Percy Jackson Filmes escrita por JkTorçani


Capítulo 11
Torneio de Outono




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Ponto de Vista de Clarisse

O Torneio chegou e eu vou arrasar. Pronto. É isso.

128 campistas lutariam hoje, em duplas. Então cerca de 64 combates aconteceriam. Ontem sortearam quem lutaria com quem, mas sem divulgação. Ainda não sei a identidade do meu adversário, mas pouco importa. Quem quer que fosse, se lascou.

Olhei em volta da arena, todos estavam usando armaduras gregas e elmos, as armas em mãos. Sr. D iria anunciar as duplas a qualquer momento. Enquanto isso não acontecia, todos a volta conversavam animadamente.

– Eu soube que Annabeth não vai participar esse ano. Cara, isso é ótimo, agora as minhas chances de vencer aumentaram – ia dizendo um filho de Apolo. Olhei para ele.

– Suas chances? – soltei um riso debochado – sonha mais baixo, garoto.

Ele olhou para mim, a aparência de quem está medindo as palavras com cuidado antes de solta-las.

– Bem, espero que você faça uma boa luta Clarisse – desejou ele.

Bufei. Não era isso que ele queria dizer.

– Fique mesmo com medo, se for meu adversário, seu magricela, vou quebrar você ao meio. Vai virar meu novo pau de selfie – disse eu. Os outros campistas olharam para ele, muitos com ar de deboche. Bullying cibernético é patético. Bullying de verdade é bem mais divertido. Pratico muito. Principalmente com esses otários, baba ovo da Chase e do Jackson.

O filho de Apolo se afastou junto a outro campista, ao mesmo tempo Quíron e Sr. D apareceram na arena.

– Heróis! Todos aqui – disse Quíron. Do outro lado da roda que se formava de campistas, avistei Jackson. Ele estava sozinho, Chase e Underwood viajaram. Pena não estarem aqui para ver o amigo ser massacrado – Hoje será realizada a primeira rodada do Torneio de Outono. No final do dia, só restará metade dos campistas na competição. Vocês todos sabem as regras. Proibido matar, ou mutilar alguma parte do corpo do adversário. Como são muitas lutas em um dia só, hoje serão feitos dois combates simultâneos. Vou anunciar as duas primeiras duplas que lutarão – ele pegou um rolo de pergaminho e abriu – Drew Tanaka e Lee Fletcher. Jake Mason e Connor Stoll.

Todos se viraram para ver Tanaka avançando com uma armadura prata. Fletcher vinha logo atrás com armadura de bronze. Mason e Stoll já estavam de frente um para o outro. Ficou meio óbvio quem seriam os ganhadores nesta batalha. Tanaka e Stoll não tinham chance. Cada dupla de combate estava em uma lado da arena. Sinceramente não sei qual das lutas assistiria, o meu tédio a essa altura já era físico. Quantas lutas aconteceriam até a minha?

A resposta era 42. Quando anunciaram que meu adversário seria Silena Beauregard, meu primeiro pensamento foi: “Vai ser um massacre”, o segundo foi: “Não tinha ninguém mais desafiador?”

Apesar de que Beauregard lutou bem, para uma filha de Afrodite. Ela até que aguentou bem o soco que acertei em seu queixo, achei que ela fosse desmaiar, mas ela esperou levar uma coronhada com o cabo da espada para fazer isso. E essa foi minha luta do dia. Agora, só amanhã.

Fiquei na arena para ver a luta entre o Jackson e o irmão de Connor, Travis Stoll. Jackson tirou o garoto de cena com uma rasteira.

Ótimo. Ele passou, e então teria a chance de lutar com ele depois.

A segunda rodada foi interessante. Meu adversário do dia foi Will Solace. Jackson venceu Ethan Nakamura.

A terceira rodada foi radical. Quem diria que Chris Rodriguez lutaria bem, mas não foi páreo para mim. Do outro lado, Jackson encontrou dificuldades com Fletcher, mas venceu.

Na quarta rodada, Jake Mason me deu trabalho, mas tirei o cara do Torneio arremessando o escudo no meio da cara dele que nem o Capitão América, não mandei o otário se distrair. Jackson derrotou Katie Gardner cordialmente. Um exímio cavalheiro, babaca.

O quinto dia, já eram as oitavas de finais. E o evento já estava se transformando em Clarisse & Jackson Show. Pelo menos era o que comentavam. No final seria Clarisse La Rue Show, porque a surra que eu daria em Jackson seria um verdadeiro espetáculo. Pelo menos a namorada dele ia assistir. Chase já havia retornado. Não era sem tempo. Mas por alguma razão, o aleatório dos sorteios das lutas insistia em não me deixar lutar com Jackson. Dessa vez meu adversário seria uma filha da deusa Hécate, Lou Ellen. Foi bem complicado, porque a mãe dela é a deusa da magia, e suas habilidades mágicas me trouxeram problemas. Mas consegui coloca-la para dormir quando ela lançou um feitiço que ricocheteou no meu escudo. O filho de Poseidon passou por um filho de Hefesto chamado Harley. O quão próximo estávamos agora.

