei enquanto andávamos pelo corredor de cima.

— Ela está aqui! – falou sorrindo – A Charlie veio.

— Você está brincando? – perguntei quando paramos na porta do meu quarto.

— Abre! – disse – Boa sorte. – Katie foi caminhando em direção as escadas.

Girei a maçaneta e abri a porta de uma vez.

Ela estava sentada na cama de frente pra mim, me olhava profundamente.

Como ela estava linda.

Como eu senti falta daquele cabelo, daqueles olhos, daquela boca... Dela por inteiro. Cada parte dela.

— Charlie. – falei entrando e fechando a porta atrás de mim.

— Eu estou aqui. – disse séria cruzando os braços – Pode falar!


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Notas finais do capítulo

Deixe seu comentário, é importante pra mim ♥

Quem gostou da Lucy se dando mal ai gente?! haha

Capítulo que vem promete fortes emoções.

PS: a segunda temporada está confirmadíssima!

segue nós lá no twitter: @riverdaleszz

Grande beijo ♥



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