Sirius, eu ainda amo o Remus! escrita por Kayla Black Lupin, Agent Kenway Lupin


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um pessoal, espero que gostem desse capítulo, porque a partir desse é que a treta vai começar hahahaha

Provavelmente o próximo capitulo vem no final de semana, pois quero fazer capitulos maiores, assim como esse e o ultimo que postei, então aguardem ok?

Não deixem de comentar, e quem sabe, recomendar fica dica kkk

PS: Assim como o outro capitulo, esse também tem uma cena do livro Prisioneiro de Askaban, mas lembrem-se, a cena está modificada, e assim continuará nos próximos capitulos, é o livro que mais gosto, e sempre que tenho a chance de usá-lo, acabo aproveitando hahahaha

PS2: Quem estava ansioso, por uma aula da Jasmine?



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POVs Harry

Saímos da sala dos professores em silêncio, e caminhávamos para a cabana de Hagrid, onde ele tinha avisado que iria começar a aula. Jake continuava com um olhar preocupado.

– A Jas vai ficar bem você vai ver. – Sam falou tentando animá-lo.

– Vai sim, ela não consegue ficar mal por muito tempo. – falei sorrindo.

Ele por fim concordou, e tentou sorrir.

– Qual era o seu medo? – perguntou baixinho.

Desviei o olhar, de certo modo fiquei tranqüilo por Jasmine não ter deixado enfrentar o bicho papão.

– No começo me lembrei daquele dia no trem, o Dementador. – falei encarando Jake e Sam. – Mas ai foi como se eu recordasse de algo mais antigo, ouvia meus pais gritando, e pensei no Voldemort, ele é meu medo. – completei com a cabeça baixa.

Tinhamos parado de andar, e estávamos num corredor deserto, encostei-me à parede e fiquei com a cabeça baixa, Sam parou na minha frente e ergueu meu rosto, e secou uma lagrima que teimou em cair.

– Tudo bem ele ser seu medo, você sobreviveu, está aqui com a gente, é isso que importa. – Sam falou sorrindo.

Não pude deixar de sorrir, ela ajeitou meus óculos e bagunçou ainda mais meus cabelos.

– E nesse momento vocês se beijam? – Jacob falou imitando um casal aos beijos.

–Cala boca. – Sam falou acertando um tapa em sua cabeça e voltando a caminhar para a próxima aula.

Fuzile Jake, que apenas gargalhou, o que também me fez rir, pois assim como a Tia Jas, sua risada era muito engraçada. Corremos para alcançar Samatha, Hagrid já estava à espera dos alunos à porta da cabana. Vestia o casaco de pele de toupeira, com Canino, o cão de caçar javalis, nos calcanhares, e parecia impaciente para começar.

– Vamos, andem depressa! – falou quando os alunos se aproximaram. – Tenho uma coisa ótima para vocês hoje! Vai ser uma grande aula! Estão todos aqui? Certo, então me acompanhem!

Por um momento de apreensão, pensei que Hagrid nos levaria para a Floresta Proibida; olhei rapidamente para Jake, que assim como eu fazia uma careta já tivemos suficientes experiências desagradáveis ali para a vida inteira. No entanto, o guarda-caça contornou a orla das árvores e cinco minutos depois estávamos diante de uma espécie de picadeiro. Não havia nada ali.

– Todos se agrupem em volta dessa cerca! – mandou ele. – Isso... procurem garantir uma boa visibilidade... Agora, a primeira coisa que vão precisar fazer é abrir os livros...

– Como? – perguntou a voz fria e arrastada de Draco Malfoy.

– Que foi? – perguntou Hagrid.

– Como é que vamos abrir os livros? – repetiu o menino.

Ele retirou da mochila seu exemplar de O livro monstruoso dos monstros, amarrado com um pedaço de corda. Outros alunos fizeram o mesmo, alguns, como eu, tinham fechado o livro com um cinto; outros os tinham enfiado em sacos justos ou fechado os livros com grampos.

– Será... será que ninguém conseguiu abrir o livro? – perguntou Hagrid, com ar de desapontamento.

Todos os alunos sacudiram negativamente as cabeças.

– Vocês têm que fazer carinho neles – falou o novo professor, como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Olhem aqui...

