Então o momento chegou.
Era como o sol abraçando a noite.
Suave, macio, caloroso, bem diferente de onde eu estava.
Podia descrever milhões de formas, milhões de coisas que faria com a eternidade.
Mas nada se compara com aquele abraço.
Veneno, amargura, o gosto de ferro... Ou seria do sangue?
Nada mais importava
O calor depois do frio, sempre iria melhorar.
E então, aqueles doces e calorosos braços me agarrando, como se eu fosse a única.
Aquele frio toque da vida me deixando.
Para longe, bem longe, onde eu não possa ser vista.
Me dispa, me agarre, o calor da vida me deixando, se esvaindo.

Mas ela não podia permitir.
Do outro lado da morte, do lado da vida, ela não podia deixar o calor se esvair.
Não, não novamente, não Ela.
Vida, leve-me no lugar dela.
Morte, traga-me seu cálice de veneno.
Vida, perdoe todo o pecado.
Morte, traga o puro sangue do pecado.
Vida, eu NÃO DEIXAREI você a deixar.
Morte, traga o pecado, eu ficarei com ele, no lugar da vida dela.