Burn escrita por Gabizzie


Capítulo 7
Capitulo 6 — Surprise.


Notas iniciais do capítulo

Bom galera eu sei que o último capítulo ficou bagunçado, mas esse era o título dele certo?
Enfim.
Esse aqui é o de abertura da maratona e "final" da primeira fase da fanfic. No próximo já tem uma passagem de tempo e já vemos como a Peggy está adaptada.
Espero que gostem ;*



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—Droga Cullen, não acredito que dormiu aqui — Xinguei acordando e dando de cara com o par de orbes topázio me mirando. Antes que pensem merda, nós não fizemos nada, apenas trocamos alguns beijos.

—Bom dia para a senhorita também, ainda temos uma hora e pode ficar tranquila que já preparei seu café — Mordeu levemente minha bochecha e o empurrei subindo as escadas para me arrumar.

—Você trouxe uma troca de roupa né seu cafajeste — Observei ao adentrar a cozinha.

—O que posso fazer se sou um cara preparado baby? — Piscou um olho safado e rolei meus olhos.

—Não sou sua baby — Rebati me sentando na bancada e me servindo de panquecas, xarope e bacon.

—Nunca te disseram para não negar o inevitável? — Argumentou e dei o dedo do meio.

—Bom, vou indo que ainda tenho que pegar meus irmãos, mas pode ficar tranquila que a noite eu volto — Me soprou um beijo e saiu pela porta da cozinha mesmo.

Nem me dei ao trabalho de ficar surpresa quando o vi entrar pela mesma porta a noite, o moreno teve a cara de pau de levar a chave reserva embora. Contudo adorei a surpresa de descer do meu banho e encontrar o jantar posto, precisava admitir que estava ficando mimada com aquela comida maravilhosa. Hoje era uma mistura de comidas asiáticas, coisa que particularmente sempre fui grande fã. Dim sum, samosas e rolinhos primaveras harmonizavam com um yakissoba que estava cheirando divinamente.

Dessa vez, nem me fiz de rogada e o levei para o meu quarto onde assistimos os filmes direto da minha cama e acabei adormecendo em algum ponto do filme “A menina que roubava livros”, senti os braços fortes dele me envolverem e me levarem a algum lugar macio como as nuvens, tive um dos sonhos mais tranquilos da minha vida, acordei as 4 da manhã morrendo de sono, ao meu lado um telefone tocava incansavelmente, sem pensar atendi a ligação.

—Alô? — Falei ainda rouca.

—Bom dia filhota, só para avisar que já estou embarcando e chego por volta da hora do almoço no aeroporto de Seattle, os Cullen virão buscar Carlisle então você não precisa vir ok? —A voz do meu pai era animada.

—Imagina pai, claro que irei te recepcionar — Argumentei sentando e me encontrando sozinha, no lugar que meu celular se encontrara havia um bilhete “passo te pegar para irmos para o aero, por volta das 10hrs”. —Emmett vai me dar uma carona — Esfreguei os olhos e me despedi.

—Bom dia Maggiezinha — Me ajeitei no banco e pensei que ganharia um beijo na bochecha, mas foi na verdade no pescoço e me arrepiei toda, percebi que ele notou. Seria uma longa viagem...

—Qual a dificuldade em me chamar de Peggy? — Resmunguei colocando meus óculos escuros e começando a ingerir minha dose de cafeína diária. —Para em qualquer lugar pelo amor de Deus, eu preciso ir mijar — Reclamei, estava eu e Emmet naquele carro há tempo considerável já.

—Calma, o próximo posto está perto — Ele teve a cara de pau de rir. — E que tipo de mulher fala mijar?

—Ai caramba — Comecei a tamborilar meus dedos na minha coxa, assim que paramos corri para o banheiro sem me importar com muita coisa.

—Mexa essa bunda gostosa para cá logo — Mandou e dirigi meu dedo do meio a ele. — Ai que lerdeza — Reclamou e dei a língua, ao entrar no carro me animei ao ouvir a voz do Jason Derulo. — Mas a sua bunda não precisa de explicação, tudo o que eu realmente preciso entender é quando você fala sacanagem para mim — Dei um soco no braço do desafinado.

—Você é um babaca completo — Constatei.

—E você me quer mesmo assim — Rolei os olhos, mas não discuti.

Ao chegarmos ao aeroporto dois voos desembarcavam ao mesmo tempo, e não me surpreendi ao encontrar a senhora Cullen ali. Um era o do meu pai que vinha da costa leste e outro era um de LA, sorri ao lembrar que não há muito tempo era eu, ali, que passava pelos portões, vinda da mesma localidade.

—Maggie? — Gelei ao ouvir aquela voz, olhei para cima engolindo em seco.

—Pelo amor de Deus Vince, o que você faz aqui? — Perguntei com um frio na barriga imenso.

