Aftermath escrita por Scoutt


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Relóu pessoas, eu voltei! :*



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EunBi e Frank andavam com pressa pelo corredor.

— Então a circunferência aumentou durante a noite?

— E mais uns 50 centímetros em 2 horas. Nesse ritmo, à noite, teremos uma circunferência suficiente para alguma coisa para passar.

— Merda! – EunBi olhou para os lados, ela começa a beirar o desespero quanto mais a coisa parecia séria. - O que faremos? Talvez, enviar explosivos para dentro? – Frank pareceu cogitar isso, por um instante.

— Não, seria perigoso. – Ela quase podia imaginar diversas equações flutuando a volta dele, até séria engraçado, se o trágico das contas não fosse maior. – Não, não enviaremos explosivos. Isso pode gerar uma reação inimaginável, talvez apressar um possível ataque.

— Já estamos com o perigo de um possível ataque nos rondando, Cabeça. – Teddy falou ao aparecendo no corredor e caminhar ao lado deles, EunBi o olhou procurando sarcasmo, mas ele parecia sério. – Talvez você pudesse enviar uma sonda, Frank? Acho que você pode fazer isso, não é cara? – Frank pareceu se acalmar, na verdade, ele parecia mais ter encontrado a origem da vida em uma equação simples.

— Claro! Claro! – e começou a andar – Porque não pensei nisso antes? – e continuou andando até sumir de vista.

— Quem diria, o agente Carter é... Hm, inteligente. – EunBi provocou, mas Teddy não estava mais a ouvindo, já caminhava longe dela, ela sorriu.

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No dia seguinte, Teddy treinava junto com Alice, ela arremessava coisas com cipós tão grossos quanto os braços de Dale, e quando ele não conseguia desviar, bem, doía à beça. Frank entrou nervoso na sala de treino.

— Alguém viu EunBi?

— Frank, o que houve? Você tá pálido. – Alice falou, deixando cair um pequeno haltere que ia arremessar em Teddy e indo para perto de Frank, Teddy a seguiu.

— Tô legal. – então ele viu Teddy. – Eu enviei uma sonda, então atingiu o buraco... E faz 6 horas a sonda está lá dentro. – Alice e Teddy esperaram. – Assim que a sonda atravessou o buraco ficou offline por 5 horas e 40 minutos, então há dez minutos voltamos a receber sinais e leituras.

— Okay, e...? – Frank o olhou, então balançou a cabeça sem entender. - Frank, eu não tenho um PhD.

— Ahh... Bem, a sonda detectou traços de energia vital. TEM alguma coisa viva dentro daquele buraco – ele agitou a cabeça energeticamente –, mas eu não sei o que é.

— Acho que é hora de procurarmos EunBi. – Alice falou, enquanto começou a andar para procurar EunBi.

Teddy estava com um péssimo pressentimento, apenas o fato de ter um “pressentimento” já tornava a coisa ruim, ele podia sentir os pelos se eriçando na nuca quando pensou em quantos perderiam dessa vez.

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— Eu não entendo. – EunBi teclava furiosamente buscando algo no monitor. – Se a maldita sonda está on, onde estão as imagens?

— Está tendo interferência, tentei ver mais cedo e não consegui, é algo incrível e horrível a ponto de burlar uma sonda Stark. – Frank estava animado e nervoso e com uma xícara de café nas mãos.

— Vocês acham que isso realmente pode ser perigoso? – ambos olharam para Teddy. – Tipo, realmente perigoso? – EunBi o olhou nos olhos.

— Eu não sei Teddy, eu realmente não sei. – naquele olhar Teddy viu EunBi, a mesma EunBi que ele vira na sala no primeiro dia, que comentara os olhos fechados rindo, que ficou nervosa quando ele disse que a levaria na moto dele, que chorara com Alice quando... Quando Ariza se fora, ele não conseguiu fazer mais nada além de chegar perto e colocar a mão na cabeça dela.

— Vai ficar tudo bem EunBi. Vai ficar tudo bem. – ela deu um sorriso fraco e voltou-se para o monitor novamente.

