A conspiração escarlate escrita por Drafter


Capítulo 49
Epílogo




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— Você tem certeza de que quer fazer isso, sr. Koenma?

Koenma olhou para a General Ayaka na sua frente. Estava segurando algumas pastas que Koenma havia acabado de lhe entregar, enquanto ele próprio pegava mais algumas de uma série de prateleiras. Botan compartilhava a sala com os dois, acompanhando em silêncio a conversa a alguns passos de distância.

— Eu não acho que temos muita escolha, não é?

A General não respondeu. Koenma depositou mais algumas pastas em sua mão. Ele andou até a próxima prateleira e começou a ler os arquivos, como se estivesse a procura de algo. Ayaka foi atrás.

— E se as suspeitas estiverem corretas?

— Então acho que vamos ter que tomar alguma providência.

Koenma não sabia se aquela possibilidade o deixava eufórico ou desanimado. O que estava prestes a fazer era o tipo de mal necessário que ele encarava com o mesmo tipo de resignação que se encara um remédio amargo.

— E Botan — ele se virou para a guia — conseguiu falar com Kurama?

— Sim, sim — Botan se aproximou — Ele prometeu procurar Mia de novo quando for ao Makai. Vai tentar convencê-la a depor.

— Ótimo — Koenma murmurou. Era o mínimo que esperava dele depois de ter acobertado a sua autoria do roubo das Relíquias. A culpa recaíra sobre Liu e, depois que elas foram recolocadas no relicário, nem ele nem Botan contradisseram o fato. Ter ajudado a livrar o Mundo dos Humanos de Bozukan e devolvido o Olho de Jade aos cofres do Reikai era mais do que um bom motivo para Kurama ter saído impune.

Koenma precisou subir em uma escada para alcançar as prateleiras mais altas. Pegou mais algumas pastas e as dividiu entre ele e Ayaka.

— Acho que com isso já dá pra começar — falou para a General — Me avise se encontrar alguma coisa.

Ela concordou. Pediu licença e saiu da sala, deixando Koenma e Botan a sós.

Passado um tempo do conflito com Liu — e cada vez mais desconfiado do suposto suicídio — Koenma decidira reabrir as investigações sobre o pai. A princípio, pensou em fazer o trabalho sozinho, mas acabou preferindo dividir o fardo com a General. Ela e Kai haviam mostrado integridade o suficiente diante de todo aquele caos, e Koenma mais do que nunca precisava de aliados.

— Você ainda vai precisar de mim? — a guia perguntou.

Koenma foi até sua mesa com a pilha de pastas. As largou de qualquer jeito e se acomodou na cadeira. Olhou demoradamente para os documentos que estava prestes a vasculhar, e, em seguida, para Botan, que aguardava uma resposta.

Ela era a única que estivera com ele em todos os momentos, do começo ao fim. Um trabalho que ultrapassava e muito as funções de uma guia espiritual.

Ele ainda não sabia, mas em alguns meses, as investigações se revelariam bem sucedidas. Enma terminaria sendo deposto e Koenma assumiria o seu lugar à frente do Reikai.

A presença de Botan seria seu maior conforto naquela transição.

— Eu vou sempre precisar de você, Botan.


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Notas finais do capítulo

Pra você que chegou até aqui, um MUITO OBRIGADA!

Meus sinceros agradecimentos a todos que se dispuseram a ler essa fanfic. Leitores, fantasmas ou não, vocês moram no meu coração ♥

Queria fazer agradecimentos nominais a cada um, mas corro o risco de deixar alguém de fora. Então sintam-se abraçados individualmente.

Mas acima de tudo, obrigada Myara/Amalaleteia, a primeira pessoa a dar uma chance pra essa história. Obrigada pelos incentivos e por ter ficado comigo até o fim.

(e claro, se você leu até aqui, deixe seu comentário e diga o que achou! ^^)

Beijos e nos vemos por aí, pessoal ^^