Ele apanhou o livro de Hermione e rasgou a fita adesiva que o prendia. O livro tentou morder, mas Hagrid passou seu gigantesco dedo indicador pela lombada, o livro estremeceu, se abriu e permaneceu quieto em sua mão.

– Ah, mas que bobeira a nossa! – caçoou Draco. – Devíamos ter feito carinho no livro! Como foi que não adivinhamos!

– Eu... eu achei que eles eram engraçados – disse Hagrid, inseguro, para Hermione.

– Ah, engraçadíssimos! – comentou Draco. – Uma ideia realmente espirituosa, nos dar livros que tentam arrancar nossa mão.

– Cala a boca, Malfoy – advertiu-o Jacob baixinho. Hagrid parecia arrasado, e eu queria que aquela primeira aula do meu amigo fosse um sucesso.

– Certo, então – continuou Hagrid, que pelo jeito perdera o fio do pensamento – ... então vocês já têm os livros e... e... agora faltam as criaturas mágicas. É. Então vou buscá-las. Esperem um pouco...

Ele se afastou na direção da floresta e desapareceu de vista.

– Nossa, essa escola está indo para o brejo! – falou Draco em voz alta. – Esse pateta dando aulas, meu pai vai ter um acesso quando eu contar...

– Cala a boca, Malfoy – falei com raiva.

– Aaaaaaah! – guinchou Lilá Brown, apontando para o lado oposto do picadeiro.

Trotavam em direção aos garotos mais ou menos uma dezena dos bichos mais bizarros que já vira na vida. Tinham os corpos, as pernas traseiras e as caudas de cavalo, mas as pernas dianteiras, as asas e a cabeça de uma coisa que lembrava águias gigantescas, com bicos cruéis cinza-metálico e enormes olhos laranja vivo. As garras das pernas dianteiras tinham uns quinze centímetros de comprimento e um aspecto letal. Cada um dos bichos trazia uma grossa coleira de couro ao pescoço engatada em uma longa corrente, cujas pontas estavam presas nas imensas mãos de Hagrid, que entrou correndo no picadeiro atrás dos bichos.

– Upa! Upa! Aí! – bradou ele, sacudindo as correntes e incitando os bichos na direção da cerca onde se agrupavam os alunos. Todos recuaram, instintivamente, quando Hagrid chegou bem perto e amarrou os bichos na cerca.

– Hipogrifos! – bradou Hagrid alegremente, acenando para eles. – Lindos, não acham?

Conseguiu entender mais ou menos o que Hagrid quis dizer. Depois que se supera o primeiro choque de ver uma coisa que é metade cavalo, metade ave, a pessoa começava a apreciar a pelagem luzidia dos hipogrifos, que mudava suavemente de pena para pelo, cada animal de uma cor diferente: cinza-chuva, bronze, ruão rosado, castanho brilhante e nanquim.

– Então – disse Hagrid, esfregando as mãos e sorrindo para todos –, se vocês quiserem chegar mais perto...

Ninguém pareceu querer. Eu, Sam e Jake, porém, se aproximamos cautelosamente da cerca.

– Agora, a primeira coisa que vocês precisam saber sobre os hipogrifos é que são orgulhosos – explicou Hagrid. – Se ofendem com facilidade, os hipogrifos. Nunca insultem um bicho desses, porque pode ser a última coisa que vão fazer na vida.

Malfoy, Crabbe e Goyle não estavam prestando atenção; falavam aos cochichos e tive o mau pressentimento de que estavam combinando a melhor maneira de estragar a aula.

– Vocês sempre esperam o hipogrifo fazer o primeiro movimento – continuou Hagrid. – É uma questão de cortesia, entendem? Vocês vão até eles, fazem uma reverência e aí esperam. Se o bicho retribuir o cumprimento, vocês podem tocar nele. Se não retribuir, então saiam de perto bem depressinha, porque essas garras machucam feio.

“Certo, quem quer ser o primeiro?”

Em resposta, a maioria dos alunos recuou mais um pouco. Os hipogrifos balançavam as cabeças de aspecto feroz e flexionavam as fortes asas; não pareciam gostar de estar presos daquele jeito. Sam fez um sinal com a cabeça apontando para Jake que olhava para as criaturas sem prestar atenção ao seu redor.

