Isso não Pode Dar Certo escrita por Bellynha


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Mas a criatividade só veio agora. :s

Aproveitem. E PESSOAL AVISO LÁ EMBAIXO, LEIAM PORQUE É IMPORTANTE!!!!!



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CAPÍTULO 21

POV EDWARD

Lembro que tudo ficou escuro de repente, e depois eu estava em deitado em uma cama, em um quarto branco. Tentei levantar, mas minhas pernas não me obedeciam. Foi aí que eu olhei para o meu corpo. Eu estava coberto de hematomas, grandes e feios hematomas que me cobriam da cabeça aos pés. Fiquei enjoado com aquela cena, confesso que fiquei até meio tonto, então me recostei no travesseiro e dormi.

Quando acordei, uma moça morena de olhos azuis estava mexendo em alguma coisa acima da minha cabeça. Foi então que eu percebi a agulha em meu braço e a ela estava ligado um tubo de soro. Eu estava em um hospital.

-O que aconteceu?

Fui logo perguntando o que tinha acontecido para a moça no quarto, que eu deduzi ser uma enfermeira.

-Sr. Yates, o senhor acabou de sofrer uma cirurgia para a retirada de uma bala de seu peito. Tudo ocorreu muito bem, mas sugiro ao senhor que fique deitado e que não se canse nem se aborreça. Agora tente descansar, isso o fará se sentir melhor. Está sentindo algum tipo de dor?

-Sim. Parece que um caminhão passou por cima de mim três vezes seguidas. HAHA.

-Vejo que o Sr. É bem-humorado. Irei administrar mais alguns analgésicos no soro para que essa dor passe. Agora tente dormir Sr. Yates. Logo deixarei seus amigos vir te visitar.

Ela colocou o que parecia um litro de analgésico no soro e saiu do quarto, fechando a porta atrás dela. Enquanto o analgésico não fazia efeito, fiquei olhando para um relógio na parede. Fiquei olhando para os minutos que se arrastavam e adormeci em questão de dez desses.

-Se sentindo melhor Sr. Yates? Dormiu tão pouco.

A enfermeira me perguntou quando e acordei. Olhei para o relógio e vi que havia passado duas horas.

-Sim. Estou me sentido melhor fisicamente, porque psicologicamente a coisa está feia.

-O seguro da faculdade lhe proporcionará um psicólogo. Creio eu que tenha sido uma experiência muito traumática.

-E como. Logo no dia que eu me sentiria mais feliz me acontece uma coisa dessas.

É. Seria o dia que eu diria a mulher da minha vida que eu a amava. Seria com certeza o dia mais feliz de todos. Mas foi bom ter acontecido aquilo. Agora, depois do acontecido, depois de Nahuel ter ameaçado tirar a razão da minha vida, eu percebia que não poderia mais falar que amava. Aquilo poderia ser muito perigoso para ela. Ele tinha um comparsa ou vários e eu não podia me arriscar em ficar com ela e lhe trazer algum mal. Meus pensamentos foram interrompidos pela enfermeira que falou:

-Sinto pelo acontecido. Chamarei um de seus amigos agora. Com licença.

Assenti e fiquei aguardando quem quer que fosse que entraria por aquela porta. Estava vendo televisão quando ela entrou. A alegria foi tanta ao vê-la, saber que ela estava bem, mas logo tirei esses pensamentos da minha mente, seria mais difícil com eles lá.

-Oi. –eu disse.

-Oi. Como você está? – Bella falou preocupada.

-Melhor do que estava a algumas horas atrás.

Vi que ela parou olhando para meus hematomas, mas logo desviou o olhar, olhando agora para mim.

-Edward eu preciso falar. –eu tentei interromper, falar primeiro, mas ela foi logo falando. – EU TE AMO!

Olhei para a cara dela, meu coração batendo forte por ouvir aquela declaração. Aquelas três palavrinhas que mudavam tudo. As três palavras que eu gostaria de ter falado e ouvido horas atrás. Mas que agora não poderiam ter o mesmo prazer de antes. Mas eu precisava dizer a ela que a amava.

-Eu também. Mas eu não posso ficar com você. Não sabendo que eu posso trazer perigo para você.

-Não Edward...

 Vi o horror, a tristeza, a decepção passando pela cara dela, isso me fazia muito mal, mas eu precisava me afastar dela,  pelo menos um tempo, até que estivesse seguro para ela ficar perto de mim.

-Não digo eu Bella. Eu não vou ficar com você enquanto eu proporcionar perigo. Eu não te quero. Não agora.

-Então isso muda tudo.

-É.

A dor física agora não existia mais. A dor psicológica causada por todo aquele sofrimento que aquele filho da puta tinha me causado parecia que tinha ido embora. A dor agora se concentrava em um só lugar, em meu coração que parecia em pedaços.

Gritei o nome dela, para que ela voltasse até a mim, mas ela não se virou. Lágrimas quentes escorreram pelo meu rosto, um silencioso, uma dor guardada e compartilhada somente por mim.

Um médico entrou correndo no meu quarto junto com a enfermeira que tinha estado aqui antes.