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Teddy entrou na sala, o clima na sala de treino era tenso, ninguém estava treinando, apenas olhavam o nada ou brincavam com coisas para passar o tempo, Dale foi o primeiro.

— Então? O que rolou lá cara? – Teddy olhou para a cara dos outros, alguns pareciam meio assustados com a perspectiva da possível luta contra aliens.

— Sei lá Dale, parece que a coisa pode ficar séria... Ou ser apenas uma coisa cientifica e tal. – deu de ombros, tentando não mostrar a preocupação que sentia. – Temos que esperar, vou dar uma volta, esfriar a cabeça quente. – ele sorriu.

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Teddy pulou do terraço da torre, já estava se acostumando a sair de lá assim, Hill os prendia com rédea curta, e sair ficava cada dia mais difícil, as chamas azuis ajudavam bastante, já que não precisava carregar uma mochila com roupas por ai, aquele presente de Ariza era triste, e ao mesmo tempo perfeito. Quando chegou ao térreo, procurou as chaves da moto no bolso e se pôs a andar para onde estacionara, parando apenas para desviar de subalterno de Hill.

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Maria Hill estava comandando todos da SHIELD que se aliaram ao Stark, e o grupo S, como os Avengers Young chamavam, beiravam uma estranha tirania, o grupo S se sentia superior aos sobre-humanos, bem, até ver Teddy chegando ou Dale e seus braços eles eram bem durões com alguns do grupo de Teddy.

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Teddy teve que circular um prédio para evitar os cachorrinhos de Hill, então chegou a sua moto estacionada a mais ou menos dois prédios de distância da Torre.

Sempre que montava naquela maldita moto Teddy lembrava o sorriso de Ariza quando ele ofereceu o capacete para ela.

— Você sabe dirigir isso?

— Sei. Agora vem. – ele indicou o banco com a cabeça.

— Você tem CH?

— Claro, e você é a menina mais responsável do mundo. – ele riu.

— Mas Teddy... – ele olhou nos olhos dela e sorriu.

— Está com medo de uma voltinha de moto Ariza? Juro que não vamos morrer... Não hoje. – ela riu e pegou o capacete.

— Ok. Certo. Vamos lá. – e colocou o capacete. – Hm, isso de não morrer hoje foi um convite pra morrer outro dia? – a voz dela soava abafada com o capacete, Teddy colocou o dele antes de responder.

— Sim. – ele pegou os braços dela e os colocou na sua cintura e quando acelerou ela apertou-os e ele se sentiu o cara mais sortudo do mundo, mesmo se saber ao certo por que.

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Ele acelerou pelas ruas com a lembrança viva na memória, lembrou também que muito tarde ele entendeu o porquê de ficar feliz com ela. Porque ela era ela.

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Teddy só percebeu onde estava quando ouviu uma criança gritando que queria um pretzel, Manhattan Beach estava do mesmo jeito, pais passeando com crianças, gordinhos comendo, alguns corredores fazendo seu treino de sempre, parecia tão malditamente normal que Teddy sentiu um bolo na garganta, parecia insensível aquela praia não sentir falta dela como ele sentia, e parecia incrivelmente gay pensar isso.

Ele tirou o capacete e foi sentar-se nas areias, o celular tocou e ele apenas o segurou para desligar, queria uma folga de tudo e de todos, precisava de um momento para se sentir miserável e perdido naquela droga de planeta, de cidade, de lugar.

Deitou na areia e observou o céu, olhando para as poucas estrelas que conseguiam aparecer, então viu uma estrela cadente, uma maldita estrela cadente, que aumentava a intensidade de sua luz cada vez que se aproximava mais da Terra.

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— Estão todos aqui? – EunBi apareceu na sala de treino, a maioria ainda ajustava os uniformes e as armas.

— Você pode repetir o que disse? – EunBi revisou os olhos para Dale e voltou-se para o notebook na mesa, então Frank respondeu.