– Ninguém? – disse Hagrid, com um olhar suplicante.

Sem que ele percebesse fiz cócegas em sua costela, e como reflexo ele ergueu o braço.

– Muito bem Jake! – gritou Hagrid.

Jacob nos fuzilou com o olhar e xingou baixinho, pulando a cerca e se aproximando do professor.

– Certo, então... vamos ver como você se entende com o Bicuço. – Hagrid falou animado

E, dizendo isso, soltou uma das correntes, separou o hipogrifo cinzento dos restantes e retirou a coleira de couro. A turma do outro lado da cerca parecia estar prendendo a respiração. Os olhos de Draco se estreitaram maliciosamente.

– Calma, agora, Jake – disse Hagrid em voz baixa. – Você fez contato com os olhos, agora tente não piscar... Os hipogrifos não confiam na pessoa que pisca demais...

Nesse momento fiquei apreensivo, se algo acontecesse com Jake, provavelmente Jasmine iria me deixar pendurado pelos pés durante um mês. Jacob continuou encarando a criatura sem piscar. Bicuço virara a cabeçorra alerta e fixava um cruel olho laranja nele.

– Isso mesmo – disse Hagrid. – Isso mesmo, Jake... agora faça a reverência...

Pude ver Jake prendendo a respiração, Sam ao meu lado agarrou a manga da minha blusa. Ele curvou-se brevemente e ergueu os olhos.

O hipogrifo continuava a fixá-lo com altivez. Nem se mexeu.

– Ah! – exclamou Hagrid, parecendo preocupado. – Certo... recue, agora, Jake, devagarinho...

Mas nesse instante, para enorme surpresa de todos, o hipogrifo inesperadamente dobrou os escamosos joelhos dianteiros e afundou o corpo em uma inconfundível reverência.

– Muito bem, Jake! – aplaudiu Hagrid, extasiado. – Certo... pode tocá-lo! Acaricie o bico dele, vamos!

Jake avançou devagarinho para o hipogrifo e estendeu a mão. Acabou pisando num graveto, o que fez a criatura se mexer, Samantha segurou minha mão forte, nos encaramos e logo nos afastamos corados. Jake finalmente acariciou o bico de Bicuço várias vezes e o bicho fechou os olhos demoradamente, como se estivesse gostando.

A turma prorrompeu em aplausos, à exceção de Malfoy, Crabbe e Goyle, que pareciam profundamente desapontados.

– Certo então, Jake – falou Hagrid. – Acho que ele até deixaria você montar nele!

Jake olhou apavorado do professor para nós, e negou com um aceno. Mas por fim concordou, e se aproximou mais da criatura.

– Isso, suba ali, logo atrás da articulação das asas – mandou Hagrid. – E cuidado para não arrancar nenhuma pena, ele não vai gostar nem um pouco...

Jake pisou no alto da asa de Bicuço e se içou para cima das costas do bicho. O bicho se ergueu. .

– Pode ir, então! – bradou Hagrid, dando uma palmada nos quartos do hipogrifo.

Sem aviso, as asas de quase quatro metros se abriram a cada lado de Jake; ele só teve tempo de se agarrar ao pescoço do hipogrifo e já estava voando para o alto. .

Bicuço deu uma volta por cima do picadeiro, e ao redor do castelo, e em seguida embicou para o chão;

– Bom trabalho, Jake! – berrou Hagrid enquanto todos, exceto Malfoy, Crabbe e Goyle, aplaudiam. – Muito bem, quem mais quer experimentar?

Encorajados pelo sucesso, os outros alunos subiram, cautelosos, pela cerca do picadeiro. Hagrid soltou os hipogrifos, um a um, e logo os garotos, nervosos, começaram a fazer reverências por todo o picadeiro. Neville fugiu várias vezes do dele, pois o bicho não estava com jeito de querer dobrar os joelhos. Rony e Hermione praticaram no hipogrifo castanho.

– Mandou super bem sobrinho. – Sam falou aproximando-se de Jake, que ainda tinha um olhar nervoso.