—Ué, que pergunta besta, vim te fazer uma surpresa — Largou a mochila que carregava junto com a mala e me abraçou forte, me erguendo do chão.

—E bota surpresa nisso — Emmett argumentou ranzinza.

—Parece até que sabia que eu chegava hoje — Brincou fazendo carinho no meu rosto e ignorando o outro moreno.

—Filha? Vincent? — Meu pai estava estupefato, tanto quanto eu.

—Sogrão! — Vince sorriu e Emmett travou o maxilar.

—Sogrão? — Sibilou baixo e o encarei como quem manda ficar calado. — Nem faça essa cara Margarett, você tem muito a explicar — Cochichou para só eu ouvir.

—Eu não te devo satisfação Cullen — O lembrei em advertência.

—Mas me deve exclusividade — Rebateu.

—Eu nunca aceitei aquele acordo estúpido — O lembrei e paramos de discutir ao notar que as atenções viravam-se para nós. — Nossa pai, estava aqui comentando com o Emmett, que até dele Parker vence no quesito altura. — Disfarcei e ninguém pareceu acreditar.

—E olha que eu tenho 1.96m — Cullen entrou na jogada.

—Mais uns dez centímetros para vencer o campeão — Meu ex namorado brincou se aproximando de nós dois.

—Bom campeão, eu e você vamos ter uma pequena conversinha — Falei o puxando para perto.

—Pode ter certeza que sim, mas antes vamos almoçar? Aluguei um carro que já está a nossa espera — Fez a cara que nunca soube dizer não.

—Então Parker... — Começou meu pai logo após pedirmos os pratos. — O que o traz aqui? — Questionou curioso.

—Na verdade, eu vim só dar uma passada, esperava ver Maggie. Estou indo para Portland — Sorri vitoriosa — Sim, meu contrato é de lá — Bagunçou meu cabelo — E como só tenho que estar lá na segunda... — A frase morreu no ar.

—Vai ser um prazer te receber em casa — Afirmou meu pai e fiquei constrangida na hora.

—Desde que eu não tenha que dormir na mesma cama que essa dai — Apontou para mim usando uma de nossas piadinhas internas e é claro que fiquei vermelha.

—Perdão? — O pobre coitado parecia perdido e com razão.

—Então Sogrão — O interrompi.

—Ex sogrão — Reafirmei.

—Que seja, o que acontece é que sua filha é MUITO espaçosa, não dá para dividir cama com ela. Não vou ser hipócrita e dizer que somos santos, mas vou te falar viu? Parece que a bichinha não gosta de dividir — Minha face esquentou mais ainda.

—E eu não sei? Ela era um grude com os bichinhos de pelúcia dela, cada vez que íamos fazer doação de algo era um chororô... — Respirei fundo.

—Quer dizer que isto é um complô? — Questionei fingindo de brava.

—Pode ter certeza que sim... — Quando os braços fortes envolveram meus ombros, não protestei. Era uma sensação estranha, como se eu tivesse chegado em casa, porém casa não significa lar.

E depois, quando nossos lábios se reencontraram foi a mesma coisa. Continuava sendo delicioso, era como se tivesse achado a tampa da panela, contudo não a da minha panela. A todo momento esperava sentir mais, sentir aquele fogo que sempre ardeu entre nós. Entretanto, foi nesse beijo que finalmente notei algo que demorei tempo demais para assimilar, erámos fogo sim, só não o tipo certo dele, não o fogo que acende a lareira e queima por todo o inverno, e sim o fogo de palha que se acende e se vai com uma rapidez surpreendente.

Dói saber que mais de um ano da sua vida, foi falso. Recheado de memórias boas e de declarações que fariam até as calotas polares derreter, todavia não passavam de um conto da carochinha que se foi e não tem volta. Como se aquele trem que pegaste e achaste que foste o certo, ao chegar na estação final descobriste que nunca fora tão enganado.

Isso me fez pensar, será que Emmett é culpado por tudo isso? Será que ele é o cara certo? A resposta não poderia ser mais clara. Não, quando não se consegue ser você com a pessoa, quando não há confiança nem honestidade, não adianta o tesão. E eu estava cheia de fogos de palha, talvez nem isso ele chegaria a ser, talvez ficaria só nos fogos de artificio que iluminavam minha retina quando nos beijávamos.


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Notas finais do capítulo

Para a Elena que perguntou, aqui está o Vince e sim, a participação dele ainda é curta, mas com a mudança dele para perto tudo pode acontecer certo?
Até amanhã ;*

Ps.:
Feliz natal, Hanukkah, dia do deus Sol, qualquer que seja a sua comemoração. Que o dia de hoje seja sobre perdão e amor, o que todo mundo quer não é mesmo?



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