Weirdest bet ever escrita por killyem


Capítulo 1
One-short




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— Sem chance! — gritou uma Sam de treze anos. Loirinha, de olhos verdes e baixinha com roupas de menininho.

— Mais é claro que é! — gritou um Freddie de treze também. Baixinho (e usando salto na botinha pra parecer menos baixo), com uma camiseta azul clara listrada grande demais para ele e calça cáqui. Obviamente foi a mãe dele quem o arrumou, junto ao cabelo sempre arrumadinho.

— A gente acabou de chegar ao studio e vocês estão brigando? — perguntou uma Carly cansada. As brigas deles a irritavam por serem constantes e por motivos extremamente pequenos, como a da briga atual. Carly tinha seus cabelos escuros soltos, com a franja presa pra trás numa adorável presilha. Ela usava uma camiseta vermelha com colete jeans, sutiã com bojo no lugar errado (em cima demais, mas ela não parecia se dar conta) e calça jeans super apertada.

— Para de viajar manezóide! — falou Sam ignorando Carly — Mesmo num futuro próximo, não vão existir máquinas do tempo! Quer apostar?

— Não, não apostem. Sempre que vocês apostam vocês me ignoram.

— Sim, eu quero apostar! — disse Freddie estendendo a mão. Carly revirou os olhos.

— Eu faço parte do quarteto fantástico por acaso? — indignou-se Carly.

— Certo, se no futuro existirem máquinas do tempo você voltará pra cá em exatos dez segundos. Se você estiver certo eu te pago cinco pratas. Se você estiver errado, me pega quinze.

— Por quê eu pago quinze?

— Porque eu quero. Tá com medinho?

— Não, não estou, mas é injusto.

— Querem saber, eu vou descer e conversar com o Spencer, quem sabe ele é o Tocha Humana agora... — disse Carly descendo de elevador. — Favor não se matem, enquanto eu estou fora. — falou ela antes do elevador se fechar. Sam revirou os olhos.

— Tá, se eu perder pago dez, se você perder paga dez. — disse Sam dando de ombros. Freddie sorriu e eles apertaram as mãos.

— Fechou! Prepare-se, Puckett, porque você vai perder!

— Não vou nada! Máquinas do tempo são coisas da sua imaginação de nerd, não uma possibilidade real!

— Você não acompanha os avanços da ciência como eu, mocinha!

— Aham, e nem quero!

— Eu te digo que... Espera, o quê é aquilo? — perguntou Freddie olhando para uma luz branca fraca. Sam inclinou a cabeça em dúvida e Freddie semicerrou os olhos. A luz começou a fazer uma silhueta de um homem baixo com 1,70m no máximo. Então uma imagem holográfica de qualidade média se formou. O homem tinha os cabelos castanhos um pouco mais escuros que os de Freddie, além de ter um corpo como de alguém que frequentava a academia com frequência e parou de ir, mas ainda não perdeu a boa forma. Ele tinha entre trinta e cinco ou quarenta anos. Os traços eram parecidos com os de Freddie, mas eram mais fortes (provavelmente algo da idade). Os olhos eram pequenos com a pálpebra superior alongada de uma forma não muito oriental, mas definitivamente não exatamente ocidental. As bochechinhas ainda eram gordinhas e as covinhas eram mais marcantes. Era um homem muito bonito.

— Olá. — disse ele. Sam se aproximou e tocou no braço dele. Quando a imagem se desfez e refez rapidamente ela supriu um grito. Mas, Freddie não. Ele gritou. Gritou fino igual uma garotinha. Sam riu disso, ainda nervosa. — Calma. — disse a imagem. — Sou só um holograma do futuro.

— Você sou eu? — perguntou Freddie. A imagem assentiu. Freddie abriu um sorrisão. — Cara, eu fiquei bonitão! — Freddie do futuro sorriu também. Sam revirou os olhos. Ele ainda era um panaca.

— Menos, Freddie. Ainda tem a mesma cara de tonto. — Freddie do presente a olhou com raiva do tipo "querida, você cortou o meu barato" enquanto o Freddie do futuro (vamos chama-lo de Freddie F. só pra facilitar a compreensão) apenas revirou os olhos. Ver ele e Sam pequeninhos lhe trouxeram lembranças boas —e dolorosas.