– Quando o papai souber o que vocês fizeram comigo. – ele falou rindo.

– Vai dizer que não gostou? – falei dando um soquinho em seu braço.

Malfoy, Crabbe e Goyle ficaram com Bicuço. Ele acabara de retribuir a reverência de Malfoy, que agora lhe acariciava o bico, com um ar desdenhoso.

– Isso é moleza – disse Draco com a voz arrastada, suficientemente alta para que todos pudessem ouvir. – Só podia ser, se o Lupin conseguiu fazer... Aposto que você não tem nada de perigoso, tem? – disse ao hipogrifo. – Tem, seu brutamontes feioso?

Aconteceu num breve movimento das garras de aço; Draco soltou um berro agudo e no momento seguinte, Hagrid estava pelejando para enfiar a coleira em Bicuço, enquanto o bicho fazia força para avançar no garoto, que caíra dobrado na relva, o sangue aflorando em suas vestes.

– Estou morrendo! – gritou Malfoy enquanto a turma entrava em pânico. – Estou morrendo, olhem só para mim! Ele me matou!

– Você não está morrendo! – disse Hagrid, que ficara muito pálido. – Alguém me ajude... preciso tirar ele daqui...

– Hagrid ele tem que ir para ala hospitalar agora. – Sam falou mais alto que os gritos de Malfoy.

Hagrid concordou e apanhou o garoto no colo e saiu o carregando.

– Você vai se arrepender disso, você e aquela galinha idiota. – Ouvimos Malfoy dizer ao longe.

– Tinha que ser aquela loira magricela. – Sam falou cruzando os braços.

Sentimos uma respiração a nossas costas, Biculo tinha se aproximado, e passava o bico no ombro de Jacob, como quem pedia atenção.

– Olha você ganhou um amigo. – falei rindo.

POVs Jasmine

Assim que a aula de Remus acabou voltei para minha sala, os dois primeiros períodos da tarde eu tinha livre, então fiquei sozinha na minha sala, espero que o terceiro tempo começasse, e que seria a turma de Jacob. Fiquei sentada em minha mesa, com a cabeça apoiada nela, ouvi passos se aproximando.

– Você está bem mesmo? – Remus perguntou preocupado.

– Sim. – concordei sem levantar a cabeça.

Ouvi ele mexendo na minha mesa.

– Percebi, você comeu dez barras de chocolate. – falou rindo.

– É desejo. – falei erguendo o olhar, e fazendo bico. – Quer que seu filho nasce com cara de chocolate? – perguntei cruzando os braços.

Remus me olhou aflito.

– Que filho? – perguntou quase gritando.

– Sei lá, algum que possa vir num futuro distante. – respondi rindo.

Pude perceber ele respirando aliviado, Remus passou a mão pelo cabelo e sorriu.

– Só um Jake já está bom não acha? – perguntou dando a volta na mesa, e me erguendo para sentar em seu colo.

– Ah mais eu queria outro. – falei mexendo em seu cabelo.

Remus ficou me encarando em silêncio, e acariciou minha bochechas.

– E se ele não tiver a sorte que o Jacob teve? – Remus disse por fim, se referindo a licantropia.

– Ai teremos um mini lobo. – falei alegre. Fazendo Remus gargalhar.

A porta foi aberta e os alunos começaram a entrar, Remus me beijou e caminhou para sair da sala, acenando para Jacob e saindo da sala, fechando a porta atrás de si. Esperei que todos se acomodassem, e fiquei sentada em minha mesa de pernas cruzadas, Jacob ainda me olhava preocupado, fiz uma careta, que o fez rir, pude ver ele cochichando com Harry que concordou.

– A senhora está bem professora? – Hermione perguntou, algo que tive a impressão que todos queriam saber.

– Estou sim, não vai ser um bicho papão que vai me abalar. – respondi sorrindo, olhei ao redor e percebi que faltava um aluno. – Onde está o Malfoy? – completei olhando para os alunos da Sonserina.

– Ele quase foi morta na aula de Trato das Criaturas Mágicas. - disse Pansy Parkinson.

Olhei surpresa para todos.

– É mentira, Hagrid falou que os hipogrifos são criaturas orgulhosas. – Sam falou encarando Pansy com ódio. – Draco o xingou, e o Bicuço o atacou. – completou segurando o riso.