Sexto e penúltimo dia do Torneio, semifinais para os semideuses. Agora, o que eu mais queria era ir com Jackson para a final. Seria mais emocionante detona-lo lá. O meu desejo estava para ser realizado, minha próxima luta seria com um dos irmãos de Chase, Malcolm. O lindinho me deu muito trabalho, filhos de Atena são durões, tenho que admitir, mas acabei quebrando três costelas dele, e depois disso a dor não deixou que ele continuasse. Jackson enfrentou a segunda batalha mais complicada do Torneio. Porque a primeira seria comigo. Charles Beckendorf acertou dois socos no estomago dele, sendo musculoso e ainda por cima filho de Hefesto, tenho quase certeza que doeu muito. Mas de alguma forma, a cria de Poseidon conseguiu virar o jogo, Beckendorf levou um golpe de Krav Magá, que o deixou desnorteado por horas. Então é isso, eu e Jackson na final. Não tenho palavras para descrever o quanto ele estará lascado amanhã. A alma daquele garoto é minha.

Sétimo e último dia do Torneio, final. Chequei minha armadura, espada e escudo. Tudo certo. Todo mundo em volta, sentados na arquibancada ou em pé, gritavam e assobiavam, umas duzentas pessoas por ali no mínimo. Sátiros, ninfas, semideuses. Vieram assistir o massacre.

Jackson já estava no meio da arena. Sr. D também estava por ali.

– Clarisse, Perry, se aproximem – ordenou o deus. Sorri, ele nunca acertaria o nome de Jackson.

– É Percy, senhor – Jackson corrigiu o Sr. D. O diretor do Acampamento olhou para ele com a testa franzida.

– Tanto faz – disse ele por fim – quero uma batalha limpa, estão ouvindo?

Assentimos, eu, um pouco relutante. Se existe uma coisa que essa luta não vai ser, essa coisa é limpa. Com o sangue que iria rolar...

– Tudo bem. Quando eu disser comecem, vocês podem se engalfinhar. Vou estar sentado no meu camarote tomando vinho Domaine – disse Sr. D – certo, prontos? Comecem!

Todos na arquibancada urraram.

Fui pra cima de Jackson, tentei fazer um corte com a espada na sua perna, mas ele interceptou com o escudo. Avancei novamente, dessa vez meu alvo era seu pescoço, se o atingisse com o cabo da espada, ele ficaria desnorteado o suficiente para dar o meu Fatality. Mas ele saltou para trás, e no ar atingiu a espada no meu ombro. Recuei tentando não demonstrar que sentia dor, o que foi bom, porque a raiva me dominou na mesma hora. Ele estava a quatro metros de mim, corri em direção a ele com o escudo na frente, ele viu o que eu planejava fazer, e colocou o escudo dele na frente para bloquear o golpe. Mas como filhos de Ares são conhecidos por força bruta, a colisão lançou ele 2 metros para trás, indo parar de costas no chão, com o escudo em cima da cara. Saltei em cima dele com o cotovelo virado para baixo, ele não conseguiu se mover a tempo. Acertei seu estômago com toda a força que reuni. Senti gotinhas de sangue baterem no meu rosto. Me levantei, Jackson se contorcia no chão, as mãos no local onde acertei. Sangue escorria da boca. Essa era a hora, olhei em volta, todos estavam de pé, muitos gritavam, e outros já entoavam: “Clarisse, Clarisse, Clarisse”. Olhei de volta para Jackson. Apliquei um Brutality nele: Um chute na cara. Ele desmaiou. E foi assim que ganhei meu primeiro Torneio de Outono.

Uma hora depois, todos já haviam me parabenizado, e a euforia se dissipava. Voltei na arena para buscar minha espada que havia ficado lá. Chase estava sentada junto a Jackson no lado direito da arquibancada. Eles conversavam.

– ...seus ferimentos sumiram, vantagens da água, mas você está bem? – Chase perguntou.

– Defina bem – pediu Jackson.

– Olha, você perdeu, mas e daí? Você é muito melhor do que a Clarisse – disse Chase. Humpf, vai nessa sua iludida.

– É mesmo? Então por que perdi? – perguntou Jackson. Boa pergunta.

– Nem sempre ganhamos todas as batalha, Percy. Mas você não pode ficar mal por isso, vai ter outra chance, e se você quer algo para se orgulhar, então é só lembrar da nossa primeira missão, você salvou o Olimpo – disse Chase. É sério, a qualquer hora, alguém vai acabar encontrando esses dois se pegando forte em algum lugar.

– É, mas porque eu tinha você e o Grover – disse Percy. E tive que concordar com ele. Não sei porque as pessoas pensaram que Percy era tão genial, ele tinha dois amigos ajudando!

– Todo mundo precisa de amigos Percy – disse Chase, a voz um pouco mais baixa.

– Nem todo mundo – exclamei aparecendo. Os dois se viraram para olhar para mim. Notei que a mão de Chase repousou na coxa de Jackson. Hum.

– De novo – reclamou Jackson fixando o centro da arena.

– Não pude deixar de ouvir. Mas você, Jackson, não contou só com amigos, – disse essa última palavra em tom de zombaria, olhando para Chase, depois voltei para Jackson – foi mais sorte de principiante do que qualquer coisa.

Chase olhava para cima, como se estivesse reunindo paciência. Continuei fazendo carinho na discórdia.

– E você Chase, devia parar de mentir para o seu namorado. Melhor do que eu? Você viajou alto, companheira – disse para a filha de Atena. Ela apenas olhou para mim com uma sobrancelha levantada.

– Sabe, eu cansei de dar ouvidos a você, Clarisse, e não vou deixar Percy fazer isso – disse Chase, depois agarrou o braço de Jackson e puxou ele até a saída da arena.

Se pelo menos essa metida tivesse participado do Torneio... iria gostar de ver quem estaria consolando quem.

Jackson ainda vai precisar de muito apoio dos amigos dele.


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