100 Dias com Oliver Queen escrita por daisyantera


Capítulo 11
Destino


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAA GOSTARIA DE AGRADECER DO FUNDO DA ALMA PELAS AS RECOMENDAÇÕES QUE RECEBI NOS ÚLTIMOS DIAS, DAS LEITORAS Sweetdark E Pequena Queen!!! Falar que eu amei, adorei, me joguei, ao ler as lindas palavras que vocês usaram pra descrever a fanfic (e a doida da autora) é eufemismo. Eu fiquei bem: ALGUÉM ME SEGURA!!!! Nunca nada que eu falar ou fizer, vai chegar a altura da alegria que vocês me fazem sentir ao ler os reviews e as recomendações. Sério ♥ fico muito feliz e grata com todo esse carinho. E muito obrigada mesmo por vocês continuarem acompanhando a fanfic, mesmo essa autora aqui sendo uma desgraçada que demora uns 15 dias só pra atualizar...
AGORA, como sempre eu digo:
CAPÍTULO NÃO REVISADO, PODE CONTER ERROS GROTESCOS
E NÃO RECOMENDÁVEL A LEITURA NA FRENTE DE PARENTES OU AMBIENTE DE TRABALHO (apesar de eu não achar esse capítulo muito engraçado e é pra valer dessa vez gente, não tá tão engraçado, sério)
BOA LEITURA!



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Felicity's Pov

Nunca estive tão feliz de acordar cedo no meu dia de folga. Sério. Nunca.

Muito diferente de Curtis, que acordou xingando todo o império romano.

― Sua sorte é que ele trabalha com os tiras. ― Ele resmungou pela quinquagésima vez. Revirei os olhos e não me sujeitei a lhe dar uma boa resposta.

A verdade é que Curtis estava tão ou mais ansioso quanto eu para a chegada do novo hóspede, só não gostava de admitir - víamos Barry agora, como nossa tábua de salvação.

Bati os pés no chão, não escondendo o meu nervosismo. Estávamos na estação de trem, esperando pelo nosso Jack da vida real - que foi? Ele seria o nosso Jack e nós sua Rose, ou seja, ele afundaria para nos salvar, amém -, mas ao que parecia ele havia se atrasado. E muito.

― Acho que sua prima sabe que estamos na mira de um assassino e resolveu nos iludir com essa mentira. ― Curtis parou do meu lado, com um olhar perdido para acrescentar mais drama ainda na situação.

Mordi os lábios, não querendo dar ouvidos para ele.

― Caitlin não faria isso comigo. ― Murmurei, convicta.

A paranoia e medo de Curtis estavam atingindo proporções gigantescas, e se ele não parasse logo, eu acabaria lhe atingindo o órgão reprodutor.

― Nunca se sabe... Vai que tinha alguém apontando uma arma pra ela, enquanto falava contigo no telefone?

Eu começava a ter a leve impressão que Curtis na realidade, era minha consciência pessimista em forma humana.

Gemi baixinho.

― Ah, Deus, você quer parar com isso? ― Pedi, sentindo minhas esperanças a um fio ― Caitlin sequer imagina essa história e se soubesse, já teria chamado a SWAT para nós, o que não é ruim vendo por esse ângulo... Mas, de qualquer forma, Barry é real, ele vai chegar!

Ele tinha que chegar.

Curtis me lançou um olhar cheio de dúvidas, porém não falou mais nada.

Mas fui ingênua demais em pensar que ele continuaria quieto no seu canto. Vinte minutos depois, ele provou que poderia ser tão ou mais irritante quanto Oliver.

― Felicity, é sério, vamos embora! ― Me puxou pelo braço, igual criança ― O nosso Barry-Jack não existe e se existe, ele não vem mais! Felicity, sejamos espertos e vamos dá o fora, aproveitar e comprar uma passagem só de ida pra Terra do Nunca!

O olhei lentamente, percebendo o suor brotando bem no meio da sua testa, indicando que ele estava mais que histérico. Estava aterrorizado. O pior, era que ele parecia falar mortalmente sério sobre nós dois fugirmos para bem longe de toda aquela confusão e eu considerei por alguns milésimos insanos, de o libertar daquela cruz e o deixar ir embora para longe, afinal, ele nada tinha a ver com as minhas burradas ou de Oliver.

Mas, assim que o pensamento passou pela minha cabeça, foi embora.

Nah, se eu me lembrava bem, ele tinha algo a ver sim com Nyssa, pelo menos.

― Curtis, por ver sua atitude extremamente infantil, estou considerando mesmo te mandar para a Terra do Nunca. ― Repliquei, retirando suas mãos do meu braço ― Mas você não vai gostar nada, nada do jeito que eu farei isso. ― Pausa. ― E não é só uma assassina atrás de nós, são dois. ― O lembrei, erguendo dois dedos e pronta para ver a vaca ir pro brejo.

Se era pra surtar, que ele tivesse um real motivo!

Mas surpreendentemente, fui completamente desarmada pela sua atitude.