— Tendo eu uma cara de tonto ou não, você tem de me pagar dez pratas. — Sam bufou e enfiou a mão no bolso.

— Aqui. — Freddie pegou o dinheiro com satisfação.

— Esse dia está tão maravilhoso! Eu ganhei uma aposta contra Sam Puckett! — Sam revirou os olhos.

— Eu já disse, mas vou repetir: Menos, Freddie. — Freddie revirou os olhos e se voltou para Freddie F. perguntando:

— Por acaso ela continua chata desse jeito no futuro? — Freddie F. olhou para baixo, lambeu os lábios e os olhou com uma cara engraçada.

— Bem...

Cuidado com o quê vai falar, Benson! — disse uma voz parecida com a de Sam vinda do holograma. Sam inclinou a cabeça para ouvir melhor.

— Espera, eu to ai? — Freddie F. assentiu. — Estranho. — disse ela desconfiada, mas Freddie ignorou isso e perguntou:

— Uma pergunta, eu do futuro: por quê você veio em forma de holograma?

— É mais barato. Além de que era só pra cumprir a aposta mesmo. Nada muito "vou revelar a vocês coisas do futuro" porque se eu fizesse isso destruiria a linha temporal.

Blábláblá linha temporal blábláblá sou tão nerd blábláblá faço tudo certinho. — Freddie e Freddie F. reviraram os olhos. Sam riu. Ela continuava incrível e podia ver isso só pela própria voz. Estava satisfeita.

— Sam você quer mesmo dizer coisas do futuro para a sua eu do passado e destruir a linha temporal? Sua vida está tão boa, quero dizer, você tem quanto presunto quiser, não está de condicional pela primeira vez em dois anos... — Freddie F. abriu um sorriso metido. — Sem falar no seu marido incrível.

Você é um idiota.

— Eu sei. — disse Freddie F. Sam e Freddie o olhavam estranho e depois se olharam. — Acho que já cumpri a aposta, então vou desligar o holograma. Tomara que eu não tenha dito nada que afete o meu presente, já que ele está incrível.

Por que você tem uma esposa linda pra dedéu? — Freddie F. revirou os olhos.

— Não enche. — disse ele e Sam do futuro riu. Ele começou a apertar alguns botões para desligar o holograma no passado.

Hey, aproveita que você tá desligando e pega um presunto pra mim que está na geladeira? — Freddie bufou.

— A pessoa fica grávida e já se acha uma inválida, afe.

Como se eu quisesse estar grávida.

— Samantha! Não fale isso, o bebê já ouve o quê a mãe fala no útero! — a imagem de Freddie F. Estava se desfazendo.

Não me chama de "Samantha" não soa tão sexy quanto parece. — disse Sam F. indignada. A imagem de Freddie F. estava praticamente desfeita quando Sam e Freddie o ouviram dizer:

— Soa sim. — e depois de dito essas palavras com malícia no tom de voz, a imagem se desfez totalmente. Dava pra sentir o clima constrangedor no ar. Sam e Freddie se encaravam de forma gozada.

— Vem cá... É impressão minha ou nossas brigas do futuro são mais... Suaves? — perguntou Freddie para Sam.

— É, como... Se fosse algo pra não perder o costume, algo... — Sam não se atreveu a continuar, mas Freddie sim.

— ...Algo de casal. — disse ele. Eles pensaram por três segundos nisso e depois se contorceram. — Argh!

— Ugh! — na mesma hora, o elevador se abre e Carly sai dele.

— Já pararam de declarar ódio um ao outro pra nós podermos ensaiar o iCarly? — perguntou Carly sarcástica. Sam e Freddie não responderam. Depois de falar por menos de dois minutos com o Freddie gostosão do futuro não tinham tanta certeza se o quê sentiam era ódio mesmo.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês sabem como que eles são na primeira temporada, mas eu acho eles tão fofos nessa temporada que eu tive que descrevê-los ♥ ♥ ♥ sério, eu ainda acho que colocavam o bojo da Carly no lugar errado de propósito tipo pra ficar infantil e tals apsospsos