última Chance escrita por gemeasgc


Capítulo 3
Ser profundamente amado por alguém


Notas iniciais do capítulo

Ser profundamente amado por alguém nos dá força, amar alguém profundamente nos dá coragem.



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  - Lily, acorde. – chamou Lene

  - Bom dia, Lene. - eu resmunguei, me sentando na cama

  - Bom dia. Olha Lily, me desculpe pela minha crise de ontem.

  - Não tem problema, eu sei como você é curiosa. – eu sorri – Eu só não te desculpo por ter me acordado cedo.

  - Desculpa. É que o café da manhã já acabou e o almoço vai começar em 40 minutos e os meninos estão nos esperando lá em baixo, junto com a Emme.

  - Eu só vou me arrumar e já desço.

  Eu lavei meu rosto, penteei meus cabelos e coloquei uma calça jeans, uma regata verde e uma sandália dourada.

  - Bom dia, marotos. E Emme. – acrescentei ao ver sua carranca pra mim.

  Eu sentei no braço do sofá ao lado do Remo.

  -Você está linda, Lils!

  - Obrigada, Potter – eu respondi, corando.

  - Então agora nós voltamos aos sobrenomes? – ele perguntou, mantendo o tom brincalhão.

  - Oh, desculpe! Força do hábito, James. – respondi e eles riram de mim

  Nós almoçamos e decidimos ir para o lago.

  Eu e Remo fomos ler, James e Sirius foram jogar snap explosivo e Emme e Lene, xadrez bruxo.

  Após uns 40 minutos, as meninas já tinham desistido de jogar.

  - O que vocês acham de um amigo-secreto no Natal? – perguntou Emme.

  - Eu gostei. - Sirius e Lene disseram juntos, e por alguns instantes seus olhares se cruzaram o que fez Sirius colocar um sorriso malicioso nos lábios e receber uma piscadela de Lene, que riu logo em seguida.

  - E você, Remo? - Emme perguntou olhando diretamente pra ele.

  - Por mim tudo bem. – ele respondeu fechando o livro e correspondendo o olhar de Emme.

  - Eu adorei! – James comentou – E você Lils, o que acha?

  - Uhum. – eu disse sem tirar os olhos do meu livro.

  - Lily, preste atenção nos seus amigos e largue esse livro por um minuto? – James pediu

   - Não. – eu respondi sem parar de ler.

   - Lily Evans, eu vou ser obrigado a tirar esse livro de você? – James desafiou.

   - Você não se atreveria. – respondi com a maior calma possível enquanto ele me encarava com seus olhos castanhos amêndoas.

   - Você pediu! – ele disse antes de arrancar o livro de minhas mãos.

   - Potter, me devolva esse livro agora! – eu gritei em uma tentativa fracassada de me manter séria.

   - Só se você me pegar! – ele gritou e saiu correndo. Eu fui atrás dele, sempre que eu estava perto ele dava um jeito de driblar. Nós continuamos assim por uns cinco minutos. Até eu achar uma brecha. Ele estava encostado atrás de uma árvore recuperando o fôlego. Eu saí correndo e pulei nas suas costas. Nós dois caímos rindo. Eu estava em cima dele, nossas bocas estavam a poucos milímetros de distancia, eu podia sentir seu hálito doce e intoxicante. Eu me aproximei mais um pouco e fechei meus olhos e...

  - James, você já... Meu Merlin! – por que raios a Lene tinha que interromper logo agora?! Eu preciso sair dessa!

  - Agora esse livro não sai mais das minhas mãos! – eu peguei o livro das mãos dele e me levantei.

  - Isso não vai ficar assim, Evans! – e assim ele voltou a correr, só que dessa vez, atrás de mim. Eu conseqüentemente tive que fugir.

Corri por alguns metros, até sentir meu pé bater em algo mais sólido do que deveria ser a grama. Caí no chão e meus olhos se encheram de lágrimas.

  

  - Lily! – James gritou preocupado e veio correndo ao meu encontro. – O que aconteceu? Você se machucou? Tá doendo?

  - Meu pé, ta doendo muito! – eu disse, conforme lágrimas rolavam pelo meu rosto e mantendo a mão no tornozelo.

  - Me deixa dar uma olhada. – eu tirei a mão e ele tirou minha sandália delicadamente. Seu rosto se distorceu em uma careta. Meu pé estava inchado e roxo. Um palavrão escapou pela minha boca e ele riu.

