P.D.V. Beau

— Tenho certeza que minha irmãzinha irá ficar muito contente. — sorri para Archie que terminava de arrumar meu Smoking já que eu não fazia a minima ideia de como aquilo funcionava.

— Meu pai também ficaria bastante contente. — falei a ele que me encarou com um olhar triste.

Ainda estava sendo meio difícil saber que meu pai estava sofrendo, e muito.

— Se quiser ainda da tempo de chamarmos ele. Apesar que teríamos que fazer um segundo enterro. —Brincou. Dei um sorriso amarelo e Archie me encarou segurando em meus ombros. Ele sabia que não estava sendo nada fácil. — Não fique assim. Seria pior se ele soubesse que você está vivo, até tentarmos explicar de uma forma que não nos expuséssemos ao mundo ele já estaria morto. .

— Era só falar que eu não era mais um humano.

— Não é tão fácil quanto parece. Nenhum humano poderia saber sobre a nossa existência.

— Mas eu sabia que vocês eram vampiros quando era humano e...

— E você estava em risco. — continuou. — Se alguma das Volturis descobrissem, talvez todos nós seriamos eliminados. — arregalei os olhos. Seria uma grande tragédia! — É a nossa lei mais absoluta, temos que guardar segredo sobre a existência da nossa espécie.

— Edythe estaria em perigo caso eu ainda fosse humano? — concordou. — Então eu acho que ela fez a coisa certa. — conclui me encarando no espelho.

Archie se sentou no sofá enquanto eu me encarava. Era algo tão estranho... Já fazia mais de um mês que eu estava levando essa nova vida. Meus olhos já estavam dourados assim como o resto dos cullens, por causa da “dieta” que eles faziam e agora eu também estava seguindo.

— Você fez bem a todos nós. Odiávamos ver Edythe sozinha. Muitas das vezes estávamos sempre juntos, cada um com seu par e ela com o seu piano, ou as vezes ficava em seu quarto isolada . Evitávamos ao máximo deixá-la sozinha, mas ela muitas das vezes se sentia mal por achar que estragava a nossa privacidade. Depois que ela te conheceu ela não parou mais em casa. Todas as noites saia e raramente a víamos, mas não nos preocupávamos muito, pois sabíamos que ela estava bem, porque ela estava com você. — sorri para ele. — obviamente houve algumas intrigas por você ter descoberto nosso segredo, mas que hoje já se resolveram.

— Pelo menos fui útil em alguma coisa. — ri assim como Archie.

Escutamos alguém bater na porta e a encaramos.

— Pode entrar.— Archie falou se acomodando no sofá.

A porta se abriu e Jessamine apareceu e quando me viu sorriu.

— Olá, está muito elegante. — sorri para ela que foi rapidamente para o lado de Archie.

— Obrigado. Você também está!

— Obrigada. — me encarou e logo depois olhou para Archie.

— Está perfeita meu amor. — Jess se sentou ao seu lado o abraçando.

A porta novamente se abriu e Eleanor entrou e caiu na gargalhada. Revirei os olhos e me virei de costas para ela enquanto Archie e Jessamine conversavam aos cochichos enquanto se levantavam.

— Minha nossa, quem diria. — Archie e Jessamine se retiraram do quarto. — Quem vê pensa que...

— Não começa. — pedi a ela. — Por favor.— acrescentei. — Dê uma folga hoje.

— Ok, só vim pedir para que você não deixe Edythe cair. — arregalei os olhos e a escutei rir. A olhei sobre o ombro.

Cair? Havia chances de deixá-la cair?

— Eu nã-não vou fazer isso. — falei me virando de costas novamente.

Ela começou a rir e se sentou no sofá me fitando.

— Você é uma piada. Vai ser sensacional se vocês dois caírem.

— Não irá, eu não sou tão desastrado mais.

— Ainda bem. — concordei.

A porta fez barulho novamente. Olhamos para a porta e Royal encarou Eleanor com uma cara nada boa, talvez porque ela estivesse sozinha comigo. Ok... Royal deixava bem claro que me detestava.

Olhei para Eleanor que respirou fundo se levantando do sofá.

— Até mais. — falou antes de sair e quase arrancar a porta junto a ela.

