O Livro Preciso escrita por L G Bida
—Michael!—o menino acordou com a voz de sua mãe, com o coração acelerado e sentou na cama—Estou atrasado pra escola!
—Ah não! É sábado — Deitou de novo.
O menino tinha dormindo, pensando nas figuras, principalmente na criatura negra, e nos jovens, que duelavam contra ela, o que será que tinha acontecido? Aquela criatura deve ter matado o loiro de cabelo cumprido.
—Levante já, tome café e vamos no bar do seu Rufino, quero saber por que deu esse livro pra você.
Era 7:30 da manhã, Mike estava acostumado a levantar cedo pra ir à escola e mesmo de férias levantava esse horário pra vender seus doces.
Cai já não tava mais no berço, sua mãe devia ter levado pra dona Jane cuidar, era a madrinha dele, uma mulher muito boa que ficava com eles quando precisavam, sem cobrar nada. Levantou, lavou o rosto, tomou café e esperou na porta sua mãe fica pronta, com o livro em mãos.
—Vamos— falou ela. Mike balançou a cabeça positivamente.
Chegando lá, o bar estava fechado, não tinha campainha, eles bateram palma, mas ninguém saiu num primeiro momento, então Rosa bateu de novo e saiu uma senhora bem velha baixinha com um vestido floreado e um chapéu azul de renda, com um dinheiro na mão.
— O que vocês querem?—Falou com uma voz fraca.
—Viemos falar com seu Rufino, e ele está aí?
—Não—A idosa olhou pra o Mike rapidamente—vieram por causa dos doces? Rufino deixou este dinheiro pra você garoto, e pediu pra falar que ia ficar com todos.
— Doces? Eles estavam com seu Rufino? — estranhou Mike, mas como. Claro aquela dia, ele sentou no banco, e deve ter esquecido lá quando choveu.
— Sim, Você acabou com a dieta dele — falou a senhora.
—Onde ele está? A senhora é mulher dele? —falou Mike, nunca tinha visto ela ali antes.
—Deixa de ser incherido garoto. Falou Rosa.
A senhora riu—Não! Sou uma velha amiga e vizinha moro aqui perto, Rufino teve que viajar pra cuidar de algumas coisas, mas logo volta.—Entregou o dinheiro
—Isso deve pagar.—E deu um sorriso.
Até que a velhinha era simpática. Mike contou o dinheiro, tinha mais que o triplo de dinheiro que valia os doces.
—Mas —falou Mike—aqui tem muito dinheiro.
—Pode ficar com o troco Rufino deixou tudo pra você. E cuide bem do livro, era um dos favoritos do Rufino, pra ele ter lhe dado assim, você deve ser um garoto muito especial.
Mike fez sinal que sim com a cabeça.—Pode deixar e agradeça seu Rufino, por mim quando ele voltar.
—Desculpe qual o nome da senhora?— falou Rosa dando a mão pra cumprimentar.
—Angeline—falou a senhora
—Obrigado dona Angeline—A mãe de Mike falou apertando a mão dela.
Dona Angeline respondeu com um sorriso.—tchau!— Rosa e Mike falaram juntos—até qualquer hora.
—Viu mãe, ganhei o livro do seu Rufino e agora temos dinheiro pra fazer compra— entregou todo dinheiro, ela contou deu um sorriso, Mike viu a hora que escorreu uma lágrima pelo seu rosto. A tempo não tinham tanto dinheiro duma vez só, a mãe dele trabalhava como diarista em casa de família, mas estava cada vez mais difícil arrumar serviço, ninguém queria dar serviço a uma mulher pobre e negra, que morava no suburbio. Ela passou a mão na bochecha, contou o dinheiro de novo e entregou uma parte para Mike.
—Essa parte é sua,—entregou uma boa parte pra Mike— eu nem devia deixar você trabalhar de baixo desse sol quente, você é apenas uma criança— passou a mão no cabelo de Mike como gesto de carinho—mas que jeito? Precisamos de dinheiro, e só o que ganho como empregada mal dá pra sustentar nós três.
— A mãe eu já to bem crescido. Não se preocupe eu fico na sombra da árvore quase o dia inteiro além disso eu gosto de ajudar em casa,
—Ah meu querido, você sempre cuidando de mim e seu irmão, depois que seu pai nos abandonou você é o homem da casa, estou orgulhosa. Tá livre do castigo, mas não quero você chegando depois das seis em casa de novo viu mocinho?
—Prometo— Falou fazendo um gesto com a cabeça
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