Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 55
Um novo começo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!! ♥
Para quem gosta há uma parte com música, coloquei o nome dela e é só parar rapidinho e colocar na busca ♥



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Pov Peter Davis

—Minha sobrinha nasceu. Helena e ela estão bem? Pergunto com uma voz arrastada a Alice.   

—Sim. Hope está dormindo agora, mas Helena está acordada com Steve no quarto. Você quer vir e conversar com eles?

—Sim. Estou exausto, mas como agora estão fora de perigo, quero conversar sobre a guarda de Sarah o mais rápido possível, ela já está definida.

—Como assim? Peter... Você não conseguiu adiar não foi? Por favor, não me diga que...

—Logo estarei ai, baby. Acho melhor conversarmos todos quando eu estiver ai.

—Ok. Não falarei nada a Helena até você chegar. Quando estiver aqui, deixarei por sua conta. Apenas avisarei que está a caminho.

—Obrigado, carinho meu.

Não sabia como Helena e Steve reagiriam a aquilo. Eles passaram por tanta coisa nesses últimos meses, que mais um acontecimento poderia ser a gota d’água para que desmoronassem. Se por um lado se preocupavam com Sarah, por outro, a nova integrante da família também requeria cuidados e atenção redobrada.

Dr. Bruce Banner havia feitos todos os exames possíveis, mas ainda não havia qualquer certeza do que poderia acontecer no futuro de Helena ou da pequena Hope, eram muitas as variáveis, principalmente para a criança, os genes mutantes da Lena, o soro do supersoldado do pai e por fim, ainda havia a um extremis de efeitos desconhecidos, já que não existia qualquer sobrevivente do processo até Helena e Hope.

— GPS, traçar nova rota.

— Local?

— Base Avengers, quartel Shield.

Pov. Helena Ocean

— Ele só avisou que estava vindo e nada mais? Tem certeza Alice? Questionei-a sabendo que havia algo a mais. Alice era extrovertida, alto astral, mas péssima em guardar segredos.

— Ssim. Ela desvia o olhar do meu quando responde.

— Alice? Por favor, fala o que foi dessa vez, nós suportaremos. Pego na mão de Steve e ele aperta a minha.

— Eu sinceramente não sei. Ela relaxa os ombros. – Peter apenas disse que prefere conversar com vocês pessoalmente e que... Ela aperta os lábios, respira fundo de uma vez e solta todo o ar rápido. – A guarda da Sarah já está definida, ele não conseguiu adiar. Desculpe, eu não queria ter falado agora, vocês ainda iriam ter alguns minutinhos de paz até Peter chegar com as notícias.

— Não vamos sofrer por antecipação. Dou um sorriso forçado. – Peter é um dos melhores advogados da cidade, se ele não falou por telefone, é porque precisa conversar cara a cara conosco e explicar cada ponto e vírgula do que aconteceu depois que saímos.

— Sarah é nossa pequena. Steve acaricia minha mão. – Eu não te contei antes, mas tinha um plano B, se confiar em mim, nos mudaremos antes mesmo que venham pegar a Sarah.

— Plano B? Amor eu confio cegamente em você, mas com todo o dinheiro que os Allens tem, não há nenhum lugar nesse planeta em que poderíamos viver em paz sem a sombra de John pairando sobre nossas cabeças, ele nunca desistirá.

— Eu sei... por isso que iríamos para Asgard e...

Agente Hill dá dois toques tímidos na porta antes de entrar. –Lamento por interromper este momento lindo, mas Fury precisa falar com você, Steve.

— Estamos esperando pelo Peter. Não posso sair agora.

— Fury garantiu que não tomará muito do seu tempo. Ela insistiu.

— Steve, pode ir. Deve ser importante ou a agente Hill não estaria aqui pessoalmente para te chamar. Eu ficarei bem com a Alice, e você deve estar de volta antes que Peter chegue.

— Não vou demorar. Ele beija minha testa.

Pov Steve Rogers

— O que poderia ser tão urgente, que não poderia esperar para um outro dia?  Questiono Hill enquanto nos aproximamos da sala de Fury. –Helena acabou de ter nossa filha justamente agora, e a guarda de Sarah está incerta.

— São elas. É justamente sobre elas que Nick precisa conversar com você. Hill responde enquanto abre a porta.

— Obrigado por traze-lo até aqui agente Hill. Fury se levanta de sua cadeira e se encosta na frente sua mesa, ficando em pé. – Mas agora é por minha conta.

