About you and me escrita por Bee


Capítulo 1
Capítulo 1 - THE STORY OF US


Notas iniciais do capítulo

Hello, então, faz uma vida que não posto nada. Mas essa fic estava aqui de molho, esperando a minha vontade para ser terminada e amada. E aqui está.

Pretendo, foco na palavra pretendo, postar um capítulo por semana, só pra deixar um gostinho de quero mais.

https://www.youtube.com/watch?v=nN6VR92V70M

Se alguém ler e se interessar, assim, let me know.



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Sam estava voltando. Voltando para uma antiga vida, com antigos amigos, e antigas memórias. Claro, algumas coisas agora eram novas. Novo era que ela agora tinha um bom relacionamento com o pai recém-encontrado. Novo também era que ela iria morar no Bushwell Plaza, com a companhia inigualável da sua amada irmã. Novo e não mais animador, Carly e Freddie estavam namorando, um longo namoro. Antigo, porém era o fato de que Sam não havia esquecido o nerd canalha.

Melanie tagarelava ao lado de Sam. O táxi parecia encolher a cada metro que se aproximava do prédio que Sam chamaria de lar. Lar, estranha definição, lar é o lugar em que nos sentimos acolhidos, nos sentimos algo importante. Aquilo não seria um lar, seria um apartamento, logo acima do apartamento de Carly onde Sam iria morar com sua irmã. Não teria mais Cat para entender as pirações de Sam, e a aconselhar. Seria Melanie, a gêmea patricinha que em nada se parece com a Sam.

- Aqui estamos. – Melanie disse animada – Lar doce lar.

- Até um hospício é mais lar pra mim que este lugar, Mel. – Sam suspirou irritada.

- Hey, você vai ter que conviver com ele, e com ela. Vocês são amigos, sempre foram, eles só levaram a amizade um pouco mais adiante. – Mel disse sorrindo – Você vai superar.

- Espero, clone, espero. – Sam disse abrindo a porta do carro.

O motorista tirou as malas das irmãs do porta mala, e Sam lhe pagou, agradecendo, sim, agradecendo. Após um breve suspiro, Sam cruzou as portas de entrada do Bushwell sendo seguida por Melanie.

- Hey, você? – Lewbert disse, sem gritar, ou Sam achava que era Lewbert, a pessoa era diferente de Lewbert, a pessoa era normal – Você? – apontou para Melanie - E duas de você?

- Isso é só uma obra do seu subconsciente, eu sou eu, você sou eu, ela sou eu, nós somos a morsa. – Sam disse rindo.

- Veio visitar o casal? – ele perguntou calmamente.

- Claro, com minhas malas, e um apartamento abarrotado de móveis. – Sam disse sarcástica – Eu vou morar aqui, acostume-se. Ou melhor, eu e eu – apontou Melanie – vamos morar aqui.

- Então nos veremos, loirinhas. – Lewbert disse cortês.

Cortês, Lewbert e cortês em uma mesma frase não era uma combinação boa. Sam esquecendo isso se dirigir ao elevador. Elevadores nesse prédio nunca eram uma boa recordação para Sam, era como um trem preste a bater nos sentimentos congelados dela.

O apartamento de Sam e Melanie, deveria ser lindo, Sam nem percebeu, ao descer do elevador, apenas uma memória nebulosa, de uma história de paixão juvenil que poderia virar um livro, mas morreu em uma frase. Essa história agora não passava de uma tragédia, um drama mal escrito e mal acabado.

Ao afastar os pensamentos nebulosos, ela se deparou com o apartamento. Era lindo, tinha o mesmo tamanho do apartamento de Carly, mas a decoração era meio a meio. Digo meio Sam, meio Melanie. Mas de um jeito agradável. Duas paredes da sala tinham como papel de parede cartazes, musicais, para Melanie, e bandas para Sam. Ela foi à loucura.

- Papai é um gênio. – Melanie gritou e começou a correr com seu salto pontiagudo no chão de madeira – Posso colocar uma musica? – ela implorou e Sam concordou, dizendo algo como: “Nada meloso”.

Nada meloso, nada meloso, ela ligou o radio e começou a tocar The Story of Us, da Taylor. Melanie agiu como Melanie, ela dançava e cantava. Enquanto Sam, sendo Sam apenas se deitou no sofá e tirou um bolo gordo da sua mala.