Fiquei sozinho no quarto, mas o silêncio estava me deixando cada vez mais ansioso. Sai do quarto e desci as escadas indo a procura de alguém que precisasse de ajuda. Assim que virei o corredor encontrei Carine que estava recebendo alguns convidados. Assim que me viram todos me encararam. Eram três homens loiros e um casal que tinham o cabelo mais escuro e estavam abraçados.

— Beau avise aos outros que já estão todos aqui. — me pediu e eu assenti ainda encarando aos cinco. Subi as escadas e segui em direção ao quarto que estava mais movimentado, talvez todos estivessem ali.

Assim que me aproximei da porta toquei na maçaneta a abrindo e por sorte não estava trancado.

— Carine mandou avisar que— me assustei assim que Archie apareceu de repente na minha frente e me encarou nervoso.

— Nunca ouviu falar que não se pode ver o vestido da noiva antes do casamento? — ergui as mãos. — Se você der mais um passo em direção aquela porta eu irei te esquartejar. — Archie me avisou apontando para a porta quase me estapeando.

A porta se abriu e rapidamente Eleanor estava na minha frente ao lado de Archie.

— É, eu acho que você não chegará aos pés de Edythe. — riu.

Revirei os olhos. Ninguém merece. Aquilo só estava me deixando cada vez mais ansioso, apesar que era impossível ultrapassar a perfeição de Edythe.

— Sem piadinhas, eu só vim avisar que todos estão nos esperando. — falei aos dois que me largaram no corredor e entraram no quarto. Fiquei encarando a porta e me virei dando de cara com Carine.

— Vamos? — perguntou e eu travei.

Mas já?

— Me esperem.— Archie apareceu. — Agora podemos ir. — sorriu caminhando pelo corredor junto a Carine. Segui os dois que estavam bastante apressados.

A cada passo que eu dava eu pensava em sair correndo sem rumo.

E se eu deixasse ela cair?

Eu não conhecia ninguém ali, e se não gostassem de mim?

E se desse algo de errado?

E se ela desistisse de se casar comigo?

Continuei a caminhar atrás de Archie e Carine enquanto várias perguntas me rodeavam. Carine me olhou preocupada e quando percebi sorri para ela para mostrar que estava tudo bem. Ela que entraria comigo e pelo visto estava explodindo de alegria enquanto eu estava explodindo de vergonha e ansiedade.

Descemos as escadas até chegar na garagem que estava com o portão aberto. Não haviam muitas pessoas e eu não as conhecia, não fazia a minima ideia de onde eram. Eram mais de trinta e não havia nenhum cheiro de sangue, o que deixava bem claro que todos eram vampiros.

— Não se preocupe, todos são bastante amigáveis. — Archie falou assim percebeu que eu olhava para todos eles com um pouco de preocupação. — Alguns não seguem a nossa dieta, por isso tem os olhos vermelhos.

— E isso não é perigoso aqui em Forks?

— Não muito, fizemos um trato com eles. Irão caçar longe daqui. — me avisou e eu concordei aliviado.

Menos trabalho para Charlie.

— Tudo certo.

— Acho que já podemos ir. — Carine falou assim que um homem, que mais parecia o ministro, ficou em cima do altar de frente para todos que se levantaram e olharam na direção de onde nós três estávamos. Parecia incapaz de nos ver, pois as inúmeras flores brancas nos tampavam. Me assustei assim que Carine entrelaçou seu braço no meu. Olhei para ela e sorri.

— Está pronto?

— Sim. — Naquele momento ansiedade tomou conta de mim. Eu não sabia se eu estava mais ansioso por causa do casamento ou porque eu queria muito ver Edythe.

— Boa sorte. — Archie falou enquanto seguia com Jessamine em direção as cadeiras vazias que estavam na primeira fileira.

Carine começou a caminhar e eu segui junto a ela tentando acompanhar sua velocidade.. Milhares de rosto, que estavam me assustando, nos encararam. Continuei a caminhar encarando a passarela que estava com ambos os lados decorados com flores brancas que se misturavam com as cadeiras forradas de cetim. No altar havia um grande arco que estava forrado com mais flores brancas assim como as guirlandas de flores lilás que caiam em fitas difamadas.

Estava tudo tão claro e lindo. Archie e Carine sabiam realmente dar uma festa! Assim que chegamos ao altar Carine me soltou e sorriu seguindo em direção a primeira fileira onde estavam os outros Cullens menos Earnest que até então estava com Edythe.