― Okay, eu sei que estou sendo fresco e rabugento demais, mas... Felicity, são assassinos querendo triturar nossas bundas de verdade! Não consigo ficar parado. ― Murmurou, limpando novamente o suor da testa ― Como você não está surtando?

Arqueei uma sobrancelha, recordando o episódio do dia anterior.

― Não sei se você notou, mas eu surtei e muito, lá na QC.

Se ele não havia notado, Oliver com certeza havia. Oliver e o seu Armani impecável, agora manchado de café.

Esperava de verdade que o tirano não me cobrasse por isso.

― Bem, sim, você surtou lá na QC, mas isso foi ontem. Hoje você acordou como se nada tivesse acontecido, o que me faz pensar que as palavras do seu sádico predileto finalmente penetraram a sua alma. ― Curtis disse, soltando uma risada nervosa e foi minha vez de lhe lançar um olhar cheio de dúvidas. Que diabos ele estava querendo dizer?

― Não entendi, explique melhor. Que palavras penetraram a minha alma?

Oliver, penetração e eu numa mesma sentença nunca era um bom sinal.

Soprando uma respiração exasperada, ele me olhou como se eu fosse a própria reencarnação de Mary Tudor¹.

― Ele disse que ninguém o atacaria enquanto toda essa história da safada e do trevoso estivesse na mídia.

― Ninguém irá nos atacar. Por enquanto. ― O corrigi rapidamente, colocando bastante ênfase no "nos".

Meu coração doía só de pensar que o Queen estava certo. Mas hoje ao acordar, refleti sobre o assunto e cheguei à mesma conclusão dele: Isabel não era tão louca assim em fazer um movimento contra nós tão precipitadamente. Pelo menos, era o que esperávamos.

Portanto, tínhamos que nos preocupar somente com Nyssa por enquanto. O que não seria problema, com a vinda de Barry-Jack para o nosso apartamento.

Quem iria tentar nos assassinar quando teríamos um tira por perto?!

― É incrível como você consegue confiar nas palavras do seu chefinho, que há poucas horas atrás, você mesma tentou matar.

Levei um momento para me recuperar daquela declaração utópica.

Eu? Confiar em Oliver Queen?

― Curtis, você andou bebendo água da privada? Eu não confio em Oliver Queen!

Os olhos dele cintilaram na minha direção.

― Ahãm, claro, você não confia nele. Óbvio.

Oh, Deus... O cérebro de Curtis estava atrofiando, era isso.

― Eu não confio nele. Só concordei com o ponto de vista dele, pois faz sentido. ― Retruquei irritada ― A oferenda estragada e o trevoso teriam que ser absurdamente burros para nos atacar agora!

― Ou absurdamente destemidos. ― Retrucou, extremamente sério. ― Assim como o seu chefe.

Não. Oliver não era destemido, era insano.

O que poderia ser um ponto a favor para nossa sobrevivência - ou não. Pois tudo dependia dele.

Era deprimente saber que minha vida dependia das decisões que o lunático tomasse.

― Ei, Felicity Smoak?

Dei um pulo do meu lugar ao ouvir uma respiração roçar na minha nuca e virando para trás, dei de cara com um jovem homem que detinha completamente as características de Barry-Jack, que Caitlin havia me falado mais cedo.

― Você é o Barry? ― Perguntei, só para ter certeza. E ele abriu um sorriso gentil, assentindo com a cabeça.

― Sim, Barry Allen, prazer. ― Apertou a minha mão e de repente ficou com as bochechas coradas. ― Me desculpe pelo o atraso, não é nada pessoal, é o que sempre acontece comigo. Não faço de propósito. Só acontece. Eu juro.

― Oh, meu Deus! Jack é seu doppelganger, Felicity! ― Curtis murmurou baixinho só para eu ouvir, porém eu tinha a absoluta certeza que Barry havia ouvido aquilo.

Dei uma cotovelada discreta em Curtis, esperando que ele parasse com os comentários espertinhos.

― Olá, sou Curtis Holt, seu mais novo companheiro de apartamento. ― Se apresentou com um sorrisão 43.

Quase fiquei com pena de Barry, ao o ver engajar uma conversa animada com Curtis, que mais de uma vez trocava Barry por Jack, deixando o pobre garoto confuso.

Oh, pobre Jack! Pensei, o olhando. Não fazia nem ideia da onde estava se metendo...

(...)

Chegamos até o nosso apartamento sem mais nenhum problema - claro, se ignorássemos que Curtis não calava a matraca nem um minuto. Parecia eu.

O que não era ruim, mas também não era bom. Bem, ao menos havíamos conhecido um pouco mais de Barry.

Por exemplo: Agora sabíamos que o seu padrasto adotivo era um detetive, ou seja, mais um ponto a seu favor.

― Então, me mostra o seu distintivo? ― Pedi casualmente, enquanto trancava a porta do apartamento.

Barry me lançou um olhar engraçado e tardiamente percebi que a minha pergunta poderia ter soado de maneira errada.

Ah, ótimo!

― Tô falando distintivo, distintivo, okay? Não estava tentando flertar com você ou qualquer coisa do tipo, não sou esse tipo de pessoa que sai flertando com qualquer um. ― Pausa ― Não que você seja qualquer um, é claro. Flertaria com você com toda a certeza do mundo, não tenha dúvidas.