Esperamos Hill sair e nos deixar sozinhos naquela sala. Nick me encara por alguns segundos e sorri de lado. – Meus parabéns pelo nascimento de sua filha, queria deixa-lo aproveitando esse momento especial, mas tem assuntos que não podem esperar.

— Como o fato dela ser mutante e você já está pensando em recruta-la? Tento me controlar.

— Eu sei que as vezes possa dar a impressão que não me importo, mas não é exatamente isso o que acabou de falar. Há um professor mutante que dirige um internato, uma escola para alunos... superdotados.

— Esqueça! Nem eu, muito menos Helena enviará nossa filha para esse lugar. O interrompo.

— Eu sei que não. Sua filha... quero disser, não vamos esquecer de Sarah. Suas filhas irão precisar de treinamento para controlar os poderes, ainda não sabemos até onde eles se estendem, e por isso é fundamental que recebam ajuda da pessoa com maior referência a mutantes, o professor Charles Xavier. Veja isso como consultas médicas periódicas, elas não irão para escola de alunos superdotados, mas terão os mesmos cuidados que os alunos dele. Ninguém precisará saber, elas poderão crescer e viverem normalmente como qualquer outra pessoa, mas isso só acontecerá se permitir é claro. Posso esperar um sim como resposta?

— Por hora apenas um talvez. Deixo a tensão sair do meu corpo. – Isso não é uma decisão somente minha, Helena e eu precisamos conversar com calma antes.

— Entendo. Por enquanto isso é tudo. Levem o tempo que precisar para refletir, não iremos te importunar enquanto Bruce estiver acompanhado a pequena e nos reportando para que saibamos que está tudo bem. E antes que eu esqueça, essa proposta também se aplica a Helena.

POV Helena Ocean

— Peter acabou de chegar e já está vindo diretamente para o quarto. Alice fala enquanto lê uma mensagem na tela de seu celular.

— Que ele venha, seja o que for, será inevitável e teremos que enfrentar. Começo a fazer um exercício de respiração até que pequenas batidas na porta me interrompe.

Primeiro Steve entra e senta na cadeira ao lado da minha cama. Ele segura minha mão entre as suas, e logo Peter vem em seguida. Ele beija o topo da minha cabeça e abraça Alice de lado a segurando com ternura mesmo com a aparência exausta.

— Eu lamento tanto Helena, mas fiz tudo que estava dentro do possível para adiar a audiência quando você saiu.

— Deixe-me adivinhar, aquele juiz ficou com pé atrás e John terminou de dar o golpe final? Questiono já sabendo a resposta.

— Sim. Ele se opôs ao adiamento e ainda sugeriu que você não tinha interesse na guarda da Sarah. Continuamos sem você, apesar dos meus protestos. Tive alguma vantagem no primeiro momento quando apresentei provas para anular o testemunho de sua mãe adotiva, mas o advogado de John tinha uma arma na manga.

— Qual arma? Steve dispara.

— Luther Allen, o pai do John e dono de quase metade das minas desse país. Achei que estava tudo acabado naquela hora, e realmente acabou.

— Eu perdi a guarda da Sarah? Questiono com meu coração apertado e os olhos lacrimejando.

— Não. Surpreendentemente, para o choque de todos, Luther Allen te defendeu e contou toda a verdade. A guarda é sua Helena.

Steve e eu nos abraçamos aliviados, e Peter continua.

— Mas tem um porém. Ele fez isso, mas disse indiretamente que espera que seu bondoso coração possa permitir que Sarah tenha contato com sua família paterna, mesmo que poucas vezes ao ano, ele compreenderá totalmente, por Nova York ser distante de Lágrimas da Sereia.

— Em resumo, você tem a guarda Helena, mas Sarah é parte da minha família também, então não impeça que minha neta tenha contato conosco ou posso mudar de ideia e fazer com que ela venha morar com meu filho irresponsável.

— Bem mais sutil, mas foi praticamente isso o que ele disse.

— E John concordou de bom grado? Ele aceitou isso também?

— Ele na verdade... surtou, literalmente. Foram pelo menos seis homens para tentar conte-lo, uma cena terrível, parecia um animal descontrolado. Peter suspira cansado. – Ele é um homem doente Helena, muito, muito doente. Foi levado direto para um hospital psiquiátrico e não deve sair tão cedo. Não tinha compreendido isso até aquele momento, mas. Ele engole a saliva e olha triste. – Mas, Sarah pode ter herdado um pouco dessa loucura também.