Olhei para Eleanor que sorriu, olhou para todos os lados, sorriu novamente para mim e moveu os lábios.

“Vai a deixar cair?”

Ergui a sobrancelha.

“ Não.”

Movi os lábios vagarosamente e me virei de costas para ela que estava do meu lado direito.

Permaneci de olhos fechados até escutar a tão famosa macha de Wagner. Ergui a cabeça e eu estava com toda certeza de que se eu tivesse um coração ele estaria palpitando feito louco e isso denunciava a minha ansiedade, além de adiar o casamento, pois eu teria um infarto.

Tentei me manter calmo e assim como todos me virei em direção ao inicio da passarela e foi quando eu a vi finalmente.

Eu estava com o queixo no subsolo. Me apoiei no suporte do arco tentando me manter em pé.

Edythe estava incrível!

Ela riu assim que me viu.

Ela estava encantadoramente perfeita!(Mais do que ela já era.)

Edythe estava com um coque com alguns fios ondulados soltos, o véu se misturava com a barra do vestido que também haviam flores brancas um um pequeno pedaço na parte direita do seu corpete, e a outra parte eram linhas com pedrinhas de diamantes que continuavam até metade da saia rodada do vestido. Ela estava usando luvas de seda que quase faziam o buque de rosas lilás com algumas brancas, que combinavam com a decoração, escorregarem pela sua mão.

Não demorou muito e ela estava de frente ao altar. Ergui a mão para ela que subiu graciosamente. Olhei para Eleanor e ergui a sobrancelha enquanto ela me mostrou a língua.

Ela não caiu.

— Não irei cair, não se preocupe. —Edythe me avisou e eu concordei aliviado. — Apesar que seria uma ideia interessante,mas só se no caso você fosse humano.

— Por que ?

— Porque você estaria com seus olhos azuis esbugalhados, também estaria corado e com manchas vermelhas no pescoço, sem contar que estaria quase infartando por causa do seu coração que estaria batendo freneticamente. — ri.

Realmente aquilo era verdade, talvez em um universo paralelo.

— Você está perfeita! — sorriu mostrando as covinhas. Algo que eu era completamente obcecado.

Nossos votos foram palavras simples e tradicionais já pronunciadas por praticamente todos que estavam no planeta terra, que já haviam se casado é claro. Houve apenas uma alteração que me pegou de surpresa . Ao invés de “ Até que a morte nos separe” foi dito “ Enquanto ambos continuarem vivos” que fez mais sentido.

Enquanto o ministro pronunciava as palavras eu não conseguia parar de fitá-la. Era como um sonho, por mais que era algo no qual eu temia, parecia que as coisas estavam acontecendo da forma que deveria acontecer. Jamais pensaria que minha vida conseguiria um dia chegar em um momento tão prazeroso. Agora nada mais importava, além de Edythe.

— Sim. — Edythe falou com um sorri e só então sai do transe percebendo que aquela era a hora de dizer as palavras definitivas. Quando foi minha vez sorri para ela encarando seus lindos olhos que estavam com um dourado intenso e eu tinha certeza que se ela fosse humana, esses olhos teriam lágrimas.

— Sim. — respondi e ela abriu um sorriso de orelha a orelha.

O ministro nos declarou marido e mulher e no momento que me aproximei de Edythe segurando em seu rosto escutei Eleanor assoviar. A encarei sobre o ombro e ela parou de assoviar rindo. Edythe me puxou pelo paletó me fazendo abaixar e me beijou me pegando de surpresa. Segurei em seu rosto a beijando delicadamente.

Todos começaram a aplaudir e a infeliz da Eleanor começou a assoviar novamente. Nos separamos, pois era possível que ficássemos ali por anos. Nos viramos para todos que comemoravam aplaudindo de pé. Senti um cheiro horrível que se aproximava cada vez mais.

— Não. — Edythe cochichou e se virou em direção ao altar ficando de costas para todos. Rapidamente todos os Cullens ficaram ao meu lado e o de Edythe.

Olhei sem entender para todos eles que focavam na floresta. Olhei também e por entre meio as arvores apareceram lobos. Duas deles, ou melhor dizendo, delas eu reconhecia ser as mesmas do dia em que conversei com Bonnie no terreno baldio. Haviam mais seis que viam logo atrás das duas.