Tá, agora sim parecia que eu estava flertando de verdade. O que eu não estava fazendo. Pelo menos não de propósito.

Encolhi os ombros, esperando que o nosso mais novo hóspede, corresse para fora do apartamento alegando que estava rodeado por loucos.

Entretanto, a única coisa que ele fez foi rir. Curtis que até o momento ocupava-se em nos servir um copo de suco, parou ao meu lado, sussurrando baixinho:

― Além do bofe fazer parte da turma dos mocinhos, tem bom humor. Racha, gruda nele!

Cerrei os olhos, sabendo bem o que Curtis queria que eu grudasse no Barry.

Ignorei Curtis, focando completamente em Barry.

― Você tem uma arma? ― Perguntei, o olhando atentamente. Diggle vivia com uma arma pendurada na cintura, mas eu não conseguia notar nenhuma com Barry.

Ele fez uma cara engraçada.

― Você sabe que eu sou assistente forense no Departamento de Polícia, né?

PUTA QUE PARIU!

Curtis deixou a bandeja que segurava, cair no chão e eu não precisava nem o encarar para saber que ele estava com aquele seu olhar petrificado-quero-morrer.

Puta merda, o Jack era falsificado! Ele não tinha uma arma, ele não tinha um distintivo, ele não tinha sequer uma tábua para salvar eu e Curtis-Rose!

Para completar o caos, após o barulho, Barry-cão acordou e assim que viu um novo intruso na sala, se levantou pronto para fazer o que qualquer cachorro normal faria: Latir, morder, caçar, triturar, cagar em cima, mijar na perna, desfigurar a cara do individuo, etc.

― BARRY! ― Gritei apavorada, me despertando do meu estado de completo transe. Barry-Jack que já tinha começado a escalar o sofá, para escapar da fúria do Barry-cão, parou imediatamente, provavelmente pensando que eu gritava com ele.

Barry-cão também parou, mas ainda rosnava exibindo seus dentes, para Barry-Jack-Falsiane.

― Barry Holt Smoak, volte aqui, cachorro mau! ― Exigi e com o rabo entre as pernas, Barry-cão veio até ao meu lado, choramingando como se soubesse que estava sendo repreendido.

― Barry Holt Smoak? Uma ova! É Barry Smoak! ― Curtis resmungava do meu lado, olhando desaprovadoramente para Barry-cão.

Revirei os olhos.

― Ah, agora ele é só Barry Smoak, né? Nas boas coisas ele é Barry Holt e nas ruins, é só Smoak! ― Bufei, indignada.

― Óbvio.

Cara de pau!

― O nome do cachorro de vocês é Barry?!

A voz indignada do Barry-Jack, me impediu de continuar aquela mini-discussão com Curtis.

O olhei, cruzando os braços.

― Sim, mas não é nada pessoal, nem te conhecia antes de nomear o cão. ― Disse ― E ele é um bom cãozinho, não se engane. ― Como só para me contrariar, Barry-cão começou a rosnar novamente em direção ao humano. ― Quer dizer, ele é bonzinho na maioria das vezes, só está sendo assim porque eu ainda não os apresentei propriamente. ― Tentei consertar a situação.

E para dar mais ênfase na minha boa vontade para construir um ótimo convívio entre Barry-Jack e Barry-Cão, peguei Barry-Cão no colo e o levei até Barry J. que nos encarava num misto de desconfiança e medo.

Legal, encontrei alguém mais cagão que Curtis.

Meu herói.

(...)

Até o início da tarde, Barry-cão e Barry-humano, haviam chegado a um denominador comum, onde Barry-humano ganhava ocasionalmente apenas algumas exibições grátis dos dentes de Barry-cão, mas fora isso, tudo estava sob controle.

Ou parecia.

Agora, eu e Barry J. estávamos na rua, pronto para cada um seguir o seu rumo e quando digo rumo, cada um ir para o seu local de trabalho. Ou como eu gostava de chamar: Campo de trabalho barato para o monstro capitalista.

― Você vai para o departamento de polícia daqui? ― Perguntei casualmente, enquanto nós dois esperávamos para um taxista de alma caridosa, parar para nos levar até nossos destinos.

― Não, vim aqui investigar algo numa empresa. ― Me respondeu, calmo. O que me era estranho, não estava acostumada a pessoas calmas, ao contrário.

Suspeitava que Barry conseguiria transmitir uma sensação de paz a qualquer pessoa, por mais insana que ela fosse.

― Qual empresa?

Ele deu de ombros.

― Acho que você conhece, Queen Consolidated.

Pisquei os olhos.

Ele havia falado....

― Eu trabalho lá! ― Gritei chocada com aquela estranha coincidência.

Ele também fez cara de chocado.

― Você trabalha para Oliver Queen?

Ele perguntou como se o Queen, fosse algum tipo de celebridade.

― Sim, sou sua secretária pessoal.

Correção: Sou a secretária pessoal do satãn, se quiser marcar uma horinha pra dar uma passada no inferno, é só falar comigo!