  - Eu vou te levar para a enfermaria. – ele passou um braço por trás de meus joelhos e outro nas minhas costas, eu passei o braço sobre seu pescoço e me aconcheguei em seu peito definido. Seu aroma me lembrava a nossa volta de vassoura, o que me fez sorrir.

  Ouvi gritos distantes, que soavam como "James, seu veado, aonde está levando a ruiva?", mas James continuou seguindo em frente.

  Nós chegamos e ele já começou:

  - Madame Stevens, vem rápido! Calma Lils você vai ficar bem, eu te prometo! – e me deitou em uma cama.

  - Senhor Potter, que gritaria é essa?

  - Madame Stevens, a Lily se machucou e a senhora fica aí parda. Ajude-a!

  - Senhor Potter, eu vou ser obrigada a expulsá-lo daqui.

  - Eu não saio daqui sem a Lily. – ele começou a tremer

  - Srta. Evans, por favor?

  - Não, eu gostaria que ele ficasse Madame Stevens. Por favor? – eu fiz uma cara de cachorro abandonado.

  - Pode ser, desde que pare a gritaria.

  Ele se aproximou de mim e segurou a minha mão.

  - Pare de chorar ruiva. Você fica bem mais bonita sorrindo!

  E entrelaçou nossos dedos.

  - Sabe James, você que é o nervoso aqui. - ele riu e eu abri um sorriso amarelo. A enfermeira fez um feitiço que diminuiu bastante a dor do meu pé, mas não totalmente.

  -Srta Evans, eu vou lhe dar uma poção antiinflamatória e ela também vai aliviar a dor. Eu creio que a senhorita deverá ficar mancando por no máximo dois dias.

  - Obrigada Madame Stevens – eu disse e antes que eu pudesse tentar me levantar, James já veio me pegar no colo. Eu novamente me ajustei confortavelmente em seu peito. Logo após atravessarmos o quadro da Mulher Gorda nossos amigo já queriam saber o que tinha acontecido.

  - O que aconteceu?

  - Você está bem?

  - O que aconteceu?

  E as mesmas perguntas se repetiram várias vezes...

  - Calem já a boca! - gritei -  O que aconteceu foi: Eu estava correndo, tinha uma pedra no caminho, eu caí. O James me levou para a ala hospitalar, eu descobri que quebrei o pé. Ele já está melhor, porém eu estou aleijada por dois dias e com poção para uma dor insuportável!

  - Huum... - Remo fez sinal de compreensão

  - E agora? - Lene perguntou olhando para os outros

  - Não sei. - Sirius respondeu, mais para si mesmo do que para a morena

  - Vamos jantar? – Emme perguntou

  - Podem ir. Eu não estou com fome. – eu disse após James me sentar no sofá

  - Eu fico com ela, também não estou com muita fome. – James se ofereceu

  - Lily, você precisa de alguma coisa? Quer que a gente te traga alguns biscoitos? – a gentileza de Sirius se mostrou

  - Não precisa, obrigada!

  Eles saíram e James já começou a falar:

  - Eu realmente acho que você deveria comer alguma coisa!

  - Eu já falei que não estou com fome!

  -Mas mesmo sem fome, você não comeu nada desde o almoço!

  - Não preciso de alguém me dando ordens!

  - Honestamente, como seu herói do dia, eu vou obrigar você a comer!

  Não sei como,mas ele tirou um pacote com bolachinhas de chocolate do bolso.

  - Coma.

  Eu fechei a minha boca em um sinal de que não iria comer

  - Vamos, eu sei que são as suas favoritas!

  Após um breve exame foi possível identificar que aquelas realmente eram as minhas bolachinhas favoritas!

  - Obrigada! – eu agradeci e comecei a comer.

  Eu fiquei olhando o fogo que ardia na lareira, com um ritmo especial. Até reparar que ele me observava com um sorriso no rosto.

  - O que foi? – eu perguntei me sentindo um bicho de zoológico

  - Eu te amo, ruiva. – ele realmente precisava dizer isso agora? Logo agora? Ele se tornou o meu melhor amigo em dois dias. A pessoa que eu sabia que podia confiar e quem eu realmente tinha confiado o dia inteiro.

  - Eu também te acho um ótimo amigo, James.

  O sorriso em sua cara diminuiu um pouco, mas não se desfez.