— Não sei o que estão fazendo aqui. — Edythe falou entre os dentes. — Não há perigo!

— O que está acontecendo? — perguntei a ela que assim como os outros não tirava os olhos das lobas que se aproximavam cada vez mais.

— Poderia me dizer o que elas querem Edythe? — Carine perguntou a ela que assentiu.

Ambas começaram a caminhar em direção a matilha. Fui atrás de Edythe, mas Archie me puxou.

— Deixe isso com elas. — me pediu e eu o encarei.

Fiquei parado aonde eu estava assim como os convidados e os outros Cullens que também não estavam entendendo nada.

— Vão embora, não há perigo. Estão estragando o meu casamento. — Edythe falou furiosa.

— Edythe. — Carine a advertiu.

— Não estamos colocando ninguém em perigo, eles não irão caçar nessa região. — Ela encarou a loba preta que recuou.

— É apenas uma festa de casamento. — Carine o explicou.

— Querem saber por quanto tempo isso irá durar. — falou a Carine.

—Será algo breve. — Carine as respondeu calmamente.

— Acho que será uma briga daquelas. — Me assustei assim que vi Eleanor do meu lado. — Edythe está muito nervosa! — Procurei por Jess que estava no meio deles e quando ela viu que eu estava olhando para ela a mesma apenas assentiu e voltou a olhar para Edythe.

Vi a posição de Edythe mudar.

— É só uma festa de casamento, vocês estão atrapalhando. Poderiam nos dar licença? — perguntou a elas, dessa vez mais calma.

A loba preta recuou ainda encarando Edythe, logo depois ela olhou para para mim.

— Tudo bem. — Edythe me encaro um pouco triste. — Venha. — me chamou e eu segui em sua direção.Rapidamente me aproximei dela que segurou em minha mão. — Tem uma pessoa querendo te ver. — me avisou e eu concordei. — Continuem com a festa, voltamos em breve. — avisou aos outros.

Todas as oito lobas recuram enquanto eu e Edythe fomos atrás delas. Corremos por entre as árvores, atravessamos o rio até chegarmos novamente no terreno baldio. A encarei assim que avistei a camionete.

Era Bonnie.

Me senti aliviado por ser ela.

Bonnie desceu com a ajuda de uma mulher que estava dirigindo e a pôs em sua cadeira de rodas. Após ambas descerem se aproximaram de nós.

Bonnie me encarou e sorriu.

— Meus parabéns.

— Obrigado. — ergui a mão para ela e as lobas nos rodearam.

Bonnie apertou e sorriu novamente.

— Tem alguém querendo te ver.— olhou para trás; Edythe se afastou de mim e eu a encarei. — Se importaria se eles ficassem á sós? — Bonie perguntou a Edythe que negou cruzando os braços. Bonnie me encarou e sorriu. — Há uma clareira, atrás daquelas arvores, acho que seria um local ideal. — concordei e segui em direção a clareira prendendo a respiração para não poder atacar quem quer que fosse.

Assim que cheguei escutei o som das galhas de arvore fazerem barulho. Olhei para cima e encontrei Jules que me encarava curiosa.Sorri para ela que me analisava centímetro por centímetro. Me aproximei dela enquanto a mesma descia da arvore em um pulo.

— Beau? — sorri para ela que ainda estava um pouco distante de mim.

— Olá, Jules.

— É você?— tocou em mim levemente e eu concordei. — Não está morto?— seus olhos estavam cheios de água.

Tenho certeza de que se eu fosse humano, os meus estariam assim também.

— Depende da sua definição para “morto”. — seus olhos estavam bastante esbugalhados não acreditando no que estava vendo.

A abracei e ela retribuiu o abraço mas rapidamente se afastou.

— Está tão frio. — assenti. — Você era quente e está tão diferente, olhe só seus olhos. Não eram azuis?

—Er... Eu não sou mais humano. —falei a ela que me olhou indignada.

— Mas meu pai disse que você estava apenas um pouco diferente. — explicou confusa.

— Eu acho que esse “um pouco diferente” significava que eu não sou mais humano.

— ELES VIOLARAM O TRATADO. — Gritou nervosa começando a tremer. Toquei em seu corpo que estava muito quente e optei por me afastar um pouco dela.