Alguns alunos da Grifinória assim como Sam tentaram não rir.

– Isso deve ter sido... – falei baixinho. – Muito engraçado, não acredito que perdi essa cena. – completei rindo.

Os sonserinos me olharam sério, com um olhar de desaprovação, enquanto os grifinórios riam comigo.

– Mas tirando essa cena engraçada, vamos começar a aula, abram seus livros na pagina dezesseis, hoje vamos aprender sobre a Poção Wiggenweld. – falei caminhando pela sala.

Os alunos logo começaram a mexer em seus livros, e em seus caldeirões.

– Alguém poderia me falar sobre essa poção? – perguntei parada no fundo da sala. Hermione ergue a mão. – Granger! – completei esperando pela resposta.

– A Poção Wiggenweld tem o poder que restaurar as forças de uma pessoa que esta demasiada fraca por estar doente, por ter se machucado ou simplesmente por estar muito cansado. – falou orgulhosa.

– Muito bem. – disse voltando para frente da sala. – Hoje quero que vocês preparem essa poção, mas lembre-se, eu irei provar cada poção, se algo der errado, vocês irão se entender com o meu marido. – completei fazendo-os rirem.

Era uma poção fácil de ser preparada, e que não tinha muitos riscos caso feita errada, caso colocasse os ingredientes na ordem errado, em excesso ou em falta, iria fazer uma poção que poderia colorir os cabelos. Fiquei caminhando pela sala, observando os alunos elaborarem suas poções, Harry e Sam tentavam se ajudar, já que Jacob se negava a colaborar com os dois.

Rony e Neville se atrapalhavam com os ingredientes, e vendo o estado da poções dos dois, deduzi que iria para o jantar com meus cabelos coloridos, não demorou muito para que eles terminassem.

– Posso começar a experimentar? – perguntei diante de todos, algum concordaram orgulhos, outros olhavam para seus caldeirões com receio.

Provei cada poção, as primeiras estavam certas, e para cada poção feita perfeita concedi cinco pontos para casa do aluno, cheguei diante da poção de Jacob que me olhava orgulhoso, mexi nela, e sorri, estava perfeita.

– Parabéns, cinco pontos para Grifinória. – falei sorrindo.

E assim segui para as ultimas poções, que eram de Sam, Harry, Rony e Neville. A poção deveria ficar numa coloração verde, mas a de Sam ficou num tom roxo, ele me olhou sorrindo, e no fundo tive a impressão que ela fez de propósito. Peguei um punhado de sua poção e levei a boca, ela tinha um gosto horrível.

– Samantha que horror. – falei colocando a mão na boca.

Todos riram, olhando a careta que fiz, e então meu cabelo ficou roxo, a fuzilei com olhar, ela sentou e segui para a poção de Harry, que deixou meu cabelo vermelho, a de Rony fez com que ele ficasse verde, e por fim a de Neville fez com que meu cabelo ficasse azul.

– Espero que tenham gostado dessa aula, e do meu novo tom de cabelo. – falei mexendo nas mexas azuis.

Todos riram, Neville sussurrou um pedido de desculpas, a ultima aula do dia tinha chegado ao fim, Remus entrou e me olhou surpreso.

– Nossa amor você está. – ele falou levando a mão a boca para não rir. – Perfeita. – completou gargalhando.

– Eu vou te matar, não ri de mim. – falei jogando um livro em sua direção, quase o acertando. – Estão dispensados turma. – falei para os alunos, que logo saíram da sala, indo para o Grande Salão jantar.

Jacob acenou da porta, e seguiu Harry e Sam.

– Gostei do seu novo visual, combinou com seus olhos. – Remus falou mexendo em meu cabelo.

– Então vou ficar assim pra sempre, o que acha? – perguntei marota.

– Prefiro o de antes sabe. – ele falou fazendo uma careta.

Ri em seus braços, o abraçando forte, e depois daquela aula, era como se o que aconteceu de manhã, fosse apenas um sonho ruim que tive.

