You escrita por PepitaPocket


Capítulo 25
Pedido de Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo, pessoal. Espero que gostem o/



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— MATSUMOTO!

Quando escutou a voz do Ichigo chamando-a, Rangiku praticamente se escondeu embaixo da mesa, pois pelo tom, era certo que ele estava bravo…

Aliás, bravo era eufemismo. Quando o ruivo entrou ali, estava furioso.

Tanto que a moça, teve vontade de pular a janela, quando ele bateu com as duas mãos na sua mesa.

— Pena, você não ser homem. Se não eu estava quebrando sua cara agora… - Ele disse a fuzilando com o olhar.

Pois, ela havia mandado a pouco mais de duas horas, uma foto dele beijando Senna, dizendo que sua traição chegaria aos ouvidos de Orihime.

E, desde então o seu amorzinho não atendia suas ligações mais.

— Não venha gritar comigo, por causa de um erro seu, fofucho. - Ela disse cruzando os braços, ainda sentada na cadeira, onde cruzou os braços e fez bico.

O que deixou Ichigo ainda mais furioso.

— ERRO MEU? - Ele grita, quase arrancando os cabelos literalmente. - Foi você que se meteu a mandar uma mensagem, contando uma mentira, só porque não passa de uma fofoqueira.

Ichigo, já tinha sido leviano com as palavras com Rangiku antes. Mas, poucas vezes, ele conseguira magoá-la como naquele instante.

— Fofoqueira? - Ela perguntou franzindo o cenho, visivelmente aborrecida. - É, por isso que acha que fiz isso?

Ela perguntou sem elevar o tom, estando apenas chocada, com o que o ruivo estava dizendo-lhe.

— E porque mais você faria uma coisa dessas? - Ichigo disse chutando a cadeira que estava à frente da mesa, que era o único "escudo" que a separava daquele demônio ruivo.

— Solidariedade feminina? - Rangiku perguntou ainda dando um sorriso charmoso. Diferente do resto do mundo, ela não tinha medo de Kurosaki, sabia que por ela ser uma mulher, ele não passava de um pitbull feioso, só que com mordaça.

— Solidariedade feminina PARA QUE, SUA IDIOTA? - Ichigo perguntou depois de muito esfregar seu rosto, tentando inutilmente se acalmar.

 — Você estava aos beijos com a Senna que eu vi, não é justo com Orihime, Ichigo. - Rangiku disse com convicção.

— Só porque você viu algo, não quer dizer que você entendeu tudo, sua louca. - Ichigo disse se deixando cair na cadeira, cansado.

Estava cansado de brigar naquele dia. Geralmente, depois da raiva, vinha a letargia e Ichigo se sentia assim naquele momento.

— Terminaram? - Aquela informação pegou Rangiku de surpresa, se fosse outra situação ela teria dado pulinhos e até comprado espumante para brindar.

— É, mas do que adianta? Eu perdi Orihime. - Ichigo disse começando a chorar sem nenhuma vergonha, já que sua sina parecia ser viver na fossa por causa do amor não realizado.

Vendo isso, Rangiku sabia que teria de dar um jeito de consertar as coisas.

Uma semana havia se passado, e Tatsuki foi pega de surpresa com uma demissão que a pegou totalmente desprevenida.

Ela sabia que a dona da academia andava fazendo cara feia para ela, mas como ela trabalhava direitinho, ficando até depois do horário, cobrindo férias de colegas etc. Mas, pelo visto isso não foi o suficiente… e ela acabou sendo demitida, pelas reclamações dos clientes, por conta de seu mau humor.

E, quanto a isto ela não podia justificar. Realmente não andava nos melhor dos humores.

Orihime, por outro lado, vinha se afundando cada vez mais em trabalho.

Era a primeira a chegar e a última a sair, geralmente enxotada por Unohana.

Ichigo apenas desapareceu, e ela imaginou que ela era insignificante demais, perante a outra moça que ele tanto amava.

Tentara racionalizar de todas as maneiras, pensando que Ichigo as vezes era um pouco esquentando nas palavras, e nas atitudes e isso dava margem, para ele machuca-la de alguma maneira.

Mas, quando ela pensava na noite que eles passaram juntos, abraçadinhos. Ele foi compreensivo, com seus limites, e controlado com seu toque e carícia.

Mesmo assim, ela ficava arrepiada quando pensava nos beijos apaixonados que eles trocaram.

No modo como Ichigo ficava lindo com aquela toquinha de Mickey. O jeito que ele ficava carrancudo enquanto eles resistiam Lessie, ou quando experimentava uma de suas receitas de pães experimentais.

— Porque não me procurou mais? - Kurosaki se perguntara entre lágrimas, sabendo que foi dura demais com ele na última vez que se viram… Mas, ela não queria um relacionamento com aquele Kurosaki assustador.

— Droga, estou tão confusa.