  - Agora você pode me ajudar a ir pro quarto, por favor? - eu pedi desconfortável

  - Ah, claro. - ele parecia um pouco desconcertado

  Como rotina, ele me pegou no colo, e com a minha autorização, conseguiu subir as escadas. Ele me deitou em minha cama e disse:

  - Você quer que eu pegue alguma coisa? Precisa de alguma ajuda?

  - Não, obrigada. Eu só tenho uma pergunta: Como você sabia que essa era a minha cama?

  - Suposição. A arrumação desse lado do quarto me lembra você, e também fica no mesmo lugar que a minha lá no dormitório masculino.

  - Huum... então, boa noite. E obrigada. Por tudo, James. – eu disse e soube que ele entenderia o duplo sentido. Afinal estava realmente agradecida por ele não ter insistido no assunto 'nós'.

  - Boa noite Lily – ele se aproximou e deu um demorado beijo em minha testa – Até amanhã.

  Eu sorri e esperei que ele saísse.

  O James realmente tem se provado um grande amigo. Grande, porém galinha. Pare, Lily Evans, você é uma vergonha! James Potter é apaixonado por mim e não fica com ninguém há 2 anos!

  Eu bufei e virei de lado, esperando assim tirar os pensamentos que rodavam em minha cabeça.E foi como eu acabei dormindo naquela noite.

**

  - Lils levanta!

  - Emme, me deixa dormir, ainda tá cedo! - eu resmunguei enfiando a cara no travesseiro

  - Lily Evans, daqui a meia hora nós temos que estar na sala de Transfiguração, então eu acho que você deveria ir se arrumar!

  - Já estou levantando! - me sentei an cama -  Cadê a Lene? – eu perguntei ao ver sua cama vazia

  - Já deve estar saindo do banho. Eu vou descendo pra ver se os Marotos já acordaram ok?

  - Sim, eu já vou me arrumar! – eu me levantei e senti uma fisgada no pé. Mancando, vesti o uniforme, que já estava separado do lado da minha cama, sem tempo para tomar banho. Esperei Lene sair do banheiro, para eu poder usá-lo para a minha higiene matinal.

  - Bom dia Lily! – me disse uma Lene já pronta, com seus cabelos escuros presos em uma trança muito bem feita,

  - Bom dia! – eu disse e rapidamente me tranquei no banheiro. Eu penteei meus cabelos, escovei os dentes e ao sair do banheiro levei um susto ao ver um ser parado a minha frente

  - Sirius! – eu gritei

  - Bom dia, Lily. A Lene pediu para eu vir te ajudar a descer.

  - Mas e o James? – escapou sem que eu reparasse, porém Sirius reparou e me olhou sorridente.

  - Ele ainda não tinha descido quando eu subi até aqui. Vamos?

  - Sim, claro – ele me pegou no colo, que apesar de não ser tão aconchegante, protetor, e perfumado quanto o de James, ainda era bom.

  Assim que descemos, eu vi todos os outros no salão comunal me esperando, só que dessa vez, James estava lá. Ele nos encarava com um olhar... não tão legal, eu não sei porque. Tá. Sei sim.

  - Pode deixar que agora eu levo a minha ruiva, Pad’s – e ele estava com ciúmes. E desde quando eu sou a ruiva dele?

  Como uma boneca eu fui passada para os braços de James.

  - Vamos para o café da manhã? – eu perguntei tentando descontrair o clima pesado que tinha se formado

  -Claro que vamos! – disse Remo e assim saímos do Salão Comunal.

  - Em que você estava pensando, James? – eu sussurrei em seu colo – Não precisava ter brigado com Sirius.

  - Eu não briguei com ele, nervosinha. – ele me respondeu – Só deixei bem claro: com você, é melhor ele deixar as mãos bem longe de certos lugares.

  - Você sabe que ele não faria isso, James. Não comigo. Não com você.

  - É melhor tomar poção antes de pegar Varíola de Dragão, ruiva. Aquilo foi só um alerta.

  - Desnecessário, James.

  Chegamos ao Salão Principal e, juro, eu quase senti minhas costas queimando com os olhares que recebi. Nos sentamos três de cada lado, respectivamente: Lene, eu e James de um lado e Sirius, Emme e Remo do outro. Nós comemos e as piadas de Sirius e James fizeram todos rir. Parecia que aquilo tinha sido realmente apenas um alerta.

  Faltando 5 minutos para aula começar nós nos dirigimos à sala, só que dessa vez, após eu implorar, eu fui andando, apenas apoiada em James.