Depois do jantar demorei para finalmente tirar a coloração azul de meu cabelo, Remus apenas ficou deitado na cama rindo, já que não é tão fácil tirar aquela cor, por fim consegui, e me juntei a ele na cama. Ouvimos a porta de minha sala abrir, caminhei lentamente e fiquei observando.

– A porta abriu mais ninguém entrou? – Remus disse as minhas costas, já sacando sua varinha.

– Jake, tira a capa. – falei cruzando os braços.

E do meio da sala, Jacob retirou a Capa da Invisibilidade, e nos olhou sorrindo. James tinha mentido para Lilly a respeito da Capa. Ela pensava que estava comigo e Remus, mas na realidade, Pontas tinha dado a Capa para Harry no primeiro ano em que ele veio para Hogwarts, e ela tinha ajudado ele, Jacob e Sam em se meter em vários problemas.

– Aconteceu alguma coisa Jake? – Remus perguntou aproximando-se de nosso filho.

– Eu queria saber, podemos ter mais de um medo? – Jake perguntou baixinho.

Remus me olhou confuso, depois encarou nosso filho.

– É claro, você pode temer mais de uma coisa. – Remus explicou calmo.

Jacob ficou em silêncio, e me aproximei dos dois.

– Porque a pergunta? – falei sentando próxima a ele.

– Hoje cedo, não enfrentei o bicho papão. – ele falou nos olhando. – Eu queria enfrentar ele. – completou sério.

Olhei para Remus que ficou pensativo, mas por fim sorriu.

– Ele ainda está no armário, quer ir lá? – Remus perguntou sorrindo.

Jake nos olhou alegre, e concordou.

– Vamos mas coloca a Capa, se a Minerva te ver pelos corredores essa hora, vai nos colocar em detenção. – falei apertando a bochecha de Jake.

Ele logo desapareceu sobre a Capa, Remus passou o braço pelos meus ombros e caminhamos para fora da sala, a caminho da sala dos professores, ouvimos passos a nossa frente e encontramos Minerva.

– Espero que vocês não vão para a Sala Precisa de novo. – falou calma. – Vocês não podem se atrasar mais uma vez.

Remus corou com a fala da professora.

– Não se preocupe professora, agora ficamos só em nossas sala. – falei rindo. – Vamos tirar o bicho papão do armário. – completei sorrindo.

Ela por fim concordou e seguiu o caminho para sua sala. Remus me olhou sério, o que me fez rir, chegando em frente a sala do professores entramos, Jake tirou a Capa, e entrou rapidamente.

– Você tem certeza Jake? – Remus perguntou aproximando-se do armário, que sacudiu sentindo nossa presença.

Jacob concordou com um aceno, e apanhou sua varinha, nos afastamos, para que o bicho papão apenas tivesse Jacob diante de si. Remus acenou a varinha e a porta do armário foi aberta, Jake trancou a respiração. E do armário eu sai o encarando com nojo.

– Você não me da orgulho algum Jacob. – o bicho papão falou com a minha voz.

Olhei para Remus não acreditando no que via diante de meus olhos.

– Jacob Sirius Lupin, você é certo de mais, não serve nem para fazer uma simples bomba de fedor. – o bicho papão continuou falando aproximando-se de Jake.

– Mãe! – Jake falou aflito.

Dei um passo a frente para ajudá-lo. Mas Remus me segurou

– Ele tem que enfrentar o medo dele. – Remus falou sério.

– Você não me da nenhum orgulho. – o bicho papão falou quase gritando.

Jacob respirou fundo, e ergueu sua varinha.

– R... r... riddikulus! – ele disse nervoso.

Mas o bicho papão não assumiu uma forma engraçada, ao contrario, assumiu a forma de Remus transformado em lobisomem, o qual olhou para Jake com raiva, e rosnou.

– Ele tem medo de mim? – Remus disse baixinho.

– Papai! – Jake disse quase chorando.

Remus me olhou com lágrimas nos olhos, sabíamos que Jake tinha que ser forte.

– Você consegue filho, eu tenho muito orgulho de você, sempre tive, você ajudou o Harry no primeiro ano a encontrar a Pedra Filosofal. Você é incrivel – falei calma. – Você é o filho que sempre sonhei, eu tenho orgulho de você. – completei o olhando.