― Ual, como o mundo é pequeno! ― Ele exclamou, claramente admirado com aquela coincidência. E pra falar a verdade, bem que eu também estava um pouquinho impressionada com tudo aquilo.

Só poderia ser algum sinal, agora se era do divino ou do diabo, descobriria mais tarde.

Assim que entramos na QC, juntos, fui inebriada por uma sensação que só me acometia quando fazia algo de errado e ficava com medo que minha mãe descobrisse. Não sabia o motivo, mas parecia que eu estava fazendo algo muito, muito errado.

Endireitei a coluna, resolvendo ignorar aqueles pensamentos e acompanhar logo Barry até a sala do satan-mor. O diabo só podia estar me deixando paranoica igual ele, me convenci.

Dei as duas batidas habituais na porta do sádico e antes que ele pudesse me responder alguma coisa - não que ele fosse, já que aquilo havia se tornado rotina para nós dois - entrei na sua sala, acompanhada de Barry atrás de mim.

Tipicamente, como num dia qualquer, o lunático estava sentado atrás da sua mesa, como se fosse o poderoso chefão. Sequer levantou os olhos dos documentos que segurava, para me olhar.

I-D-I-O-T-A!

― Sr. Queen, o assistente forense de Central City que você contatou, chegou. ― Anunciei, tentando guardar só para mim os comentários ácidos que gostaria de soltar, como por exemplo: Por que diabos ele chamou um assistente forense sem me contar antes? Para que diabos ele queria um assistente forense? E desde quando ele sabia discar o número de alguém sozinho?!

Como se eu tivesse falado que Brigitte Bardot² havia acabado de adentrar o seu espaço, Oliver largou os documentos que olhava com tanto afinco e olhou rapidamente para a nossa direção.

― Vocês chegaram juntos. ― Observou de cenho franzido e eu fiz o mesmo. Como assim era a primeira coisa que ele falava ao ver Barry? Não soltava nem um cumprimento educado?

― Viemos juntos, Sr. Queen. ― Barry respondeu por mim, soltando uma risada nervosa e a sensação de antes, se apoderou novamente de mim.

Que diabos eu estava fazendo de errado?

― Desculpe, mas qual é o seu nome mesmo? ― Oliver perguntou, levantando-se do seu lugar e indo até Barry, que agora estava ao meu lado. ― Não tenho lá uma memória muito boa para nomes. ― Sorriu polidamente e eu quis socar a cara do cretino por estar mentindo tão descaradamente daquele jeito.

Ele? Não ter uma memória boa? Ainda mais para nomes? Só podia ser piada!

― Barry. Allen. ― Barry falou pausadamente, enquanto apertava a mão do cretino-mor. Não precisava nem ser um gênio para perceber o quão nervoso Barry havia ficado ao redor de Oliver. ― Barry Allen, prazer, Sr. Queen.

― Barry Allen... ― Oliver repetiu lentamente, ainda segurando a mão do pobre Jack 2. ― E vocês chegaram juntos, certo?

Franzi o cenho, pra que ficar perguntando isso?

― Oh sim, enquanto eu estiver aqui em Star City, ficarei no apartamento com Felicity! ― Barry respondeu, evidentemente alheio ao chute no traseiro que eu queria lhe dar por ter compartilhado aquela informação totalmente desnecessária, para Oliver.

― Ah, claro! ― Um brilho preocupante de percepção cruzou o rosto do sádico, que agora havia afastado sua mão da de Barry Jack e me encarava, com um sorriso que geralmente me colocava em problemas.

Recordei que ele havia usado aquele mesmo olhar há pouco tempo, quando estava ao telefone com Curtis e... Prendi a respiração, ao rebobinar toda a cena na minha cabeça.

"― Você está tentando me dizer que se livrou de Barry tomando banho? ― Seu tom era de descrença total e se eu não soubesse que eu estava falando a verdade, também duvidaria.

― Eu não sei, eu só tomei banho. ― Dei de ombros ― De qualquer forma, dê um jeito e nem pense em deixar Barry dormir na minha cama."

PUTA MERDA!

O IDIOTA-QUEEN ESTAVA PENSANDO QUE O BARRY NA MINHA CAMA, ERA O MESMO BARRY NA FRENTE DELE?

Pisquei os olhos, rápido. Não, não podia ser... Aquele seu sorrisinho sádico não queria dizer nada. Só queria dizer que ele tinha uma mente perturbada pronta para ferrar comigo. Ou com Barry.

Eu era a favor da segunda opção. Desculpa, Barry!

― Barry, eu gostaria de falar com você a sós. ― O sádico começou, com um ar severo ― Mas antes de chegar onde temos que chegar, vamos dar uma passadinha na mesa de Felicity. ― Finalizou, voltando a exibir aquele sorrisinho enervante.

― Passar na minha mesa? Por que? ― Perguntei confusa e se fosse admitir, até um pouquinho amedrontada.

Sentia que começava a ficar numa corda bamba.

― Preciso que você transfira alguns documentos que estão no seu computador, para o meu email. ― Retrucou.