— Não foi violado, eu quis e permiti que isso acontecesse. — ela me encarou e riu sarcástica.

— Você quis? — assenti. — Não faz ideia do quanto Tio Charlie está arrasado. Você tem que contar a ele, mostrar que está vivo.

— Não podemos. — lamentei a ela que se virou de costas nervosa.

— Tirou sua vida, mentiu para algumas pessoas para ficar ao lado de uma...

— Sim. — respondi antes que ela continuasse.

—Não é você Beaufort. — me encarou seria. — O garoto que eu conhecia não faria isso, não seria idiota a ponto de fazer isso. — me olhou sobre o ombro. — Não é o Beau que eu conhecia e tanto gostava.— Falou se afastando de mim enquanto se enchia de fumaça e de repente uma loba apareceu na minha frente.

Ela me encarou pela ultima vez e saiu correndo se afastando de mim o mais rápido que conseguia.

— Jules. — me sentei no chão da clareira triste com aquilo.

Droga!

— Não se preocupe. — Bonnie me disse enquanto Edythe veio me abraçar e então pude ver que ambos estavam ali prestando atenção em tudo que havia conhecido.— Depois que Jules se transformou, ela não consegue se controlar. Ela está muito chateada com você, assim como muitas outras pessoas que sabem da verdade. — Olhei para Edythe que encarava Bonnie. — Podem voltar para a festa. — Falou antes de sair enquanto as lobas saiam correndo na direção que Jules havia ido.

— Não fique assim. — Edythe se sentou ao meu lado.

— Como não ficar? É minha amiga. — sorri para ela que afagou meu cabelo e me dei um beijo.

— Vamos. — Edythe me chamou me puxando pela mão. — Tem uma festa nos esperando, e não podemos perder a viagem.

— E para onde seria essa viagem ?

— Surpresa. — sorriu. — Foi ideia de Archie.— riu.

— Tudo certo. — Falei a pegando nos braços e correndo com ela por entre a floresta.

Não demorou muito e estávamos em casa novamente. Muitas pessoas estavam dançando ao som suave do piano, que para minha surpresa, Royal estava tocando. Coloquei Edythe no chão cuidadosamente para que ela não caísse, enquanto eu procurava os olhos atentos de Eleanor.

— Vamos. — Edythe me chamou me puxando para mais perto das pessoas, onde encontrei os outros dançando. Novamente os três homens loiros me encararam. Abaixei o olhar abraçando Edythe e ela deitou a cabeça em meu peito enquanto dançavamos.

— Archie fez um ótimo trabalho.

— Sim— falei olhando a decoração.

Ela riu.

— Não estou falando da decoração. — olhei para ela enquanto eu tentava não pisar no seu pé. — Você aprendeu a dançar em uma semana. — comecei a rir.

— Sim, ainda devo muitas desculpas a Jess, pisei inúmeras vezes em seu pé. — Edythe gargalhou. — Archie disse a ela que depois ela poderia descontar da forma que quisesse. — suspirei e olhei para ela que estava escutando a conversa. — Estou temendo o que ela irá fazer. — Edythe riu.

— Não será assim uma grande coisa. — me contou.

— Tomara. — olhei novamente Jess que me encarou enquanto dançava com Archie.

Pouco tempo depois, nos separamos novamente para pegarmos as malas para seguirmos viagem. Encontrei com Edythe no corredor e peguei sua mala a carregando com minha outra mão que estava vazia. Caminhamos em direção a saída onde recebemos uma chuva de arroz. Caminhamos rapidamente tentando nos proteger das dinamites de arroz que mandavam. Entramos no carro rapidamente e eu o liguei para fechar as janelas. Começamos a rir enquanto sacudíamos os cabelos que estavam com muito arroz. Tirei um pouco do excesso do seu cabelo e logo depois dei partida buzinando para todos que estavam ali.

Edythe segurou em minha mão que estava em minha perna e entrelaçou nossos dedos. Olhei para ela esperando que ela me guiasse.

— Para onde vamos? — perguntei pisando no acelerador.

— Primeiramente vamos para o Aeroporto. — empinou o nariz.

— Não me diga. — Ela riu.

— Não estrague a surpresa. — pediu e eu concordei me virando e focando na estrada. — Você irá gostar. Eu tenho certeza.

Sorri para ela seguindo para a nossa misteriosa viagem.