  - Onde você quer se sentar? – ele perguntou atencioso

  Após avaliar que Sirius tinha sentado com Remo, nos últimos lugares, e logo a frente estavam Emme e Lene eu respondi:

  - Podemos ficar na frente do Remo e do Sirius.

  - Com certeza! – ele me levou até lá, e após se certificar que eu estava confortável, ele se sentou também.

- Bom dia – disse a professora McGonnagal ao entrar na sala – Hoje nós vamos começar com as revisões para os NIEM’s. Como já foi explicado na última aula, nessa última prova dos senhores em Hogwarts, vai ser necessário o uso de todo o conhecimento aprendido durante os sete anos de estudo. Durante essa semana, em todas as matérias vai ser iniciada uma revisão, para que relembrem os assuntos importantes que podem ter esquecido. Para quinta feira eu quero dois rolos de pergaminho sobre algum tema estudado nos últimos seis anos, os senhores terão livre escolha de tema e farão o trabalho com o estudante que está sentado ao seu lado. Podem começar agora!

- Que tema você prefere? – ele logo perguntou

- Qualquer um. E você?

- Tanto faz. Vamos tirar no par ou ímpar, quem ganhar decide o tema.

- Par! – eu pedi

- Ímpar!

 Eu joguei um três e ele um quatro, ou seja, escolha dele.

- E então?

- O que acha de Animagia? – ele perguntou receoso.

- Eu acho que é um bom tema. Vamos começar?

- Claro! – e ele abriu o sorriso reconfortante. Será que ele não cansa de sorrir?

- Pode deixar que eu escrevo. Geralmente a letra feminina é mais caprichosa. E legível. – eu adicionei e ele riu

Ele me entregou um rolo de pergaminho e eu peguei a minha pena mais confortável e escrevi o tema no topo do rolo.

- O que você sabe sobre Animagia? – eu perguntei, para podermos começar o texto. Ou pelo menos termos uma base.

- Muito mais do que imagina! – ele gargalhou – Animago é o bruxo que decide se transformar em um animal. Geralmente esse animal assume a forma do patrono de tal, mas nem sempre. O processo de transformação deve ser feito com o acompanhamento de especialistas do Ministério da Magia, pois além de ser muito complicado, pode causar danos irreversíveis. Se o processo for bem sucedido, o bruxo pode se transformar sempre, sem sentir nenhuma dor ou sem surgir nenhum efeito. Existem diferenças entre lobisomens e animagos, os lobisomens não têm escolha, ele foi mordido então conseqüentemente vai se tornar um. Já o animago tem a chance de escolher se quer fazer a transformação, ou não. E você, o que sabe sobre animagia?

- Er... um pouco menos do que você!

- Como assim?

- Eu só sabia metade do que você disse. – eu disse envergonhada. Provavelmente corei, pois ele abriu um sorriso.

- Não precisa ter vergonha, eu tenho certo conhecimento nesse assunto! – eu ouvi a gargalhada estrondosa de Sirius.

- Senhor Black, se atrapalhar a aula novamente serei obrigada a tirar alguns pontos da Grifinória!

- Os pontos pode tirar, professora! Só não me chama de “Black”, por favor?! Você sabe, se família fosse boa nós poderíamos escolhê-la! – a classe toda caiu em gargalhadas, e eu juro que pude ver um meio sorriso se abrindo no canto dos lábios da professora Minerva.

- Por que o Sirius começou a rir? – eu fiquei curiosa

- Eu acho melhor você perguntar para ele mais tarde. Eu prefiro não me envolver nas maluquices do Padfoot! – mas ele sabia, eu tenho certeza!

Ele me contou um pouco mais sobre Animagia e sua história e eu preferi deixar pra escrever depois, por enquanto só discutir.

E foi nesse ritmo que a aula de Transfigurações acabou. E nós meninas, e os marotos fomos liberados para um período livre. Que seria usado para o termino da tarefa de Defesa Contra as Artes das Trevas, então todos fomos para a biblioteca.

O tema da redação era: feitiços não-verbais, suas vantagens e desvantagens. Matéria que eu preciso admitir tinha muitas duvidas.

Sirius e James foram os primeiros a terminar, logo seguidos por Remo e Lene, deixando eu e Emme para trás. Depois de uns vinte minutos em que os quatro ficaram esperando, aquilo já não podia mais ser considerada uma biblioteca, em minha opinião. Conversas altas e risos freqüentes dominavam o lugar, mas eu tentava não prestar atenção na bagunça.