Engoli em seco, assentindo com a cabeça. E sem perder tempo, assumi a liderança até chegarmos na minha mesa que encontrava do mesmo jeito que eu havia a deixado na última vez que a usara. Quanto mais rápido eu acabasse com aquela situação um tanto incômoda, seria melhor para mim.

E todos os indivíduos envolvidos - apesar de não ligar necessariamente para Oliver.

Liguei a tela do meu computador, muito consciente dos olhos atentos de Oliver seguindo cada movimento meu. A imagem com que fui recebida foi tão chocante que em menos de alguns segundos, já estava no chão com cadeira e tudo, perguntando-me o que fiz para Deus pra merecer um castigo tão grande daqueles.

― Não é nada disso que vocês estão pensando! ― Disparei, ainda jogada no chão e olhando para o teto da QC. ― Não sei como essa imagem foi parar ai, mas não foi por minha culpa!

Eu definitivamente tinha nada a ver com aquela imagem pornô como plano de fundo do meu computador. Mas tinha uma certa ideia de quem era o culpado por aquele desastre colossal, que no momento, sorria presunçoso na minha direção.

― Loirinha pervertida, ein. ― Oliver zombou, enquanto me assistia levantar com a ajuda de Barry. 

― Eu não botei essa imagem ai! ― Falei sentindo minha face corar, ao olhar a imagem novamente. Puta merda, qual era o problema de Oliver para colocar aquela merda de imagem na tela do meu computador? Estreitei os olhos, começando a desconfiar que talvez, só talvez... Ele soubesse do comprimido no café e aquela fosse sua retaliação tardia contra a minha pessoa. 

Entretanto, descartei aquela possibilidade rapidamente. Se Oliver descobrisse que eu, burramente, tentei o matar, já teria me ensacado. E não de um jeito legal.

Ugh, por que eu pensei nisso?!

― Se você está dizendo, Srta. Smoak... ― Resmungou, com um ar desinteressado mas eu conseguia enxergar os seus olhos rindo de mim. ― De qualquer jeito, apague essa... imagem do seu computador, irei deixar passar esse incidente dessa vez, portanto, eu espero que não tenha uma próxima vez ou você estará em apuros. ― Advertiu sério, como se ele não soubesse que eu nada tinha com aquela imagem do pênis capirótico na minha tela.

Cerrei os lábios, assentindo com a cabeça. Se eu falasse alguma coisa, provavelmente eu o xingaria.

― Bem, agora estou indo mostrar o lugar de trabalho para Barry. ― O cretino anunciou, ignorando completamente que há minutos atrás havia feito questão que eu ligasse o meu computador para transferir documentos que eu tinha a certeza absoluta: eram inexistentes.

Era tão óbvio que o lunático só queria me deixar numa péssima posição na frente de Barry que eu nem me dei ao trabalho de tentar consertar aquela situação com Jack 2, deixaria aquilo para mais tarde. Talvez.

(...)

― Eu odeio a minha vida! ― Falei pela quinquagésima vez aquela mesma frase que usei como mantra ao decorrer de todo o dia.

Óbvio que eu havia sido ingênua demais de pensar que Oliver deixaria aquela história de plano de fundo pornográfico, pra lá. Na realidade, o sádico fez questão de comentar casualmente para qualquer um que tivesse buracos nas orelhas, sobre o incidente. Em poucas horas, a QC se tornou o meu campo de batalha, onde eu tentava arduamente ignorar as piadinhas que me jogavam.

Ao final do dia, eu estava mentalmente exausta por ter conseguido me manter fisicamente longe de qualquer um. Só Deus sabia a vontade que me acometia de me lançar contra qualquer um espertinho que passava perto de mim, soltando piadinhas. Se Diggle estivesse por perto, eu mesma lhe roubaria sua arma para dar um tiro contra minha cabeça.

Para a minha sorte ou total azar, ao final do expediente não achei Barry e descobri logo que Oliver havia o liberado mais cedo, então provavelmente Barry Jack já estava no apartamento, o que era bom e ruim.

Bom porque eu não precisaria ter de explicar o motivo do meu sádico chefe, gostar de me infernizar. E ruim porque ele continuaria pensando que eu era uma pervertida e também não teria ninguém com quem rachar a conta do táxi.

Adoro a minha vida.

Como já havia se tornado um hábito rotineiro, assim desci que do táxi e toquei os meus pés na calçada, olhei de um lado para o outro, conferindo o perímetro. Ser alvo de dois assassinos e uma oferenda-psicótica-e-estragada, não era nada fácil.

Quando constatei que tava tudo certo, comecei a fazer o meu caminho para o meu lar, entretanto, antes mesmo que eu pudesse cruzar as portas do saguão do prédio, Sara apareceu na minha frente.

― Ei, Felicity! ― Ela me saudou com um aceno. Era incrível como as pessoas gravavam com certa rapidez o meu nome, pensei um pouco desanimada.

Vai que era outra louca? Não precisava de mais loucos na minha vida, apesar de achar até agora, Sara normal demais - claro, tirando a parte onde ela me lembrava uma fadinha.