— Bem, temos um meteorito saído da circunferência se encaminhando para a Terra, mais especificamente, para Nova York.

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A moto cortava o vento enquanto Teddy acelerava para a cidade, talvez as 20 ligações de Dale fossem realmente importantes já que aquele pedaço de pedra continuava descendo em direção a cidade cada vez se aproximando mais.

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Os nova iorquinos pararam assustados no momento em que o meteorito irrompeu os céus, olhavam aquilo e esperava uma nova invasão, um novo dia de terror, e quando aquela grande massa vermelha se instalou na atmosfera e continuou cada vez mais a descer o terror apenas aumentava nas ruas de Nova York.

O chão tremeu e partiu e a enorme rocha fixou-se no asfalto de forma impassível, como se sempre estivesse estado ali e não houvesse caído ruidosamente cortando o ar dos céus. O meteorito brilhava cada vez menos enquanto a fina chuva que caia lavava sua incandescência, cada vez mais parecia uma pedra e não uma bolha de lava. O terço mais corajoso da multidão que tomava a grande avenida se amotinou em volta da pedra e observou, consistia substancialmente em jovens com smartphones nas mãos gravando cada segundo daquela coisa emocionante para postar no facebook, youtube, tumblr e quaisquer outras redes sociais.

A polícia chegara rápido e tentava isolar a área tirando a multidão de perto da pedra, foi então que começou.

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A pedra começou a emitir pequenas vibrações curtas, eriçando os pelos de seus espectadores, então os cabelos, e de repente emitiu um ruído tão agudo que em segundos as pessoas em volta havia estavam no chão segurando os ouvidos, antes de perderem totalmente a consciência. Vários dos policiais mais próximos também desmaiaram, sobrando apenas alguns que não estavam num raio de 5 metros da rocha, não havia como se aproximar sem ser atingido pelo barulho, parecia que a pedra tinha feito uma barreira sonora a sua volta, o ruído não diminuía e os oficiais não conseguiam efetuar o resgate dos civis, NY estava novamente vivendo um pesadelo, em formato de pedra, mas, ainda assim assustador.

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Maria Hill chegou ao local em pouco tempo, arrastando consigo um grupo de agentes para a retirada daquele 0-8-4, o governo havia fechado os olhos para o que não entendia, e restava aos heróis salvar aqueles que não os honravam mais como antes.

Ao ver o meteorito Hill lançou um olhar cético para aquilo, quão grave é um pedaço de pedra alienígena no meio de uma cidade? Mas, ela percebeu com o que estava lidando quando nem seus homens com todo o equipamento de segurança conseguiram se aproximar da maldita pedra.

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Assim que Teddy conseguiu chegar ao local, encontrou EunBi discutindo algo com Hill, havia uma pedra fincada no asfalto e civis ensopados pela chuva desmaiados em volta dela, ele mostrou suas credenciais AY e a ultrapassou, e observou a pedra. Ninguém prestava atenção ao que se passava dentro da barreira policial, nem sequer realmente notaram a presença dele ali, o resto da equipe não estava a vista.

Teddy começou a se aproximar da pedra e chegou próximo a uma garota de cabelo verde, que mesmo desmaiada segurava veementemente seu celular. Então ouviu EunBi o chamar.

— Teddy...como?

— O quê? – EunBi começou a se aproximar aos poucos dele.

— Você entrou.

— Hein?

— Ninguém conseguiu passar antes, a equipe até tentou, uns estão no posto médico, havia uma frequência sonora derrubando todos, como? – ele apenas deu de ombros.

— Talvez o monstro cansou de cantar? – EunBi ia responder, mas Hill a cortou.

— Seja lá o que vocês fizeram, vamos começar a retirada dessa coisa daqui. – os agentes começaram a se aproximar, enquanto a equipe médica retirava os civis.

No momento em que Teddy viu o restante da equipe se aproximar, o guincho rompeu o ar e o chão tremeu, a pedra estava viva.


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Notas finais do capítulo

Espero que vcs tenham gostado, comentem ai e tenham surtos comigo! ♥



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