Isso não Pode Dar Certo escrita por Bellynha


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Gente, preciso avisar avisar antes do capítulo, que este fiqcou um pouco forte. O cap. apresente um significativo número de palavrão e palavras de baixo calão. Então para quem não quiser ler essas palavras pulem as palavras riscadas, ok?

Espero que vocês gostem mesmo assim.
Bjinhos.



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CAPÍTULO 19

POV EDWARD

Não consegui terminar a frase, uma mão me segurou pelo pescoço, senti um pano em meu rosto e senti que desmaiava....

Pensei que tinha morrido. Eu tentava abrir meus olhos, até conseguia abri-los, mas não via nada além de escuridão. Fiquei desesperado quando tentei falar e me dei conta que em minha boca havia uma fita, ou um pano que impedia a minha voz de sair.

Passado bastante tempo naquele desespero consegui ouvir um voz. Era um homem que falava, e provavelmente era no celular.

-Eu te disse que eu ia conseguir... –a voz baixava e continuava- ... sim vou fazer a minha parte do plano, para resolver o meu probleminha.... – tinha momentos que a voz sumia completamente, sinal de que ele esperava que alguém falasse. - ... sim, sim. Eu prometi. Ele será seu depois.... claro que sim gostosa. Te vejo a noite... aham... farei o que você quiser.

Momentos de grande silêncio percorreram o local. O único som que eu conseguia ouvir era o de uma porta abrindo e fechando o que me dava a certeza que o homem ainda estava ali.

Fiquei pensando quem seria aquele cara  e a mulher ao telefone e o que eles queriam comigo, mas não encontrei nenhuma resposta.

Foi quando eu ouvi passos atrás de mim. Eram passos pesados, mas o que mais me incomodou foi o perfume. Tive a sensação de que já tinha sentido essa fragrância. E quando a voz falou tive certeza de quem era.

-E aí Edinho?!

POV BELLA

Eu sai de casa ás 20:00 e o Edward falou que me esperaria as 19:00. Será que ele ainda estava lá? Eu estava muito ansiosa, ele queria falar comigo e eu queria falar com ele. E pela maneira em como ele tinha escrito a carta eu tinha a certeza de que as nossas palavras seriam sobre o mesmo assunto.

Fui correndo por todo o campus, a caminho do prédio onde tinha sido a aula de Literatura. Agradeci durante todo o caminho pela Alice ter escolhido meu All-Star como sapato porque como por todo o lugar onde eu passava tinha grama, um salto alto não cairia bem, ou pensando bem, cairia sim, eu cairia com a cara no chão.

Enfim cheguei ao prédio escolhido, mas quando eu cheguei no banco não tinha ninguém. Me sentei e fiquei esperando. Enquanto esperava, eu falava baixinho o que eu queria falar para o Ed, ou talvez, futuro amor.

-Edward. Me desculpe.

Eu precisava começar com as desculpas, afinal ele merecia já que EU fui a estúpida que não acreditei nele, na verdade, eu nem o ouvi.

-Me desculpe mesmo. Eu sei que não foi você que agarrou aquela piranha da Rosalie. Eu a ouvi contando tudo para a Esme. Afinal ela bem te chamou de fraquinho sabe? O que eu acho que você não é, por causa desses músculos, sabe, quando eu olho para eles...

Bella se concentra, pensei comigo mesma. Eu tinha que falar que o amava. E dessa vez de verdade, nada de sarcasmo, indireta, nada. Eu iria falar para ele que o amava. Eu estava decidida. Eu estava certa de minha escolha.

-Edward eu...

Quando eu me levantei para ensaiar como eu falaria isso, uma coisa me chamou a atenção. Tinha um pedaço de papel em um arbusto ao lado do banco. E não era um papel usado, nem nada do tipo. Era uma folha ofício novinha e nela tinha alguma coisa escrita. Me aproximei e peguei o papel, curiosa para saber o que estava escrito, pensando até aquele momento que fosse do Ed.

“E aí vadia? Aproveitando o “encontro”. Não? O que foi? O gato furou com você? Te deixou largada aí?

Ahhh não fique triste meu amor. Ele está comigo. Seu namorado está comigo cretina, é o seu Ed. Você vai pagar por ter falado com o reitor. Você vai pagar igual aquela vagabunda que eu matei.

Você vai pagar Belinha!”

Ao final da carta eu estava chorando. Ele tinha pego o Ed. Eu soluçava. Me sentei no banco não me importando se alguém chegaria ali e me seqüestraria, ou me mataria.... a única coisa que eu pensava era onde estava o Ed. O que tinha acontecido e o que estava acontecendo com ele naquele momento? O mundo parecia que ia desabar, logo quando eu tinha encontrado a resposta. Logo quando parecia que os sentimentos dele correspondiam ao meu....

Um toque nos meus ombros me fez pular de susto.

-Q-q-quem é você?

Perguntei a um cara que estava parado na minha frente.

-Eu sou o Policial Smith. Desculpe assustar a senhorita.