- Acho que logo mandam alguém para reclamar do som. – Sam gritou para a irmã que pouco ligou, aquela nem ligou quando a campainha soou alta pela casa – Eu avisei. – ela gritou e Mel abaixou o som, indo atender a porta.

- Mel? – Sam ouviu a voz de Carly.

- Carly? – Mel respondeu em mesmo tom.

- O que você está fazendo aqui? – Carly perguntou confusa.

- Morando. – Mel respondeu o óbvio – Quer entrar?

- Claro. Não sabia que tinha alguém morando aqui nes... – Carly entrou e não terminou a frase, pois viu sua melhor amiga de longa data – Ai Meu Deus, Sam. – ela gritou e correu ao encontro da amiga loira.

- Hey Carls, calma, não é como se eu tivesse passado três anos em LA, e você nem ter ido me procurar. – Sam disse irônica.

- Spencer tem que saber que vocês estão aqui. – Carly gritou – Vamos, vamos contar para ele. – ela puxou as gêmeas em direção ao elevador. O elevador.

Lembranças, lembranças e mais lembranças deixaram a mente de Sam louca. Então eles chegaram ao apartamento. Aquele apartamento repleto de histórias, principalmente o enredo deles.

- Sabem, Spencer abriu uma galeria de arte, e agora está vendendo suas obras. Mas ele está em casa agora. – Carly tagarelava sem parar e só parou quando o pequeno “bip” avisou que o elevador tinha chegado ao andar – Spencer – ela gritou – Olha quem são nossas novas vizinhas.

- É bom que seja interessante. – Spencer saiu do quarto de toalha e toca – Eu estava tomando banho. As Puckett’s, Mel – ele abraçou a loira patricinha – Mi amore Sam. – Spencer a abraçou forte segurando sua ‘irmã’.

Carly ofereceu as irmãs um jantar, com tacos de espaguete e coisas legais. Enquanto uma Sam relutante tentava de todo modo recusar o jantar, Melanie fazia de tudo para o jantar acontecer. Sam comeu alguns tacos, e alegando estar passando mal, se despediu da amiga.

Ao chegar ao elevador, a porta do apartamento se abriu. O garoto de olhos de chocolate havia entrado porta adentro. Sam batia o botão para o andar de cima freneticamente, não queria de modo algum vê-lo, encara-lo, e perde-lo.

- Freddinho, olhe quem são nossas novas vizinhas. – Spencer gritou, mas o olhar do garoto estava preso no elevador .

- Vizinhas? – ele perguntou perdido.

- Sim, Sam e Mel vão morar no andar de cima. – Spencer parecia realmente contente com a novidade.

Samantha encarava o garoto, ele havia mudado, estava mais forte, estava um pouco mais alto, e deixou a barba crescer, dando a ele um visual totalmente diferente. Ele parecia um homem, Freddie estava mais maduro, ou não, mas aparentava. E aquele olhos, o que eram aqueles olhos?

Para Sam aqueles olhos só significavam uma coisa, tragédia. Ou como ela adoraria que fosse: tragicômico. Ela não se esquecia dos olhos dele quando ele finalmente disse que a amava. Era uma tatuagem na memória dela, uma perdição, cada vez que se lembrava daqueles olhos algo dentro dela realmente morria.

- Sam – Melanie disse docemente – Se tirar o pé da porta talvez o elevador suba e você não acabe quebrando o botão do nosso apartamento. – O olhar de Sam era mortífero, e com um simples movimento ela retirou o pé e o elevador se fechou, a última coisa que ela viu, foi a sua paixão estática, a encarando, como se um fantasma estivesse perto dela.

E no elevador ela percebeu: o fantasma era ela, Sam era o fantasma da vida de Freddie, e ele não queria ela por perto.

Chegou ao apartamento e logo buscou pelo celular, discando os números de Cat, para quem contou com detalhes o dia. Além de decidir que ia de todo modo ignorar eles, e ficar o maior tempo longe de casa. Um emprego, era isso que ela precisava, um emprego onde ficasse o dia todo.

Mel ainda continuava conversando com Carly e Freddie, o garoto ainda permanecia em transe, sem dizer uma palavra. Sam havia subido havia meia hora, e o silêncio indicava que alguma coisa com a irmã estava errada. Foi quando Melanie ouviu o barulho contra o teto de Carly, ou o chão de seu apartamento.

- Sabia que não devia deixa-la sozinha muito tempo. – Mel disse se levantando – Acho que ela vai acabar quebrando tudo até o final da semana, e papai vai acabar tendo que renovar tudo.