—Eu sei, mas ela terá um destino totalmente diferente do pai, pois ela tem a nós. Sorrio esperançosa.

Três anos depois

Quando olho para trás as vezes me questiono como o tempo pode ter passado tão rápido. Já se passaram alguns anos desde o dia que mudei para Nova York e bem, já aconteceram tantas coisas desde então.

Começando que agora eu moro em uma fazenda em Woodybury uma pequena cidade no estado de Nova York. Confesso que foi bem difícil para mim me adaptar a vida em um local mais tranquilo, mas depois que me recuperei e Bruce Banner disse que não havia qualquer perigo voltar para o Brooklyn, eu, Steve e Sarah já estávamos completamente apaixonados por este lugar.

Ainda não vivemos em uma casa de luxo, mas temos o suficiente aqui. Há um pequeno lago que Sarah e Hope adoram brincar, um pomar pequeno, mas com uma boa variedade de espécies frutíferas, uma grande diversidade de pássaros que sempre estão passando pela propriedade, enfim, acho que uma boa denominação do nosso lar seria, nosso pedacinho de paraíso na Terra.

Lembro como foi difícil ter conseguido chegar ao nono mês de gestação naquela época e o quanto Steve tinha sido o homem mais gentil que já conheci. Eu sempre me apaixono e o amo novamente todos os dias, não exatamente, mas como aquele filme “COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ”

Sarah agora tem seis anos e ainda continua sendo minha menina doce e cheia de energia, apesar de nos preocuparmos. Ela tem completa adoração pela irmã e como havia prometido iria dar muito trabalho para mim e Steve.

— Filha! Ai meu Deus! O que aconteceu aqui? Por que vocês duas estão sujas desse jeito? Sou surpreendida quando entro na cozinha e vejo as duas com o rosto e os cabelos brancos cheios de farinha de trigo.

— Eu queria fazer biscoitos mamãe. Sarah fala com ar inocente, contudo com um sorriso sapeca nos lábios.

— E por que não pediu minha ajuda amorzinho?

— Eu achei que conseguiria fazer tudo sozinha ué.

—Mas já tinha um pote inteiro de biscoitos prontos. Fizemos ontem, lembra? Agora as duas me esperem no banheiro enquanto arrumo essa bagunça, e nada de ir enchendo a banheira. Envio uma mensagem para Steve falando que iriamos nos atrasar para o jantar do Tony na torre.

Demoro cerca de quarenta minutos para limpar a cozinha. Havia farinha de trigo nos cantos mais inimagináveis. Quase tive um ataque de riso tentando pensar na cena da Sarah encima de uma cadeira pegando a farinha deixando o saco aberto virar todo na sua cabeça e na de Hope.

­– Ainda bem que você chegou Alice. Digo assim que ela entra na casa sem cerimônias. Me ajuda a arrumar as meninas. Elas estão cheias de farinha de trigo lá no banheiro.

— Desculpe amiga, mas depois que estou toda produzida e no salto quinze não posso fazer mais nada além de levantar uma taça de vinho. Vou ficar torcendo por você daqui mesmo. Enquanto se arruma e arruma as meninas.

— Também te amo. Digo com falsa magoa e mando mensagem para que Steve venha me ajudar a arrumar as meninas.

“Não posso, estou ocupado aqui na base L, te pego quando acabar J ”

— Nossa até Steve me deixou na mão. Não acredito. Alice pelo menos escolhe a roupa delas, enquanto dou o banho.

— Certo, certo. Ela faz pouco caso enquanto olha a tela do celular.

Parece que tudo está conspirando para me atrasar hoje. Meninas, sem brincadeiras, estamos super encima da hora.

Encho a banheira e em todo o processo do banho gasto mais quarenta minutos, levo as duas no colo até o quarto e quando olho para cama quase caio para trás.

— Alice! Grito e ela vem na maior cara inocente. – Você separou pijamas para as meninas irem ao jantar na torre Stark? Sério?

— Nossa, nem percebi. Foi mal Helena. Ela deixa escapar um riso.

Respiro fundo. – Ok. Já entendi tudo. Vocês querem testar minha paciência hoje, tudo bem, tudo bem. Que saber já estamos atrasados mesmo, mais dez ou quinze minutos não farão diferença.