Jacob sorriu, e por fim encarou o bicho papão transformado em lobisomem que ainda avançava.

– Riddikulus! – falou sério.

O bicho papão ganhou a forma animaga do Sirius, usando um vestido rosa choque, com laçinho azul na cabeça. Acenei a varinha o fazendo voltar para o armário. Jake sentou-se no chão e ficou com a cabeça baixa, encarei Remus que tentava não chorar.

– Ele tem medo de mim Jas. – ele falou deixando as lágrimas escorrerem.

Aproximei-me dele, e sequei suas lágrimas, o abraçando.

– Não tenho medo de você papai. – Jake falou se aproximando. – Só tenho medo por você. – completou sério.

Remus olhou para Jacob e abriu os braços, Jake correu para ele, e o abraçou forte.

– Não precisa ter medo disso meu filhote. – Remus falou agora sorrindo. – Nem eu mais tenho medo. Deixei te ter medo disso no dia em que você nasceu. – completou calmo.

Abracei os dois homens da minha vida, Jake chorava baixinho, mexi em seu cabelo, e ele me olhou e sorriu, ele herdou os olhos de Remus, eu amava aquele olhar, acariciei seu rosto.

– Eu te amo meu mini lobo. – falei beijando sua testa.

– Eu também amo vocês. – ele disse nos abraçando.

DIAS DEPOIS

POVs Jacob

Mamãe tinha nos ajudado com a bomba de fedor para atacar os sonserinos, mas nada saiu como o planejado, não sabíamos que Cindy não estava no salão comunal da Sonserina, quando voltei para buscá-la a bomba explodiu, fazendo com que eu também fosse atingido.

Papai ficou furioso quando descobriu que mamãe tinha nos ajudado, além de ter deixado, eu, Harry em Sam na detenção, os dois discutiram feio, e durante um dia inteiro ficaram sem se falar. Era estranho ver os dois na mesa do professores, sentado um do lado do outro, sem trocar um sorriso ou alguma palavra. Papai fazia alguma graça mas mamãe o ignorava, e quando ele saía da mesa, ela ria. Por fim ela o seguiu, e o beijou no meio do Grande Salão, fazendo alguns alunos aplaudirem, e fazer meu pai ficar corado.

Já estava quase na hora do jantar, voltei para o dormitório para tomar um banho, e estava indo encontrar Harry e Sam no Grande Salão, e assim que passei pelo quadro da Mulher Gorda, Cindy me esperava sorrindo.

– Você ainda está fedendo. – ela disse fazendo uma careta.

– Você também. – falei apertando sua bochecha.

Cindy riu, subindo em minhas costas, para que eu a carregasse, conversávamos animados pelos corredores, até que vimos um homem parado no meio do corredor, cabelos negros e cumpridos, com roupas velhas.

– Parece o Tio Sirius. – Cindy falou observando o homem.

– É ele. – falei correndo com Cindy ao meu lado para abraçá-lo.

– Tio Sirius. – falei abraçando-o assim como Cindy.

– Quem são vocês? – ele perguntou nervoso.

– Sou Jake, o filho da Jasmine, seu afilhado. – falei o soltando. – Lembra? – completei o soltando e olhando para seu rosto.

Foi então que percebi que não era o Tio Sirius, era uma versão um pouco mais jovem dele.

– Não é o Tio Sirius. – Cindy falou segurando minha mão e se afastando.

– Não corram, esperem!. – ele falou, mas já estávamos correndo para longe.

Cindy estava gritando, olhei para trás e vi, ele me olhando com desespero e correndo para o outro lado. Viramos o corredor e chegamos no Grande Salão.

– Jas, Tio Remus! – Cindy gritou correndo. Os dois saíram da mesa dos professores e vieram em nossa direção.

– O que aconteceu? – papai perguntou preocupado.

– Ele tava aqui... O ele fugiu... – tentei falar recuperando o fôlego.

– Quem Jacob? – mamãe falou aflita.

– RÉGULOS BLACK! – Cindy gritou, fazendo o salão inteiro ficar em silêncio.

Mamãe e papai se olharam, e mesmo com a ordem de Dumbledore de ficarem no salão, eles correram atrás do fugitivo.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?