- O que foi ruiva, alguma duvida? – James sussurrou em meu ouvido, me causando arrepios.

- É-É, mais ou menos. - gaguejei

- Eu vou te ajudar. – ele me explicou toda a matéria e me ajudou a finalizar a redação. Tudo isso antes de começar o almoço.

- Vamos almoçar, eu estou faminto! – reclamou Sirius pela segunda vez enquanto eu terminava de guardar meu material

- Nós já vamos Sirius. Cale-se! – reclamou Remo

Sirius pegou o meu material e socou tudo na bolsa que logo em seguida colocou nas costas

- Vamos agora? – eu olhei para ele incrédula. Mas minha atenção foi desviada quando James já vinha me pegar no colo, de novo!

- Não! Por favor, sem colo! – eu implorei – Eu juro que me apoio em você, mas sem colo, dessa vez?

Ele pareceu relutar um pouco internamente, mas acabou cedendo. 1x0 para mim!

- Nem pense que isso vai ficar assim! – Ele sussurrou para mim enquanto íamos para o salão principal.

O almoço se passou da mesma forma que o café da manhã. Só que dessa vez com uma grande participação de Remo nas piadas.

Faltando 10 minutos para as aulas, nós já tínhamos terminado de comer e estávamos conversando e resolvemos ir para nossas salas, meninas para Aritmancia e meninos para Trato das Criaturas Mágicas.

Quando eu ia me levantar, James anunciou:

- Hora da minha revanche! – ele me pegou no colo e colocou minha mochila em suas costas – Eu vou te levar para sua sala, ruivinha. Não quero que você suba escadas com o pé desse jeito! – ele comentou tentando disfarçar o tom preocupado em sua voz.

- Ótimo! Merlin, o que eu fiz para merecer isso?! – eu comentei em voz baixa de modo que só ele ouvisse

Ele me levou para a sala de Aritmancia e deu instruções bem claras a Lene, todas envolvendo como cuidar de mim e não me deixar andar sem ajuda.

  A aula se passou monotamente, e, pela primeira vez na vida eu senti falta das gracinhas dos Marotos.

  O bom é que logo teríamos poções!

  Finalmente James chegou junto com os Marotos para me levar às masmorras. Nós ficamos da mesma forma que a aula de Transfiguração.

  O professor fez o interminável discurso sobre os NIEM's e nos mandou fazer uma poção do morto-vivo. Fácil.

  Eu pude observar que James não fazia a mínima ideia sobre o que deveria fazer e eu resolvi intervir:

  - James, me passa as raízes de valeriana? - eu pedi

  Ele me entregou e eu fui preparar a poção sob sua observação. Toda vez que ele tentava conversar comigo eu o interrompia, senão a poção iria sair errada. A única vez que ele tentou ajudar a colocar um ingrediente - errado, só para constar! - eu disse "James, se aquiete e deixe que eu faça a poção!". Depois dessa ele nem se mexeu mais.

  Como sempre o professor Slughorn elogiou a nossa poção - feita por mim - e nos deu a nota máxima!

  Depois do jantar nós fomos para o Salão Comunal.

  - James, vamos fazer a redação!

  - Não! Nós podemos fazer amanhã. E depois de amanhã.

  - Mas nós temos o "hoje" para isso!

  - Vamos Lily, relaxe! Nós ainda podemos fazer isso amanhã!

  - Ou depois de amanhã! - Lene se intrometeu em nossa discussão

  - Até você Lene?!

   - Acredito, eu não estou a fim de fazer isso. Fui forçada a trocar de par com Emme, e agora vou ter que aturar Sirius como parceiro.

  - Então o que nós vamos fazer?! - eu disse abrindo um sorriso sendo convencida

  - Vocês eu não sei, mas eu e a Lil vamos para a reunião de monitores!

  - Nós temos que ir, já estamos atrasados! - eu peguei sua mão e sai dando um "até mais" para os que ficavam.

  A reunião até que foi bastante proveitosa, tirando os novos monitores que reclamam do comportamento de todos e da quantidade de deveres que lhes é passada, em consideração com o compromisso com a monitoria.

  Nós chegamos no salão comunal por volta das 23:00, e ele já estava vazio. Após um beijo ‘de boa noite’ na bochecha de James eu subi,  troquei de roupa e dormi.


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Notas finais do capítulo

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