Orihime dissera, com frustração, pela demanda de trabalho ter reduzido.

Ela já tinha organizado todas as pastas. Organizado, a documentação dos alunos, já tinha refeito o Projeto Político Pedagógico, as ementas dos cursos, se reunido com as coordenações de cada curso, para discutir as novas diretrizes, tudo estava compilado e Organizado.

Dependiam da aprovação da universidade com quem teriam parceria, para depois encaminhar para a superintendência de educação. 

Salvo, possíveis correções, ela não tinha controle sobre esse caminho burocrático, mas Unohana estava otimista, ela que não conseguia ficar assim.

— Acho que alguém precisa de uma pausa. - Orihime se assustou tanto com a chegada abrupta de Unohana, que acabou se desequilibrando da cadeira…

POFT.

— Orihime? - Unohana vira sua melhor (e mais atrapalhada) funcionaria, cair com a cadeira em cima do braço.

O que lhe rendeu uma inesperada fratura.

— Quarenta dias de atestado. - Tatsuki olhou com olhos arregalados para o papel.

— Unohana-san vai para o céu dos chefes. - Tatsuki disse com um tantinho de inveja branca.

Pois, por muito menos, ela foi demitida.

— Gomensai. - Orihime disse envergonhada.

Mas, Unohana que até então não tirava os olhos de Tatsuki, acarinhou seus cabelos ruivos.

— Só quero que você fique bem, minha querida.

A morena disse com gentileza, e Tatsuki acabou tendo a impressão, de que Uryuu era adotado.

"Kuso, não pense nele".

Irritada, disse a si mesma, pois ter sido demitida naquele momento em particular de sua vida, foi a pior coisa que poderia ter acontecido.

— Orihime-san, venha escolher a cor de sua tipoia.

Fazia tempo que os olhos cinzentos de Orihime, não brilhavam com uma ligeira alegria, como naquele momento.

Foi compensador para as duas acompanhantes da moça, vê-la daquele jeito.

Mas, não deixou de deixar as duas um pouquinho constrangidas pela infantilidade da outra, que parecia em dúvida uma da Sailor Moon, ou outra da Sakura Card Captors.

— Desculpe, mas porque você me olha tanto? – Arisawa, enfim teve coragem de perguntar, apenas porque se convenceu de que Uryuu não se atreveria a contar nada sobre eles dois para sua mãe.

Mas, só pelo sorriso de Unohana, a moça soube que não era bem assim.

— Só estou pensando, no bom gosto de meu filho. - Unohana diz dando uma piscadinha para Tatsuki, que se sente ofendida pela reação da outra.

— Como pode dizer isso? - Tatsuki pergunta com indignação. - Ele era um homem comprometido e por causa minha ele terminou tudo, com Karin. - Unohana acaba fazendo uma careta bizarra ao ouvir isso.

— Acho, que seria pior se ele continuasse, com Karin amando você, né? - Sem esperar resposta, Unohana se afastou, dando uma segunda piscadinha para Tatsuki e se afastou sem nem dar resposta.

...

Orihime não atendia suas ligações e havia o bloqueado no aplicativo de mensagem.

Ele quis lhe dar algum espaço, para repensar a relação deles, mas havia chegado o momento de eles terem uma conversa definitiva.

Mas, no dia que ele a procurou, ela estava adormecida, por causa dos fortes analgésicos que ela tomou por conta da queda.

Mas, Ichigo não sabia disto e foi embora achando que ela apenas não quis atender a porta.

Aos prantos, ele deixou um girassol em sua porta, como despedida.

Pois, havia tomado a decisão de ir embora com Karin, para o Canadá onde morava Yuzu.

Uryuu olhara com indiferença, todas aquelas caixas.

Depois do ocorrido em sua vida amorosa, ele apenas não queria continuar morando naquele apartamento.

Onde havia muitas lembranças dele e Karin. O fato deles terem terminado e ele se sentir bem com isso, não queria dizer que ele não tinha lembranças que guardava com carinho.

Olhara o porta-retrato agora vazio. Tinha uma foto, dele e Karin abraçados a um Golden Retriever, na verdade ele estava abraçado a ela, que por sua vez estava agarrada ao cachorro.

Ele não lembrava de onde tinha saído aquele animal, mas lembrava o quanto Karin queria um. Mas, ele sempre desconversou.

Pensava que aquele porta retrato seria preenchido por momentos marcantes com Tatsuki, mas se enganou.

"Sozinho, acabara sozinho".

As últimas palavras de sua ex, ainda ecoavam em sua mente, e eram quase um fantasma, assombrando-o.

Toc-toc.

— Com licença, vim pegar minhas coisas.

Antes mesmo, dela falar, ele sabia que era Karin.

— Claro, deixei ali no canto. - Ele disse ajeitando seus óculos.

Ela pareceu titubear um pouco. Sua frieza, com relação ao término deles dois, ainda chocava.