A loira se dirigiu ao elevador, e logo chegou a casa, nada no primeiro andar. Então subiu ao próximo andar, e lá encontrou uma Sam revoltada – o que, vamos combinar, não era nada assustador – tirando as coisas de sua mala, e jogando algumas coisas escada a baixo.

- O que você está fazendo? – Melanie perguntou.

- Tirando as roupas da mala. – ela disse pegando mais uma boa quantidade de roupas e jogando no chão – Preciso de roupas novas. Isso é uma comédia.

- O que? – Melanie perguntou.

- A minha vida, ela é uma comédia, aposto que existe uma câmera em algum lugar e que todos são atores. Acho que existe uma vida lá fora dando risada de mim agora mesmo.

- Você está louca. – Melanie riu da cara da irmã e deu meia volta se encaminhando para seu quarto – Por que está jogando tantas coisas escada abaixo?

- São lembranças, e não tenho mais espaço para elas na minha vida. – Sam disse – Uma nova Sam está aqui.

- A nova Sam é mais estranha que a última. – Melanie bateu a porta do quarto.

O quarto de Sam era roxo, outra péssima escolha, roxo é tão “mimimi” tão “românticozinho”. Ele irritava Sam. Não ele o quarto, ELE, o garoto de olhos de chocolate, a paixonite de Sam, o primeiro “Eu te amo” dela, o primeiro beijo dela. O traíra que agora estava com a melhor amiga dela.

A melhor amiga dela que nunca gostou dele, apenas como amigo, agora eles eram só amores, a melhor amiga que ouviu alguns dias antes da boca de Sam que ela não conseguia esquecer Freddie, e o quanto Sam gostava dele, e foi lá e beijou ele. Amiga que nem foi atrás dela. Que só lembrou-se de Sam quando ela apareceu. Amiga que ignorou as ligações de Sam.

A vida de Sam nesse momento era uma bagunça completa. Ela estava aqui, mas desejava nunca ter voltado, ela via a perdição naqueles olhos, naquele romance, nos namoradinhos Creddie. Enquanto eles estavam em uma comédia romântica, fazendo passeios românticos que Freddie nunca fez com Sam, a loira estava em seu drama particular, vivendo a tragédia que nunca desejou.

I'd tell you I miss you, but I don't know how I've never heard silence quite this loud.

Sam queria saber se ele estaria agora mesmo pensando naquilo, na forma como os olhares cruzados se pareciam com facas, o coração de Sam ainda batia acelerado, sua boca continuava seca, parecia que ela encontrava Freddie pela primeira vez, e a verdade era essa, era a primeira vez em muito tempo. A primeira vez que a nova Sam encontrava o mesmo velho Freddie. Aquilo matava a loira. Será que matava ele também?

Não, ela estava se enganando, ele conseguiu o que sempre quis, Freddie estava com o seu amor, aquela que ele sempre desejou. Quem diria que quando ele conseguisse Carly, Sam estaria morrendo, ela estava sendo assassinada pela felicidade da amiga. Cada sorriso era um tiro, o tiro de uma arma quente.

Sam não sabia realmente como conseguiria conviver com toda essa morte. Sua alma teria de renascer a cada momento sozinha, mas ela não choraria, nunca mais choraria pelo garoto.

Três anos haviam se passado. Três anos para que Sam se adaptasse a isso, mas nem toda a vida de um vampiro imortal faria com que a loira se adaptasse a ver o amado com a melhor amiga.

Melanie bateu na porta e adentrou. Sam já estava jogada na cama. Mel então se sentou próxima a irmã, olhando a cara da gêmea com um sorriso melancólico.

- Cat ligou novamente. – ela disse – E disse que não era para mim me preocupar com o relacionamento de Carly e Freddie, vou confessar que não entendi no começo, mas então eu pensei, quem mais estaria com problemas pra aceitar isso além de você?

- Eu não estou com problemas para aceitar. – Mentira, a mente de Sam gritava.

- Claro que não. – Melanie sorriu e saiu.

Isso vai acabar me matando. Matando lentamente em vida. Mas será que matava Freddie também? Que bela tragédia isso daria, Sam até pensou em colocar em um livro.

And I'm dying to know is it killing you like its killing me? I don't know what to say since the twist of fate when it all broke down And the story of us looks a lot like a tragedy now.


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Notas finais do capítulo

Então, alguém conseguiu ler até o final? Se conseguiu, let me know.



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