― Olá, Sara. ― A cumprimentei, com um sorriso educado. Reparei na roupa que usava e constatei logo que ela estava de saída para algum lugar badalado.

― Percebi hoje um novo morador na sua casa. ― Disse, com um sorriso suave ― Bonito ele.

U-A-L. Barry Jack já estava arrasando corações assim?

― Sim, é um amigo, o nome dele é Barry.

Seu sorriso se ampliou mais, quase transformando-se numa risada.

― Barry? Não é o nome do seu cachorro?

Ops.

― Bem, sim, acabou acontecendo desse jeito. Acho que Deus tem algum senso de humor. ― Respondi, extremamente sem jeito e pronta para desviar de suas torrentes perguntas que com certeza tinham a tendência de me constranger mais e mais, com o passar do tempo. Sempre era assim.

Suspirei, ajeitando a bolsa no meu ombro e pensando num jeito educado de dizer boa noite.

― Então Sara, foi ótimo te ver essa noite, mas eu tenho que subir pois eu tive um lon-

― Quer sair comigo? ― Ela me interrompeu ― Trabalho num clube e estou indo pra lá, você quer ir comigo? Você me parece tensa e alguém que precisa de uma bebida.

Uma bebida? Eu precisava mesmo era de um estoque todo!

― Ah não, eu...

― Vamos, você vai se divertir! ― Insistiu ― Se quiser, eu posso te emprestar uma roupa pra você não precisar ir até o seu apartamento e falar com alguém. ― Propôs e eu franzi o cenho, a analisando.

Sara não parecia uma pessoa ruim, ao contrário. E a roupa que usava deixava claro que com certeza, estava indo até um clube.

Encolhi os ombros, eu já estava na merda mesmo... O que tinha demais tentar me divertir um pouco? Ou quem sabe, me afundar mais na merda enquanto tomava uns drinks?

― Bem, se você insiste... ― Cedi, com um suspiro. ― Vamos então!

Falar que Sara se animou com a minha derrota, era eufemismo. Ela simplesmente me agarrou e saiu me puxando pelo braço, até o seu apartamento, pronta para me emprestar alguma roupa que não fosse tão séria quanto aquela que eu estava usando.

(...)

― Eu não deveria estar aqui.

Foi tudo que eu consegui dizer, observando o ambiente. O clube estava cheio, uma música ensurdecedora preenchia todo o ambiente e eu tinha certeza absoluta que eu já havia ouvido falar daquele lugar, porém custava me lembrar onde e quem havia comentado do mesmo para mim.

Sara que estava ao meu lado, me acompanhando até o bar, onde trabalhava, riu.

― Acredite em mim, você deveria sim estar aqui. ― Ela me assegurou, firme. E antes que eu começasse a desconfiar de suas boas intenções, chegamos até o nosso destino final e a minha atenção se desviou para as bebidas.

Deveria parar de ser paranoica e aproveitar aquela oportunidade de me divertir, pensei, ignorando a recordação das palavras do Queen ao dizer que as pessoas não eram tão boazinhas quanto pareciam.

Sentei na banqueta do bar, encontrando uma certa dificuldade usando aquele vestido absurdamente curto e apertado que Sara havia me emprestado. Outra péssima escolha, que estava me deixando extremamente desconfortável.

― Não se preocupe, você está bonita com esse vestido. ― Sara falou, contornando o bar e pegando algumas bebidas, pronta para me servir.

Correção: Você só precisa levantar esse vestido mais um pouquinho para todo bar ver sua calcinha, mas você está divina, yeeey!

Soltei um suspiro, resolvendo me concentrar apenas na bebida e ignorar tudo ao meu redor. Eu só iria tomar alguma coisa e depois vazar dali, prometi a mim mesma. Nada demais iria acontecer, nada.

Estava na minha quarta bebida, quando senti o meu pescoço queimar, como se alguém estivesse me observando... Automaticamente, levei as mãos até a nuca, tentando dissipar aquela sensação, mas foi inútil.

― Ora, ora, olha só quem vemos por aqui...

Congelei no meu assento, ao ouvir aquela voz perigosamente perto do meu ouvido. Reconheceria aquela voz em qualquer canto do planeta.

Puta merda! Segurei com mais força o copo, quem sabe tudo não passava de uma invenção da minha mente já embriagada...

― F-e-l-i-c-i-t-y, me ignorar vai ser pior.

Merda! Merda! Merda!

Lentamente, virei e dei de cara com o meu demônio pessoal, e para o meu total horror, ele estava mais bonito que nunca. Cacete! Eu estava bêbada, era isso. Única explicação para aquele pensamento ter cruzado a minha mente.

― Não sabia que você gostava desse tipo de lugar, Srta. Smoak. ― Ele gracejou, lançando um olhar descarado para as minhas vestimentas. Imediatamente, senti vontade de cobrir minhas pernas, consciente que na presença do sádico-mor eu só fazia uso de jeans. Entretanto, o meu orgulho falou mais alto e eu continuei o encarando, não movendo um dedo para tentar me cobrir.

― Nem eu pensei que você gostava desse tipo de lugar. ― Retruquei, ainda segurando firmemente o copo na minha mão, como se ele de alguma forma, fosse se transformar num escudo.