— Olha foi culpa minha, erro meu. Deixa que arrumo as garotas e as mantenho na sala enquanto você vai tomando seu banho.

— Vai mesmo fazer isso? Arqueio a sobrancelha.

— Juro.

E nesse tempo, lá se vão mais vinte minutos. Tomo um longo, mas não demorado banho, escolho um vestido azul marinho brilhante e faço uma maquiagem delicada. Ando até a sala para encontrar Alice e as meninas e não encontro-as.

— Não tem mais graça! Grito. – Vocês sabem o que a palavra atrasados significa? Alice não é hora de brincar de esconde esconde! Falo enquanto procuro-as pela casa.

— Aqui! Estamos aqui fora. Venha Helena! Fala entre risos.  

Marcho furiosa até a porta e me deparo com um completo breu, tudo está escuro e tento controlar a vontade de esganar Alice.

— Tem uma lanterna na porta. Venha logo, não consegui estacionar o carro perto.

Ando lentamente apenas guiada pela luz da lanterna, seguindo o caminho de tijolos. Logo, a escuridão vai diminuindo e quando dobro um canteiro com arbustos altos, vejo que a calcada está iluminada por velas posicionadas no meio fio.

♫♭♪♯♬♮♬♪♫ Bryan Adams - Heaven (Boyce Avenue feat. Megan Nicole acoustic cover) ♫♭♪♯♬♮♬♪♫ 

Fico parada sem qualquer reação e logo Steve aparece por trás e segura delicadamente minha mão. Ele passa um de seus braços pela minha cintura e me guia em silêncio pelo caminho.

Nenhuma palavra ou som sai dos meus lábios. Uma estranha sensação começa a crescer em meu peito e quando paro de andar, ele sorri tímido e faz um gesto para que continuemos.

Ele me leva até o lago, e quando paro em sua margem Steve solta minha mão e se afasta. Eu penso em falar alguma coisa, mas novamente tudo fica escuro.

Alguns segundos passam e por trás das árvores do outro lado do lago vejo pequenas e números lanternas subindo. Meu coração passa a bater lentamente e fico sem fôlego.

Mais alguns segundo se passam e agora são barquinhos iluminados que brilham  navegando pelo lago.

É algo tão lindo que fico sem ar. Os barquinhos vão se alinhando aos poucos e quando finalmente percebo o que realmente estava acontecendo levo minha mão a boca, tentando não cair no choro.

Quando terminam de ficar todos alinhados, é possível ler no lago a mensagem:

“ Casa comigo?”

Giro meu corpo para ver se achava Steve e me deparo com ele ajoelhado, com uma caixinha de anel aberta contendo duas alianças.

Balanço minha cabeça em afirmação sem saber se sorrio ou choro. Ele levanta e me beija com paixão.

Paramos para colocar as alianças e assim que fizemos isso, fogos de artificio começam a iluminar o céu.

Olho para o outro lado da margem e posso agora ver todos os meus amigos ali do outro lado. Eles estão comemorando aos gritos e abraços.

Rimos entre beijos e lágrimas diante de todo aquele momento.

— Obrigada. Sussurro em seu ouvido.

— Por que? Querida.  

— Por ter lutado por mim, mesmo quando eu o afastava ou um problema do meu passado aparecia. Por ter estado, por estar e porque sempre estará ao meu lado. Pela confiança em começar uma família comigo, e o amor que temos todos os dias. Eu achava que minha vida tinha acabado quando o John me abandonou, mas então você veio com seu jeito tímido e gentil, tão gentil que quebrou a pedra de gelo em meu peito e tirou o gosto amargo da minha vida... Meu Doce Rogers.


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Notas finais do capítulo

Demorou, demorou, mas enfim, chegou ao fim :)
Eu só tenho a agracer a vocês por terem estado até aqui comigo.
Tenho um grande carinho não só pelos persogens, mas por todos vocês leitores fantasminhas ou não ahahha
Eu realmente espero que tenho gostado e aproveitado os momentos que vocês estiveram aqui acompanhando a história da Helena e Steve.
Desculpem por qualquer erro ou se posso ter parecido ser grossa.
Tudo de bom ♥ E quando quiserem conversar, só mandar mensagem ♥
Obs: Para quem queria a fanfic da Sarah, postei o primeiro capítulo aqui e no nyah
https://spiritfanfics.com/historia/depois-do-fim-10365126
https://fanfiction.com.br/historia/743106/Depois_do_fim/



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