Karin, nada disse, apenas caminhou em direção as caixas e pegou, as duas, com um pouco de dificuldade.

— Se quiser eu te ajudo. - Ele disse solicito.

— Não tudo bem, eu consigo. - Karin disse dando um riso amarelo, porém a caixa de cima quase caiu e Uryuu a segurou a tempo.

Contra vontade da Kurosaki, ele teimou em ajudá-la a levar tudo até o carro, uma caminhonete EcoSport azul-marinho.

No volante, havia um rapaz de exóticos cabelos platinado e olhos verdes entediados.

— Namorado novo? - Ishida perguntou tentando quebrar o gelo, mas era cedo demais para isso é ele só foi perceber isto, quando aqueles olhos castanhos escuros o olharam cheios de magoa.

— Não sou como você, que a fila anda a velocidade da luz. - Karin disse com exasperação, aumentando ainda mais o constrangimento entre eles dois.

— Toushirou é só um amigo… É você que eu amo. - Ela disse com a voz embargada, e Uryuu se retesou um pouco, ao ouvir aquilo.

Uma centelha de emoção bem no fundo, de seu espírito gelado.

— Seja feliz. - Uryuu disse estendendo-lhe a mão em um sinal de cordialidade.

Mas, seu gesto apenas aumentou a mágoa no olhar de Karin.

— Dane-se você. - Ela respondeu com um forte tapa no rosto.

E, subindo no carro com passos duros.

Uryuu levara a mão ao rosto ardido, enquanto via o carro de afastar, levando consigo uma parte bacana de sua história apesar dos pesares.

...

— Acho que aquela bofetada, significa que você não contou a ele.

Toushirou quebrou o silêncio, quando eles pararam no sinal vermelho.

Depois de tudo que houve, ela achou mais seguro, pedir para seu amigo acompanhá-la, do que o cabeça quente de seu irmão.

— Não contei, nem vou contar. - Ela disse levando a mão a sua barriga ainda lisa.

— Minha escolha, minha responsabilidade. - Ela disse olhando para a janela, ciente de que não deveria ter parado com o anticoncepcional sem conversar com Ishida.

Esse era o seu pensamento enquanto olhava pela janela, dando indícios de que não queria mais conversa.

O que fizera com que Toushirou sorrisse, deliciando-se com a imagem da linda garota que a cada dia roubava um pedaço a mais de seu coração.

Mas, era cedo para saber.

Quando acordou naquela manhã, grogue de sono, Orihime pensou em dormir o resto do dia.

Tatsuki estava a fora, cuidando da papelada, para a viagem que elas fariam a San Diego, para visitar a mãe dela.

Graças, a generosidade de Unohana, que antecipou suas férias e ainda lhe concedeu um empréstimo a "juros camaradas", para que ela acompanhasse sua amiga, sem que ela usasse suas economias.

Ela estava animada para sua primeira viagem internacional. Mas, não conseguia se sentir toda feliz, e o motivo era o plano de fundo do display de seu celular.

Ichigo dormindo com suas orelhinhas de Mickey. Ela tirou uma foto dele, enquanto dormia e não se arrependeu dessa "pequena travessura", pois assim teria algo bonito para olhar e sentir saudade.

Ela tinha prometido a si mesma, não olhar seu mensageiro, na esperança de haver uma mensagem de Ichigo, mas não havia nada.

"Melhor assim".

Ela pensara dando uma fungada, tentando não chorar.

Então, uma mensagem de Rangiku chamou sua atenção.

Quando voltou para seu apartamento, ainda mais ansioso por ir embora dali, ele foi surpreendido pela presença de alguém.

— Tatsuki? - Ele viu a garota de costas, usando uma calça pantalona de jeans fino, e uma blusa preta, justinho em seu corpo malhado.

— Desculpe, eu vi a porta aberta e... - Ela perguntou dando uma alisada em seu cabelo preto e arrepiado.

— Não tem importância. - Ele disse com mais ansiedade do que seria prudente, mas pela primeira vez que se falasse todo seu comedimento… Ele só queria saber, o que ela estava fazendo ali.

E, a resposta, não tardou, quando ela o puxou pela camisa e o puxou em direção a seus lábios.

Uryuu logo pediu passagem com sua língua, e foi como se a explosão de uma bomba atômica arrebentasse seu peito, e todas as ideias lógicas e ilógica de sua racionalidade foram mandadas para o espaço.

Ele a ergueu só um pouquinho, e com um saltinho quase olímpico, ele a erguera, sem separar os lábios que quanto mais se tocavam, mais desejo sentiam um pelo outro.

— Isso significa que… - Uryuu perguntou cheio de entusiasmo.

— Um talvez. - Então impiedosamente, Tatsuki o fez despertar do sonho.

Ela estava indo visitar sua mãe e pediu-lhe o prazo de um mês para decidir.


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