― É como dizem, tenho que cuidar do que é meu. ― Replicou, ainda olhando para as minhas pernas.

Franzi o cenho.

Hein?

― Você tem que cuidar do que é seu... ― Repeti lentamente, com medo de interpretar errado suas palavras e aquele olhar de pervertido que ele estava me lançando.

― Negócios de família. ― Desviou os olhos para o meu rosto, seu tom agora era o mesmo que usava quando estava ficando entediado. ― Esse clube é meu, mas quem administra é Thea. Vim dá um apoio moral.

Pisquei os olhos. Espera...

― Thea está aqui? ― Perguntei, horrorizada.

Recordava-me muito bem o nosso primeiro e último encontro em Vegas, onde eu afirmei ter alguma doença para a Queen mais nova. Seria um desastre ter de me fingir de doente bem ali na frente de todo mundo.

― Se ela estivesse aqui, você acha que eu estaria aqui? ― Indagou, com uma sobrancelha arqueada. Puta que o pariu! O homem é sexy. Irritantemente sexy. 

Argh, me matem.

― Não. ― Respondi rapidamente, largando o meu copo. Só podia ser a bebida me influenciando a ter aquele tipo de pensamento com Oliver Queen.

― O que você faz aqui? Claramente, esse lugar não combina contigo. ― Ele resolveu insistir no assunto e eu me senti profundamente ofendida pela sua declaração.

Levantei o queixo, o desafiando.

― E o que combina comigo?

Ele me estudou por alguns instantes e quando eu pensei que ele não me responderia mais nada, ele sorriu na minha direção. O tipicamente sorriso sádico que fazia parte da sua marca.

― Se você me fizesse essa mesma pergunta hoje de manhã, responderia que você combinaria com computadores, gatos e xícaras de café. ― Seus olhos fixaram-se em mim ― Mas te vendo agora, digo que você combina com couro, amarras e mordaças. ― Completou, como se estivesse falando do tempo e não da porra de uns fetiches bem estilo 50 tons de cinza.

Senti minha boca secar e às cegas, procurei o meu copo, sem conseguir desviar o meu olhar daquele lunático absurdamente pervertido e descarado.

― Um pouco mais a direita, Srta. Smoak. ― Ele murmurou, divertido e eu franzi o cenho.

― Hã?

― O copo.

Ah! O copo, certo.

Como um cão treinado, guiei a minha mão na direção em que ele me indicou e em segundos, senti um líquido gelado jorrar no meu colo.

FILHO DA PUTA!

― Você fez isso de propósito! ― Eu rangi os dentes, olhando o meu vestido que nem era meu, completamente molhado. A bebida escorria pelas as minhas pernas, parecendo até mijo.

― Você quem escolheu não olhar para onde sua mão estava indo. ― Deu de ombros, completamente desinteressado no meu drama. ― E eu queria testar sua confiança em mim.

"― É incrível como você consegue confiar nas palavras do seu chefinho, que há poucas horas atrás, você mesma tentou matar. "

As palavras de Curtis voltaram para me assombrar. E com um horror real, percebi que de fato, confiava no lunático. Agora, como e por quê, nunca conseguiria explicar.

― Você é um idiota. ― Resmunguei, virando para o balcão, prestes a pedir algum pano para Sara.

― Só de vez em quando. ― Ele murmurou, pegando um lugar do meu lado. 

Ah, ótimo, agora ele resolvia estacionar bem ali, perto de mim. Legal. Já havia passado da hora de eu ir embora, constatei.

― Sara, eu estou indo embora. ― Declarei, assim que vi a loira por perto, passando com uma bandeja cheia de bebidas.

Imediatamente, ela parou na minha frente.

― Mas já?

Ela parecia levemente decepcionada. Olhei de soslaio para Oliver e notei o idiota encarando Sara por mais tempo que o permitido.

Idiota pervertido!

― Fiquei tempo o suficiente ao redor de idiotas hoje. ― Respondi seca e para o meu completo desprazer, ouvi a risada de Oliver. 

Sara que até então me encarava, escorregou os olhos para cima de Oliver.

― Oliver, pare de atanazar a garota.

O QUE?!

ELA CONHECIA ELE?

Arregalei os olhos.

― Você conhece ele?! ― Perguntei, incrédula.

Oliver riu novamente, parecendo apreciar uma piada interna que só eu desconhecia ali.

Sara sorriu.

― Eu trabalho no clube dele, óbvio que o conheço.

Quis me estapear. Minha burrice estava atingindo altos níveis essa noite, mas eu só tinha a bebida para culpar. Claro, além de Oliver sentado ao meu lado, fazendo cada terminação nervosa minha vibrar.

― E ela é a minha ex. ― Oliver acrescentou num gracejo e eu engasguei com a minha própria saliva.

― Você já namorou ele?! ― A fitei boquiaberta, apontando um dedo acusador para o cretino.

Sara parecia estar achando divertida a situação, já que sorria abertamente.

― Não foi a minha escolha mais brilhante. ― Respondeu humildemente.