Eu ainda estava soluçando enquanto respondia o policial.

-O-oi p-policial. V-você tem que me ajudar.

-O que foi senhorita. A senhorita é a senhorita Lange? –eu assenti e ele continuou. –Eu vim mesmo a fim de ajudar a senhorita. Em relação ao caso do Sr. Nahuel. Mas o que aconteceu? Porque a srt. está chorando?

-E-ele l-levou o Edward. Ele o levou.

Mostrei o bilhete ao policial que disse:

-Isso é urgente. Levarei a senhorita ao seu apartamento. E depois começaremos as buscas.

Aceitei o braço que o policial me ofereceu e fomos para a casa.

POV EDWARD

-E aí Edinho?!

Não havia como não reconhecer essa voz. Foi a voz que mais me causou nojo, desprezo e raiva na minha vida. Era ele. Nahuel. Minha vontade era levantar e dar um soco nele, mas eu estava amarrado, impotente. Não conseguia me mexer, falar e muito menos ver alguma coisa.

-Coitadinho dele... ele está tão impotente ali. O que eu deveria fazer? Eu devia tirar a venda dos olhos dele? Ou a fita da sua boca?

Ele falou em tom de quem se importava, mas logo depois começou a rir.

-HAHAHA. Tadinho nada. Você não vale nada. E eu que pensei que você era um cara legal na primeira vez que te vi. Vou ser bonzinho com você. Tirarei a fita da sua boca.

Ele chegou e deu um puxão na fita, senti um pedaço da pele sendo arrancada junto, também senti o gosto do sangue em minha boca, o que confirmou que minha pele tinha mesmo arrancada.

-O QUE VOCÊ QUER DE MIM SEU CRETINO? –eu gritei.

-O QUE EU QUERO DE VOCÊ? EU QUERO QUE VOCÊ PAGUE POR TER ME BATIDO.

Falado isso ele começou a me bater. Mas me segurei para não começar a gritar ali. O garoto era muito forte. Bem mais forte do que no dia em que EU bati nele. Mas agora era ele que me batia, e muito. Eu sentia os hematomas se formando nos locais que ele me batia. Teve uma hora que eu não agüentei. Comecei a gritar.

-Ta gritando por que mariquinha? Einh? Você é um homem ou o que? Você parecia todo machão e protetor quando você me bateu naquele dia. Você e aquela vadia da Isabella tem sorte de estarem vivos até hoje. Muita sorte mesmo. Ou não né... já que eu vou matar um dos dois... dependendo de como essa situação aqui vai ficar.

-Você não vai encostar um dedo na Bella. Você está ouvindo?

-Own. Que bonitinho o namorado defendendo a namorada. Pena que ela não pode te defender quando ela está tão indefesa...

-O que... O que você fez com a Bella seu filho da puta?

-Ahhh... acho que você merece ver...

Ele voltou até mim e tirou a venda dos meus olhos. Por ter ficado tanto tempo sem ver luz, quando eu olhei ao redor da sala meus olhos queimaram.

-Os olhos doeram, é? Espera só até ver isso.

Ele pegou um celular no bolso da calça e me mostrou uma foto. Olhei por apenas meio segundo e já fiquei enjoado, com raiva, tudo o que aquela imagem me mostrou me deu mais ódio. A foto mostrava a Bella em um quarto, deitada na cama toda machucada, ela tinha vários hematomas... era repugnante. Eu não conseguia olhar.

-Está vendo... quem mandou mexer com quem não deve... viu no que dá? –ele disse.

-Você não pode fazer isso com ela. Se você quiser alguma coisa faça comigo. Não a machuque por favor.

Lágrimas se formaram no canto dos meus olhos.

-Coitadinho. Ele está chorando? Que pena. Mas estamos começando a conversar.

-Então... o que você quer?

-Eu a quero! Eu quero a vagabunda da Bella. Só para mim.

-NÃO! ISSO NÃO! VOCÊ NÃO VAI TER. NÃO VAI CONSEGUIR.

Eu não conseguia imaginar ele a tocando, a beijando... não conseguia imaginar eles dois em qualquer situação.

-Aé? Sério mesmo Edward? Porque foi fácil droga-la naquela noite... não será nada difícil fazer de novo.

-Você me dá nojo.

-Sério? É o primeiro a me dizer isso.

Fiquei em silêncio até que ele falou.

-Eu não preciso da sua ajuda para ficar com a Bella. Eu faço isso sozinho. Mas.... eu preciso de você fora do meu caminho.

-NUNCA! VOCÊ NÃO TERÁ ELA.

-Então ta. Foi você que pediu.

Ele começou a me bater e me socar. Mas eu não desistiria tão fácil. Eu precisava ajudar a Bella, salva-la desse monstro. Eu poderia sofrer a maior dor do mundo, poderia perder as forças, mas POR ELA eu nunca desistiria de lutar.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Muito pesado? Opiniões, elogios, tudo é muito bem vindo.

A FIC MERECE RECOMENDAÇÃO? Bjinhos, Bellynha.