-Sr. Yates está tudo bem? O que aconteceu?

Ele perguntou ao ver o meu estado.

-Sim senhor. Bom... na verdade eu acabei de perder a mulher que eu mais amei na minha vida. Será que o senhor poderia me dar alguma coisa para eu dormir? Eu estou sentindo o meu corpo muito dolorido.

-Claro Sr. Yates. Enfermeira, administre mais analgésico ao paciente.

-Sim doutor.

Agora o efeito dos analgésicos foram mais rápido.

Fiquei internado mais uma semana e recebia visitas diárias de Jasper e Alice. Mas não tinha nenhum sinal de Bella.

-Ela está muito magoada Edward. Ela NUNCA tinha falado para um homem que o amava, e quando o fez ela é rejeitada. Imagina o que ela está sentindo.?

Alice me falou um dia enquanto Jas foi comprar um café para ela.

-Mas Alice você não entende. Eu não posso ficar com ela. Isso atrairia problemas a ela.

-Você é tão teimoso quanto ela. O casal perfeito. Ela falou quase a mesma coisa. Que o que tinha acontecido com você era culpa dela...

-Que besteira... ela não tem culpa de nada. –interrompi a All enquanto ela falava.

-Foi o que eu disse a ela. E o que eu repito a você agora. Edward Yates você não tem culpa de nada. E nada acontecerá com vocês se vocês ficarem juntos.

-Você não pode ter certeza.

-Ok. Verdade. Então fique sem a mulher que você ama, ou amava, que por suas atitudes parece que você não a ama mais.

-Mas eu amo e muito.

-Então fique com ela. Fale com ela sobre isso. Peça desculpas.

-Eu tenho que pensar.

-Se você realmente a ama não pense. Aja.

Ela saiu do quarto e me deixou sozinho. Naquele mesmo momento, sem nem pensar, peguei o telefone do quarto e disquei o número da Bella que Alice tinha deixado ali.

Mas ela não atendeu. Mas agora eu estava pensativo. Será que eu fiz a coisa certa, ou eu fui super protetor e egoísta demais?

POV BELLA

Sai do hospital chorando. Passei por Jasper e Alice que ficaram super preocupados ao me verem correndo. Ouvi Alice dizer a Jas que ia comigo, e ele concordou.

-Bella. O que foi amiga? Fala para mim.

-Ele disse que me amava...

-Mas isso é bom, não é? Então por que você está assim.

-Ele disse que não me quer. Que me ama, mas não pode ficar comigo.

Alice me abraçou e ficou assim até que eu chorasse tudo o que tinha que chorar naquele momento e depois me levou de volta para a faculdade. Chegando ao nosso apartamento fui direito para o quarto e me joguei na cama enterrando minha cabeça nos travesseiros e chorando mais, Alice se sentou no chão ao lado da minha cama e foi fazendo carinho em mim até que eu dormi.

Os pesadelos foram horríveis, todos eles começavam com o Nahuel me estuprando, me violentando, e depois eu morria, ele me matava. Aí o pesadelo mudava, era o Ed na cadeira apanhando, já estava cheio de hematomas, era repugnante ver até no sonho, e depois um tiro e tudo ficava escuro e eu só ouvia a voz do Edward dizendo: “EU NÃO TE QUERO”.

Acordei em um pulo e chorando, o que fez com que Alice se assustasse e caísse para trás. Ela havia dormido com a cabeça no meu colchão e sentada no chão.

-Amiga, o que aconteceu?

Contei o sonho, ou melhor, pesadelo para ela e continuei a chorar.

-Calma amiga, foi só um pesadelo, já passou.

Não falei nada, mas não era só um pesadelo. Tudo havia acontecido. Somente eu que não tinha morrido.

Fiquei durante uma semana trancada no meu quarto, eu tinha sido liberada pelo reitor das aulas daquela semana, para me recuperar do choque. Eu fiquei sentada em minha cama agarrada em minhas pernas, formando uma bola humana. Eu estava muito mal, me sentia muito mal, meu coração parecia que tinha sido arrancado do meu peito. Havia um buraco dentro de mim.

Alice e Jasper foram visitar o Ed durante toda aquela semana, mas eu ficava lá, patética.

No final de semana ele voltou para a faculdade. Foi quando ele ficou em repouso no apartamento que eu sai, comecei a voltar para as aulas. Eu não aguentava olhar para o rosto dele. Doía muito. Só voltamos a nos cumprimentar dois meses depois... mas porque não havia como não fazer isso.


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Notas finais do capítulo

Galera. Gostaria de agradecer a todos vocês que tem comentado. Estamos quase chegando aos 300 coments graças a vocês.

Mas agora eu vou ser um pouquinho chata, além de pedir reviews eu vou pedir com muito carinho que vocês escrevam indicações, é rapidinho assim como o review. Não custa nada. Então só postarei se a fic receber mais três indicações (ela tem uma). Peço isso porque a fic já está na reta final. e posso adiantar que terá segunda temporada.

Bjinhos, Bellynha.