Bem, ao menos ela admitia que namorar Oliver Queen era um erro colossal.

Oliver estalou a língua nos dentes.

― Sara Lance, cuidado com as suas palavras. Elas podem acabar machucando alguém.

ELE FALOU SARA LANCE?

― Espera, você vai casar com a irmã da sua ex? ― Virei para Oliver, completamente horrorizada com as informações que estava colhendo ali.

Ele era mais insano que eu imaginava. Quer dizer, como um cara tinha coragem de pegar a irmã e depois pegar a outra e casar com ela?

Ele apertou os olhos ― Srta. Smoak, você me parece bastante interessada na minha vida pessoal.

Consegui notar uma nota de advertência.

― Eu tenho buracos na orelha! ― Me defendi ― É impossível não ouvir certas coisas.

― Uh-uhum, claro. ― Debochou e eu vi aquela como a oportunidade perfeita para ir embora.

Deveria aproveitar enquanto tudo ainda estava sob controle.

Levantei do meu lugar, ignorando o vestido molhado e também, tentando ignorar Oliver que também havia levantado.

― Vou embora, Sara. ― Repeti novamente, dessa vez com mais ênfase e ela assentiu com a cabeça.

― Tudo bem, amanhã nos falamos. ― Ela prometeu e foi a minha vez de assentir com a cabeça.

Comecei a caminhar entre aquela multidão, pronta para alcançar a saída daquele clube, quando notei Oliver caminhando bem atrás de mim.

Parei, irritada.

― Por que você está me seguindo? ― Questionei nervosa, virando na sua direção.

Ele não se abalou nem por uma fração de segundo.

― Não passou pela a sua cabeça que talvez eu também esteja indo embora também?

Idiota.

― Sua irmã já chegou para você estar fazendo isso? ― Cruzei os braços, presunçosa.

Agora sim, ele parecia abalado.

― Touché.

Sorri, convencida. Finalmente, eu havia desarmado Oliver Queen. Apostava uma nota que ele não esperava que eu não estivesse bêbada o suficiente, para esquecer certos detalhes da breve conversa que tivemos antes da interrupção de Sara.

Contente com aquela pequena vitória, girei os calcanhares, pronta para ir pra casa e comemorar por aquela noite não ter sido um completo desperdício de tempo.

Antes que eu pudesse dar mais um passo, para longe, Oliver segurou o meu pulso.

Oh, Deus! Eu era idiota demais por pensar que o sádico-mor me deixaria escapar assim tão fácil, ainda mais após minha pequena vitória sobre ele.

― Oliver, eu juro por Deus que s-

― Felicity, você não está tão bêbada assim, certo? ― Ele me interrompeu rudemente, me olhando analiticamente. Franzi o cenho, será que ele não havia notado que eu não estava tão pra lá de Bagdá?

― Óbvio que eu não estou bêbada! ― Respondi, ofendida.

Ele agora concentrava-se em olhar para algum ponto atrás de mim.

― Ótimo, então posso te avisar com antecedência que vou te pagar mais tarde, pelo que irei fazer com você agora. ― Murmurou, intensificando o aperto ao redor do meu pulso. ― E você não pode falar de forma alguma que eu tentei me aproveitar de você.

Se aproveitar de mim? Mas... O quê?!

― Hein?

― Eu te avisei.

Antes que eu percebesse, Oliver me puxou para perto e em seguida, sua boca estava sobre a minha.

E só uma questão, super importante, cruzou a minha mente naquele momento:

PUTA QUE PARIU, QUE INFERNO A BOCA DE OLIVER QUEEN ESTAVA FAZENDO SOBRE A MINHA?!

1. Mary Tudor, mais conhecida como Bloody Mary.

2. Brigitte Bardot, atriz e cantora francesa, considerada o grande símbolo sexual dos anos 50 e 1960.


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Notas finais do capítulo

FIRST OF ALL: Vocês leram as notas iniciais? Se sim, que bom. Não diga que eu não avisei antes que o capítulo não foi tãããão engraçado.
Agora...SIM, ELES SE BEIJARAM, POIS É! Mas o Queen pervertido teve um motivo fortíssimo para fazer essa manobra - digamos assim, completamente arriscada. Próximo capítulo cês entendem.
BARRY JACK! Será que ele vai salvar Felicity e Curtis Rose? Façam as suas apostas!
Sara Lance é um cupcake precioso demais para esse mundo, e uma loira inteligente demais que sabe muito bem o que ela faz. Tudo tem um propósito, acreditem.

ENFIM, muito obrigada pelos reviews do capítulo anterior, novamente um OBRIGADÃO as lindas leitoras que recomendaram a fanfic. E até o próximo capítulo ♥

PS: PERA AÍ, quem viu o episódio de Arrow da semana passada? Já podemos preparar os lencinhos, pois a queda do nosso casal favorito está chegando e tudo graças ao Malcolm ): tô tão triste por isso.
PS3: À leitora Pequena Queen: Minha lista de compra só tem enlatado, salgadinhos e coisas congeladas KKKKKKKK nada muito interessante. (Ah mentira, vai me dizer que enlatados não são interessantes?)